{"id":162505,"date":"2020-08-27T17:00:31","date_gmt":"2020-08-27T20:00:31","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=162505"},"modified":"2020-08-27T14:48:37","modified_gmt":"2020-08-27T17:48:37","slug":"populacao-lanca-movimento-contra-petroleo-no-nordeste","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/08\/27\/162505-populacao-lanca-movimento-contra-petroleo-no-nordeste.html","title":{"rendered":"Popula\u00e7\u00e3o lan\u00e7a movimento contra petr\u00f3leo no Nordeste"},"content":{"rendered":"\n

Movimentos pesqueiros e organiza\u00e7\u00f5es da sociedade civil lan\u00e7am campanha para falar dos impactos do petr\u00f3leo<\/p>\n\n\n\n

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Foto: L\u00e9o Malafaia – AFP<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No pr\u00f3ximo dia 30 de agosto completa-se um ano que manchas de petr\u00f3leo come\u00e7aram a surgir no litoral do Nordeste e Sudeste do Brasil. Para marcar a data e continuar pedindo justi\u00e7a, est\u00e1 sendo lan\u00e7ada a campanha Mar de Luta \u2013 Justi\u00e7a Social aos Povos das \u00c1guas Atingidos pelo Petr\u00f3leo.<\/p>\n\n\n\n

A iniciativa vem de movimentos sociais de pescadores artesanais e de organiza\u00e7\u00f5es de defesa aos direitos humanos e socioambientais, e tem o apoio do Greenpeace Brasil.<\/p>\n\n\n\n

O objetivo \u00e9 continuar trazendo \u00e0 imprensa e \u00e0 sociedade as informa\u00e7\u00f5es sobre os impactos que as comunidades pesqueiras est\u00e3o sofrendo at\u00e9 hoje e reivindicar respostas e repara\u00e7\u00f5es do governo.<\/p>\n\n\n\n

No dia 30 de agosto, os movimentos far\u00e3o uma live nas redes do Intervozes e no 31, uma s\u00e9rie de mobiliza\u00e7\u00f5es online no Twitter, Instagram e Facebook do Mar de Luta.<\/p>\n\n\n\n

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\u00d3leo na Costa dos Corais em Alagoas. Foto: Felipe Brasil | Fotos P\u00fablicas<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Respons\u00e1veis ainda n\u00e3o foram identificados<\/h3>\n\n\n\n

As manchas de petr\u00f3leo apareceram em mais de mil localidades dos nove estados do Nordeste e dois do Sudeste, configurando o maior desastre ambiental em extens\u00e3o que o Brasil j\u00e1 viveu. Os respons\u00e1veis ainda n\u00e3o foram identificados.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m dos impactos econ\u00f4micos ao longo da crise do \u00f3leo, muitos dos afetados n\u00e3o conseguiram receber o aux\u00edlio emergencial durante a pandemia este ano, aumentando sua situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEstamos vivendo momentos dif\u00edceis desde que aconteceu o derramamento de \u00f3leo nas nossas praias e comunidades. N\u00f3s, mulheres, estamos perdendo a autonomia pois n\u00e3o temos condi\u00e7\u00f5es de ganhar o nosso dinheiro e de vender o marisco ou pescado. A rejei\u00e7\u00e3o \u00e9 muito grande. Antes de termos nos recuperado do petr\u00f3leo, chegou a pandemia. Estamos angustiadas sem saber como cuidar da nossa fam\u00edlia at\u00e9 porque o sistema de sa\u00fade mal chega at\u00e9 as comunidades tradicionais\u201d, diz Maria Vale, que \u00e9 pescadora de Fortim (CE) e participante da Articula\u00e7\u00e3o Nacional das Pescadoras (ANP).<\/p>\n\n\n\n

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Entre as demandas da campanha est\u00e3o a responsabiliza\u00e7\u00e3o do Estado pela falta de respostas e pesquisas sobre o impacto na sa\u00fade da popula\u00e7\u00e3o sobre efeitos socioecon\u00f4micos e ambientais. A campanha tamb\u00e9m pede um processo rigoroso de avalia\u00e7\u00e3o e monitoramento das praias, mangues e oceanos atingidos e se op\u00f5e \u00e0 abertura de novos po\u00e7os de petr\u00f3leo nos mares e oceanos.<\/p>\n\n\n\n

Riscos de sa\u00fade<\/h3>\n\n\n\n

\u201cL\u00e1 em 2019 n\u00e3o foram tomadas medidas eficazes e nem a tempo de evitar um desastre maior. N\u00e3o foi acionado um Plano de Conting\u00eancia. As pr\u00f3prias comunidades tiveram que se organizar para retirar o petr\u00f3leo. Ent\u00e3o, elas estiveram expostas a riscos de sa\u00fade. E at\u00e9 hoje n\u00e3o temos pesquisas que indiquem o n\u00edvel de comprometimento do pescado e das \u00e1guas\u201d, diz Ormezita Barbosa, Secret\u00e1ria-executiva do Conselho Pastoral dos Pescadores.<\/p>\n\n\n\n

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Fazem parte da Campanha Mar de Luta: Conselho Pastoral dos Pescadores, o Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), Articula\u00e7\u00e3o Nacional das Pescadoras (ANP), Comiss\u00e3o Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos (Confrem), Rede Manguemar e N\u00facleo de Estudos Humanidades, Mares e Rios da Universidade Federal de Pernambuco, Coletivo de Comunica\u00e7\u00e3o Intervozes e M\u00eddia Ninja.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Terra<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"