{"id":163308,"date":"2020-09-18T14:00:32","date_gmt":"2020-09-18T17:00:32","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=163308"},"modified":"2020-09-18T11:28:51","modified_gmt":"2020-09-18T14:28:51","slug":"voce-ja-viu-um-sabia-laranjeira-branco","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/09\/18\/163308-voce-ja-viu-um-sabia-laranjeira-branco.html","title":{"rendered":"Voc\u00ea j\u00e1 viu um sabi\u00e1-laranjeira branco?"},"content":{"rendered":"\n
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Sabi\u00e1-laranjeira com leucismo \u00e9 flagrado construindo ninho<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Encontrar um sabi\u00e1-laranjeira por a\u00ed n\u00e3o \u00e9 uma cena t\u00e3o rara. Agora, flagrar uma ave da esp\u00e9cie com leucismo e ainda fazendo um ninho, a\u00ed j\u00e1 \u00e9 sorte grande demais.<\/p>\n\n\n\n

Foi o que aconteceu h\u00e1 poucos dias com o fot\u00f3grafo e produtor audiovisual Guilherme Andrighetto, em Curitiba. \u201cTenho um projeto pessoal para realizar uma biografia das aves e escolhi come\u00e7ar pelo sabi\u00e1-laranjeira, at\u00e9 pela facilidade de encontrar a esp\u00e9cie. Estava no Parque Estadual Bosque do Papa para coletar imagens quando a sabi\u00e1 branco passou por mim\u201d, conta.<\/p>\n\n\n\n

A surpresa de ter visto a ave com leucismo foi ainda maior quando, depois de segui-la com os olhos, a observou levando galhos para o ninho que estava construindo.<\/p>\n\n\n\n

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Sabi\u00e1-laranjeira com leucismo est\u00e1 construindo o ninho em um parque de Curitiba. \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u201cSempre ouvi falar, mas nunca tinha visto uma ave inteira leuc\u00edstica, s\u00f3 arlequim. Al\u00e9m disso, agora posso acompanhar o ninho, o que est\u00e1 sendo um privil\u00e9gio”, diz.<\/p>\n\n\n\n

O leucismo \u00e9 resultado de uma muta\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica que causa perda total ou parcial de melanina nas penas, que \u00e9 o pigmento respons\u00e1vel por cores como o marrom e o preto.<\/p>\n\n\n\n

\u201cO leucismo afeta principalmente a colora\u00e7\u00e3o das penas sendo muitas vezes restrito a partes espec\u00edficas do corpo (arlequinismo). J\u00e1 no albinismo, por exemplo, al\u00e9m das penas, bico, patas e olhos tamb\u00e9m s\u00e3o afetados pela aus\u00eancia total de produ\u00e7\u00e3o de melanina e de caroten\u00f3ides\u201d, explica Luciano Lima, bi\u00f3logo especialista em aves.<\/p>\n\n\n\n

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Diferente do leucismo, animais com albinismo podem ter vis\u00e3o prejudicada. \u2014 Foto: Maria Helena Oliveira\/VC no TG<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No leucismo, os olhos mant\u00eam a pigmenta\u00e7\u00e3o normal e n\u00e3o s\u00e3o fotossens\u00edveis, enquanto no albinismo os olhos n\u00e3o possuem colora\u00e7\u00e3o e acabam assumindo tons vermelhos dos vasos sangu\u00edneos.<\/p>\n\n\n\n

“Fico a uma dist\u00e2ncia de cerca de 40 metros para n\u00e3o interferir nas atividades dela, mas ela est\u00e1 bem tranquila e completamente integrada, fica ciscando com os outros. Passa por mim sempre para coletar mais material para o ninho\u201d, comenta Guilherme.<\/p>\n\n\n\n

Luciano Lima explica que o fato de ter as penas brancas pode representar um risco maior \u00e0 ave.<\/p>\n\n\n\n

Um sabi\u00e1 predominantemente branco como este est\u00e1 mais exposto a predadores por conta da colora\u00e7\u00e3o menos discreta. Al\u00e9m disso, a falta de melanina nas penas tende a deix\u00e1-las mais fr\u00e1geis. Por estas raz\u00f5es, as chances de uma ave leuc\u00edstica atingir a idade adulta e conseguir se reproduzir \u00e9 provavelmente menor que de um indiv\u00edduo normal\u2014 Luciano Lima, ornit\u00f3logo<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A expectativa maior agora \u00e9 ver o ciclo reprodutivo da ave se completar. \u201cTento ir at\u00e9 o local v\u00e1rias vezes por semana para quem sabe filmar a c\u00f3pula e conseguir observar poss\u00edveis ovos. Por essa sabi\u00e1 ser leuc\u00edstica, eu consigo diferenci\u00e1-la das outras e ter a certeza que estou observando sempre a mesma ave. O que faz eu aprender mais sobre o comportamento e sobre o ciclo dela\u201d, conta Guilherme.<\/p>\n\n\n\n

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Sabi\u00e1-laranjeira comum sem muta\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica. \u2014 Foto: Terra da Gente\/Arquivo Pessoal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

De acordo com Luciano Lima, h\u00e1 chances dos filhotes nascerem com a mesma muta\u00e7\u00e3o da m\u00e3e: \u201cPor ser um fen\u00f4meno com base gen\u00e9tica, \u00e9 poss\u00edvel sim ser uma caracter\u00edstica que seja herdada tamb\u00e9m por algum filhote\u201d, finaliza.<\/p>\n\n\n\n

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Como todo ser vivo as aves podem ser acometidas por diversas altera\u00e7\u00f5es f\u00edsicas, principalmente nas cores \u2014 Foto: Arte\/TG<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Paix\u00e3o pelas aves<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Com mais de 70 mil registros em cinco anos e quase 500 esp\u00e9cies fotografadas, Guilherme, de 36 anos, det\u00e9m um acervo recheado, principalmente da avifauna sulista do Brasil.<\/p>\n\n\n\n

Apaixonado pela natureza desde a inf\u00e2ncia, a chegada da filha em 2003 incentivou a compra de uma c\u00e2mera digital importada que transformou a observa\u00e7\u00e3o dos animais, das flores e das paisagens de Florian\u00f3polis e Curitiba em fotografias.<\/p>\n\n\n\n

O hobby cresceu tanto que a profiss\u00e3o de engenheiro ficou para tr\u00e1s e o dia a dia como fot\u00f3grafo e produtor virou rotina. \u201cBrinco que n\u00f3s que trabalhamos com fotografias e v\u00eddeos de natureza somos ca\u00e7adores modernos. O processo para atrair os animais \u00e9 o mesmo, com muito trabalho e estrat\u00e9gia, mas o que muda \u00e9 que nunca capturamos de fato os bichos, s\u00f3 imagens deles\u201d, conta.<\/p>\n\n\n\n

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Fot\u00f3grafo e produtor Guilherme Andrighetto \u00e9 apaixonado pela natureza desde pequeno, quando passava as f\u00e9rias escalando montanhas no Sul do pa\u00eds. \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal
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As corujas s\u00e3o as esp\u00e9cies favoritas de Guilherme, que diz adorar o desafio de fotografar a ave no per\u00edodo da noite. \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal
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A sa\u00ed-andorinha \u00e9 considerada por muitos como uma das mais belas aves do Brasil. \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal
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As sa\u00eddas para capta\u00e7\u00e3o de imagens j\u00e1 renderam mais de 70 mil registros. \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
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Os beija-flores tamb\u00e9m fazem parte do acervo do amante da natureza. \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n
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O sa\u00ed-verde ocorre em toda a Amaz\u00f4nia, e tamb\u00e9m de Pernambuco a Santa Catarina. Encontrado ainda do M\u00e9xico ao Panam\u00e1 e em todos os demais pa\u00edses amaz\u00f4nicos – Guianas, Venezuela, Col\u00f4mbia, Equador, Peru e Bol\u00edvia \u2014 Foto: Guilherme Andrighetto\/Arquivo Pessoal<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Encontrar um sabi\u00e1-laranjeira por a\u00ed n\u00e3o \u00e9 uma cena t\u00e3o rara. Agora, flagrar uma ave da esp\u00e9cie com leucismo e ainda fazendo um ninho, a\u00ed j\u00e1 \u00e9 sorte grande demais. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":163310,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[527,1369,874],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/163308"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=163308"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/163308\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":163321,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/163308\/revisions\/163321"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/163310"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=163308"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=163308"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=163308"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}