{"id":162320,"date":"2020-08-21T15:00:43","date_gmt":"2020-08-21T18:00:43","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=162320"},"modified":"2020-08-21T14:39:50","modified_gmt":"2020-08-21T17:39:50","slug":"por-que-a-florida-vai-soltar-750-milhoes-de-mosquitos-no-sul-do-estado","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/08\/21\/162320-por-que-a-florida-vai-soltar-750-milhoes-de-mosquitos-no-sul-do-estado.html","title":{"rendered":"Por que a Fl\u00f3rida vai soltar 750 milh\u00f5es de mosquitos no sul do Estado?"},"content":{"rendered":"\n
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Objetivo da medida \u00e9 reduzir a popula\u00e7\u00e3o do mosquito Aedes aegypti<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Autoridades locais na Fl\u00f3rida aprovaram a libera\u00e7\u00e3o de 750 milh\u00f5es de mosquitos que foram geneticamente modificados para reduzir as popula\u00e7\u00f5es locais desses insetos.<\/p>\n\n\n\n

O objetivo \u00e9 diminuir o n\u00famero de mosquitos transmissores de doen\u00e7as como a dengue ou a zika.<\/p>\n\n\n\n

O sinal verde para um projeto piloto ap\u00f3s anos de debate atraiu uma rea\u00e7\u00e3o r\u00e1pida de grupos ambientalistas, que alertaram para consequ\u00eancias indesejadas.<\/p>\n\n\n\n

Um grupo condenou o plano, que disse se tratar de um “experimento do Jurassic Park”.<\/p>\n\n\n\n

Os ativistas alertam sobre poss\u00edveis danos aos ecossistemas e a potencial cria\u00e7\u00e3o de mosquitos h\u00edbridos e resistentes a inseticidas.<\/p>\n\n\n\n

A empresa envolvida afirma, no entanto, que n\u00e3o haver\u00e1 risco adverso para os humanos ou o meio ambiente e aponta para uma s\u00e9rie de estudos apoiados pelo governo.<\/p>\n\n\n\n

O plano para liberar os mosquitos em 2021 em Florida Keys, uma cadeia de ilhas, surge meses depois que os mosquitos modificados foram aprovados pelos reguladores federais.<\/p>\n\n\n\n

Em maio, a Ag\u00eancia Ambiental dos Estados Unidos concedeu permiss\u00e3o \u00e0 Oxitec, empresa brit\u00e2nica que opera nos Estados Unidos, para produzir os mosquitos Aedes aegypti machos geneticamente modificados, conhecidos como OX5034.<\/p>\n\n\n\n

Os mosquitos Aedes aegypti s\u00e3o conhecidos por espalhar doen\u00e7as mortais para humanos, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.<\/p>\n\n\n\n

Apenas mosquitos f\u00eameas picam humanos, porque precisam de sangue para produzir ovos. Portanto, o plano \u00e9 libertar os mosquitos machos modificados que, espera-se, se reproduzir\u00e3o com f\u00eameas selvagens.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, os machos carregam uma prote\u00edna que mata qualquer filhote f\u00eamea antes que atinjam a idade adulta. Os machos, que se alimentam apenas de n\u00e9ctar, sobreviver\u00e3o e passar\u00e3o os genes, segundo a previs\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Com o tempo, o objetivo \u00e9 reduzir a popula\u00e7\u00e3o de mosquitos Aedes aegypti na \u00e1rea e, assim, reduzir a dissemina\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as para o ser humano.<\/p>\n\n\n\n

Nesta semana, funcion\u00e1rios do Distrito de Controle de Mosquitos de Florida Keys (FKMCD, na sigla em ingl\u00eas) deram a aprova\u00e7\u00e3o final para a libera\u00e7\u00e3o de 750 milh\u00f5es de mosquitos modificados em um per\u00edodo de dois anos.<\/p>\n\n\n\n

O plano tem muitos cr\u00edticos, incluindo cerca de 240 mil pessoas que assinaram uma peti\u00e7\u00e3o no Change.org criticando o plano da Oxitec de usar estados dos EUA “como um campo de testes para esses insetos mutantes”.<\/p>\n\n\n\n

A Oxitec informa em seu site que a empresa encontrou resultados positivos na realiza\u00e7\u00e3o de testes de campo no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Em junho, o jornal O Globo mostrou que a empresa conseguiu aprova\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o T\u00e9cnica Nacional de Biosseguran\u00e7a (CTNBio), ligada ao Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia, Tecnologia, Inova\u00e7\u00f5es e Comunica\u00e7\u00f5es, para lan\u00e7ar uma nova gera\u00e7\u00e3o de mosquitos transg\u00eanicos.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 a segunda linhagem de mosquito que a Oxitec aprova no Brasil, agora com uso de minic\u00e1psulas que cont\u00eam ovos do inseto transg\u00eanico. Segundo os respons\u00e1veis, a utiliza\u00e7\u00e3o dos ovos \u00e9 um diferencial em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 tecnologia anterior testada pela Oxitec Brasil, que liberava mosquitos adultos no ambiente.<\/p>\n\n\n\n

Os mosquitos Aedes aegypti s\u00e3o conhecidos por espalhar doen\u00e7as mortais para humanos, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.<\/p>\n\n\n\n

Apenas mosquitos f\u00eameas picam humanos, porque precisam de sangue para produzir ovos. Portanto, o plano \u00e9 libertar os mosquitos machos modificados que, espera-se, se reproduzir\u00e3o com f\u00eameas selvagens.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, os machos carregam uma prote\u00edna que mata qualquer filhote f\u00eamea antes que atinjam a idade adulta. Os machos, que se alimentam apenas de n\u00e9ctar, sobreviver\u00e3o e passar\u00e3o os genes, segundo a previs\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Com o tempo, o objetivo \u00e9 reduzir a popula\u00e7\u00e3o de mosquitos Aedes aegypti na \u00e1rea e, assim, reduzir a dissemina\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as para o ser humano.<\/p>\n\n\n\n

Nesta semana, funcion\u00e1rios do Distrito de Controle de Mosquitos de Florida Keys (FKMCD, na sigla em ingl\u00eas) deram a aprova\u00e7\u00e3o final para a libera\u00e7\u00e3o de 750 milh\u00f5es de mosquitos modificados em um per\u00edodo de dois anos.<\/p>\n\n\n\n

O plano tem muitos cr\u00edticos, incluindo cerca de 240 mil pessoas que assinaram uma peti\u00e7\u00e3o no Change.org criticando o plano da Oxitec de usar estados dos EUA “como um campo de testes para esses insetos mutantes”.<\/p>\n\n\n\n

A Oxitec informa em seu site que a empresa encontrou resultados positivos na realiza\u00e7\u00e3o de testes de campo no Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Em junho, o jornal O Globo mostrou que a empresa conseguiu aprova\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o T\u00e9cnica Nacional de Biosseguran\u00e7a (CTNBio), ligada ao Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia, Tecnologia, Inova\u00e7\u00f5es e Comunica\u00e7\u00f5es, para lan\u00e7ar uma nova gera\u00e7\u00e3o de mosquitos transg\u00eanicos.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 a segunda linhagem de mosquito que a Oxitec aprova no Brasil, agora com uso de minic\u00e1psulas que cont\u00eam ovos do inseto transg\u00eanico. Segundo os respons\u00e1veis, a utiliza\u00e7\u00e3o dos ovos \u00e9 um diferencial em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 tecnologia anterior testada pela Oxitec Brasil, que liberava mosquitos adultos no ambiente.<\/p>\n\n\n\n

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Bi\u00f3logo no Brasil libera mosquitos para combater surto de zika<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Nos Estados Unidos, a empresa tamb\u00e9m planeja implant\u00e1-los no Texas, a partir de 2021, e obteve aprova\u00e7\u00e3o federal, mas n\u00e3o estadual ou local, de acordo com relat\u00f3rios.<\/p>\n\n\n\n

Em um comunicado denunciando o projeto, o grupo ambientalista Friends of the Earth disse: “A libera\u00e7\u00e3o de mosquitos geneticamente modificados colocar\u00e1 em risco, de forma desnecess\u00e1ria, os habitantes da Fl\u00f3rida, o meio ambiente e as esp\u00e9cies amea\u00e7adas no meio de uma pandemia.”<\/p>\n\n\n\n

Mas um cientista da Oxitec disse \u00e0 ag\u00eancia de not\u00edcias AP: “N\u00f3s liberamos mais de um bilh\u00e3o de nossos mosquitos ao longo dos anos. N\u00e3o h\u00e1 risco potencial para o meio ambiente ou para os humanos.”<\/p>\n\n\n\n

O Aedes aegypti \u00e9 uma esp\u00e9cia invasora no sul da Fl\u00f3rida e \u00e9 comumente encontrado em \u00e1reas urbanas, onde vive em po\u00e7as de \u00e1gua parada. Em muitas \u00e1reas, incluindo Florida Keys, eles desenvolveram resist\u00eancia aos pesticidas.<\/p>\n\n\n\n

Fake news do supermosquito<\/h2>\n\n\n\n

Em 2019, a publica\u00e7\u00e3o de um estudo controverso no jornal Scientific Reports gerou pol\u00eamica por ter levado \u00e0 interpreta\u00e7\u00e3o de que mosquitos transg\u00eanicos desenvolvidos pela Oxitec soltos no interior da Bahia teriam levado \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de um “supermosquito” resistente.<\/p>\n\n\n\n

Encabe\u00e7ado por Jeffrey R. Powell, geneticista da Universidade de Yale, o estudo foi contestado no meio cient\u00edfico. Inclusive coautores brasileiros declararam, segundo reportagens da \u00e9poca, que nem mesmo tiveram acesso ao texto antes da publica\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O estudo apontava que a experi\u00eancia teria gerado uma popula\u00e7\u00e3o mais “robusta” de Aedes em Jacobina (BA). Depois, pesquisadores disseram que a conclus\u00e3o estava incorreta e que, na verdade, os h\u00edbridos se mostram extremamente fr\u00e1geis.<\/p>\n\n\n\n

Em entrevista \u00e0 revista \u00c9poca, uma das autoras do estudo, Margareth Capurro, professora do Instituto de Ci\u00eancias Biol\u00f3gicas (ICB) da USP, disse que “a conclus\u00e3o correta teria que ser que o h\u00edbrido acontece, \u00e9 fraco e est\u00e1 desaparecendo”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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