{"id":162400,"date":"2020-08-24T15:00:19","date_gmt":"2020-08-24T18:00:19","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=162400"},"modified":"2020-08-24T12:32:20","modified_gmt":"2020-08-24T15:32:20","slug":"incentivos-para-producao-de-bioenergia-precisam-continuar-no-contexto-pos-pandemia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/divulgacao\/2020\/08\/24\/162400-incentivos-para-producao-de-bioenergia-precisam-continuar-no-contexto-pos-pandemia.html","title":{"rendered":"Incentivos para produ\u00e7\u00e3o de bioenergia precisam continuar no contexto p\u00f3s-pandemia"},"content":{"rendered":"\n
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Governantes devem assegurar continuidade de pol\u00edticas voltadas para bioenergia, biocombust\u00edveis e bioprodutos que j\u00e1 se mostraram bem-sucedidas; assunto foi tema de webinar da BBEST, confer\u00eancia que tem apoio do programa BIOEN-FAPESP <\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O contexto atual de pandemia n\u00e3o deve desestimular a continuidade de medidas que t\u00eam sido tomadas em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 bioenergia nos \u00faltimos anos. Com a queda na demanda por combust\u00edveis, o setor pode passar por dificuldades nos pr\u00f3ximos meses e incentivos s\u00e3o essenciais para manter a produ\u00e7\u00e3o, que contribui, inclusive, para o cumprimento das metas de emiss\u00f5es de gases do efeito estufa. Essa foi uma das conclus\u00f5es do webinar \u201cThe Biofuture Principles for post-COVID Recovery: an Agenda for Brazil\u201d, realizado no dia 13 de agosto e dispon\u00edvel no YouTube.<\/p>\n\n\n\n

O semin\u00e1rio on-line integra a programa\u00e7\u00e3o da Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST) 2020.<\/p>\n\n\n\n

\u201cA ideia aqui \u00e9 dar in\u00edcio \u00e0s discuss\u00f5es da confer\u00eancia BBEST, que realizamos todo ano. Escolhemos discutir hoje a recupera\u00e7\u00e3o da economia p\u00f3s-COVID e como fazer isso de forma sustent\u00e1vel, com bioenergia. A economia desacelerou, mas as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, n\u00e3o\u201d, disse Gl\u00e1ucia Mendes Souza, professora do Instituto de Qu\u00edmica da USP e coordenadora do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), durante a abertura do evento.<\/p>\n\n\n\n

\u201cPrecisamos aumentar nossos esfor\u00e7os e fazer crescer a produ\u00e7\u00e3o de biocombust\u00edveis para alcan\u00e7ar nossas metas de emiss\u00e3o de gases do efeito estufa. N\u00e3o podemos retomar nossas economias com emiss\u00f5es maiores\u201d, completou.<\/p>\n\n\n\n

Carlos Henrique de Brito Cruz, professor do Instituto de F\u00edsica Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que ocupou o cargo de diretor cient\u00edfico da FAPESP de 2005 a abril de 2020, lembrou que mais de 40% de todo o suprimento de energia do Brasil em 2019 veio de fontes renov\u00e1veis. Dessa porcentagem, a maior parte, 16%, veio da energia gerada a partir da cana-de-a\u00e7\u00facar.<\/p>\n\n\n\n

\u201cTer 40% do suprimento prim\u00e1rio de energia vindo de fontes renov\u00e1veis \u00e9 uma grande conquista do Brasil. \u00c9 algo muito singular, muito especial e ben\u00e9fico para o pa\u00eds e para o mundo. Al\u00e9m de gerar energia emitindo menos gases do efeito estufa, o programa de bioenergia brasileiro cria e mant\u00e9m 594 mil empregos. A energia renov\u00e1vel, como um todo, mant\u00e9m 893 mil empregos, o que \u00e9 muito, especialmente no mundo de hoje. Portanto, \u00e9 uma iniciativa que criou sustentabilidade para o pa\u00eds, autossufici\u00eancia em energia e empregos para os brasileiros\u201d, disse Brito Cruz.<\/p>\n\n\n\n

Princ\u00edpios<\/h3>\n\n\n\n

Durante o webinar, os participantes comentaram o lan\u00e7amento, no dia 12 de agosto, dos Cinco Princ\u00edpios para a Recupera\u00e7\u00e3o e a Acelera\u00e7\u00e3o da Bioeconomia P\u00f3s-COVID, da Plataforma para o Biofuturo. Composta de 20 pa\u00edses e com lideran\u00e7a do Brasil, a iniciativa fundada em 2016 tem como objetivo promover a bioeconomia sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n

Os cinco princ\u00edpios incluem a continuidade dos projetos existentes, apoio a curto prazo a produtores, reavalia\u00e7\u00e3o da necessidade de manuten\u00e7\u00e3o de subs\u00eddios aos combust\u00edveis f\u00f3sseis, integrar o setor da bioeconomia aos planos mais amplos de retomada econ\u00f4mica e a cria\u00e7\u00e3o de mecanismos para incentivar a produ\u00e7\u00e3o sustent\u00e1vel de biocombust\u00edveis, bioenergia e bioprodutos.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Renato Godinho, do Minist\u00e9rio das Rela\u00e7\u00f5es Exteriores, as medidas s\u00e3o importantes em um cen\u00e1rio em que a produ\u00e7\u00e3o de biocombust\u00edveis para transporte deve cair 13% este ano, segundo a Ag\u00eancia Internacional de Energia, como consequ\u00eancia da queda nas atividades por conta da pandemia.<\/p>\n\n\n\n

\u201cMesmo quando h\u00e1 pol\u00edticas em que \u00e9 obrigat\u00f3ria uma parcela de biocombust\u00edveis entre os combust\u00edveis usados, se o total de consumo cai, o de biocombust\u00edveis cai tamb\u00e9m, obviamente. Um segundo impacto \u00e9 que os pre\u00e7os baixos do diesel e da gasolina tamb\u00e9m influenciam a competitividade dos renov\u00e1veis. Um produtor de \u00e1lcool hoje est\u00e1 vendendo menos e por um pre\u00e7o menor. Isso \u00e9 o que acontece geralmente e \u00e9 preocupante para o setor\u201d, disse Godinho.<\/p>\n\n\n\n

Plinio Nastari, presidente da consultoria Datagro, lembrou que incentivos como a certifica\u00e7\u00e3o Renovabio, que entrou em opera\u00e7\u00e3o este ano, s\u00e3o um exemplo dos princ\u00edpios da Plataforma para o Biofuturo que o Brasil j\u00e1 segue. Atualmente, 229 produtores de biocombust\u00edvel e um de biometano s\u00e3o certificados. As empresas devem cumprir crit\u00e9rios como n\u00e3o ter planta\u00e7\u00f5es em \u00e1reas desmatadas e seguir o C\u00f3digo Florestal brasileiro, tido como um dos mais rigorosos do mundo.<\/p>\n\n\n\n

Mais informa\u00e7\u00f5es no site do evento: http:\/\/bbest-biofuture.org\/webinar\/.<\/p>\n\n\n\n

O webinar est\u00e1 dispon\u00edvel tamb\u00e9m no YouTube: https:\/\/youtu.be\/tr5O38Jzlcc.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: FAPESP<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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