{"id":160577,"date":"2020-06-16T15:00:06","date_gmt":"2020-06-16T18:00:06","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=160577"},"modified":"2020-06-16T12:55:10","modified_gmt":"2020-06-16T15:55:10","slug":"cacadores-expoem-matanca-de-animais-silvestres-no-facebook-e-youtube","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/06\/16\/160577-cacadores-expoem-matanca-de-animais-silvestres-no-facebook-e-youtube.html","title":{"rendered":"Ca\u00e7adores exp\u00f5em matan\u00e7a de animais silvestres no Facebook e YouTube"},"content":{"rendered":"\n

Enquanto o governo federal toma medidas para facilitar o acesso da popula\u00e7\u00e3o a armamentos, ca\u00e7adores de animais silvestres t\u00eam recorrido a grupos no Facebook e a canais no YouTube para compartilhar cenas de ca\u00e7adas e dicas sobre a atividade que, exceto nos casos da ca\u00e7a a javalis, \u00e9 ilegal.<\/p>\n\n\n\n

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On\u00e7a parda abatida em ca\u00e7ada junto de duas pacas motivou reclama\u00e7\u00f5es de um participante<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Grande parte das comunidades foi criada a partir de 2019, quando o presidente Jair Bolsonaro publicou uma s\u00e9rie de decretos reduzindo as restri\u00e7\u00f5es aplicadas a colecionadores de armas, atiradores esportivos e ca\u00e7adores \u2014 grupo conhecido pela sigla CACs.<\/p>\n\n\n\n

Os decretos, por\u00e9m, n\u00e3o alteraram o status da ca\u00e7a de animais silvestres, considerada crime no Brasil exceto quando praticada por comunidades que dependem dela para sobreviver, como povos ind\u00edgenas e quilombolas.<\/p>\n\n\n\n

O \u00fanico animal pass\u00edvel de ser ca\u00e7ado legalmente no Brasil \u00e9 o javali, uma esp\u00e9cie ex\u00f3tica que amea\u00e7a ecossistemas nacionais.<\/p>\n\n\n\n

Ca\u00e7adas com cachorros<\/h3>\n\n\n\n

No Facebook, um grupo fechado criado em julho de 2019 e chamado “Ca\u00e7adores de paca” conta com 74 mil membros de todas as regi\u00f5es do Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Descrito como um espa\u00e7o para a “troca de informa\u00e7\u00f5es sobre a espera de paca”, um roedor nativo das Am\u00e9ricas, o grupo tamb\u00e9m agrega ca\u00e7adores de v\u00e1rias outros animais silvestres, como veados, tatus, jacar\u00e9s, capivaras, quatis, mutuns, queixadas e on\u00e7as.<\/p>\n\n\n\n

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Alguns participantes condenam ca\u00e7adores que matam muitos animais de uma s\u00f3 vez, citando preocupa\u00e7\u00f5es ambientais<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A BBC News Brasil ingressou no grupo, onde s\u00e3o compartilhadas centenas de fotos de animais abatidos. Em v\u00e1rios casos, os ca\u00e7adores aparecem com os rostos \u00e0 mostra exibindo os bichos.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 tamb\u00e9m v\u00eddeos de ca\u00e7adas, gravados com celulares ou c\u00e2meras acopladas \u00e0s armas. Boa parte dos usu\u00e1rios ca\u00e7a com o aux\u00edlio de cachorros, que encurralam os animais antes do abate.<\/p>\n\n\n\n

Outros v\u00eddeos exibem cenas da chamada ca\u00e7a de espera. Adeptos dessa modalidade costumam espalhar alimentos na mata \u2014 ou “fazer a ceva”, no jarg\u00e3o ca\u00e7ador \u2014 para atrair os animais. Eles ent\u00e3o montam redes ou estruturas elevadas para aguardar a chegada dos bichos e alvej\u00e1-los por cima.<\/p>\n\n\n\n

Outros usam o espa\u00e7o para trocar informa\u00e7\u00f5es sobre armas \u2014 algumas delas sofisticadas, vendidas por alguns milhares de reais em lojas especializadas.<\/p>\n\n\n\n

Alguns compartilham infort\u00fanios no grupo. Um usu\u00e1rio publicou a foto de um cachorro morto por uma picada de cobra durante uma ca\u00e7ada, e outro exibiu um c\u00e3o com os olhos feridos ap\u00f3s a persegui\u00e7\u00e3o de um animal.<\/p>\n\n\n\n

“Espreme lim\u00e3o que limpa. No outro dia est\u00e1 bom, j\u00e1 curei muitos assim”, comentou um participante.<\/p>\n\n\n\n

‘Criminoso desde crian\u00e7a’<\/h3>\n\n\n\n

Ca\u00e7adores de animais silvestres tamb\u00e9m t\u00eam formado comunidades no YouTube, como os canais “FAL CA\u00c7ADOR”, “s\u00f3 do mato ca\u00e7ador”, “Ca\u00e7adores An\u00f4nimos” e “Pedrinho ca\u00e7ador sniper” \u2014 todos eles criados nos \u00faltimos dois anos.<\/p>\n\n\n\n

Com 40 mil inscritos, o canal “Alem\u00e3o CA\u00c7ADOR!” exibe dezenas de v\u00eddeos com dicas sobre a ca\u00e7a de animais como pacas, jabutis e macucos, uma ave nativa da Am\u00e9rica do Sul.<\/p>\n\n\n\n

O respons\u00e1vel pelo canal, que se identifica como Alem\u00e3o e n\u00e3o mostra o rosto nos v\u00eddeos, defende em v\u00e1rias grava\u00e7\u00f5es a legaliza\u00e7\u00e3o da ca\u00e7a de animais silvestres.<\/p>\n\n\n\n

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Muitos ca\u00e7adores contam com o aux\u00edlio de cachorros e compartilham infort\u00fanios, como ferimentos causados em persegui\u00e7\u00f5es<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Aqui podia ser regulamentado ca\u00e7ar com responsabilidade, mas n\u00e3o \u00e9”, ele diz num v\u00eddeo com 160 mil visualiza\u00e7\u00f5es em que descreve a ca\u00e7a de um veado mateiro.<\/p>\n\n\n\n

“Sou criminoso desde crian\u00e7a, porque eu ca\u00e7o desde pequeno mais (com) meu pai. N\u00f3s ‘ca\u00e7ava’ de cachorro, fazia arapuca. Ent\u00e3o, para mim, era meio de vida, era sobreviv\u00eancia. E hoje eu ca\u00e7o porque eu gosto, eu gosto demais disso aqui”, conta.<\/p>\n\n\n\n

Ao final da grava\u00e7\u00e3o, o YouTuber exibe o veado alvejado, amarrado a um galho pelo pesco\u00e7o. H\u00e1 mais de 600 coment\u00e1rios no v\u00eddeo, a maioria elogiosos.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o tem coisa melhor no mundo do que estar numa rede e escutar o bicho chegando na espera. Para quem gosta\u2026 Voc\u00ea esquece todos os problemas”, comenta um usu\u00e1rio identificado como Marcelo Chumb\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Fa\u00e7o das suas as minhas palavras, cresci vendo meu pai ca\u00e7ando e pescando para sobreviver\u2026 Ca\u00e7ar com responsabilidade \u00e9 o que precisamos”, escreve outro usu\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

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V\u00eddeo no YouTube mostra dois tucanos abatidos por ca\u00e7adores; canais na plataforma com dicas e cenas de ca\u00e7a de animais silvestres somam milhares de seguidores.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u00c9tica ca\u00e7adora<\/h3>\n\n\n\n

Em v\u00e1rios grupos virtuais de ca\u00e7adores, s\u00e3o comuns as mensagens que pregam modera\u00e7\u00e3o ou condenam o abate de determinadas esp\u00e9cies.<\/p>\n\n\n\n

No grupo do Facebook “Ca\u00e7adores de paca”, um participante fez ressalvas ao comentar uma foto publicada em 20 de maio por um ca\u00e7ador que matou duas pacas e uma on\u00e7a parda.<\/p>\n\n\n\n

“Pena ter matado o gatinho. Vamos ser conscientes, amigos. As pacas, show de bola, parab\u00e9ns”, escreveu.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 um v\u00eddeo em que um ca\u00e7ador decide deixar uma anta e seu filhote passarem pela mira sem apertar o gatilho recebeu v\u00e1rios elogios.<\/p>\n\n\n\n

“Essa tem passagem livre pra n\u00f3s”, comentou um usu\u00e1rio, posi\u00e7\u00e3o compartilhada por outros que disseram poupar antas por consider\u00e1-las muito d\u00f3ceis ou por rejeitar o sabor de sua carne.<\/p>\n\n\n\n

Alguns participantes, por\u00e9m, se gabam de ca\u00e7adas fartas, que resultam na morte de v\u00e1rios animais. Uma foto de 18 de maio que exibia tr\u00eas pacas e dois tatus abatidos gerou rea\u00e7\u00f5es divergentes.<\/p>\n\n\n\n

“Rapaz, voc\u00ea lavou a \u00e9gua”, festejou um usu\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n

Outro rebateu: “Destrui\u00e7\u00e3o total dos bichos. Futuramente, n\u00e3o teremos nem mais sombras dessas maravilhas.”<\/p>\n\n\n\n

Ca\u00e7a de javalis<\/h3>\n\n\n\n

Especialista em manejo e conserva\u00e7\u00e3o, o bi\u00f3logo Gustavo Figueir\u00f4a diz \u00e0 BBC News Brasil que a regulamenta\u00e7\u00e3o da ca\u00e7a do javali pode ter impulsionado o abate de animais silvestres no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

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Canal “Alem\u00e3o CA\u00c7ADOR!” no YouTube tem 40 mil inscritos e compartilha dicas e cenas de ca\u00e7adas de v\u00e1rios animais silvestres<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Nativo da \u00c1frica, \u00c1sia e Europa, o javali foi trazido ao Brasil para ser criado em fazendas, mas escapou, tornando-se um problema para o equil\u00edbrio ambiental e atividades agr\u00edcolas. Desde 2013, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis) autoriza a ca\u00e7a da esp\u00e9cie.<\/p>\n\n\n\n

Embora avalie que o controle \u00e9 necess\u00e1rio, Figueir\u00f4a afirma que muitos ca\u00e7adores habilitados a matar javalis tamb\u00e9m acabam abatendo outros animais silvestres que encontram nas ca\u00e7adas.<\/p>\n\n\n\n

O bi\u00f3logo diz ainda que a facilita\u00e7\u00e3o do acesso legal a armas no governo Bolsonaro enfraqueceu um dos principas fatores que dissuadem ca\u00e7adores de animais silvestres: a possibilidade de serem presos por porte ilegal de armas.<\/p>\n\n\n\n

“Naturalmente, se voc\u00ea permite que mais pessoas tenham armas legalmente e saiam a campo para ca\u00e7ar legalmente (javalis), voc\u00ea aumenta a chance de mais animais silvestres serem ca\u00e7ados”, afirma Figueir\u00f4a.<\/p>\n\n\n\n

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Queixadas, uma esp\u00e9cie de porco selvagem nativo do Brasil, abatidas em ca\u00e7ada<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Em 2019, Bolsonaro publicou uma s\u00e9rie de decretos que facilitaram o acesso de ca\u00e7adores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs) a armamentos e muni\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Para ca\u00e7adores, antes sujeitos ao limite de 12 armas, 6 mil muni\u00e7\u00f5es e 2 kg de p\u00f3lvora por pessoa, as mudan\u00e7as passaram a permitir a posse de at\u00e9 30 armas, 90 mil muni\u00e7\u00f5es e 20 kg de p\u00f3lvora.<\/p>\n\n\n\n

No mesmo ano, segundo o Instituto Sou da Paz, o n\u00famero de registros ativos de CACs chegou a 396.955 \u2014 um aumento de 50% em rela\u00e7\u00e3o a 2018.<\/p>\n\n\n\n

Impactos em toda a cadeia alimentar<\/h3>\n\n\n\n

O bi\u00f3logo Gustavo Figueir\u00f4a questiona os crit\u00e9rios citados nos grupos de ca\u00e7adores sobre animais silvestres que poderiam ou n\u00e3o ser abatidos. Segundo ele, esp\u00e9cies com popula\u00e7\u00f5es numerosas em algumas regi\u00f5es do pa\u00eds podem estar amea\u00e7adas em outras.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 o caso, por exemplo, da paca, esp\u00e9cie normalmente considerada abundante por ca\u00e7adores, mas que se tornou rara em alguns biomas nacionais, como a Mata Atl\u00e2ntica.<\/p>\n\n\n\n

Alguns ca\u00e7adores indicam ter no\u00e7\u00e3o da escassez do animal. No grupo “Ca\u00e7adores de paca”, um usu\u00e1rio exibiu em 19 de maio duas pacas abatidas no Rio de Janeiro, destacando que o Estado “ainda tem” membros da esp\u00e9cie.<\/p>\n\n\n\n

Figueiroa afirma ainda que, mesmo que um animal abatido n\u00e3o esteja sob amea\u00e7a em determinada \u00e1rea, sua morte gera consequ\u00eancias negativas no local.<\/p>\n\n\n\n

A cutia, por exemplo, tamb\u00e9m bastante visada por ca\u00e7adores, \u00e9 dispersora de sementes e ajuda a manter a biodiversidade da floresta \u2014 al\u00e9m de ser presa de on\u00e7as, que passam a dispor de menos alimento quando o animal \u00e9 ca\u00e7ado por humanos.<\/p>\n\n\n\n

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Questionado pela reportagem, o Facebook tirou do ar o grupo “Ca\u00e7adores de paca” por violar regras ao retratar ou promover viol\u00eancia f\u00edsica contra animais<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Quando voc\u00ea mata um animal que \u00e9 presa de outros, voc\u00ea tira um elemento da cadeia que desequilibra todo o resto”, afirma.<\/p>\n\n\n\n

Figueir\u00f4a diz que j\u00e1 denunciou ao YouTube e Facebook v\u00e1rios grupos que promovem a ca\u00e7a de animais silvestres, mas que as plataformas n\u00e3o tiraram os canais do ar e sugeriram que ele simplesmente deixasse de segui-los.<\/p>\n\n\n\n

Comunicado pela BBC News Brasil sobre a reportagem, o Facebook excluiu o grupo “Ca\u00e7adores de paca”. “O grupo foi removido por violar os Padr\u00f5es da Comunidade do Facebook, que claramente vedam posts que retratem ou promovam viol\u00eancia f\u00edsica contra animais”, disse a empresa, em nota.<\/p>\n\n\n\n

Outros grupos na plataforma, por\u00e9m, ainda exibem v\u00eddeos da ca\u00e7a de animais silvestres \u2014 como o “Ca\u00e7a e Pesca Brasil” e “c\u00e3es de ca\u00e7a Bras\u00edlia df”.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 o YouTube, que mant\u00e9m no ar todos os canais de ca\u00e7adores apontados pela BBC News Brasil, disse em nota que \u00e9 “uma plataforma de v\u00eddeo aberta, e qualquer pessoa pode compartilhar conte\u00fado, que est\u00e1 sujeito a revis\u00e3o de acordo com as nossas diretrizes da comunidade”.<\/p>\n\n\n\n

“Qualquer usu\u00e1rio que acredite ter encontrado uma viola\u00e7\u00e3o dessas regras pode fazer uma den\u00fancia e nossa equipe far\u00e1 a an\u00e1lise do v\u00eddeo. Quando n\u00e3o h\u00e1 viola\u00e7\u00e3o \u00e0 pol\u00edtica de uso do produto, a decis\u00e3o final sobre a necessidade de remo\u00e7\u00e3o do conte\u00fado cabe ao Poder Judici\u00e1rio, de acordo com o que estabelece o Marco Civil da Internet”, diz a empresa.<\/p>\n\n\n\n

Principal \u00f3rg\u00e3o federal respons\u00e1vel por combater crimes ambientais, o Ibama disse \u00e0 BBC News Brasil “que a exposi\u00e7\u00e3o de conte\u00fados relacionados \u00e0 ca\u00e7a de animais silvestres no YouTube e Facebook tem forte impacto negativo para a preserva\u00e7\u00e3o ambiental, pois estimula a ca\u00e7a ilegal”.<\/p>\n\n\n\n

“Cotidianamente, o \u00f3rg\u00e3o acompanha as den\u00fancias presentes nas redes sociais e atua com base nelas, investigando os respons\u00e1veis”, completou o \u00f3rg\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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