{"id":165560,"date":"2020-11-30T14:00:53","date_gmt":"2020-11-30T17:00:53","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=165560"},"modified":"2020-11-30T11:52:03","modified_gmt":"2020-11-30T14:52:03","slug":"waterworld-por-que-maior-fracasso-do-cinema-e-visto-com-outros-olhos-25-anos-depois","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/11\/30\/165560-waterworld-por-que-maior-fracasso-do-cinema-e-visto-com-outros-olhos-25-anos-depois.html","title":{"rendered":"&#8216;Waterworld&#8217;: por que &#8216;maior fracasso&#8217; do cinema \u00e9 visto com outros olhos 25 anos depois"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/filme_waterworld.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165561\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/filme_waterworld.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/filme_waterworld-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/filme_waterworld-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/filme_waterworld-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Apesar de n\u00e3o ter sido sucesso de cr\u00edtica ou bilheteria, filme teve impacto positivo nas discuss\u00f5es sobre as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas &#8211; ALAMY<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p><strong>Quando&nbsp;<\/strong><em><strong>Waterworld<\/strong><\/em><strong>&nbsp;&#8211;&nbsp;<\/strong><em><strong>O Segredo das \u00c1guas<\/strong><\/em><strong>&nbsp;estreou nos cinemas americanos em julho de 1995, foi um grande fiasco.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>E quando entrou em cartaz no Reino Unido, apenas duas semanas depois \u2014 com status de filme mais caro j\u00e1 feito at\u00e9 ent\u00e3o, problemas na produ\u00e7\u00e3o, cr\u00edticas de medianas a negativas e bilheteria comparativamente fraca \u2014,. havia todos os ingredientes para a obra se consolidar como um verdadeiro fracasso.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2023\/03\/13\/181621-como-a-lua-esta-tornando-dias-na-terra-mais-longos.html'>Como a Lua est\u00e1 tornando dias na Terra mais longos<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2023\/03\/07\/181617-supernova-se-tornou-um-poderoso-acelerador-de-particulas.html'>Supernova se tornou um poderoso acelerador de part\u00edculas<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2023\/03\/02\/181580-corredor-oculto-na-grande-piramide-de-gize-e-visto-pela-primeira-vez.html'>Corredor oculto na Grande Pir\u00e2mide de Giz\u00e9 \u00e9 visto pela primeira vez<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Mas, 25 anos depois, o legado e o impacto de<em>&nbsp;Waterworld<\/em>&nbsp;merecem uma releitura.<\/p>\n\n\n\n<p>O roteirista do filme, Peter Rader, que criou a aventura p\u00f3s-apocal\u00edptica ambientada em um futuro em que as calotas polares derretem e a \u00e1gua cobre a Terra, disse \u00e0 BBC Culture que\u00a0<em>Waterworld<\/em>\u00a0\u00e9, na verdade, &#8220;uma das produ\u00e7\u00f5es de maior sucesso&#8221; no vasto cat\u00e1logo da Universal.<\/p>\n\n\n\n<p>Com raz\u00e3o, j\u00e1 que a atra\u00e7\u00e3o\u00a0<em>Waterworld: A Live Sea War Spectacular<\/em>\u00a0tem sido fundamental para os parques tem\u00e1ticos da Universal Studios desde que foi aberta em Hollywood, apenas algumas semanas ap\u00f3s o lan\u00e7amento do filme.<\/p>\n\n\n\n<p>Uma das atra\u00e7\u00f5es mais populares nas filiais do parque em Cingapura e no Jap\u00e3o, a performance gerou &#8220;bilh\u00f5es em receita&#8221; para o est\u00fadio, de acordo com Rader.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atracao_waterworld_universal_studios.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165562\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atracao_waterworld_universal_studios.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atracao_waterworld_universal_studios-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atracao_waterworld_universal_studios-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atracao_waterworld_universal_studios-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>A atra\u00e7\u00e3o inspirada no filme &#8216;Waterworld&#8217; \u00e9 uma das mais populares nos parques tem\u00e1ticos da Universal Studios &#8211; ALAMY<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>&#8220;Milh\u00f5es de pessoas foram expostas ao conceito de&nbsp;<em>Waterworld<\/em>. (O parque) tem uma \u00e1rea dedicada ao&nbsp;<em>Jurassic Park<\/em>. Uma \u00e1rea para o&nbsp;<em>Harry Potter<\/em>. Uma \u00e1rea do&nbsp;<em>Transformers<\/em>. E todas essas s\u00e3o franquias de uma s\u00e9rie de filmes. Todas tiveram pelo menos tr\u00eas, em alguns casos sete produ\u00e7\u00f5es.&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;\u00e9 apenas um \u00fanico filme. O que isso quer dizer sobre o conceito? \u00c9 t\u00e3o primordialmente atraente.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Mesmo como filme,&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;&#8220;n\u00e3o \u00e9 t\u00e3o terr\u00edvel quanto alguns cr\u00edticos afirmam&#8221;, diz Sorcha N\u00ed Fhlainn, professora de Estudos de Cinema e Estudos Americanos na Manchester Metropolitan University, no Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Tem algumas cenas emocionantes e faz considera\u00e7\u00f5es importantes sobre ecologia, combust\u00edveis f\u00f3sseis e sustentabilidade na d\u00e9cada de 1990.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>N\u00e3o \u00e9 \u00e0 toa que&nbsp;<em>Waterworld&nbsp;<\/em>foi reavaliado pelos cr\u00edticos nos \u00faltimos anos, com o jornal brit\u00e2nico The Guardian descrevendo o longa como um &#8220;cl\u00e1ssico cult em produ\u00e7\u00e3o&#8221;, e a revista americana Forbes afirmando que o filme foi o &#8220;maior fracasso de bilheteria sem ter sido&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>Embora Rader, que foi substitu\u00eddo por David Twohy como roteirista, quando o ator Kevin Costner e o diretor Kevin Reynolds se juntaram \u00e0 equipe, admita que ficou decepcionado com o tom de<em>\u00a0Waterworld<\/em>, h\u00e1 v\u00e1rios elementos que ele adora na vers\u00e3o final do filme.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ator_kevin_costner_em_waterworld.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165563\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ator_kevin_costner_em_waterworld.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ator_kevin_costner_em_waterworld-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ator_kevin_costner_em_waterworld-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/ator_kevin_costner_em_waterworld-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Para evitar que a Universal fizesse cortes no roteiro, Costner concordou em abrir m\u00e3o do seu percentual na receita bruta do filme &#8211; ALAMY<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Particularmente, a cena silenciosa de abertura, que mostra como o marinheiro interpretado por Kevin Costner filtra sua pr\u00f3pria urina para beber \u2014 o que, segundo Rader, \u00e9 um excelente exemplo de narrativa visual, conforme ensinado na renomada escola de cinema da University of Southern California, nos EUA.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\" id=\"Grande-demais-para-fazer-sucesso\">Grande demais para fazer sucesso<\/h2>\n\n\n\n<p>Mas se os f\u00e3s de cinema est\u00e3o come\u00e7ando agora a apreciar&nbsp;<em>Waterworld<\/em>, por que o filme foi t\u00e3o avidamente rejeitado e atacado quando foi lan\u00e7ado?<\/p>\n\n\n\n<p>De acordo com Yannis Tzioumakis, da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, uma tempestade perfeita de problemas arruinou a estreia do longa.<\/p>\n\n\n\n<p>Em primeiro lugar, houve um &#8220;grande aumento no que chamamos de infoentretenimento&#8221; \u2014 combina\u00e7\u00e3o entre not\u00edcias e entretenimento. Isso abrange principalmente &#8220;n\u00fameros de bilheteria e produ\u00e7\u00f5es cinematogr\u00e1ficas, especialmente quando enfrentam problemas e estouram o or\u00e7amento&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>A duplica\u00e7\u00e3o e, em seguida, triplica\u00e7\u00e3o dos custos de produ\u00e7\u00e3o de&nbsp;<em>Waterworld<\/em>, acompanhada pela destrui\u00e7\u00e3o de um set multimilion\u00e1rio de filmagem por um furac\u00e3o e a batalha criativa de Costner com Reynolds, que resultou na sa\u00edda do diretor antes de a edi\u00e7\u00e3o ser finalizada, logo se tornaram a mat\u00e9ria-prima perfeita para esses programas.<\/p>\n\n\n\n<p>Al\u00e9m disso, a s\u00e9rie de filmes incr\u00edveis protagonizados por Costner, que come\u00e7ou em 1987 com<em>&nbsp;Sem Sa\u00edda<\/em>&nbsp;e&nbsp;<em>Os Intoc\u00e1veis<\/em>, e foi seguida por&nbsp;<em>Sorte no Amor<\/em>,&nbsp;<em>Campo dos Sonhos<\/em>,&nbsp;<em>Dan\u00e7a com Lobos<\/em>,&nbsp;<em>Robin Hood &#8211; O Pr\u00edncipe dos Ladr\u00f5es<\/em>,&nbsp;<em>JFK<\/em>,&nbsp;<em>O Guarda-Costas<\/em>&nbsp;e&nbsp;<em>Um Mundo Perfeito<\/em>&nbsp;j\u00e1 havia sido interrompida em 1994.<\/p>\n\n\n\n<p>Tanto<em>&nbsp;Wyatt Earp<\/em>&nbsp;quanto&nbsp;<em>A \u00c1rvore dos Sonhos<\/em>&nbsp;foram um fracasso de bilheteria \u2014 nenhum dos dois conseguiu arrecadar nem a metade de seus or\u00e7amentos.<\/p>\n\n\n\n<p>Por volta dessa \u00e9poca,\u00a0<em>O \u00daltimo Grande Her\u00f3i<\/em>\u00a0e\u00a0<em>A Ilha da Garganta Cortada<\/em>\u00a0tamb\u00e9m foram um fiasco.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/elenco_feminino_waterworld.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165564\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/elenco_feminino_waterworld.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/elenco_feminino_waterworld-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/elenco_feminino_waterworld-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/elenco_feminino_waterworld-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Waterworld foi criticado pela falta de diversidade e pela representa\u00e7\u00e3o simplista dos personagens femininos &#8211; ALAMY<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Esses blockbusters com or\u00e7amentos milion\u00e1rios eram a ant\u00edtese do movimento indie de Hollywood dos anos 1990, diz N\u00ed Fhlainn, especialmente com &#8220;o surgimento de novos diretores, como Quentin Tarantino&#8221;, e uma onda de &#8220;filmes emocionantes de sucesso comercial e de cr\u00edtica&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas embora&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;possa ser mais interessante do que costuma ser lembrado, h\u00e1 dois aspectos do filme que s\u00e3o terrivelmente datados. A falta de diversidade \u00e9 assustadora, j\u00e1 que o elenco \u00e9 quase inteiramente branco e masculino.<\/p>\n\n\n\n<p>Rader reconhece que este lado de&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;\u00e9 particularmente &#8220;gritante&#8221; nos &#8220;dias de hoje&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>O tratamento que o filme oferece \u00e0s personagens femininas n\u00e3o \u00e9 muito melhor. N\u00ed Fhlainn observa como o longa mostra repetidamente uma &#8220;compreens\u00e3o limitada da complexidade feminina&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>No filme, um grupo chamado Smokers est\u00e1 \u00e0 procura de uma garota que tem um mapa para terra firme tatuado nas costas; segundo N\u00ed Fhlainn, a menina Enola (Tina Majorino) e sua tutora Helen (Jeanne Tripplehorn) s\u00e3o tratadas como &#8220;commodities a serem negociadas ou mantidas em seguran\u00e7a&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>E todas as suas a\u00e7\u00f5es apenas &#8220;ressaltam a centralidade do marinheiro na trama&#8221;, que oferece Helen como isca para os saqueadores.<\/p>\n\n\n\n<p>Embora\u00a0<em>Waterworld<\/em>\u00a0evidencie o qu\u00e3o branca e masculina \u00e9 a hist\u00f3ria recente de Hollywood, o filme teve pelo menos um impacto positivo nas discuss\u00f5es sobre as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/mudancas-climaticas\">mudan\u00e7as clim\u00e1ticas<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atois_flutuantes_filme_waterworld.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-165565\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atois_flutuantes_filme_waterworld.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atois_flutuantes_filme_waterworld-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atois_flutuantes_filme_waterworld-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/11\/atois_flutuantes_filme_waterworld-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Waterworld prev\u00ea um futuro em que a terra \u00e9 submersa, e as comunidades sobrevivem em at\u00f3is flutuantes &#8211; ALAMY<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Em meados da d\u00e9cada de 1980, quando come\u00e7ou a trabalhar no roteiro, Rader sabia que o derretimento das calotas polares resultaria no aumento do n\u00edvel do mar em cerca de 10 metros, e n\u00e3o colocaria tudo debaixo d&#8217;\u00e1gua como acontece no filme.<\/p>\n\n\n\n<p>Isso obviamente teria resultado em um filme muito mais &#8220;seco&#8221; e menos impactante. E, segundo Rader, ele e Reynolds estavam certos de que queriam fazer &#8220;algo para alardear essa preocupa\u00e7\u00e3o urgente com o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/planeta\">planeta<\/a>, na forma de filme comercial&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>Para isso, eles encheram&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;com uma s\u00e9rie de refer\u00eancias ambientais, incluindo transformar o navio Exxon Valdez \u2014 petroleiro que colidiu na costa do Alasca em 1989 e derramou 10,8 milh\u00f5es de gal\u00f5es de \u00f3leo no oceano \u2014 em uma base para os vil\u00f5es no filme.<\/p>\n\n\n\n<p><em>Waterworld<\/em>\u00a0inclu\u00eda originalmente muito mais refer\u00eancias ao impacto do homem sobre a Terra \u2014 como a revela\u00e7\u00e3o de que Dryland, o \u00faltimo lugar n\u00e3o coberto por \u00e1gua no <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/planeta\">planeta<\/a>, era na verdade o cume do Monte Everest.<\/p>\n\n\n\n<p>A ideia original era mostrar isso com a descoberta de uma placa que detalhava como os alpinistas Edmund Hillary e Tenzing Norgay haviam escalado o pico.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo Rader, Reynolds disse a ele que &#8220;este foi o momento em que soube que queria fazer o filme&#8221;, \u200b\u200bcomparando \u00e0 &#8220;cena do Planeta dos Macacos em que voc\u00ea v\u00ea a coroa da Est\u00e1tua da Liberdade&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>Infelizmente, de acordo com Rader, quando Costner &#8220;basicamente assumiu a edi\u00e7\u00e3o&#8221; de Waterworld, este final foi removido, o que ele classifica como uma das &#8220;poucas oportunidades perdidas&#8221; no filme.<\/p>\n\n\n\n<p>Embora&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;n\u00e3o mencione explicitamente o aquecimento global, Ann Merchant acredita que o filme teria feito, sem d\u00favida, os espectadores questionarem sobre a crise ambiental e &#8220;buscarem mais fontes confi\u00e1veis \u200b\u200bpara entend\u00ea-la&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Se tornou um marco cultural na dramatiza\u00e7\u00e3o de como a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/mudancas-climaticas\">mudan\u00e7a clim\u00e1tica<\/a> pode nos impactar&#8221;, diz Merchant.<\/p>\n\n\n\n<p>Peter Gleick, especialista de renome mundial em quest\u00f5es sobre \u00e1gua e <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/clima\">clima<\/a>, compartilha deste sentimento, afirmando que, como exemplo de fic\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica,\u00a0<em>Waterworld<\/em>\u00a0\u00e9 &#8220;ainda mais relevante e certeiro hoje do que era quando foi lan\u00e7ado&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Esses filmes nos oferecem pequenos lampejos do futuro. Por mais realistas que possam ser ou n\u00e3o, eles nos d\u00e3o a oportunidade de refletir que talvez dev\u00eassemos fazer algo para impedir que essas coisas ruins aconte\u00e7am.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>O trabalho de Rader em&nbsp;<em>Waterworld&nbsp;<\/em>repercutiu al\u00e9m do cinema.<\/p>\n\n\n\n<p>Em abril de 2019, ele foi convidado para fazer parte da primeira mesa redonda sobre Cidades Flutuantes Sustent\u00e1veis \u200b\u200bna sede da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU), em Nova York, ao lado de uma equipe de especialistas. Uma maquete projetada pelo arquiteto Bjarke Ingels foi criada para a ocasi\u00e3o e colocada no meio da mesa.<\/p>\n\n\n\n<p>Rader n\u00e3o conseguia acreditar no que estava diante dos seus olhos.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Parecia exatamente com o nosso atol de&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&#8230; Foi uma satisfa\u00e7\u00e3o imensa estar em uma sala em que os conceitos que eu criei tr\u00eas d\u00e9cadas atr\u00e1s poderiam de fato nos ajudar&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>O impacto ambiental de&nbsp;<em>Waterworld<\/em>&nbsp;vai ainda mais al\u00e9m. Costner ficou t\u00e3o inspirado com o longa que comprou a Ocean Therapy Solutions, empresa especializada em separar \u00f3leo da \u00e1gua \u2014 processo usado para mitigar derramamentos de \u00f3leo \u2014 e que vendeu sua tecnologia para a BP ap\u00f3s a explos\u00e3o da plataforma Deepwater Horizon, em 2010.<\/p>\n\n\n\n<p>Atualmente, a previs\u00e3o \u00e9 que o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/gelo\">gelo<\/a> do mar <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/artico\">\u00c1rtico<\/a>, que desempenha um papel vital no controle do clima no <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/planeta\">planeta<\/a>, pode desaparecer j\u00e1 em 2035.<\/p>\n\n\n\n<p>Ent\u00e3o, da pr\u00f3xima vez que voc\u00ea ouvir algu\u00e9m chamar\u00a0<em>Waterworld<\/em>\u00a0de fiasco, diga que um dia, ele pode ajudar a salvar o planeta.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Uma das atra\u00e7\u00f5es mais populares nas filiais do parque, a performance gerou &#8220;bilh\u00f5es em receita&#8221; para o est\u00fadio. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/11\/30\/165560-waterworld-por-que-maior-fracasso-do-cinema-e-visto-com-outros-olhos-25-anos-depois.html\" title=\"&#8216;Waterworld&#8217;: por que &#8216;maior fracasso&#8217; do cinema \u00e9 visto com outros olhos 25 anos depois\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":165561,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[205,4139,1912],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/165560"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=165560"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/165560\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":165566,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/165560\/revisions\/165566"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/165561"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=165560"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=165560"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=165560"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}