{"id":161461,"date":"2020-07-24T12:30:15","date_gmt":"2020-07-24T15:30:15","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=161461"},"modified":"2020-07-24T01:19:03","modified_gmt":"2020-07-24T04:19:03","slug":"pantanal-tem-recorde-de-queimadas-em-22-anos-no-ms-alta-e-de-530-em-6-meses-no-mt","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/07\/24\/161461-pantanal-tem-recorde-de-queimadas-em-22-anos-no-ms-alta-e-de-530-em-6-meses-no-mt.html","title":{"rendered":"Pantanal tem recorde de queimadas em 22 anos no MS; alta \u00e9 de 530% em 6 meses no MT"},"content":{"rendered":"\n

Inc\u00eandios florestais destru\u00edram, em duas semanas, 35 mil hectares de vegeta\u00e7\u00e3o nativa; desde o in\u00edcio do ano, foram registrados 3.415 focos de inc\u00eandio, maior n\u00famero desde 1998, quando o Inpe passou a monitorar queimadas<\/p>\n\n\n\n

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Cerca de 180 bombeiros foram deslocados para a regi\u00e3o, mas as chamas continuam se espalhando. Nesta quinta-feira, 23, um comit\u00ea formado pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros pediu apoio de aeronaves ao governo federal para ampliar as frentes de combate aos focos.<\/p>\n\n\n\n

O Pantanal abrange \u00e1reas do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no Brasil, e se estende aos territ\u00f3rios da Bol\u00edvia e do Paraguai. Em todo o bioma, o n\u00famero de queimadas disparou de janeiro a julho deste ano, com aumento de 189% em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2019.<\/p>\n\n\n\n

Na por\u00e7\u00e3o do bioma no Mato Grosso, o cen\u00e1rio tamb\u00e9m \u00e9 dram\u00e1tico. No primeiro semestre deste ano, houve um aumento de mais de 530% nas queimadas, na compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano anterior, segundo um levantamento feito pelo Instituto Centro de Vida (ICV). A organiza\u00e7\u00e3o criou uma ferramenta interativa para monitorar os focos de calor no Estado durante o per\u00edodo de proibi\u00e7\u00e3o de queimadas.<\/p>\n\n\n\n

O governo federal publicou um decreto no \u00faltimo dia 16 proibindo por 120 dias as queimadas no bioma e tamb\u00e9m na Amaz\u00f4nia. O Mato Grosso, por\u00e9m, tem uma lei pr\u00f3pria valendo desde o dia 1\u00ba de julho. A an\u00e1lise mostrou que nos primeiros 15 dias do m\u00eas, o Estado como um todo teve um aumento de 12% nas queimadas, em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2019. Na semana passada, o Greenpeace tinha alertado que a por\u00e7\u00e3o de Floresta Amaz\u00f4nica que cobre o MT tamb\u00e9m estava em chamas.<\/p>\n\n\n\n

De janeiro a junho, segundo o levantamento do ICV, foram registrados 6.747 focos de calor em todo o Mato Grosso, cerca de 300 a mais que nos primeiros seis meses do ano passado. Por bioma, 60,93% dos focos foram na por\u00e7\u00e3o de Floresta Amaz\u00f4nica, 30,95% no Cerrado e 8,12% no Pantanal.<\/p>\n\n\n\n

Mas na compara\u00e7\u00e3o com o ano passado, o Pantanal no Estado est\u00e1 queimando mais neste ano. Foram 548 focos de calor de janeiro a junho, ante 87 neste per\u00edodo em 2019, aumento de 530%.<\/p>\n\n\n\n

No Mato Grosso do Sul, as chamas atingem principalmente o munic\u00edpio de Corumb\u00e1, considerado a capital pantaneira. A cidade lidera o ranking nacional de queimadas dos \u00faltimos cinco anos, com 2.423 focos, bem \u00e0 frente da segunda colocada, Pocon\u00e9 (MT), com 544. Corumb\u00e1 tamb\u00e9m \u00e9 l\u00edder no ranking dos \u00faltimos cinco meses e dos cinco \u00faltimos dias.<\/p>\n\n\n\n

Na cidade, de 92 mil habitantes, as unidades de sa\u00fade registraram aumento de 20% na procura por pacientes com doen\u00e7as respirat\u00f3rias causadas pela fuma\u00e7a. O problema \u00e9 agravado pela baixa umidade do ar decorrente da estiagem. A neblina cinzenta encobre a \u00e1rea urbana e obriga os moradores a manterem portas e janelas fechadas.<\/p>\n\n\n\n

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Inc\u00eandios em \u00e1reas de mata do Pantanal, em Corumb\u00e1, Mato Grosso do Sul. Regi\u00e3o tem recorde de queimadas em 22 anos.
Foto: CBMS\/Divulga\u00e7\u00e3o \/ Estad\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u00c0 noite, as queimadas se tornam vis\u00edveis do outro lado do Rio Paraguai. Na manh\u00e3 desta quinta, 15 bombeiros e brigadistas combatiam uma grande queimada na regi\u00e3o do Itajiloma, entre Corumb\u00e1 e Lad\u00e1rio, outro munic\u00edpio do Pantanal.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Corumb\u00e1, embora n\u00e3o seja poss\u00edvel precisar a origem dos inc\u00eandios, muitos resultam de a\u00e7\u00e3o humana. Nesta \u00e9poca, fazendeiros usam o fogo para renova\u00e7\u00e3o de pastagem e abertura de \u00e1reas para lavoura, por\u00e9m, em muitos casos, a queimada foge do controle. Conforme a corpora\u00e7\u00e3o, n\u00e3o chove h\u00e1 meses e \u00e1reas normalmente alagadas est\u00e3o secas.<\/p>\n\n\n\n

“Nesta \u00e9poca do ano, a regi\u00e3o est\u00e1 com farta biomassa e muito propensa a ocorr\u00eancias dessa natureza”, informou. Os bombeiros e a Defesa Civil pediram ao governo federal o envio de aeronaves para o transporte de equipes e ajuda direta no combate \u00e0s chamas.<\/p>\n\n\n\n

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Bombeiros combatem inc\u00eandios em \u00e1reas de mata do Pantanal, em Corumb\u00e1, Mato Grosso do Sul. Regi\u00e3o tem recorde de queimadas em 22 anos.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis (Ibama) informou que est\u00e1 disponibilizando equipes e recursos para o combate \u00e0s chamas, atrav\u00e9s da brigada do Centro Nacional de Preven\u00e7\u00e3o e Combate a Inc\u00eandios Florestais (Prevfogo), em Corumb\u00e1.<\/p>\n\n\n\n

No ano passado, os inc\u00eandios florestais queimaram um milh\u00e3o de hectares de matas, lavouras e pastagens no Mato Grosso do Sul. Foi montada uma opera\u00e7\u00e3o de guerra, com apoio de bombeiros e brigadistas de outros estados, para fazer frente \u00e0 destrui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Terra<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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