{"id":164848,"date":"2020-11-02T16:00:18","date_gmt":"2020-11-02T19:00:18","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=164848"},"modified":"2020-11-02T13:33:53","modified_gmt":"2020-11-02T16:33:53","slug":"audicao-apurada-e-a-principal-caracteristica-das-aranhas-cara-de-ogro-mesmo-sem-orelhas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/11\/02\/164848-audicao-apurada-e-a-principal-caracteristica-das-aranhas-cara-de-ogro-mesmo-sem-orelhas.html","title":{"rendered":"Audi\u00e7\u00e3o apurada \u00e9 a principal caracter\u00edstica das aranhas-cara-de-ogro \u2014 mesmo sem orelhas"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"576\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro-1024x576.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-164849\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro-1024x576.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro-1536x864.jpg 1536w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro-678x381.jpg 678w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/aranhas_cara_de_ogro.jpg 1600w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><figcaption>As aranhas-cara-de-ogro (fam\u00edlia\u00a0<em>Deinopidae<\/em>) t\u00eam oito olhos, mas s\u00e3o as duas esferas enormes na parte frontal que deram esse nome ao aracn\u00eddeo.<br>FOTO DE\u00a0<strong>JAY STAFSTROM<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>QUEM NOMEOU A <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranha<\/a>-cara-de-ogro claramente se impressionou com seus olhos gigantescos, esferas monstruosas capazes de avistar uma presa at\u00e9 mesmo no escuro.<\/p>\n\n\n\n<p>Contudo esse aracn\u00eddeo noturno \u00e9 not\u00e1vel por outro sentido: audi\u00e7\u00e3o. Um novo <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/estudos-cientificos\">estudo<\/a> afirma que a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranha<\/a> pode ouvir uma s\u00e9rie surpreendente de sons a mais de dois metros de dist\u00e2ncia, gra\u00e7as aos \u00f3rg\u00e3os sensoriais \u2014 localizados em suas pernas.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/07\/08\/171796-aranha-gigante-cai-do-teto-de-aviao-enquanto-piloto-pousa-na-australia-veja-video.html'>Aranha gigante cai do teto de avi\u00e3o enquanto piloto pousa na Austr\u00e1lia; veja v\u00eddeo<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2020\/11\/17\/165222-aranha-lobo-considerada-extinta-e-encontrada-em-base-militar-britanica.html'>Aranha-lobo considerada extinta \u00e9 encontrada em base militar brit\u00e2nica<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2019\/03\/19\/151005-imagens-mostram-combate-entre-cobra-e-aranha-que-leva-a-melhor.html'>Imagens mostram combate entre cobra e aranha, que leva a melhor<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Nativas do sudeste dos Estados Unidos, as\u00a0aranhas-cara-de-ogro ca\u00e7am penduradas na vegeta\u00e7\u00e3o e, em seguida, viram-se para tr\u00e1s para capturar presas voadoras em uma rede pegajosa.<\/p>\n\n\n\n<p>Curioso sobre como as aranhas conseguem realizar tal fa\u00e7anha com tamanha agilidade,\u00a0Jay Stafstrom, pesquisador de p\u00f3s-doutorado em neurobiologia na Universidade Cornell, realizou um experimento anteriormente em que cobria os olhos das <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranhas<\/a> com um peda\u00e7o de silicone. Curiosamente, mesmo com os olhos vendados, os predadores ainda eram capazes de capturar\u00a0<a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">insetos<\/a>\u00a0voadores, sugerindo que estavam realmente ouvindo sua presa.<\/p>\n\n\n\n<p>As <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranhas<\/a> n\u00e3o t\u00eam orelhas, no sentido convencional. Mas cada vez mais evid\u00eancias mostram que algumas aranhas \u2014 como aranhas-saltadoras, pescadoras e, agora, aranhas-cara-de-ogro \u2014 conseguem ouvir por meio de receptores neurais em suas pernas. Os receptores funcionam como ouvidos, captando ondas sonoras e comunicando os impulsos ao c\u00e9rebro. A habilidade das aranhas de sentir as vibra\u00e7\u00f5es das presas na ponta dos p\u00e9s em suas teias \u00e9 bastante conhecida, mas n\u00e3o \u00e9 considerada audi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>\u00c9 realmente impressionante a\u00a0<em>capacidade auditiva<\/em>\u00a0das aranhas-cara-de-ogro, afirma Stafstrom, cujo <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/estudos-cientificos\">estudo<\/a> foi publicado\u00a0na revista cient\u00edfica<em>\u00a0Current Biology<\/em>. Ao contr\u00e1rio de algumas esp\u00e9cies (como aranhas-saltadoras) que n\u00e3o conseguem ouvir sons de alta frequ\u00eancia, as aranhas-cara-de-ogro s\u00e3o capazes de detectar os sons de baixa frequ\u00eancia das batidas das asas dos <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">insetos<\/a> e os gorjeios de alta frequ\u00eancia dos p\u00e1ssaros, seus principais predadores, constatou Stafstrom.<\/p>\n\n\n\n<p>Constatar uma audi\u00e7\u00e3o t\u00e3o apurada em uma criatura t\u00e3o simples poderia ajudar os cientistas a aprender mais sobre como ocorreu a evolu\u00e7\u00e3o desse sentido, afirma\u00a0Sen Sivalinghem, bi\u00f3logo sensorial da Universidade de Toronto, que n\u00e3o participou do estudo.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cCompreender como as informa\u00e7\u00f5es sensoriais s\u00e3o processadas no c\u00e9rebro de animais relativamente menos complexos com menos neur\u00f4nios \u2014 e como isso afeta os comportamentos e decis\u00f5es do organismo \u2014 fornecer\u00e1 maior conhecimento sobre os processos e mecanismos de todos os c\u00e9rebros\u201d, afirma ele. \u201cIncluindo o nosso.\u201d<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"682\" height=\"1024\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/teia_aranha_cara_de_ogro-682x1024.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-164850\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/teia_aranha_cara_de_ogro-682x1024.jpg 682w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/teia_aranha_cara_de_ogro-200x300.jpg 200w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/teia_aranha_cara_de_ogro.jpg 710w\" sizes=\"(max-width: 682px) 100vw, 682px\" \/><figcaption>De acordo com o estudo, as aranhas-cara-de-ogro constroem uma rede pegajosa de seda e, em seguida, capturam insetos voadores \u201ctorcendo o corpo para tr\u00e1s de forma balisticamente r\u00e1pida\u201d.<br>FOTO DE\u00a0<strong>JAY STAFSTROM<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Sentido extrassensorial<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Em seu novo experimento laboratorial, Stafstrom e seus colegas inseriram min\u00fasculos eletrodos no c\u00e9rebro das <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranhas<\/a> e tamb\u00e9m nas pernas j\u00e1 fora do corpo, que podem reagir a sons at\u00e9 uma hora depois de serem cortadas. Os cientistas suspeitaram que os \u00f3rg\u00e3os metatarsais, localizados perto da extremidade da perna de cada aranha e respons\u00e1veis por sentir vibra\u00e7\u00f5es, tamb\u00e9m s\u00e3o utilizados por elas para ouvir.<\/p>\n\n\n\n<p>Os cientistas ent\u00e3o reproduziram sons em diversos tons a uma dist\u00e2ncia de cerca de dois metros. As leituras do eletrodo revelaram que o c\u00e9rebro e os \u00f3rg\u00e3os metatarsais das aranhas tornaram-se ativos quando expostos a sons de baixa e alta frequ\u00eancia. Quando desativaram os \u00f3rg\u00e3os metatarsais das <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranhas<\/a>, os aracn\u00eddeos n\u00e3o reagiram aos sons com tanta intensidade, sugerindo que os \u00f3rg\u00e3os atuam como t\u00edmpanos.<\/p>\n\n\n\n<p>Para confirmar as constata\u00e7\u00f5es do laborat\u00f3rio, a equipe tamb\u00e9m realizou o experimento com aranhas em seu&nbsp;<em>habitat<\/em>&nbsp;natural em Gainesville, na Fl\u00f3rida, reproduzindo os mesmos sons a uma dist\u00e2ncia de dois metros durante a noite.<\/p>\n\n\n\n<p>Os resultados foram os mesmos: as aranhas lan\u00e7aram suas redes ao ouvirem frequ\u00eancias baixas, que imitavam asas de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">insetos<\/a>, e permaneceram im\u00f3veis quando ouviram sons de alta frequ\u00eancia, o que indicaria um predador se aproximando. Essas respostas refor\u00e7aram a constata\u00e7\u00e3o de que as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranhas<\/a> estavam de fato ouvindo e n\u00e3o apenas reagindo \u00e0s vibra\u00e7\u00f5es da teia, segundo os autores do estudo.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cUm dos aspectos realmente interessantes deste estudo \u00e9 a combina\u00e7\u00e3o de experimentos comportamentais com o trabalho de neurofisiologia\u201d, afirma Sivalinghem.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201c\u00c9 notoriamente dif\u00edcil registrar a atividade cerebral em aranhas\u201d, acrescenta ele, o que significa que \u201csabemos muito pouco sobre como as informa\u00e7\u00f5es sensoriais s\u00e3o processadas e quais informa\u00e7\u00f5es s\u00e3o importantes para as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranhas<\/a>. Por\u00e9m, estudos como este est\u00e3o preenchendo a lacuna.\u201d<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Aprimorando a tecnologia<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>A constata\u00e7\u00e3o pode at\u00e9 levar a uma tecnologia melhor para detec\u00e7\u00e3o de sons, como microfones hipersens\u00edveis, afirma Stafstrom.<\/p>\n\n\n\n<p>Considerando que as aranhas-cara-de-ogro \u201cevolu\u00edram para serem realmente boas nesse comportamento estranho\u201d, acrescenta ele, \u201ctalvez possamos imitar isso de alguma forma\u201d.<\/p>\n\n\n\n<p>Por exemplo, ele imagina um microfone parecido com uma <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/aranha\">aranha<\/a> ou um alto-falante inteligente com oito \u201cpernas\u201d, cada uma com um sensor, assim, \u201c\u00e9 poss\u00edvel obter um bom c\u00e1lculo da proced\u00eancia do som, da rapidez em que vem e para onde vai\u201d. Segundo ele, esse dispositivo pode ser \u00fatil para detectar uma voz espec\u00edfica em meio a tantas outras.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cAcreditamos que h\u00e1 uma mina de ouro de informa\u00e7\u00f5es escondidas nessas aranhas.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Nativas do sudeste dos Estados Unidos, as aranhas-cara-de-ogro ca\u00e7am penduradas na vegeta\u00e7\u00e3o e, em seguida, viram-se para tr\u00e1s para capturar presas voadoras em uma rede pegajosa. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/11\/02\/164848-audicao-apurada-e-a-principal-caracteristica-das-aranhas-cara-de-ogro-mesmo-sem-orelhas.html\" title=\"Audi\u00e7\u00e3o apurada \u00e9 a principal caracter\u00edstica das aranhas-cara-de-ogro \u2014 mesmo sem orelhas\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":164849,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[3529,4357,384],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164848"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=164848"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164848\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":164851,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/164848\/revisions\/164851"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/164849"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=164848"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=164848"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=164848"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}