{"id":162941,"date":"2020-09-11T10:00:22","date_gmt":"2020-09-11T13:00:22","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=162941"},"modified":"2020-09-10T23:18:21","modified_gmt":"2020-09-11T02:18:21","slug":"a-gigantesca-cratera-de-50-metros-de-profundidade-que-intriga-cientistas-no-norte-da-russia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/09\/11\/162941-a-gigantesca-cratera-de-50-metros-de-profundidade-que-intriga-cientistas-no-norte-da-russia.html","title":{"rendered":"A gigantesca cratera de 50 metros de profundidade que intriga cientistas no norte da R\u00fassia"},"content":{"rendered":"\n
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J\u00e1 s\u00e3o 17 crateras em seis anos – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Desde 2014 a R\u00fassia tem assistido ao surgimento da imensas crateras em seu territ\u00f3rio, na regi\u00e3o da Sib\u00e9ria.<\/p>\n\n\n\n

A mais recente, com 50 metros de profundidade, foi descoberta por uma equipe de televis\u00e3o local e levou mais uma vez cientistas \u00e0 \u00e1rea.<\/p>\n\n\n\n

“O que vimos \u00e9 surpreendente por seu tamanho e grandeza. S\u00e3o as for\u00e7as colossais da natureza que criam esses objetos”, disse ao jornal Siberian Times Evgeny Chuvilin, pesquisador do Instituto Skolkovo de Ci\u00eancia e Tecnologia, que participou da expedi\u00e7\u00e3o cient\u00edfica.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a imprensa local, esta \u00e9 a “mais impressionante” das 17 crateras que apareceram nesta regi\u00e3o nos \u00faltimos anos.<\/p>\n\n\n\n

“Isso \u00e9 algo \u00fanico, guarda v\u00e1rias informa\u00e7\u00f5es cient\u00edficas que ainda n\u00e3o estou pronto para divulgar”, disse o ge\u00f3logo Vasily Bogoyavlensky, do Instituto Russo de Pesquisa de Petr\u00f3leo e G\u00e1s em Moscou, em entrevista para a rede de televis\u00e3o Vesti Yamal.<\/p>\n\n\n\n

Como elas se formam<\/h2>\n\n\n\n

Ele explicou ainda que as crateras, chamadas pelos cientistas de hidrolac\u00f3litos, de acordo com um relat\u00f3rio do Instituto de Ci\u00eancia e Tecnologia Skolkov, aparecem como decorr\u00eancia do derretimento de uma camada de gelo at\u00e9 ent\u00e3o perene, conhecida como permafrost, e a consequente libera\u00e7\u00e3o de g\u00e1s metano que estava sob a superf\u00edcie do gelo.<\/p>\n\n\n\n

O permafrost \u00e9 encontrado em regi\u00f5es muito frias do planeta. \u00c9 composto por terra, sedimentos e rochas permanentemente congelados – mas isso tem mudado com as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas e o aquecimento global.<\/p>\n\n\n\n

Durante esse processo, em seu interior s\u00e3o formadas \u00e1reas saturadas de gases, que, com o derretimento do gelo, s\u00e3o liberados na atmosfera – deixando um buraco para tr\u00e1s.<\/p>\n\n\n\n

“Em um sentido literal, (a cratera) \u00e9 um espa\u00e7o vazio preenchido com g\u00e1s de alta press\u00e3o e se forma quando a camada de gelo na tampa se solta”, disse ele.<\/p>\n\n\n\n

No caso da Sib\u00e9ria, a extra\u00e7\u00e3o de g\u00e1s das vastas reservas Yamal, al\u00e9m das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, pode contribuir para que o fen\u00f4meno aconte\u00e7a, acrescenta Bogoyavlensky.<\/p>\n\n\n\n

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Cratera guarda informa\u00e7\u00f5es sobre o clima de 200 mil anos atr\u00e1s – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Por conta da sa\u00edda de g\u00e1s, o surgimento dessas crateras est\u00e1 muitas vezes associado a grandes explos\u00f5es, segundo o Siberian Times.<\/p>\n\n\n\n

Uma porta para o passado<\/h2>\n\n\n\n

Ainda de acordo com a imprensa russa, os grandes buracos representam uma rara oportunidade de se olhar para o passado, o presente e o futuro ao mesmo tempo.<\/p>\n\n\n\n

As camadas de sedimentos expostas revelam como era o clima na regi\u00e3o h\u00e1 cerca de 200 mil anos, um registro geol\u00f3gico que pode ajudar a entender como ser\u00e1 a adapta\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o ao aquecimento global no futuro.<\/p>\n\n\n\n

E, ao mesmo tempo, o crescimento potencial da cratera pode ser um indicador imediato do impacto crescente da mudan\u00e7a clim\u00e1tica no permafrost.<\/p>\n\n\n\n

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Em algumas crateras previamente descobertas, a parede cresceu em m\u00e9dia 10 metros por ano – nos anos mais quentes, aumento foi de at\u00e9 30 metros – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O processo que levou ao aparecimento dos hidrolac\u00f3litos remonta \u00e0 d\u00e9cada de 60, como explicou Julian Murton, professor da Universidade de Sussex, na Inglaterra, em entrevista \u00e0 BBC.<\/p>\n\n\n\n

O r\u00e1pido desmatamento na regi\u00e3o deixou o terreno sem a prote\u00e7\u00e3o das sombras das \u00e1rvores nos meses de ver\u00e3o. Assim, os raios de sol aqueceram o solo e aceleraram o processo de degelo, uma vez que era a vegeta\u00e7\u00e3o que mantinha o solo resfriado.<\/p>\n\n\n\n

“Esta combina\u00e7\u00e3o de menos sombra e transpira\u00e7\u00e3o levou a um aquecimento da superf\u00edcie”, afirma.<\/p>\n\n\n\n

Com o derretimento do permafrost, \u00e9 poss\u00edvel que venham a surgir mais crateras como tamb\u00e9m lagos e bacias hidrogr\u00e1ficas.<\/p>\n\n\n\n

Para o professor, “\u00e0 medida que o gelo derrete em novas profundidades, podemos ver o surgimento de paisagens novas”.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

“O que vimos \u00e9 surpreendente por seu tamanho e grandeza. S\u00e3o as for\u00e7as colossais da natureza que criam esses objetos”, disse o pesquisador do Instituto Skolkovo de Ci\u00eancia e Tecnologia, que participou da expedi\u00e7\u00e3o cient\u00edfica. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":162942,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[990,2802,2146],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/162941"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=162941"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/162941\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":162945,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/162941\/revisions\/162945"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/162942"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=162941"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=162941"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=162941"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}