{"id":164458,"date":"2020-10-19T16:00:39","date_gmt":"2020-10-19T19:00:39","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=164458"},"modified":"2020-10-19T12:36:28","modified_gmt":"2020-10-19T15:36:28","slug":"mineiro-ganha-premio-internacional-por-pesquisa-com-material-biodegradavel","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/10\/19\/164458-mineiro-ganha-premio-internacional-por-pesquisa-com-material-biodegradavel.html","title":{"rendered":"Mineiro ganha pr\u00eamio internacional por pesquisa com material biodegrad\u00e1vel"},"content":{"rendered":"\n
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O engenheiro qu\u00edmico Filipe Vargas Ferreira \u00e9 um dos 25 vencedores do Green Talents 2020, programa de estudos alem\u00e3o que reconhece as melhores pesquisas em sustentabilidade do mundo (Foto: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Como criar materiais que sejam duradouros e resistentes ao longo de sua vida \u00fatil, mas que se degradem de forma f\u00e1cil quando cheguem ao\u00a0meio ambiente<\/a>? Natural de Minas Gerais, o engenheiro qu\u00edmico Filipe Vargas Ferreira, de 32 anos, tem dedicado seu doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, ao desenvolvimento de uma subst\u00e2ncia com essas caracter\u00edsticas: ser\u00a0biodegrad\u00e1vel<\/a>, sustent\u00e1vel e ter alto desempenho.<\/p>\n\n\n\n

Para chegar a esse novo material, o pesquisador utilizou\u00a0nanotecnologia<\/a>\u00a0para extrair cristais da celulose que, ao serem adicionados \u00e0 prepara\u00e7\u00e3o de novos produtos, tornaram o objeto t\u00e3o resistente quanto aqueles fabricados com pol\u00edmeros \u00e0 base de\u00a0petr\u00f3leo<\/a>, como o\u00a0pl\u00e1stico<\/a>. Al\u00e9m disso, a celulose oferece duas vantagens: uma delas \u00e9 ser o pol\u00edmero mais abundante encontrado na\u00a0natureza<\/a>, podendo facilmente substituir os derivados de petr\u00f3leo; a outra \u00e9 ser menos agressiva ao meio ambiente quando descartada.<\/p>\n\n\n\n

Com esse novo material, o pesquisador e seu grupo de estudo j\u00e1 conseguiram fabricar embalagens biodegrad\u00e1veis e implantes biom\u00e9dicos, que foram testados com sucesso em ratos. \u201cAt\u00e9 pouco tempo, usava-se a celulose apenas para a produ\u00e7\u00e3o de papel, mas agora estamos explorando mais as possibilidades de uso desse pol\u00edmero que \u00e9 t\u00e3o comum e pode substituir derivados do petr\u00f3leo\u201d, comemora Ferreira, em entrevista a GALILEU.<\/p>\n\n\n\n

Reconhecimento<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Com seus resultados promissores, o engenheiro brasileiro se tornou um dos 25 vencedores do Green Talents 2020 \u2013 International Forum for High Potentials in Sustainable Development (F\u00f3rum Internacional de Projetos com Alto Potencial para o Desenvolvimento Sustent\u00e1vel). O programa \u00e9 desenvolvido pelo Minist\u00e9rio de Educa\u00e7\u00e3o e Pesquisa da Alemanha (BMBF) e busca reconhecer projetos nas \u00e1reas de\u00a0ci\u00eancia<\/a>\u00a0e desenvolvimento sustent\u00e1vel<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

\u201cEsse reconhecimento mundial \u00e9 importante n\u00e3o apenas para mim, mas por ser resultado de uma pesquisa desenvolvida em uma universidade e com uma bolsa brasileiras. Conseguimos levar a nossa pesquisa para o mundo inteiro\u201d, afirma Ferreira, que \u00e9 o 20\u00ba brasileiro a ganhar o pr\u00eamio desde o lan\u00e7amento da iniciativa, em 2009.<\/p>\n\n\n\n

Neste ano, 589 candidatos de 87 pa\u00edses se inscreveram na premia\u00e7\u00e3o, que \u00e9 a primeira a ser realizada virtualmente, por conta da\u00a0pandemia<\/a>\u00a0de\u00a0Covid-19<\/a>. Ao longo dos pr\u00f3ximos dias, Ferreira e os outros vencedores conhecer\u00e3o, em um tour online, institui\u00e7\u00f5es de pesquisa, universidades e organiza\u00e7\u00f5es alem\u00e3s que tratam sobre sustentabilidade. Entre elas est\u00e3o a Universidade de Hamburgo, my Boo (empresa que desenvolve bicicletas de bambu), GEOMAR – Centro Helmholtz para Pesquisas Oce\u00e2nicas Kiel, Instituto Max Planck, Instituto de Cat\u00e1lise Leibniz (LIKAT Rostock), Instituto Fraunhofer para Pesquisas de Computa\u00e7\u00e3o Gr\u00e1fica (IGD) e Instituto Potsdam para Pesquisas de Impacto Clim\u00e1tico (PIK).<\/p>\n\n\n\n

Segundo Ferreira, o material j\u00e1 foi patenteado e os pr\u00f3ximos passos incluem testes cl\u00ednicos com animais de grande porte e humanos. \u201cPrecisamos come\u00e7ar os ensaios, mas, para isso, precisamos de financiamento do governo e de empresas que se interessem pelo nosso produto\u201d, diz o pesquisador, que pretende aperfei\u00e7oar o material em sua pesquisa de p\u00f3s-doutorado. \u201cTentaremos melhorar a performance do material e fazer com que ele saia do laborat\u00f3rio e seja usado pelas pessoas. Essa \u00e9 a nossa forma de retornar para a\u00a0sociedade\u00a0o investimento que a gente recebeu.\u201d<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa de Ferreira foi desenvolvida na Unicamp em colabora\u00e7\u00e3o com o Laborat\u00f3rio Nacional de Nanotecnologia (LNNano\/CNPEM); o Instituto Tecnol\u00f3gico de Aeron\u00e1utica (ITA); a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); a Universidade de Lyon, na Fran\u00e7a; e a Universidade de Aalto, na Finl\u00e2ndia. O estudo foi financiado pela Funda\u00e7\u00e3o de Amparo \u00e0 Pesquisa do Estado de S\u00e3o Paulo (Fapesp).<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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