{"id":162180,"date":"2020-08-18T08:00:00","date_gmt":"2020-08-18T11:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=162180"},"modified":"2020-08-17T22:29:14","modified_gmt":"2020-08-18T01:29:14","slug":"cientistas-acham-pela-primeira-vez-plastico-em-orgaos-humanos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/08\/18\/162180-cientistas-acham-pela-primeira-vez-plastico-em-orgaos-humanos.html","title":{"rendered":"Cientistas acham pela primeira vez pl\u00e1stico em \u00f3rg\u00e3os humanos"},"content":{"rendered":"\n

Em descoberta in\u00e9dita, pesquisadores americanos detectaram micropart\u00edculas pl\u00e1sticas em todas as 47 amostras de tecidos examinadas, de pulm\u00e3o, f\u00edgado, ba\u00e7o e rins. Efeitos na sa\u00fade das pessoas ainda s\u00e3o pouco conhecidos.<\/p>\n\n\n\n

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Usados em recipientes para comidas e bebidas, pl\u00e1sticos comprovadamente entram no trato intestinal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Cientistas americanos detectaram pela primeira vez micropl\u00e1sticos e nanopl\u00e1sticos em \u00f3rg\u00e3os e tecidos humanos, de acordo com um estudo a se apresentado nesta segunda-feira (17\/08) no congresso virtual de outono da Sociedade Americana de Qu\u00edmica (ACS, na sigla em ingl\u00eas).<\/p>\n\n\n\n

Pesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, encontraram o material em todas as 47 amostras de pulm\u00f5es, f\u00edgado, f\u00edgado, ba\u00e7o e rins que examinaram. Eles consideram a descoberta preocupante, ainda que falte informa\u00e7\u00e3o sobre os efeitos dessas part\u00edculas para a sa\u00fade humana.<\/p>\n\n\n\n

Eles obtiveram as mostras de um banco de tecidos criado para estudar doen\u00e7as neurodegenerativas. O m\u00e9todo anal\u00edtico que desenvolveram permitiu que eles identificassem dezenas de tipos de pl\u00e1stico nos tecidos humanos, incluindo policarbonato (PC), tereftalato de polietileno (PET), usado em garrafas pl\u00e1sticas, e polietileno (PE), usado para sacos pl\u00e1sticos.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 o bisfenol A (BPA), o composto utilizado na fabrica\u00e7\u00e3o de pl\u00e1stico e que ainda \u00e9 usado em recipientes para alimentos, apesar das preocupa\u00e7\u00f5es com os danos que causa \u00e0 sa\u00fade, foi encontrado em todas as 47 amostras.<\/p>\n\n\n\n

Pesquisas em animais t\u00eam associado a exposi\u00e7\u00e3o a micropl\u00e1sticos e nanopl\u00e1sticos a infertilidade, inflama\u00e7\u00f5es e c\u00e2ncer, mas os resultados para a sa\u00fade de pessoas ainda s\u00e3o pouco conhecidos.<\/p>\n\n\n\n

A ACS lembra, num documento sobre a investiga\u00e7\u00e3o, que a ingest\u00e3o de part\u00edculas de pl\u00e1stico por animais e seres humanos tem consequ\u00eancias ainda desconhecidas para a sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n

“Pode encontrar-se pl\u00e1stico contaminando o ambiente em praticamente todos os locais do globo, e em poucas d\u00e9cadas deixamos de ver o pl\u00e1stico como algo muito ben\u00e9fico para o considerarmos uma amea\u00e7a”, diz Charles Rolsky tamb\u00e9m autor do estudo.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

“H\u00e1 provas de que o pl\u00e1stico est\u00e1 entrando no nosso corpo, mas muito poucos estudos o procuram nele. E neste momento n\u00e3o sabemos se este pl\u00e1stico \u00e9 apenas um inc\u00f4modo ou se representa um perigo para a sa\u00fade humana”, adiantou o pesquisador. <\/p>\n\n\n\n

V\u00e1rios estudos j\u00e1 mostraram como os micropl\u00e1sticos podem entrar na cadeia alimentar humana. No ano retrasado, uma pesquisa revelou que esse material foi encontrado em quase todas as marcas de \u00e1gua engarrafada. Tamb\u00e9m naquele mesmo ano, cientistas encontraram o material em fezes humanas.<\/p>\n\n\n\n

“Nunca queremos ser alarmistas, mas \u00e9 preocupante que estes materiales n\u00e3o biodegrad\u00e1veis presentes em todos os lugares possam entrar e acumular-se nos tecidos humanos, porque n\u00e3o conhecemos os poss\u00edveis efeitos sobre a sa\u00fade”, adverte Varun Kelkar, outro autor do estudo.<\/p>\n\n\n\n

“Assim que tivermos uma ideia melhor do que est\u00e1 nos tecidos, podemos realizar estudos epidemiol\u00f3gicos para avaliar os resultados de sa\u00fade humana”, disse ele. “Dessa forma, podemos come\u00e7ar a entender os riscos potenciais \u00e0 sa\u00fade, se existirem.”<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas definem micropl\u00e1stico como um fragmento de pl\u00e1stico com menos de cinco mil\u00edmetros de di\u00e2metro. Os nanopl\u00e1sticos s\u00e3o ainda menores, com di\u00e2metros inferiores a 0,001 mil\u00edmetro.<\/p>\n\n\n\n

Estudos j\u00e1 mostraram que os pl\u00e1sticos podem passar atrav\u00e9s do trato intestinal dos humanos, mas os dois investigadores se debru\u00e7aram em descobrir se h\u00e1 part\u00edculas que se acumulam nos \u00f3rg\u00e3os humanos.<\/p>\n\n\n\n

Os investigadores acreditam que o estudo \u00e9 o primeiro que examina a exist\u00eancia de part\u00edculas de pl\u00e1stico em \u00f3rg\u00e3os de pessoas com um hist\u00f3rico conhecido de exposi\u00e7\u00e3o ambiental.<\/p>\n\n\n\n

Os doadores de tecidos forneceram informa\u00e7\u00f5es detalhadas sobre o seu estilo de vida, dieta e exposi\u00e7\u00f5es ocupacionais, o que pode ajudar a encontrar potenciais fontes e vias de exposi\u00e7\u00e3o a micro e nanopl\u00e1sticos, dizem os cientistas.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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