{"id":164323,"date":"2020-10-14T10:00:43","date_gmt":"2020-10-14T13:00:43","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=164323"},"modified":"2020-10-13T21:23:32","modified_gmt":"2020-10-14T00:23:32","slug":"tempestades-tropicais-podem-eventualmente-sobrecarregar-as-tempestades-seguintes","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/10\/14\/164323-tempestades-tropicais-podem-eventualmente-sobrecarregar-as-tempestades-seguintes.html","title":{"rendered":"Tempestades tropicais podem eventualmente sobrecarregar as tempestades seguintes"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"576\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua-1024x576.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-164325\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua-1024x576.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua-1536x864.jpg 1536w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua-678x381.jpg 678w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/furacao_delta_eua.jpg 1600w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><figcaption>Furac\u00e3o Delta a caminho da Costa do Golfo dos Estados Unidos no in\u00edcio de outubro de 2020, mesma regi\u00e3o devastada h\u00e1 pouco tempo. A tempestade atingiu o continente em 9 de outubro.<br>FOTO DE\u00a0<strong>GO NAKAMURA, GETTY IMAGES<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Esta temporada de furac\u00f5es j\u00e1 est\u00e1 batendo recordes. A 25<sup>a<\/sup><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> da temporada a receber um nome, Delta, se aproxima da\u00a0rec\u00e9m-devastada\u00a0Costa do Golfo\u00a0\u2014 e oficialmente ainda faltam mais algumas semanas at\u00e9 o fim da temporada. As \u00e1guas quentes do Golfo, que alimentaram o furac\u00e3o Delta, est\u00e3o cada vez mais comuns com o aquecimento global, assim como uma conjun\u00e7\u00e3o de fatores que podem agravar as grandes tempestades de r\u00e1pida expans\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>Um novo <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/estudos-cientificos\">estudo<\/a>, publicado no m\u00eas passado no peri\u00f3dico\u00a0<em>Nature Communications,\u00a0<\/em>mostra como o efeito de uma tempestade nas \u00e1guas quentes e rasas do Golfo \u2014 aliado ao <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/clima\">clima<\/a> quente \u2014 criou as condi\u00e7\u00f5es prop\u00edcias para transformar a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> seguinte em algo muito mais potente.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/27\/181205-onda-de-frio-deixa-americanos-presos-em-carros-por-dias-no-estado-de-nova-york.html'>Onda de frio deixa americanos presos em carros por dias no Estado de Nova York<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/26\/181195-tempestade-de-inverno-mata-dezenas-nos-eua.html'>Tempestade de inverno mata dezenas nos EUA<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/23\/181181-eua-enfrentam-tempestades-de-inverno-com-frio-de-ate-50-c.html'>EUA enfrentam tempestades de inverno com frio de at\u00e9 -50 \u00b0C<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>At\u00e9 agora, o furac\u00e3o Delta n\u00e3o parece ser uma dessas tempestades. Condi\u00e7\u00f5es semelhantes, entretanto, podem ter intensificado dois dos maiores furac\u00f5es desta temporada, Sally e Laura, afirma\u00a0Brian Dzwonkowski, ocean\u00f3grafo da Universidade do Sul do Alabama e autor principal do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/estudos-cientificos\">estudo<\/a>, embora ele ainda n\u00e3o tenha analisado todos os dados dessas <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestades<\/a> e n\u00e3o possa confirmar se ocorreram os mesmos processos.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-video\"><video controls src=\"https:\/\/flac-pmd-ngeo.akamaized.net\/video\/FLAC_FOD_BRA\/186\/179\/1044944963781_4056000.mp4\"><\/video><figcaption>V\u00cdDEO: CIENTISTAS VOAM NO MEIO DO FURAC\u00c3O PARA COLETAR DADOS<br>Os &#8216;ca\u00e7adores de furac\u00e3o&#8217; publicaram um v\u00eddeo do sobrevoo do furac\u00e3o Irma, o pior j\u00e1 registrado no Atl\u00e2ntico<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Tempestade tropical<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Em setembro de 2018, uma pequena <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> tropical denominada Gordon atravessou o norte do Golfo do M\u00e9xico. Gordon por si s\u00f3 era bastante comum, assim como quase todos os ciclones tropicais, provocou estragos na ordem de milh\u00f5es de d\u00f3lares e trouxe muita ang\u00fastia aos moradores da costa.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas pode ter desencadeado uma s\u00e9rie de fen\u00f4menos que produziu impactos dr\u00e1sticos em uma tempestade muito maior e mais devastadora, algumas semanas depois: o furac\u00e3o Michael. Essa tempestade se intensificou rapidamente ao se aproximar da costa. Quando atingiu o continente na Fl\u00f3rida, havia se transformado em um assolador furac\u00e3o de categoria 5, causando 16 mortes e bilh\u00f5es de d\u00f3lares de destrui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>N\u00e3o havia uma n\u00edtida correla\u00e7\u00e3o entre as duas tempestades. Estavam bastante afastadas no tempo e no espa\u00e7o \u2014 por semanas e centenas de quil\u00f4metros de dist\u00e2ncia. Mas novos dados cient\u00edficosrevelam que os efeitos da <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> Gordon, em conjunto com uma onda de calor sobre a regi\u00e3o ap\u00f3s sua passagem, ajudaram Michael a se fortalecer e se transformar na tempestade mais intensa de todos os tempos a atingir a regi\u00e3o de Panhandle na Fl\u00f3rida.<\/p>\n\n\n\n<p>O cen\u00e1rio provocou uma esp\u00e9cie de \u201csobrecarga na energia el\u00e9trica do oceano\u201d, que, por sua vez, alimentou intensamente o furac\u00e3o, afirma\u00a0Dzwonkowski.<\/p>\n\n\n\n<p>Os ciclones tropicais se energizam com as \u00e1guas quentes do oceano. As \u00e1guas quentes atuam como um armazenamento de energia a ser consumida pelas tempestades, semelhante a uma bateria: quanto mais quentes as \u00e1guas, ou quanto mais \u00e1gua houver, mais energia poder\u00e1 ser transferida ao ar que se encontra em cima. \u00c1guas frias, por outro lado, podem sugar a energia de uma tempestade.<\/p>\n\n\n\n<p>O sol de ver\u00e3o aquece a camada superior do oceano. Contudo, em geral, a \u00e1gua abaixo da camada quente permanece fria. Quando uma <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> atravessa o oceano, agitando a \u00e1gua \u00e0 sua frente com seus ventos, muitas vezes leva a \u00e1gua fria das profundezas \u00e0 superf\u00edcie. A intera\u00e7\u00e3o com a \u00e1gua fria reduz a energia da tempestade e a enfraquece. Os cientistas demonstraram que esse processo\u00a0aplacou tempestades, como o furac\u00e3o Irene em 2011, que ainda causou estragos em Nova York ao passar pela regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cNaquele caso, os ventos foram fortes o suficiente para misturar a \u00e1gua, o que gerou \u00e1gua fria e enfraqueceu a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a>\u201d, explica\u00a0Greg Seroka, ocean\u00f3grafo da Administra\u00e7\u00e3o Oce\u00e2nica e Atmosf\u00e9rica Nacional dos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas isso s\u00f3 \u00e9 poss\u00edvel quando h\u00e1 \u00e1gua fria dispon\u00edvel em algum local pr\u00f3ximo \u2014 talvez em um grande redemoinho ou abaixo da superf\u00edcie. Em 2018, a tempestade Gordon eliminou por completo a \u00e1gua fria do sistema.<\/p>\n\n\n\n<p>As \u00e1guas pr\u00f3ximas \u00e0 Costa do Golfo ao longo da plataforma continental s\u00e3o rasas e a camada superior absorve bastante calor durante o ver\u00e3o com a incid\u00eancia do sol forte. Em setembro de 2018, as \u00e1guas superficiais ao longo do caminho de Gordon j\u00e1 estavam mornas, a quase 29<sup>o\u00a0<\/sup>Celsius, bem acima do limite aproximado de 26<sup>o\u00a0<\/sup>Celsius utilizado pelos cientistas como par\u00e2metro para determinar a possibilidade de avan\u00e7o de uma <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> tropical.<\/p>\n\n\n\n<p>Normalmente, uma tempestade como Gordon puxaria a \u00e1gua possivelmente fria do fundo para cima. Contudo, como Gordon se dirigiu ao noroeste, partindo da extremidade da Fl\u00f3rida em dire\u00e7\u00e3o \u00e0 fronteira do Alabama e Mississippi, onde tocou o solo, a \u00e1gua fria agitada pelo furac\u00e3o ficou presa na costa e foi empurrada para baixo em vez subir \u00e0 superf\u00edcie \u2014 e acabou se afastando da plataforma continental rasa. O que restou foi um bloco homog\u00eaneo de \u00e1gua superaquecida a cerca de 29<sup>o&nbsp;<\/sup>Celsius do fundo \u00e0 superf\u00edcie.<\/p>\n\n\n\n<p>A tempestade passou. O ver\u00e3o prosseguiu. De longe, tudo parecia normal. Mas as \u00e1guas quentes do fundo \u00e0 superf\u00edcie n\u00e3o tinham nada de normal.<\/p>\n\n\n\n<p>Em seguida, uma onda de calor passou pela regi\u00e3o \u2014 n\u00e3o uma onda recorde, mas quente o suficiente para que as \u00e1guas pr\u00f3ximas \u00e0 costa se aquecessem ainda mais. No fim de setembro, a temperatura m\u00e9dia nas \u00e1guas costeiras ficou ainda mais elevada: a superf\u00edcie se manteve a mais de 32<sup>o\u00a0<\/sup>Celsius por um per\u00edodo. Os cientistas constataram que\u00a0\u00e1guas superficiais do oceano que est\u00e3o apenas um \u00fanico grau Celsius mais quente\u00a0podem provocar <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestades<\/a> de maior intensidade.<\/p>\n\n\n\n<p>As \u201c\u00e1guas extremamente quentes na superf\u00edcie carregavam a energia el\u00e9trica do oceano\u201d, afirma Dzwonkowski. E o calor penetra mais profundamente quanto mais demorada a onda de calor.<\/p>\n\n\n\n<p>Ent\u00e3o, quando o furac\u00e3o Michael come\u00e7ou a avan\u00e7ar pela plataforma continental, dirigindo-se quase diretamente ao norte atrav\u00e9s das \u00e1guas aquecidas pela tempestade Gordon, n\u00e3o havia \u00e1gua fria dispon\u00edvel para enfraquec\u00ea-lo. A tempestade sugou a energia dispon\u00edvel e se intensificou,\u00a0provocando resultados devastadores.<\/p>\n\n\n\n<p>A cadeia de eventos ocorrida nesse caso n\u00e3o acontece sempre que uma tempestade atravessa a plataforma continental. Tempestades com percursos mais paralelos \u00e0 costa, por exemplo, n\u00e3o s\u00e3o t\u00e3o propensas a empurrar \u00e1gua para baixo com tanta efici\u00eancia. E a onda de calor posterior foi crucial: se houvesse ocorrido um esfriamento do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/clima\">clima<\/a> ap\u00f3s a passagem da <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestade<\/a> Gordon, tudo poderia ter sido diferente.<\/p>\n\n\n\n<p>N\u00e3o se sabe ao certo se esse tipo de intera\u00e7\u00e3o ocorre com frequ\u00eancia ou se \u00e9 um fen\u00f4meno novo. Tudo o que Dzwonkowski pode afirmar \u00e9 que a \u00e1gua medida por ele sob o furac\u00e3o Michael estava ao menos 0,5<sup>o&nbsp;<\/sup>Celsius mais quente do que em qualquer outro momento nos 14 anos de registros.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas h\u00e1 uma previs\u00e3o de que futuramente ser\u00e3o cada vez mais comuns as \u201cconjun\u00e7\u00f5es de fen\u00f4menos\u201d, quando dois fatores clim\u00e1ticos perigosos interagem acentuando o risco, afirma\u00a0Jane Baldwin, cientista atmosf\u00e9rica do Observat\u00f3rio da Terra Lamont Doherty de Col\u00fambia. Esse pode ser um exemplo de uma intera\u00e7\u00e3o anteriormente desconhecida que pode se agravar.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cA conjun\u00e7\u00e3o dos dois fen\u00f4menos nesse contexto toma uma propor\u00e7\u00e3o maior do que a soma deles separados\u201d, conta ela. \u201c\u00c9 cientificamente interessante \u2014 mas tamb\u00e9m mais assustador da perspectiva de mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.\u201d<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Uma s\u00e9rie de tempestades maiores<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>O que essa descoberta mostra, afirma\u00a0Tom Matthews, cientista clim\u00e1tico da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, \u00e9 que nem sequer possu\u00edmos uma compreens\u00e3o completa sobre as formas de intera\u00e7\u00e3o dos riscos clim\u00e1ticos atuais, o que remete a um futuro repleto de surpresas desagrad\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cExistem muitos riscos futuros inesperados, pois o sistema clim\u00e1tico inteiro est\u00e1 se modificando e mudando ao mesmo tempo de maneira nunca observada. E a soma de duas intera\u00e7\u00f5es pode ser muito maior at\u00e9 mesmo do que os efeitos individuais combinados dos perigos.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>Mas existem algumas previs\u00f5es mais concretas que podemos fazer. Um planeta mais quente implica\u00a0ondas de calor mais intensas e frequentes, o que tende a aumentar a probabilidade de fen\u00f4menos semelhantes aos da sobrecarga do furac\u00e3o Michael.<\/p>\n\n\n\n<p>Os cientistas demonstraram h\u00e1 muito tempo que o car\u00e1ter das tempestades tropicais tamb\u00e9m est\u00e1 mudando: est\u00e3o\u00a0reduzindo a velocidade e ficando mais intensas e \u00famidas no decorrer do tempo. H\u00e1 tamb\u00e9m cada vez mais evid\u00eancias de que a quantidade de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestades<\/a> tropicais pode aumentar gradativamente com o aquecimento global e das \u00e1guas que alimentam as tempestades. Ningu\u00e9m sabe ainda como essas mudan\u00e7as poder\u00e3o afetar fen\u00f4menos semelhantes ao furac\u00e3o Michael.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas associar tempestades mais frequentes e intensas com ondas de calor cada vez mais fortes (fen\u00f4menos \u201ccompostos\u201d, em termos clim\u00e1ticos) quase certamente aumentar\u00e1 os riscos para os humanos, tanto nesse tipo de cen\u00e1rio quanto em outros.<\/p>\n\n\n\n<p>Matthews e seus colegas analisaram outra quest\u00e3o semelhante relacionada aos riscos de tempestades e ondas de calor sucessivas. Eles avaliaram quais s\u00e3o as chances de que um grande ciclone tropical, forte o suficiente para derrubar a infraestrutura el\u00e9trica,\u00a0seja seguido por uma onda de calor \u00famido extrema? Atualmente, os riscos s\u00e3o baixos. Mas a probabilidade dos dois fen\u00f4menos desastrosos se alinharem aumenta drasticamente em um mundo mais quente. Segundo o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/estudos-cientificos\">estudo<\/a>, se o planeta ficar dois graus Celsius mais quente, \u00e9 poss\u00edvel que esses riscos em cascata se alinhem em 11 anos de um per\u00edodo de 30 anos; com um aquecimento de quatro graus Celsius, poder\u00e3o ocorrer todos os anos.<\/p>\n\n\n\n<p>Um mundo com mudan\u00e7as clim\u00e1ticas ser\u00e1 semelhante em alguns aspectos e completamente desconhecido em outros, afirma Matthews. O fato de que <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/tempestade\">tempestades<\/a> anteriores poderiam influenciar o destino das posteriores n\u00e3o era um conceito evidente ou amplamente compreendido, explica ele: foi, em muitos aspectos, uma surpresa \u2014 e j\u00e1 est\u00e1 em andamento em um <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/clima\">clima<\/a> que mudou apenas uma fra\u00e7\u00e3o do que est\u00e1 previsto.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cAs mudan\u00e7as clim\u00e1ticas trar\u00e3o ainda mais surpresas\u201d, diz ele.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Esta temporada de furac\u00f5es j\u00e1 est\u00e1 batendo recordes. A 25a tempestade da temporada a receber um nome, Delta, se aproxima da Costa do Golfo. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/10\/14\/164323-tempestades-tropicais-podem-eventualmente-sobrecarregar-as-tempestades-seguintes.html\" title=\"Tempestades tropicais podem eventualmente sobrecarregar as tempestades seguintes\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":164325,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[864,96,146,1063,3625,421],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164323"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=164323"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164323\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":164326,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164323\/revisions\/164326"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/164325"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=164323"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=164323"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=164323"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}