{"id":164565,"date":"2020-10-22T06:00:52","date_gmt":"2020-10-22T09:00:52","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=164565"},"modified":"2020-10-22T00:52:39","modified_gmt":"2020-10-22T03:52:39","slug":"restam-apenas-30-destes-primatas-no-mundo-e-uma-ponte-de-corda-pode-salva-los","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/10\/22\/164565-restam-apenas-30-destes-primatas-no-mundo-e-uma-ponte-de-corda-pode-salva-los.html","title":{"rendered":"Restam apenas 30 destes primatas no mundo \u2013 e uma ponte de corda pode salv\u00e1-los"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"686\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan-1024x686.gif\" alt=\"\" class=\"wp-image-164566\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan-1024x686.gif 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan-300x201.gif 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan-768x515.gif 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan-1536x1029.gif 1536w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><figcaption>A ponte feita por humanos ajudou os gib\u00f5es-de-hainan a atravessarem seu habitat destru\u00eddo \u2014 mas os conservacionistas alertam que \u00e9 apenas uma solu\u00e7\u00e3o de curto prazo.<br>FOTO DE\u00a0<strong>PHOTO BY XINHUA; ALAMY STOCK PHOTO<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>O\u00a0<a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/primatas\">primata<\/a> mais amea\u00e7ado de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/extincao\">extin\u00e7\u00e3o<\/a> do mundo, o\u00a0gib\u00e3o-de-hainan, est\u00e1 a um passo de desaparecer. Restam somente 30 deles no planeta e todos est\u00e3o concentrados em uma parte da floresta na Ilha de Hainan, na\u00a0<a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/china\">China<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<p>Devido \u00e0 fragilidade da esp\u00e9cie, a sobreviv\u00eancia de cada gib\u00e3o \u00e9 primordial, afirma\u00a0Bosco Pui Lok Chan, gerente do\u00a0Projeto de Preserva\u00e7\u00e3o de Gib\u00f5es-de-hainan, administrado pela Fazenda e Jardim Bot\u00e2nico Kadoorie, em Hong Kong.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2023\/02\/23\/181538-as-6-grandes-extincoes-em-massa-e-por-que-vivemos-uma-agora.html'>As 6 grandes extin\u00e7\u00f5es em massa e por que vivemos uma agora<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/27\/181214-5-animais-das-americas-que-estao-em-perigo-de-extincao.html'>5 animais das Am\u00e9ricas que est\u00e3o em perigo de extin\u00e7\u00e3o<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/16\/181036-qual-animal-esta-ha-mais-tempo-na-terra.html'>Qual animal est\u00e1 h\u00e1 mais tempo na Terra?<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Na copa das \u00e1rvores, seu\u00a0<em>habitat<\/em>\u00a0natural, esses acrobatas utilizam seus bra\u00e7os longos para pular de \u00e1rvore em \u00e1rvore, permitindo-lhes colher frutos da floresta sem dificuldade. Eles t\u00eam medo de se mover pelo ch\u00e3o, e \u00e9 por isso que d\u00e9cadas de\u00a0<a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/exploracao\">explora\u00e7\u00e3o<\/a> madeireira\u00a0e atividades agr\u00edcolas separaram grupos uns dos outros, causando a elimina\u00e7\u00e3o gradual da esp\u00e9cie.<\/p>\n\n\n\n<p>Ent\u00e3o, ap\u00f3s o tuf\u00e3o Rammasun ter causado um desmoronamento terr\u00edvel em Hainan em maio de 2015, destruindo ainda mais o&nbsp;<em>habitat<\/em>&nbsp;dos gib\u00f5es e abrindo espa\u00e7os que agravaram o desmatamento j\u00e1 existente, Chan e seus colegas tomaram medidas de emerg\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n<p>Eles contrataram escaladores de \u00e1rvores profissionais para que instalassem uma ponte de corda sobre a \u00e1rea danificada da floresta \u2014 a primeira vez que esse tipo de interven\u00e7\u00e3o com a esp\u00e9cie foi realizada. A ponte foi feita com duas cordas de montanhismo estendidas sobre um v\u00e3o de 15 metros de largura entre as \u00e1rvores. Tamb\u00e9m instalaram armadilhas fotogr\u00e1ficas ativadas por movimento perto da ponte.<\/p>\n\n\n\n<p>Um novo estudo, publicado na revista cient\u00edfica\u00a0<em>Scientific Reports<\/em>, traz boas not\u00edcias: segundo Chan, coautor da pesquisa, os gib\u00f5es est\u00e3o utilizando a ponte, o que indica que essa estrat\u00e9gia pode ser aplicada em outra regi\u00e3o da floresta para ajudar os animais a se locomoverem, se misturarem e encontrarem parceiros. No in\u00edcio, os gib\u00f5es ignoraram a ponte. Depois de 176 dias de espera, Chan confessa que \u201cfoi uma surpresa agrad\u00e1vel quando decidiram utiliz\u00e1-la\u201d.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>T\u00e9cnicas utilizadas na travessia<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Chan tamb\u00e9m se surpreendeu com o que as fotos das armadilhas fotogr\u00e1ficas mostraram.<\/p>\n\n\n\n<p>Em vez de balan\u00e7ar os bra\u00e7os pelas cordas, como fazem para agarrar galhos de \u00e1rvores, muitos dos gib\u00f5es come\u00e7aram a fazer o que o pesquisador chama de \u201ccorrim\u00e3o\u201d. Eles caminharam por uma das cordas e seguraram na corda de cima para se equilibrar, da mesma forma que uma pessoa usaria um corrim\u00e3o para obter mais estabilidade.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"710\" height=\"532\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan_cruzando_ponte.png\" alt=\"\" class=\"wp-image-164567\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan_cruzando_ponte.png 710w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan_cruzando_ponte-300x225.png 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan_cruzando_ponte-678x509.png 678w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan_cruzando_ponte-326x245.png 326w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/10\/giboes_de_hainan_cruzando_ponte-80x60.png 80w\" sizes=\"(max-width: 710px) 100vw, 710px\" \/><figcaption>Gib\u00f5es-de-hainan cruzam a ponte de corda na Ilha de Hainan.<br>FOTO DE\u00a0<strong>NATURE RESEARCH PRESS SITE<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>As f\u00eameas e os filhotes pareciam mais dispostos a utilizar a ponte, possivelmente porque os machos adultos s\u00e3o fortes o bastante para pular o v\u00e3o, especula Chan. Tamb\u00e9m \u00e9 poss\u00edvel que as f\u00eameas adultas, que podem estar prenhas ou carregando um filhote, considerem esse salto arriscado demais.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cExistem muitos projetos diferentes de pontes nas copas das \u00e1rvores sendo implementados \u200b\u200bem todo o mundo, mas esse \u00e9 particularmente interessante por ser simples, de baixo custo e bem adaptado a essa esp\u00e9cie\u201d, explicou\u00a0Tremaine Gregory, bi\u00f3loga conservacionista do Centro para Preserva\u00e7\u00e3o e Sustentabilidade do Instituto de Preserva\u00e7\u00e3o Biol\u00f3gica Smithsoniano, em Washington, D.C.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Solu\u00e7\u00e3o moment\u00e2nea<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Estima-se que havia 2 mil gib\u00f5es-de-hainan na natureza durante a d\u00e9cada de 1950, mas na d\u00e9cada de 1970, a perda de seu&nbsp;<em>habitat<\/em>&nbsp;e sua ca\u00e7a reduziram esse n\u00famero de forma dr\u00e1stica para 10 indiv\u00edduos. Em um esfor\u00e7o monumental feito para salvar a esp\u00e9cie, o Projeto de Preserva\u00e7\u00e3o de Gib\u00f5es-de-hainan acompanhou e pesquisou esses sobreviventes, patrulhou seus territ\u00f3rios em busca de ca\u00e7adores e plantou \u00e1rvores. Hoje, ap\u00f3s ter seu n\u00famero triplicado, o futuro dos gib\u00f5es-de-hainan ainda corre perigo. (As tentativas de reproduzir a esp\u00e9cie em cativeiro n\u00e3o foram bem-sucedidas.)<\/p>\n\n\n\n<p>\u201c\u00c0 medida que as estradas e outras infraestruturas que constru\u00edmos dividem o mundo em peda\u00e7os cada vez menores, devemos pensar em solu\u00e7\u00f5es para manter a conectividade entre os fragmentos de&nbsp;<em>habitat<\/em>\u201d, comenta Gregory, que n\u00e3o fez parte do estudo. Ela acrescenta que a ponte nas copas das \u00e1rvores pode ser uma inspira\u00e7\u00e3o para que outros conservacionistas trabalhem em prol da prote\u00e7\u00e3o de animais arb\u00f3reos raros.<\/p>\n\n\n\n<p>Chan est\u00e1 de acordo, mas adverte que as pontes de corda s\u00e3o apenas uma solu\u00e7\u00e3o de curto prazo. \u201cDescobrir maneiras de restaurar corredores ecol\u00f3gicos naturais precisa ser uma prioridade\u201d. Ele lan\u00e7ou um projeto de reflorestamento para plantar \u00e1rvores nativas de r\u00e1pido crescimento sob a ponte de corda. \u201cTrata-se da solu\u00e7\u00e3o mais sustent\u00e1vel e de longo prazo para a preserva\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>O primata mais amea\u00e7ado de extin\u00e7\u00e3o do mundo, o gib\u00e3o-de-hainan, est\u00e1 a um passo de desaparecer. Restam somente 30 deles no planeta e todos est\u00e3o concentrados em uma parte da floresta na Ilha de Hainan, na China. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/10\/22\/164565-restam-apenas-30-destes-primatas-no-mundo-e-uma-ponte-de-corda-pode-salva-los.html\" title=\"Restam apenas 30 destes primatas no mundo \u2013 e uma ponte de corda pode salv\u00e1-los\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":164566,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1327,697,523,444,61,355],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164565"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=164565"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164565\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":164570,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164565\/revisions\/164570"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/164566"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=164565"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=164565"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=164565"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}