Desmatamento: Reino Unido planeja exigir que empresas rastreiem desmatamento nos pa\u00edses importadores (Gustavo Basso\/Getty Images)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\nO governo brit\u00e2nico publicar\u00e1 nesta ter\u00e7a-feira (25) um projeto de lei para suprimir produtos originados de desmatamento ilegal das redes de abastecimento de suas empresas, que j\u00e1 provocou cr\u00edticas de ambientalistas, para os quais o mesmo \u00e9 \u201cseriamente defeituoso\u201d.<\/p>\n\n\n\n
\u201cExiste um v\u00ednculo muito importante entre os produtos que compramos e sua pegada ambiental\u201d, afirmou o secret\u00e1rio de Estado de meio Ambiente Internacional, Lord Goldsmith, ao anunciar o projeto.<\/p>\n\n\n\n
O mesmo busca \u201cilegalizar o uso pelas empresas do Reino Unido de produtos que n\u00e3o forem cultivados de acordo com as leis locais\u201d para combater o desmatamento ilegal e proteger as florestas, informou o Departamento de Meio Ambiente, Alimenta\u00e7\u00e3o e Assuntos Rurais em um comunicado.<\/p>\n\n\n\n
O texto ficar\u00e1 aberto a consulta por seis semanas e \u201ccompilar\u00e1 as opini\u00f5es dos implicados brit\u00e2nicos e internacionais, e levar\u00e1 em conta as poss\u00edveis repercuss\u00f5es nas empresas e outros interesses\u201d.<\/p>\n\n\n\n
O projeto prev\u00ea multas ainda a determinar para as empresas que descumprirem a nova norma.<\/p>\n\n\n\n
Esta iniciativa se inscreve nas medidas propostas pelo Reino Unido antes da realiza\u00e7\u00e3o da COP26 em Glasgow, inicialmente prevista para novembro, mas adiada para 2021 por causa da pandemia do novo coronav\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n
O projeto gerou, no entanto, cr\u00edticas imediatas da ONG ambientalista Greenpeace, que o qualificou de \u201cseriamente defeituoso\u201d por se ater \u00e0s legisla\u00e7\u00f5es dos pa\u00edses produtores.<\/p>\n\n\n\n
\u201cTodos temos visto a forma como o presidente (Jair) Bolsonaro defende a expans\u00e3o da agricultura no Brasil \u00e0s custas da floresta amaz\u00f4nica\u201d, denunciou Elena Polisano, do Greenpeace UK.<\/p>\n\n\n\n
E exortou as grandes redes brit\u00e2nicas de supermercados, como \u201cTesco, que vende mais carne e produtos l\u00e1cteos e, portanto, usa mais soja para a alimenta\u00e7\u00e3o animal do que qualquer outro varejista do Reino Unido\u201d a \u201celiminar imediatamente os destruidores de florestas de sua cadeia de abastecimento\u201d.<\/p>\n\n\n\n
Os principais supermercados brit\u00e2nicos, incluindo o Tesco, amea\u00e7aram em maio boicotar os produtos do Brasil ante sua inquieta\u00e7\u00e3o com um projeto de lei de regulariza\u00e7\u00e3o fundi\u00e1ria, apoiado por Bolsonaro, que incentivaria um maior desmatamento da Amaz\u00f4nia.<\/p>\n\n\n\n
Segundo a embaixada brasileira em Londres, o Brasil \u00e9 o 15\u00ba maior exportador para o Reino Unido. Os principais produtos s\u00e3o ouro e outros minerais, soja, madeira, carne e caf\u00e9.<\/p>\n\n\n\n
Em carta entregue ao governo brit\u00e2nico em fevereiro, o l\u00edder yanomami Davi Kopenawa pediu ao primeiro-ministro brit\u00e2nico, Boris Johnson, e outros dirigentes europeus a n\u00e3o aceitarem em seus pa\u00edses o ouro e outros produtos que os ind\u00edgenas culpam pela destrui\u00e7\u00e3o de suas terras.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: EXAME<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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