{"id":160153,"date":"2020-06-02T15:00:47","date_gmt":"2020-06-02T18:00:47","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=160153"},"modified":"2020-06-02T12:14:44","modified_gmt":"2020-06-02T15:14:44","slug":"brasil-foi-responsavel-por-um-terco-da-perda-de-florestas-virgens-no-mundo-em-2019-diz-relatorio","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/06\/02\/160153-brasil-foi-responsavel-por-um-terco-da-perda-de-florestas-virgens-no-mundo-em-2019-diz-relatorio.html","title":{"rendered":"Brasil foi respons\u00e1vel por um ter\u00e7o da perda de florestas virgens no mundo em 2019, diz relat\u00f3rio"},"content":{"rendered":"\n
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Perdas de floresta virgem contabilizadas por relat\u00f3rio podem ser, em muitos casos, a degrada\u00e7\u00e3o, momento inicial de um processo de desmatamento<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

De janeiro a dezembro de 2019, o Brasil perdeu cerca de 1.361.000 hectares (13.610 km\u00b2) de floresta tropical virgem \u2014 um ter\u00e7o do que foi perdido em todo o planeta, segundo um relat\u00f3rio do Global Forest Watch, organiza\u00e7\u00e3o que mant\u00e9m uma plataforma online de monitoramento global de florestas.<\/p>\n\n\n\n

As florestas prim\u00e1rias, ou virgens, s\u00e3o aquelas que se encontram em seu estado original \u2014 n\u00e3o afetadas, ou afetadas o m\u00ednimo poss\u00edvel, pela a\u00e7\u00e3o humana. Por serem mais antigas, elas t\u00eam mais diversidade de esp\u00e9cies, armazenam mais carbono e s\u00e3o consideradas essenciais no combate \u00e0 mudan\u00e7a clim\u00e1tica.<\/p>\n\n\n\n

Em 2019, segundo o novo relat\u00f3rio da Global Forest Watch, o mundo perdeu 3,8 milh\u00f5es de hectares de florestas prim\u00e1rias tropicais \u2014 uma \u00e1rea quase do tamanho da Su\u00ed\u00e7a, ou o equivalente a um campo de futebol a cada 6 segundos.<\/p>\n\n\n\n

No Brasil, 95% da perda ocorreu na Amaz\u00f4nia, de acordo com a organiza\u00e7\u00e3o, que utiliza dados do monitoramento por sat\u00e9lite feito pela Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, em parceria com o Google, a Nasa e o Servi\u00e7o Geol\u00f3gico dos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n

Analistas do Global Forest Watch apontaram, como principais raz\u00f5es da perda, para o desmatamento por a\u00e7\u00e3o humana (cria\u00e7\u00e3o de pastos, especula\u00e7\u00e3o de terra) e inc\u00eandios.<\/p>\n\n\n\n

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Em segundo e terceiro lugar, a Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo e a Indon\u00e9sia tiveram pequenas redu\u00e7\u00f5es na \u00e1rea de floresta virgem que perderam no ano passado.<\/p>\n\n\n\n

E a Bol\u00edvia chegou ao quarto lugar da lista, por causa dos inc\u00eandios que devastaram \u00e1reas de alta biodiversidade no pa\u00eds em agosto de 2019.<\/p>\n\n\n\n

Inc\u00eandios foram ‘sintoma’ de desmatamento<\/h3>\n\n\n\n

As florestas tropicais virgens costumam ter esp\u00e9cies muito antigas de \u00e1rvores, que armazenam mais carbono.<\/p>\n\n\n\n

Segundo especialistas, elas podem levar centenas de anos para se recuperar. Isso se forem deixadas intocadas ap\u00f3s processos de desmatamento ou de degrada\u00e7\u00e3o \u2014 resultantes de eventos clim\u00e1ticos, como secas, ou da a\u00e7\u00e3o humana, como queimadas e corte de \u00e1rvores \u2014 que podem deixar a floresta gradualmente mais vulner\u00e1vel e incapaz de funcionar.<\/p>\n\n\n\n

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No entanto, ao contr\u00e1rio do que ocorreu na Bol\u00edvia, os inc\u00eandios no Brasil em 2019 n\u00e3o tiveram uma grande contribui\u00e7\u00e3o na perda de floresta virgem, segundo a analista da Global Forest Watch Mikaela Weisse.<\/p>\n\n\n\n

“A maior parte dos inc\u00eandios que vimos no Brasil no ano passado n\u00e3o aconteceu nas florestas virgens, mas, sim, em \u00e1reas que j\u00e1 estavam desmatadas e que fazendeiros estavam preparando para o pasto e para a agricultura”, disse \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o \u00f3rg\u00e3o, as queimadas que chamaram a aten\u00e7\u00e3o do mundo a partir de agosto de 2019, “parecem ter sido um sintoma da perda de florestas prim\u00e1rias, mais do que uma causa direta”.<\/p>\n\n\n\n

“Na Amaz\u00f4nia, s\u00f3 20% dos inc\u00eandios que observamos ocorreu em florestas ainda virgens, 30% ocorreu em \u00e1reas onde j\u00e1 havia acontecido perda de mata e os outros 50% aconteceram em \u00e1reas que j\u00e1 n\u00e3o tinham florestas ou onde a floresta era secund\u00e1ria (em processo de recupera\u00e7\u00e3o).”<\/p>\n\n\n\n

As perdas brasileiras sinalizam uma expans\u00e3o das fronteiras do desmatamento, que est\u00e3o de acordo com o que cientistas do Brasil tamb\u00e9m est\u00e3o observando, especialmente pr\u00f3ximo a \u00e1reas de conserva\u00e7\u00e3o e territ\u00f3rios ind\u00edgenas.<\/p>\n\n\n\n

“Desde 2013 vemos um aumento do ritmo da abertura da mata virgem. E nos \u00faltimos anos, especialmente, isso se acelerou”, disse \u00e0 BBC News Brasil o especialista em sensoriamento remoto Cl\u00e1udio Almeida, coordenador do programa de monitoramento da Amaz\u00f4nia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).<\/p>\n\n\n\n

“Mas tamb\u00e9m houve uma mudan\u00e7a. L\u00e1 na d\u00e9cada de 80 o sujeito passava o corrent\u00e3o, derrubava as \u00e1rvores e pronto. Nos \u00faltimos 10 anos ele vai degradando a \u00e1rea. Come\u00e7a a tirar madeira em um ano, queima um pouco em outro. S\u00f3 no final faz um corte raso e, por fim, queima tudo.”<\/p>\n\n\n\n

Na segunda metade de 2019, segundo Almeida, um cruzamento de dados feito por analistas do Inpe mostrou que entre os dez munic\u00edpios com o maior n\u00famero de queimadas, nove tinham tamb\u00e9m o maior n\u00famero de alertas de desmatamento contabilizados no sistema Deter.<\/p>\n\n\n\n

“Isso mostra que existe uma rela\u00e7\u00e3o forte entre um e outro. O inc\u00eandio era o ponto final do processo de desmatamento. No per\u00edodo seco, a pessoa derruba a \u00e1rea, ela fica secando e em agosto, setembro, aquela biomassa \u00e9 queimada.”<\/p>\n\n\n\n

Diferen\u00e7as na medi\u00e7\u00e3o<\/h3>\n\n\n\n

O monitoramento de perda de floresta prim\u00e1ria da Global Forest Watch detecta perturba\u00e7\u00f5es em trechos de mata maiores que 0,09 hectares (0,0009 km\u00b2), com vegeta\u00e7\u00e3o a partir de 5 metros de altura, com causas que v\u00e3o desde o corte seletivo de madeira at\u00e9 o fogo rasteiro.<\/p>\n\n\n\n

N\u00e3o h\u00e1 diferencia\u00e7\u00e3o entre os processos de desmatamento, que \u00e9 como se considera o corte raso de um trecho de floresta, e de degrada\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Por isso, os n\u00fameros divulgados pelo \u00f3rg\u00e3o costumam ser diferentes dos dados obtidos pelo sistema Prodes, do Inpe, no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Ambas as medi\u00e7\u00f5es, no entanto, podem ser consideradas importantes, e at\u00e9 mesmo complementares, segundo Cl\u00e1udio Almeida, do Inpe.<\/p>\n\n\n\n

“O Prodes \u00e9 um sistema bastante preciso, mas s\u00f3 mede o final do processo, o desmatamento total de um trecho de floresta prim\u00e1ria. Ao longo desse processo ocorrem v\u00e1rios est\u00e1gios de degrada\u00e7\u00e3o. Enquanto existe algum tipo cobertura florestal, o Prodes n\u00e3o pega”, explica.<\/p>\n\n\n\n

Isso significa que, em muitos casos, a perda de floresta virgem apontada pelo Global Forest Watch \u00e9 ainda o in\u00edcio de um processo de desmatamento que o sistema brasileiro s\u00f3 vai contabilizar mais adiante.<\/p>\n\n\n\n

O Prodes detecta, por imagens de sat\u00e9lite, \u00e1reas maiores que 6,25 hectares (0,0625 km\u00b2) em que houve desmatamento por corte raso. Os dados s\u00e3o contabilizados entre julho de um ano e agosto do ano seguinte. J\u00e1 a Global Forest Watch contabiliza a perda de florestas entre janeiro e dezembro de um determinado ano.<\/p>\n\n\n\n

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Uma destas diferen\u00e7as entre os dois sistemas pode ser observada nos dados de 2016 e 2017. A Global Forest Watch registra uma perda recorde de florestas virgens no Brasil, causada principalmente por inc\u00eandios em larga escala.<\/p>\n\n\n\n

“Nesse caso, no entanto, eles eram de fogo rasteiro, que queima por debaixo das \u00e1rvores e, muitas vezes, \u00e9 menos vis\u00edvel para os sat\u00e9lites. E estavam mais relacionados \u00e0 seca provocada pelo El Ni\u00f1o de 2015, uma das piores j\u00e1 registradas. E causaram degrada\u00e7\u00e3o nas florestas”, disse \u00e0 BBC News Brasil o bot\u00e2nico Jos Barlow, professor da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e pesquisador da Rede Amaz\u00f4nia Sustent\u00e1vel (RAS).<\/p>\n\n\n\n

O Prodes tamb\u00e9m mostra aumento do desmatamento nestes anos, mas n\u00e3o um pico t\u00e3o grande. Em parte, por causa da diferen\u00e7a no per\u00edodo analisado e tamb\u00e9m porque nem todos aqueles trechos de floresta virgem que sofreram inc\u00eandios terminaram por ser completamente desmatados.<\/p>\n\n\n\n

Desmatamento continua em tend\u00eancia de aumento<\/h3>\n\n\n\n

Os dados do Prodes mostram que, entre agosto de 2018 e julho de 2019, o Brasil perdeu 1,01 milh\u00e3o de hectares (10,1 mil km\u00b2) de Amaz\u00f4nia, o maior volume dos \u00faltimos 11 anos.<\/p>\n\n\n\n

Ainda n\u00e3o h\u00e1 n\u00fameros consolidados para o per\u00edodo seguinte, mas o Sistema de Detec\u00e7\u00e3o do Desmatamento na Amaz\u00f4nia Legal em Tempo Real (Deter), que emite os alertas de desmatamento e orienta as a\u00e7\u00f5es de fiscaliza\u00e7\u00e3o, mostra que entre agosto de 2019 e mar\u00e7o de 2020, 507 mil hectares (5 mil km\u00b2) foram desmatados \u2014 quase o dobro do mesmo per\u00edodo no ano anterior.<\/p>\n\n\n\n

Ambientalistas atribuem o aumento \u00e0s pol\u00edticas do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou em algumas ocasi\u00f5es que atividades como agricultura e minera\u00e7\u00e3o, inclusive em \u00e1reas protegidas e territ\u00f3rios ind\u00edgenas, poderiam tirar a regi\u00e3o da pobreza.<\/p>\n\n\n\n

Em resposta a cr\u00edticas dentro e fora do pa\u00eds ap\u00f3s os inc\u00eandios em 2019, Bolsonaro autorizou o envio das For\u00e7as Armadas para combater os inc\u00eandios florestais na regi\u00e3o, e criou o Conselho da Amaz\u00f4nia, coordenado pelo vice-presidente, general Hamilton Mour\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

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Dados preliminares do Inpe mostram que desmatamento continuou crescendo no primeiro semestre de 2020<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No entanto, um decreto recente do governo foi criticado por colocar as r\u00e9deas das a\u00e7\u00f5es de fiscaliza\u00e7\u00e3o e combate ao desmatamento nas m\u00e3os das For\u00e7as Armadas \u2014 tirando-as do Ibama, que passou a ser subordinado aos militares.<\/p>\n\n\n\n

“Mandar o Ex\u00e9rcito parece contraintuitivo se voc\u00ea est\u00e1 deixando de financiar as ag\u00eancias ambientais que faziam bem o trabalho h\u00e1 tantos anos. Mandar o Ex\u00e9rcito parece uma medida de curto prazo pra ter impacto na m\u00eddia internacional, mas n\u00e3o parece algo que v\u00e1 resolver o problema da degrada\u00e7\u00e3o e do desmatamento na Amaz\u00f4nia”, diz Jos Barlow, da Universidade de Lancaster.<\/p>\n\n\n\n

O governo anunciou que, at\u00e9 o dia 21\/05, “26 pessoas foram presas por delitos ambientais e outros crimes durante as a\u00e7\u00f5es do Ex\u00e9rcito, e que foram aplicadas multas no valor de R$ 8,7 milh\u00f5es”. Al\u00e9m disso, foram apreendidos motosserras, tratores, caminh\u00f5es e embarca\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

O Ex\u00e9rcito, no entanto, descartou a destrui\u00e7\u00e3o do equipamento apreendido, que cr\u00edticos dizem ser uma sinaliza\u00e7\u00e3o de que o governo n\u00e3o estaria realmente disposto a combater as atividades ilegais.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o engenheiro agr\u00f4nomo Andr\u00e9 Guimar\u00e3es, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz\u00f4nia (IPAM), os dados indicam que o desmatamento deste ano vai superar o do ano anterior, mesmo com as a\u00e7\u00f5es do governo.<\/p>\n\n\n\n

“No ano passado o governo come\u00e7ou a agir em outubro, no fim do ciclo de desmatamento. Esse ano, parece que come\u00e7ou a agir mais cedo, vamos ver se ter\u00e1 resultado”, disse \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n\n\n\n

“No ano passado, por conta da como\u00e7\u00e3o com os inc\u00eandios, viu-se alguma a\u00e7\u00e3o de comando e controle que ajudou a baixar a taxa de desmatamento em outubro e novembro. Mas voc\u00ea precisa criar as condi\u00e7\u00f5es para incentivar quem quer produzir sustentavelmente. Colocar o Ex\u00e9rcito na floresta ajuda, mas n\u00e3o \u00e9 suficiente.”<\/p>\n\n\n\n

A reportagem questionou a vice-presid\u00eancia sobre os planos para o desenvolvimento da regi\u00e3o e sobre as cr\u00edticas \u00e0s a\u00e7\u00f5es de fiscaliza\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o recebeu resposta.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

De janeiro a dezembro de 2019, o Brasil perdeu cerca de 1.361.000 hectares (13.610 km\u00b2) de floresta tropical virgem \u2014 um ter\u00e7o do que foi perdido em todo o planeta, segundo um relat\u00f3rio do Global Forest Watch, organiza\u00e7\u00e3o que mant\u00e9m uma plataforma online de monitoramento global de florestas. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":160154,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[203,3411,4548,4549],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/160153"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=160153"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/160153\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":160159,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/160153\/revisions\/160159"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/160154"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=160153"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=160153"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=160153"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}