{"id":162084,"date":"2020-08-14T14:00:53","date_gmt":"2020-08-14T17:00:53","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=162084"},"modified":"2020-08-14T11:44:59","modified_gmt":"2020-08-14T14:44:59","slug":"nuvem-gigante-de-fumaca-assusta-moradores-e-elevado-numero-de-incendios-pode-agravar-pandemia-no-centro-oeste","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/08\/14\/162084-nuvem-gigante-de-fumaca-assusta-moradores-e-elevado-numero-de-incendios-pode-agravar-pandemia-no-centro-oeste.html","title":{"rendered":"Nuvem gigante de fuma\u00e7a assusta moradores e elevado n\u00famero de inc\u00eandios pode agravar pandemia no Centro-Oeste"},"content":{"rendered":"\n
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EPA\/ROGERIO FLORENTINO
Cuiab\u00e1 com nuvem de fuma\u00e7a em foto de 27 de julho; queimadas continuaram, e seus efeitos puderam ser vistos na capital de Mato Grosso nesta quinta-feira (13)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma nuvem de fuma\u00e7a encobriu cidades do Centro-Oeste na manh\u00e3 desta quinta-feira (13\/08). O principal motivo \u00e9 a atual situa\u00e7\u00e3o do Pantanal. O bioma, localizado em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, enfrenta o maior volume de queimadas nas \u00faltimas d\u00e9cadas. A piora das condi\u00e7\u00f5es ambientais, que costuma vir acompanhada de aumento de problemas respirat\u00f3rios e de sa\u00fade na popula\u00e7\u00e3o, agora se soma tamb\u00e9m \u00e0 pandemia de coronav\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n

A regi\u00e3o Centro-Oeste foi uma das \u00faltimas a serem duramente afetadas pela covid-19 no Brasil. Em julho, a nova doen\u00e7a cresceu em diversos Estados da regi\u00e3o que antes figuravam entre os menos atingidos pelo novo coronav\u00edrus, como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.<\/p>\n\n\n\n

Hoje, a regi\u00e3o \u00e9 a segunda com maior incid\u00eancia de casos a cada 100 mil habitantes \u2014 2.044,1 \u2014, atr\u00e1s apenas do Norte (2.517,7 casos a cada 100 mil habitantes).<\/p>\n\n\n\n

Inc\u00eandio<\/h3>\n\n\n\n

Em Cuiab\u00e1 (MT), um inc\u00eandio de grandes propor\u00e7\u00f5es, nas margens da Rodovia Helder C\u00e2ndia, conhecida como Estrada da Guia, piorou a situa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

As chamas come\u00e7aram na tarde de quarta-feira (12\/08), em uma \u00e1rea de Cerrado (outro bioma regional), e logo se alastraram.<\/p>\n\n\n\n

Os bombeiros conseguiram conter o fogo somente na manh\u00e3 do dia seguinte, justamente quando as chamas, associadas aos efeitos das queimadas no Pantanal, levaram fuligem e fuma\u00e7a para a capital mato-grossense e regi\u00f5es vizinhas.<\/p>\n\n\n\n

Em toda a regi\u00e3o Centro-Oeste, o n\u00famero de focos de inc\u00eandio detectados neste ano \u00e9 20% superior ao registrado entre janeiro e 12 de agosto de 2019.<\/p>\n\n\n\n

Pantanal: pior seca e maior n\u00famero de inc\u00eandios<\/h3>\n\n\n\n

A atual situa\u00e7\u00e3o do Pantanal, maior \u00e1rea \u00famida continental do planeta, preocupa ambientalistas.<\/p>\n\n\n\n

O bioma enfrenta a sua maior seca dos \u00faltimos 47 anos. Especialistas apontam que a quantidade de chuva no primeiro semestre foi 40% abaixo do esperado.<\/p>\n\n\n\n

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Imagem de sat\u00e9lite mostra fuma\u00e7a sobre Cuiab\u00e1 e cidades ao Sul do Estado
NASA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O Pantanal enfrenta ainda o pior per\u00edodo de queimadas desde o fim dos anos 90 \u2014 quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu a plataforma que se tornou refer\u00eancia para monitorar focos de calor no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

Segundo o Inpe, entre o in\u00edcio de janeiro e o dia 12 de agosto deste ano, houve alta de 242% no n\u00famero de focos de inc\u00eandio no Pantanal em compara\u00e7\u00e3o com o mesmo per\u00edodo do ano anterior.<\/p>\n\n\n\n

De janeiro a julho deste ano, foram registrados 4.218 focos de inc\u00eandio em todo o Pantanal. Nos mesmos meses em 2019, foram 1.475 registros.<\/p>\n\n\n\n

“Nessa \u00e9poca do ano, a regi\u00e3o Centro-Oeste passa pelo per\u00edodo mais seco. Isso faz com que as queimadas se tornem mais presentes e a fuma\u00e7a fique mais evidente”, diz o gerente do programa Cerrado-Pantanal do WWF-Brasil, J\u00falio Sampaio.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 comum, nessas cidades (pr\u00f3ximas ao Pantanal), acordar pela manh\u00e3 e parecer que h\u00e1 n\u00e9voa. Na verdade, \u00e9 fuma\u00e7a proveniente das queimadas no Pantanal. Essa fuma\u00e7a, associada com a fuligem e o tempo seco, faz com que \u00e1reas fiquem completamente cinzas, como aconteceu em Cuiab\u00e1 hoje (13\/08)”, declara.<\/p>\n\n\n\n

Ele ressalta que cidades como Corumb\u00e1 e Campo Grande, ambas em Mato Grosso do Sul, e Cuiab\u00e1 e Pocon\u00e9, em Mato Grosso, costumam ser as mais afetadas pela fuma\u00e7a vinda do Pantanal.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com dados do Inpe, Corumb\u00e1 foi o munic\u00edpio brasileiro que registrou mais focos de inc\u00eandio neste ano: 3.918. Em segundo lugar, vem Apu\u00ed (AM), com 1.725 focos.<\/p>\n\n\n\n

“Tudo isso \u00e9 proveniente da intensifica\u00e7\u00e3o de inc\u00eandios florestais, que tem v\u00e1rias causas, principalmente o uso indiscriminado do fogo em um per\u00edodo muito seco, sem chuva”, diz.<\/p>\n\n\n\n

Especialistas afirmam que a fiscaliza\u00e7\u00e3o no Pantanal reduziu no \u00faltimo ano, ap\u00f3s sucateamento de \u00f3rg\u00e3os fiscalizadores como o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), em meio a a\u00e7\u00f5es do governo federal.<\/p>\n\n\n\n

A situa\u00e7\u00e3o do fogo em outros biomas varia \u2014 no Cerrado, que tamb\u00e9m inclui os Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o n\u00edvel de focos est\u00e1 semelhante ao do ano passado, diz Ane Alencar, diretora de ci\u00eancia do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amaz\u00f4nia (Ipam).<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 na Amaz\u00f4nia, o cen\u00e1rio \u00e9 tamb\u00e9m bastante preocupante, com dados j\u00e1 mostrando que o n\u00famero de focos em junho e julho deste ano foram maiores do que no per\u00edodo anterior.<\/p>\n\n\n\n

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EPA\/CBMMT
Imagem do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso mostra inc\u00eandio perto de Paranatinga<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Efeitos para a sa\u00fade<\/h3>\n\n\n\n

J\u00falio Sampaio, do WWF-Brasil, lembra que a seca \u00e9 mais comum neste per\u00edodo, mas se associa neste ano a um recorde de queimadas e \u00e0 pior pandemia da hist\u00f3ria recente.<\/p>\n\n\n\n

“Os atendimentos por problemas respirat\u00f3rios causados pela fuma\u00e7a e pela fuligem sempre sobrecarregam o sistema de sa\u00fade. Isso acaba tirando o espa\u00e7o ou a dedica\u00e7\u00e3o de energia para os cuidados com a covid-19. Por isso, \u00e9 fundamental que haja gest\u00e3o e fiscaliza\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o aos inc\u00eandios florestais, para que eles n\u00e3o ocorram, principalmente, durante este per\u00edodo”, afirma \u00e0 BBC News Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Dados das secretarias de sa\u00fade estaduais apontam que Mato Grosso teve 70,6 mil casos de covid-19 e 2.245 mortes. J\u00e1 em Mato Grosso do Sul foram confirmados 34,5 mil casos e 570 mortes pelo novo coronav\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n

Conforme a Secretaria Estadual de Sa\u00fade, em Mato Grosso do Sul h\u00e1 ocupa\u00e7\u00e3o de 75,6% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados \u00e0 covid-19. J\u00e1 em Mato Grosso, segundo a pasta estadual, a atual ocupa\u00e7\u00e3o de leitos de UTI \u00e9 de 72,3%. Em julho, os dois estados chegaram a se aproximar do colapso na sa\u00fade p\u00fablica \u2014 a situa\u00e7\u00e3o, segundo autoridades locais, amenizou principalmente ap\u00f3s a abertura de novos leitos.<\/p>\n\n\n\n

Pneumologista baseada em Campo Grande (MS), Eliana Setti explica que doen\u00e7as respirat\u00f3rias s\u00e3o t\u00edpicas desta \u00e9poca do ano, mas a chegada da covid-19 pode levar a uma maior demanda do sistema de sa\u00fade e at\u00e9 mesmo \u00e0 confus\u00e3o de diagn\u00f3sticos.<\/p>\n\n\n\n

“O ar est\u00e1 muito seco e, junto com o vento, isso irrita as vias a\u00e9reas. Os efeitos delet\u00e9rios acontecem mais para os extremos de idades: crian\u00e7as e idosos”, explica.<\/p>\n\n\n\n

“Al\u00e9m da poss\u00edvel semelhan\u00e7a de quadros, \u00e9 preciso atentar para a preven\u00e7\u00e3o tanto da covid quando para as doen\u00e7as respirat\u00f3rias (t\u00edpicas)”, diz, destacando a import\u00e2ncia do uso de m\u00e1scaras e distanciamento social para a primeira e, no segundo caso, a hidrata\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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