{"id":165404,"date":"2020-11-24T10:00:14","date_gmt":"2020-11-24T13:00:14","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=165404"},"modified":"2020-11-23T22:12:03","modified_gmt":"2020-11-24T01:12:03","slug":"duelo-fossilizado-dinossauros-agarrados-podem-comecar-a-revelar-seus-segredos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/11\/24\/165404-duelo-fossilizado-dinossauros-agarrados-podem-comecar-a-revelar-seus-segredos.html","title":{"rendered":"Duelo fossilizado? Dinossauros \u2018agarrados\u2019 podem come\u00e7ar a revelar seus segredos"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"576\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado-1024x576.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165405\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado-1024x576.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado-1536x864.jpg 1536w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado-678x381.jpg 678w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/fossil_de_dois_dinossauros_encontrado.jpg 1600w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><figcaption>Em 2006, ca\u00e7adores de f\u00f3sseis comerciais encontraram este tiranossauro impressionante e quase completo ao lado dos ossos de um tricer\u00e1tops\u00a0herb\u00edvoro. Agora, um museu da Carolina do Norte, nos EUA, adquiriu a dupla pr\u00e9-hist\u00f3rica, permitindo que os cientistas comecem a estudar o f\u00f3ssil pela primeira vez.<br>FOTO DE\u00a0<strong>MATT ZEHER<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Por mais de uma d\u00e9cada, paleont\u00f3logos especularam sobre um <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> \u00fanico que preserva os esqueletos de dois dos dinossauros mais famosos do mundo: o\u00a0<em>Tyrannosaurus rex<\/em>\u00a0e o\u00a0<em>Triceratops<\/em>. A posi\u00e7\u00e3o de seus ossos se manteve como estavam em vida e os <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">dinossauros<\/a> est\u00e3o praticamente entrela\u00e7ados.<\/p>\n\n\n\n<p>Cada esp\u00e9cime est\u00e1 entre os melhores de seu g\u00eanero j\u00e1 encontrados. A dupla \u2014 apelidada de \u201cDuelo de Dinossauros\u201d \u2014 representa um mist\u00e9rio paleontol\u00f3gico: teriam as feras sido sepultadas juntas por acaso, como carca\u00e7as aleatoriamente presas no mesmo banco de areia do rio? Ou estariam travando um embate mortal? Ningu\u00e9m p\u00f4de estudar o f\u00f3ssil at\u00e9 hoje para descobrir de fato.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/07\/180953-fosseis-de-dinossauro-sao-encontrados-por-acidente-em-rodovia-de-sp.html'>F\u00f3sseis de dinossauro s\u00e3o encontrados por acidente em rodovia de SP<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/09\/22\/179746-sobreviveriamos-a-altas-taxas-de-co2-como-os-dinossauros-estudo-responde.html'>Sobreviver\u00edamos a altas taxas de CO2 como os dinossauros? Estudo responde<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/08\/24\/179225-seca-extrema-revela-pegadas-de-dinossauro-que-viveu-ha-113-milhoes-de-anos.html'>Seca extrema revela pegadas de dinossauro que viveu h\u00e1 113 milh\u00f5es de anos<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>\u201cMas essa realidade est\u00e1 prestes a mudar.\u201d Ap\u00f3s anos de batalhas jur\u00eddicas que deixaram o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> trancafiado em laborat\u00f3rios ou dep\u00f3sitos, a famosa descoberta foi enviada ao Museu de Ci\u00eancias Naturais da Carolina do Norte (NCMNS, na sigla em ingl\u00eas), nos Estados Unidos, em Raleigh. Gra\u00e7as a doadores, como funda\u00e7\u00f5es privadas e governos municipais, de condados e estaduais, a organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos Amigos do Museu de Ci\u00eancias Naturais da Carolina do Norte comprar\u00e1 o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a> em nome do museu por uma quantia n\u00e3o revelada.<\/p>\n\n\n\n<p>O f\u00f3ssil ser\u00e1 abrigado em uma nova expans\u00e3o do museu, que conter\u00e1 um laborat\u00f3rio de paleontologia de \u00faltima gera\u00e7\u00e3o a ser inaugurado em 2022. \u201cO Duelo de Dinossauros \u00e9 realmente uma preciosidade oculta h\u00e1 mais de uma d\u00e9cada\u201d, afirmou Lindsay Zanno, paleont\u00f3loga da Universidade Estadual da Carolina do Norte e chefe de paleontologia do NCMNS.<\/p>\n\n\n\n<p>Os paleont\u00f3logos comemoraram o fato de o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a> ter encontrado um lar permanente. \u201cSer\u00e3o conduzidos, literalmente, milhares de estudos sobre esses f\u00f3sseis\u201d, conta o paleont\u00f3logo Tyler Lyson, do Museu de Ci\u00eancia e Natureza de Denver.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201c\u00c9 um esp\u00e9cime muito simb\u00f3lico\u201d, acrescenta o paleont\u00f3logo Kirk Johnson, diretor do Museu Nacional de Hist\u00f3ria Natural do Instituto Smithsoniano.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Anos nas sombras<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>A hist\u00f3ria da descoberta do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de Dinossauros e a longa jornada at\u00e9 o NCMNS \u00e9 t\u00e3o dram\u00e1tica quanto o pr\u00f3prio f\u00f3ssil.<\/p>\n\n\n\n<p>Ao anoitecer no condado de Garfield, em Montana, no ver\u00e3o de 2006, Clayton Phipps, um ca\u00e7ador de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3sseis<\/a>, fez a descoberta de sua vida. Phipps e sua equipe inspecionavam um rancho de propriedade de Lige e Mary Ann Murray em Montana quando o primo dele, Chad O\u2019Connor, encontrou uma trilha de fragmentos \u00f3sseos que levava a uma pelve de\u00a0<em>Triceratops<\/em>\u00a0exposta \u00e0 eros\u00e3o na encosta. Meses de escava\u00e7\u00f5es ocasionais acabaram revelando que o f\u00f3ssil marrom se tratava de um\u00a0<em>Triceratops<\/em>\u00a0praticamente completo \u2014 al\u00e9m de um tiranossauro vizinho.<\/p>\n\n\n\n<p>Depois que a equipe de Phipps protegeu o f\u00f3ssil com estopa e gesso e o retirou do rancho da fam\u00edlia Murray, o f\u00f3ssil passou anos armazenado em um laborat\u00f3rio privado em Fort Peck, Montana. Phipps e a fam\u00edlia Murray tentaram convencer um museu a adquiri-lo, mas n\u00e3o encontraram nenhum comprador. Phipps lembra que alguns paleont\u00f3logos questionaram a forma de escava\u00e7\u00e3o e de cat\u00e1logo do local.<\/p>\n\n\n\n<p>Nos Estados Unidos, f\u00f3sseis encontrados em terras federais devem permanecer em acervos aprovados, como museus credenciados. Mas <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3sseis<\/a> encontrados em terras privadas, como o Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a>, podem ser legalmente adquiridos e vendidos.<\/p>\n\n\n\n<p>Em 2013, a casa de leil\u00f5es Bonhams, com sede em Londres, convenceu Phipps e a fam\u00edlia Murray a tentar leiloar o f\u00f3ssil. Apesar de hesitarem em revelar a identidade do comprador, Phipps e a fam\u00edlia Murray tiveram custos altos que precisavam recuperar e acabaram concordando. Mas\u00a0a venda fracassou\u00a0quando os lances n\u00e3o alcan\u00e7aram o lance m\u00ednimo de US$ 6 milh\u00f5es. O <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de Dinossauros deixou a casa de leil\u00f5es em Nova York e permaneceu em um dep\u00f3sito em Long Island.<br><br>Anos mais tarde, Zanno procurou Phipps por meio de seu confidente Pete Larson, presidente do Instituto Black Hills, empresa de paleontologia comercial da Dakota do Sul, para perguntar sobre uma poss\u00edvel venda do Duelo de Dinossauros ao NCMNS. Em fevereiro de 2016, Zanno e uma equipe de funcion\u00e1rios do museu visitaram o dep\u00f3sito de Long Island, um momento que ela descreve como impressionante.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201c\u00c9 imposs\u00edvel olhar esses esp\u00e9cimes sem imagin\u00e1-los sair da rocha e andar em sua dire\u00e7\u00e3o\u201d, relata ela. \u201c\u00c9 f\u00e1cil visualizar como eram em vida.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>As negocia\u00e7\u00f5es correram bem, mas antes que o Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a> pudesse ir a Raleigh, tiveram que enfrentar anos de duras batalhas jur\u00eddicas nos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n<p>No leil\u00e3o de 2013, a fam\u00edlia Murray descobriu que Jerry e Robert Severson, seus ex-s\u00f3cios no rancho, estavam amea\u00e7ando ingressar com uma a\u00e7\u00e3o judicial, conta Mary Ann Murray. Quando a fam\u00edlia Murray adquiriu a parte do im\u00f3vel da fam\u00edlia Severson em 2005, os irm\u00e3os Severson mantiveram dois ter\u00e7os dos direitos de explora\u00e7\u00e3o mineral da propriedade. A fam\u00edlia Severson alegava que seus direitos de explora\u00e7\u00e3o mineral lhes conferiam uma parcela do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de Dinossauros \u2014 dois dos melhores esp\u00e9cimes j\u00e1 encontrados em Montana \u2014 e de quaisquer receitas resultantes de sua venda.<\/p>\n\n\n\n<p>A extra\u00e7\u00e3o de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3sseis<\/a> em Montana ocorria h\u00e1 mais de um s\u00e9culo com o pressuposto de que o direito aos f\u00f3sseis pertence aos donos da propriedade em que foram encontrados, e n\u00e3o a quem det\u00e9m os direitos de explora\u00e7\u00e3o mineral. Por essa raz\u00e3o, a fam\u00edlia Murray havia entrado preventivamente com uma a\u00e7\u00e3o judicial em uma corte estadual de Montana em busca de uma senten\u00e7a que reiterasse que f\u00f3sseis n\u00e3o eram minerais.<\/p>\n\n\n\n<p>A fam\u00edlia Severson, que era de fora do estado, ent\u00e3o transferiu o processo judicial a uma corte distrital federal, que\u00a0proferiu uma decis\u00e3o favor\u00e1vel \u00e0 fam\u00edlia Murray em 2016. A fam\u00edlia Severson recorreu da decis\u00e3o. Para o espanto de Phipps, de Larson e da fam\u00edlia Murray, o Tribunal de Segunda Inst\u00e2ncia do Nono Circuito dos Estados Unidos\u00a0emitiu uma decis\u00e3o favor\u00e1vel \u00e0 fam\u00edlia Severson em 2018, conferindo-lhes a maior parte da propriedade do Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<p>Paleont\u00f3logos consideraram a decis\u00e3o um desastre. Equiparar f\u00f3sseis a minerais amea\u00e7ava acabar com um s\u00e9culo de a\u00e7\u00f5es de reivindica\u00e7\u00e3o de propriedade de f\u00f3sseis e, al\u00e9m disso, os direitos de explora\u00e7\u00e3o mineral de uma determinada propriedade s\u00e3o muitas vezes t\u00e3o fragmentados que se tornaria quase imposs\u00edvel obter permiss\u00e3o para escava\u00e7\u00f5es futuras em terras privadas. Assim, em uma alian\u00e7a com interesses em comum, a Sociedade de Paleontologia de Vertebrados, com dois mil membros, e um cons\u00f3rcio de museus se juntaram a um grupo de propriet\u00e1rios de terras de Montana para apresentar uma peti\u00e7\u00e3o em nome da fam\u00edlia Murray.<\/p>\n\n\n\n<p>Esses grupos nem sempre concordam com o com\u00e9rcio de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3sseis<\/a> privados nos Estados Unidos, ent\u00e3o a mobiliza\u00e7\u00e3o em torno da a\u00e7\u00e3o judicial \u201cfoi uma uni\u00e3o rara\u201d, ressalta David Evans, presidente de paleontologia de vertebrados do Museu Real de Ont\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n<p>Phipps e a fam\u00edlia Murray tamb\u00e9m encorajaram o \u00f3rg\u00e3o legislativo estadual de Montana a aprovar uma lei reafirmando que os direitos f\u00f3sseis pertenciam aos propriet\u00e1rios de terras. A lei foi aprovada com unanimidade em 2019, mas ainda n\u00e3o se aplica ao <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de Dinossauros, porque a a\u00e7\u00e3o judicial federal j\u00e1 estava em tr\u00e2mite.<\/p>\n\n\n\n<p>Em 2019, o Nono Circuito concordou em julgar novamente o recurso e pediu \u00e0 Suprema Corte de Montana que avaliasse se os <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3sseis<\/a> eram minerais. Em maio de 2020, a corte estadual\u00a0determinou que n\u00e3o eram. O Nono Circuito concordou em junho, reiterando que a fam\u00edlia Murray era a leg\u00edtima propriet\u00e1ria do Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a> e que tinha, de fato, o direito de vend\u00ea-lo, o que possibilitou a aquisi\u00e7\u00e3o do NCMNS.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cAguardei uma eternidade por este momento\u201d, afirma Phipps, que agora estrela o\u00a0<em>reality show<\/em>\u00a0do Discovery Channel\u00a0<em>Dino Hunters (Ca\u00e7adores de Dinossauros<\/em>, em tradu\u00e7\u00e3o livre). \u201cN\u00e3o poderia estar mais aliviado com o desfecho da trama.\u201d<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"710\" height=\"355\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ilustracao_de_conforntos_entre_dinossauros.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165406\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ilustracao_de_conforntos_entre_dinossauros.jpg 710w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ilustracao_de_conforntos_entre_dinossauros-300x150.jpg 300w\" sizes=\"(max-width: 710px) 100vw, 710px\" \/><figcaption>O f\u00f3ssil \u201cDuelo de Dinossauros\u201d talvez represente uma batalha fatal entre um tricer\u00e1tops\u00a0e um tiranossauro jovem, retratados na reconstitui\u00e7\u00e3o do estado de Montana na pr\u00e9-hist\u00f3ria.<br>FOTO DE\u00a0<strong>ILLUSTRATION BY ANTHONY HUTCHINGS<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>A pol\u00eamica das vendas privadas de f\u00f3sseis<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Nem todos os f\u00f3sseis privados como o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a> se tornam parte de acervos de museus p\u00fablicos. Para muitos cientistas, a not\u00edcia da compra do NCMNS foi uma compensa\u00e7\u00e3o bem-vinda \u00e0\u00a0venda de Stan em outubro, um\u00a0<em>T. rex<\/em>famoso e de grande import\u00e2ncia cient\u00edfica, desenterrado por Larson e pelo Instituto Black Hills. Uma ordem judicial obrigou o instituto a leiloar o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> para comprar a parte de um acionista da empresa, e um comprador an\u00f4nimo \u2014 muito provavelmente um colecionador privado \u2014 adquiriu-o por US$ 31,8 milh\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>Paleont\u00f3logos ficaram furiosos com o pre\u00e7o exorbitante, preocupados com o relacionamento entre os cientistas e os propriet\u00e1rios de im\u00f3veis nos Estados Unidos, que provavelmente pioraria, e com a extra\u00e7\u00e3o ilegal mundial de f\u00f3sseis, temendo um aumento sem precedentes. Em contrapartida, Evans considerou o an\u00fancio do Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a> como uma \u201cnot\u00edcia fant\u00e1stica \u00e0 paleontologia, sobretudo em vista do ocorrido recentemente com o leil\u00e3o de Stan\u201d.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas nem todos os cientistas ficaram contentes. Thomas Carr, especialista em tiranossauros e paleont\u00f3logo da Faculdade Carthage em Kenosha, Wisconsin, \u00e9 um defensor ferrenho da proibi\u00e7\u00e3o da venda comercial de f\u00f3sseis dos Estados Unidos. Ele continua preocupado com a compra do Duelo de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">Dinossauros<\/a>, que poderia legitimar e apoiar o que ele considera ser um com\u00e9rcio anti\u00e9tico de f\u00f3sseis insubstitu\u00edveis.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201c\u00c9 bom que o destino desses esp\u00e9cimes tenha sido de fato um museu e que n\u00e3o desapare\u00e7am como Stan, mas, por outro lado, a que custo?\u201d explica Carr. \u201cEssa venda parece submeter cientistas e museus ao com\u00e9rcio de f\u00f3sseis.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>Carr estima que mais de 40 <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3sseis<\/a> de\u00a0<em>T. rex<\/em>\u00a0\u2014 cerca de metade de todos os f\u00f3sseis conhecidos \u2014 est\u00e3o em m\u00e3os privadas ou comerciais e permanecem fora do alcance da ci\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Um duelo pr\u00e9-hist\u00f3rico?<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Agora que Zanno e sua equipe podem examinar o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">Duelo<\/a> de Dinossauros, anos de estudos cient\u00edficos come\u00e7am \u2014 inclusive a an\u00e1lise que busca saber se a dupla de fato morreu em uma batalha fatal.<\/p>\n\n\n\n<p>Esse n\u00e3o \u00e9 o primeiro f\u00f3ssil com predadores e presas encontrados juntos. Em 1971, paleont\u00f3logos poloneses e mong\u00f3is encontraram\u00a0um\u00a0velocir\u00e1ptor\u00a0e um\u00a0protocer\u00e1tops, um primo antigo do\u00a0<em>tricer\u00e1tops<\/em>, em uma batalha, soterrados em uma duna de areia. Para desvendar o destino dos dinossauros de Montana, os pesquisadores precisar\u00e3o identificar precisamente como \u2014 e quando \u2014 cada dinossauro foi sepultado e se cada um carrega sinais inconfund\u00edveis de ferimentos causados por outro de sua esp\u00e9cie, como marcas de dentes.<\/p>\n\n\n\n<p>Felizmente, Zanno e sua equipe obtiveram permiss\u00e3o para visitar o local da escava\u00e7\u00e3o original, o que deve ajudar a determinar como o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> se formou. \u201cSe n\u00e3o pud\u00e9ssemos conhecer o local da descoberta dos esp\u00e9cimes e coletar nossos pr\u00f3prios dados, os esp\u00e9cimes seriam muito menos valiosos de uma perspectiva cient\u00edfica\u201d, acrescenta Zanno.<\/p>\n\n\n\n<p>Mesmo sem saber se realmente ocorreu um <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/conflitos\">duelo<\/a> entre os <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">dinossauros<\/a>, o f\u00f3ssil representa uma oportunidade \u00fanica de estudar esp\u00e9cimes incrivelmente preservados de cada um dos animais primitivos.<\/p>\n\n\n\n<p>O tiranossauro, por exemplo, vai esclarecer como ocorria o processo de amadurecimento do\u00a0<em>T. rex<\/em>,desde quando era filhote at\u00e9 se tornar um predador gigantesco. A maioria dos especialistas acredita que o tiranossauro em quest\u00e3o era um\u00a0<em>T. rex<\/em>\u00a0jovem, o que o tornaria um dos poucos f\u00f3sseis desse g\u00eanero e, de longe, o mais completo. Por outro lado, Phipps afirma que o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> \u00e9, entretanto, um\u00a0<em>Nanotyrannus,\u00a0<\/em>uma esp\u00e9cie controversa de tiranossauro pigmeu que a maioria dos especialistas considera ser, na verdade, um\u00a0<em>T. rex<\/em>\u00a0jovem.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cPara mim, o essencial \u00e9 a diversidade dos dinossauros antes de sua extin\u00e7\u00e3o \u2014 acredito que seja o que realmente importa\u201d, afirma Lyson, do Museu de Ci\u00eancias Naturais de Denver. \u201cSer\u00e1 que se trata de um grande tiranossauro ou dois?\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>A rocha em torno dos ossos guarda ainda mais segredos porque cont\u00e9m impress\u00f5es da pele dos <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/dinossauro\">dinossauros<\/a> e res\u00edduos com ind\u00edcios formados devido \u00e0 degrada\u00e7\u00e3o dos tecidos moles dos animais. Gra\u00e7as aos avan\u00e7os recentes da paleontologia, futuros cientistas tamb\u00e9m poder\u00e3o encontrar conte\u00fados estomacais ou mesmo vest\u00edgios das prote\u00ednas originais dos dinossauros encerrados na rocha. \u201cO processo de expor os ossos sem destruir sua pele ser\u00e1 muito complexo\u201d, completa Johnson.<\/p>\n\n\n\n<p>Phipps est\u00e1 aliviado, poisos cientistas finalmente poder\u00e3o analisar o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/fossil\">f\u00f3ssil<\/a> \u2014 e mal pode esperar por uma futura visita \u00e0 Carolina do Norte.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cQuero levar meus netos ao local um dia e dizer: crian\u00e7as, seu velho av\u00f4 foi quem encontrou esses dinossauros\u201d, conta ele. \u201cAs pessoas poder\u00e3o v\u00ea-los para sempre. \u00c9 o que sempre desejei.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Por mais de uma d\u00e9cada, paleont\u00f3logos especularam sobre um f\u00f3ssil \u00fanico que preserva os esqueletos de dois dos dinossauros mais famosos do mundo: o Tyrannosaurus rex e o Triceratops. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/11\/24\/165404-duelo-fossilizado-dinossauros-agarrados-podem-comecar-a-revelar-seus-segredos.html\" title=\"Duelo fossilizado? 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