{"id":166166,"date":"2020-12-24T08:00:54","date_gmt":"2020-12-24T11:00:54","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=166166"},"modified":"2020-12-24T01:51:08","modified_gmt":"2020-12-24T04:51:08","slug":"por-que-nosso-corpo-tem-mais-dificuldade-para-combater-infeccoes-respiratorias-no-frio","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/12\/24\/166166-por-que-nosso-corpo-tem-mais-dificuldade-para-combater-infeccoes-respiratorias-no-frio.html","title":{"rendered":"Por que nosso corpo tem mais dificuldade para combater infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias no frio?"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"576\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima-1024x576.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166167\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima-1024x576.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima-1536x864.jpg 1536w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima-678x381.jpg 678w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inverno_mudanca_de_clima.jpg 1600w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><figcaption>A mudan\u00e7a das esta\u00e7\u00f5es afeta as estruturas f\u00edsicas dos v\u00edrus e as barreiras naturais do nosso corpo contra doen\u00e7as. No inverno, o ar frio e seco e a falta de luz solar prejudicam nossa resist\u00eancia contra infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias, como as do novo coronav\u00edrus.<br>FOTO DE\u00a0<strong>MUSTAFA OZTURK, ANADOLU AGENCY VIA GETTY IMAGES<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>\u201cAs <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/doencas\">doen\u00e7as<\/a> que\u00a0aumentam no inverno devem, no ver\u00e3o, esmorecer, mas as que, no ver\u00e3o aumentam, devem, no inverno, esmorecer\u201d, escreveu o pai da medicina, m\u00e9dico e fil\u00f3sofo grego Hip\u00f3crates, em 400 a.C.<\/p>\n\n\n\n<p>Esse relato\u00a0\u00e9\u00a0considerado\u00a0o primeiro estudo registrado da sazonalidade de uma doen\u00e7a,\u00a0no caso, a gripe. Mas a raz\u00e3o da periodicidade de algumas doen\u00e7as foi um mist\u00e9rio que intrigou os cientistas at\u00e9 a era moderna.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/09\/22\/179742-os-virus-dormentes-que-aguardam-sinal-para-matar-hospedeiro.html'>Os v\u00edrus dormentes que aguardam \u2018sinal\u2019 para matar hospedeiro<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/01\/25\/176124-o-lugar-que-esta-sacrificando-2-mil-hamsters-por-causa-da-covid.html'>O lugar que est\u00e1 sacrificando 2 mil hamsters por causa da covid<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/11\/05\/174691-paxlovid-o-que-e-a-pilula-contra-covid-que-a-pfizer-diz-ter-reduzido-em-89-internacoes-e-mortes.html'>Paxlovid: o que \u00e9 a p\u00edlula contra covid que a Pfizer diz ter reduzido em 89% interna\u00e7\u00f5es e mortes<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Ainda n\u00e3o est\u00e1 completamente desvendado, mas agora os pesquisadores entendem que, com o decorrer das esta\u00e7\u00f5es, os micr\u00f3bios, seus hospedeiros e os ambientes habitados por eles mudam concomitantemente em intera\u00e7\u00f5es complexas que deixam as pessoas mais ou menos propensas a contrair enfermidades.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cSe for perguntado a cinco epidemiologistas da gripe quais s\u00e3o os fatores relativos que contribuem para a doen\u00e7a, \u00e9 prov\u00e1vel que cada um d\u00ea uma resposta diferente\u201d, brinca\u00a0Dylan Morris, p\u00f3s-doutorando da Universidade da Calif\u00f3rnia em Los Angeles que estuda a ecologia e a evolu\u00e7\u00e3o dos <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/virus\">v\u00edrus<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<p>Dito isso, os cientistas descobriram como a mudan\u00e7a das esta\u00e7\u00f5es afeta n\u00e3o apenas as estruturas f\u00edsicas dos v\u00edrus, como tamb\u00e9m as barreiras naturais do corpo humano contra <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/doencas\">doen\u00e7as<\/a>. Especialmente no inverno, o ar frio e seco e a falta de luz solar prejudicam nossa resist\u00eancia contra infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias como as da gripe ou do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/coronavirus\">coronav\u00edrus<\/a> SARS-CoV-2.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Prolifera\u00e7\u00e3o do novo coronav\u00edrus durante o inverno<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Com base em experi\u00eancias anteriores com gripes e resfriados sazonais, especialistas em sa\u00fade p\u00fablica t\u00eam alertado sobre um poss\u00edvel aumento de casos do novo coronav\u00edrus no inverno, j\u00e1 que o clima frio obriga as pessoas a se manter em ambientes fechados, que s\u00e3o prop\u00edcios \u00e0 transmiss\u00e3o da doen\u00e7a pelo ar. Infelizmente, essa previs\u00e3o se confirmou quando os casos, interna\u00e7\u00f5es hospitalares e mortes nos Estados Unidos\u00a0atingiram recordes hist\u00f3ricos\u00a0nas \u00faltimas semanas, sem nenhum sinal de tr\u00e9gua.<\/p>\n\n\n\n<p>Morris e seus colegas divulgaram recentemente um estudo\u00a0ainda n\u00e3o publicado\u00a0que examina um dos fatores que poderiam ter ocasionado esse aumento: como a estabilidade do coronav\u00edrus muda em fun\u00e7\u00e3o da temperatura e da umidade do ar.<\/p>\n\n\n\n<p>Eles constataram que temperaturas mais baixas e umidades extremas \u2014 tanto altas quanto baixas \u2014 mant\u00eam o v\u00edrus est\u00e1vel e contagioso por mais tempo. Temperaturas mais baixas desaceleram rea\u00e7\u00f5es qu\u00edmicas, como as que causam a degrada\u00e7\u00e3o dos v\u00edrus, o que significa que o novo <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/coronavirus\">coronav\u00edrus<\/a> pode flutuar ileso em got\u00edculas respirat\u00f3rias por mais tempo.<\/p>\n\n\n\n<p>A baixa umidade reduz o tamanho das got\u00edculas devido \u00e0 sua evapora\u00e7\u00e3o, o que facilita a colis\u00e3o entre o v\u00edrus e outras subst\u00e2ncias qu\u00edmicas na got\u00edcula e, assim, provoca a inativa\u00e7\u00e3o do v\u00edrus \u2014 mas apenas at\u00e9 certo ponto. Se as got\u00edculas ficarem pequenas demais, os sais naturalmente existentes nos fluidos expelidos se cristalizam e aprisionam o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/virus\">v\u00edrus<\/a>, preservando-o at\u00e9 que desperte quando a got\u00edcula for dissolvida nas vias a\u00e9reas de um novo hospedeiro.<\/p>\n\n\n\n<p>Infelizmente, a baixa temperatura e umidade s\u00e3o justamente a combina\u00e7\u00e3o encontrada nos meses de inverno. Outras vari\u00e1veis, como pessoas em ambientes fechados sem receber luz solar suficiente, tamb\u00e9m n\u00e3o parecem muito favor\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cTodos os fatores apontam para a mesma dire\u00e7\u00e3o, h\u00e1 v\u00e1rios motivos para que v\u00edrus respirat\u00f3rios sejam um desafio maior no inverno\u201d, explica Morris.<\/p>\n\n\n\n<p>Essas condi\u00e7\u00f5es de inverno tamb\u00e9m podem afetar a outra metade da equa\u00e7\u00e3o da infec\u00e7\u00e3o: como os corpos s\u00e3o infectados.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Aquele ar revigorante de inverno<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Respirar o ar mais frio e seco chega a modificar a forma de funcionamento do sistema imunol\u00f3gico, afirma\u00a0Akiko Iwasaki, imunologista da Universidade de Yale e pesquisadora do Instituto M\u00e9dico Howard Hughes.<\/p>\n\n\n\n<p>Em um artigo de 2015, Iwasaki e seus colegas\u00a0demonstraram\u00a0que as c\u00e9lulas que revestem as vias a\u00e9reas de camundongos produziram menos mol\u00e9culas denominadas interferons quando mantidos sob um frio maior. Os interferons s\u00e3o uma classe de prote\u00ednas que indicam a presen\u00e7a de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/virus\">v\u00edrus<\/a> e avisam as c\u00e9lulas do sistema imunol\u00f3gico que precisam ir a um determinado local para, com sorte, interromper o processo.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cDesde a publica\u00e7\u00e3o desse estudo, digo aos meus filhos para usarem um cachecol em volta do nariz \u2014 e, nos dias de hoje, obviamente, m\u00e1scaras \u2014 para manter a temperatura mais quente no nariz\u201d, afirma Iwasaki.<\/p>\n\n\n\n<p>Mais recentemente, Iwasaki e sua equipe\u00a0conclu\u00edram\u00a0que a baixa umidade tamb\u00e9m pode enfraquecer a primeira linha de defesa aderente do corpo: o muco. As vias respirat\u00f3rias s\u00e3o revestidas por uma subst\u00e2ncia pegajosa e, abaixo dela, por c\u00edlios, min\u00fasculas p\u00e1s semelhantes a dedos usadas em todo o reino animal para a movimenta\u00e7\u00e3o. Esses dois componentes atuam em coordena\u00e7\u00e3o como uma correia transportadora: as subst\u00e2ncias viscosas se aderem ao muco, que \u00e9 devolvido ao nariz e \u00e0 boca pela agita\u00e7\u00e3o dos c\u00edlios. Algu\u00e9m precisa de um len\u00e7o?<\/p>\n\n\n\n<p>Esse processo \u00e9 denominado de depura\u00e7\u00e3o mucociliar, e o ar frio e seco n\u00e3o o favorece. Como a baixa umidade desidrata as camadas de muco em nosso rosto e garganta, ela interrompe a movimenta\u00e7\u00e3o dos c\u00edlios, dificultando a expuls\u00e3o dos invasores pelo corpo.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cEsse processo ocorre ao inalar ar seco e, em seguida, combinado com a baixa temperatura do ar, h\u00e1 uma sobrecarga na resposta imune do hospedeiro, prejudicando o combate das infec\u00e7\u00f5es virais\u201d, esclarece Iwasaki.<\/p>\n\n\n\n<p>Iwasaki recomenda comprar um umidificador e manter sua casa com umidade entre 40% e 60%. \u201cDessa forma, refor\u00e7amos nossa resposta imune aos pat\u00f3genos e, al\u00e9m disso, com o ar \u00famido, as part\u00edculas que cont\u00eam <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/virus\">v\u00edrus<\/a> acumulam \u00e1gua. Em vez de ficar suspensas, caem no ch\u00e3o\u201d, explica ela.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>Deleite solar<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>Manter-se o dia todo em ambientes fechados por causa da pandemia traz outra desvantagem do inverno: a redu\u00e7\u00e3o da vitamina D. Voc\u00ea pode estar familiarizado com a vitamina D por sua constante indica\u00e7\u00e3o nas embalagens de leite. Mas, al\u00e9m de fortificar os ossos, a vitamina D desempenha um\u00a0papel importante\u00a0na modula\u00e7\u00e3o de nossas respostas imunes, afetando ao menos 200 vias metab\u00f3licas envolvidas nessas defesas essenciais, afirma\u00a0Annelise Barron, bioengenheira da Universidade de Stanford que desenvolve vers\u00f5es sint\u00e9ticas de mol\u00e9culas naturais.<\/p>\n\n\n\n<p>Seu interesse, em especial, \u00e9 replicar o pept\u00eddeo (uma pequena prote\u00edna) denominado\u00a0LL-37, uma potente mol\u00e9cula antiviral, antibacteriana e antif\u00fangica naturalmente existente em humanos. O motivo desse interesse se deve ao fato de que os primatas s\u00e3o o \u00fanico subgrupo de mam\u00edferos que dependem da capacidade do corpo de absorver a luz solar e produzir vitamina D\u00a0para produzir esse pept\u00eddeo antimicrobiano.<\/p>\n\n\n\n<p>Nossa pele\u00a0produz\u00a0vitamina D por meio da radia\u00e7\u00e3o ultravioleta B do sol para decompor um dos an\u00e9is de carbono de um precursor qu\u00edmico do colesterol. Embora alimentos como peixes gordurosos ou leite fortificado possam fornecer parte de nossa vitamina D, a luz solar potencializa nossos n\u00edveis \u2014 e \u00e9 esse o problema para quem vive longe do Equador.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cEm todo o mundo, durante os meses mais ensolarados, cerca de metade das pessoas apresenta defici\u00eancia de vitamina D\u201d, afirma Barron. \u201cNo auge do inverno, esse percentual de defici\u00eancia de vitamina D passa a ser, em m\u00e9dia, cerca de 80%.\u201d<\/p>\n\n\n\n<p>N\u00edveis adequados de vitamina D est\u00e3o associados a riscos mais baixos de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/doencas\">doen\u00e7as<\/a> inflamat\u00f3rias como\u00a0diabetes tipo 1\u00a0e\u00a0esclerose m\u00faltipla, bem como menor incid\u00eancia de\u00a0infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias agudas. Embora Barron afirme que n\u00e3o se conhecem todos os impactos da vitamina D sobre a sa\u00fade,\u00a0pesquisas\u00a0v\u00eam demonstrando continuamente defici\u00eancias de vitamina D nas popula\u00e7\u00f5es dos Estados Unidos que vivem acima de 35 graus de latitude, uma \u00e1rea que inclui cidades t\u00e3o ao sul quanto Las Vegas.<\/p>\n\n\n\n<p>Especialmente durante a pandemia de covid-19, as pessoas t\u00eam ficado muito tempo dentro de casa \u2014 uma boa medida para conter a transmiss\u00e3o, mas ruim para a exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 luz solar t\u00e3o necess\u00e1ria para a produ\u00e7\u00e3o de vitamina D. Algumas pesquisas tamb\u00e9m est\u00e3o\u00a0come\u00e7ando a demonstrar\u00a0que muitos pacientes com a forma grave de covid-19 apresentam defici\u00eancia de vitamina D. Por exemplo, um\u00a0estudo\u00a0publicado no fim de novembro constatou que pacientes com covid-19 e defici\u00eancia de vitamina D tiveram uma taxa de mortalidade quase quatro vezes superior a daqueles com n\u00edveis normais de vitamina D no estudo. Essa causalidade ainda precisa ser mais investigada, pois os primeiros estudos sobre a suplementa\u00e7\u00e3o de vitamina D para o tratamento de covid-19 apresentaram resultados\u00a0positivos\u00a0e\u00a0neutros.<\/p>\n\n\n\n<p>A pele mais escura \u00e0s vezes pode restringir a produ\u00e7\u00e3o de vitamina D, que foi\u00a0apontado\u00a0como poss\u00edvel explica\u00e7\u00e3o gen\u00e9tica para o maior impacto da covid-19 em norte-americanos afrodescendentes e outras comunidades com tonalidade de pele mais morena. No entanto uma produ\u00e7\u00e3o menos eficiente\u00a0nem sempre se traduz\u00a0em n\u00edveis menores de vitamina D em pessoas com pele escura em rela\u00e7\u00e3o a comunidades brancas porque outras mol\u00e9culas neutralizadoras da vitamina D tamb\u00e9m est\u00e3o presentes em diferentes concentra\u00e7\u00f5es entre as popula\u00e7\u00f5es. Al\u00e9m disso,\u00a0numerosos\u00a0fatores determinantes sociais sobre a sa\u00fade parecem desempenhar um papel mais consider\u00e1vel na sobreviv\u00eancia de pacientes com covid-19 em comunidades minorit\u00e1rias.<\/p>\n\n\n\n<p>Ainda assim, tomar suplementos de vitamina D pode ajudar a aumentar a express\u00e3o das defesas naturais do organismo, afirma Barron, indicando um\u00a0estudo\u00a0recente que demonstrou que a suplementa\u00e7\u00e3o melhorou a atividade de LL-37 durante o inverno. Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doen\u00e7as Infecciosas dos Estados Unidos, afirmou que\u00a0toma um suplemento di\u00e1rio de vitamina D\u00a0para estimular o sistema imunol\u00f3gico.<\/p>\n\n\n\n<p>Barron recomenda duas mil unidades internacionais \u2014 a medida padr\u00e3o das subst\u00e2ncias \u2014 como suplementa\u00e7\u00e3o di\u00e1ria de vitamina D. \u00c9 mais do que a recomenda\u00e7\u00e3o dos\u00a0Institutos Nacionais de Sa\u00fade\u00a0entre 400 e 800 unidades internacionais, mas no limite superior da recomenda\u00e7\u00e3o da\u00a0Sociedade de Endocrinologia\u00a0e muito aqu\u00e9m da dose di\u00e1ria de quatro mil unidades internacionais em que a vitamina D se torna t\u00f3xica a adultos.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\"><strong>O longo alcance das esta\u00e7\u00f5es<\/strong><\/h3>\n\n\n\n<p>A produ\u00e7\u00e3o de vitamina D n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica fun\u00e7\u00e3o corporal afetada pela sazonalidade da luz solar, afirma\u00a0Micaela Martinez, ecologista de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/doencas\">doen\u00e7as<\/a> infecciosas da Universidade de Col\u00fambia, que estuda ritmos biol\u00f3gicos e doen\u00e7as sazonais.<\/p>\n\n\n\n<p>Alguns pesquisadores j\u00e1 est\u00e3o propondo estudar como a\u00a0interrup\u00e7\u00e3o do sono afeta a vulnerabilidade de profissionais de sa\u00fade ao <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/coronavirus\">coronav\u00edrus<\/a>\u00a0e\u00a0que hora do dia \u00e9 melhor para a administra\u00e7\u00e3o de dexametasona, medica\u00e7\u00e3o para pacientes com a forma grave de covid-19.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cPraticamente todos os aspectos do corpo humano \u2014 metabolismo, horm\u00f4nios, imunidade \u2014 s\u00e3o alterados em fun\u00e7\u00e3o do ciclo diurno-noturno\u201d, afirma ela.<\/p>\n\n\n\n<p>Algumas pesquisas preliminares de cronobiologia com enfoque em <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/doencas\">doen\u00e7as<\/a> foram conduzidas sobre o\u00a0ciclo diurno-noturno e a melatonina. E\u00a0um estudo publicado em 2015 na revista cient\u00edfica\u00a0<em>Nature<\/em>\u00a0constatou uma sazonalidade na express\u00e3o de cerca de um quarto dos genes humanos, embora o grupo n\u00e3o tenha demonstrado como ou se essa varia\u00e7\u00e3o na express\u00e3o g\u00eanica afetaria a resist\u00eancia do sistema imunol\u00f3gico contra invasores.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cN\u00e3o significa uma quantidade maior de infec\u00e7\u00f5es no inverno e menor no ver\u00e3o. Longe disso, significa que h\u00e1 uma esta\u00e7\u00e3o ideal para cada doen\u00e7a infecciosa\u201d, esclarece Martinez, cujo laborat\u00f3rio atualmente estuda os efeitos das mudan\u00e7as sazonais sobre a resist\u00eancia do sistema imunol\u00f3gico a diferentes pat\u00f3genos. Historicamente, epidemias de sarampo se proliferaram na primavera e a poliomielite foi mais intensa no ver\u00e3o, afirma ela.<\/p>\n\n\n\n<p>Qualquer que seja a esta\u00e7\u00e3o do ano, Martinez est\u00e1 preocupada com o fato de que as pessoas n\u00e3o est\u00e3o recebendo luz solar suficiente para ajudar a manter o equil\u00edbrio funcional de seus corpos, j\u00e1 que mais pessoas passam seus dias dentro de casa. Em um\u00a0estudo ainda n\u00e3o publicado\u00a0divulgado em outubro, a equipe dela demonstrou como os participantes do estudo equipados com sensores de luz na cidade de Nova York tiveram pouca exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 luz natural ao longo do ano e pouca variabilidade entre as esta\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cEliminamos a maioria das mudan\u00e7as sazonais da luminosidade solar s\u00f3 por ficar tempo demais em ambientes fechados\u201d, diz Martinez.<\/p>\n\n\n\n<p>Ela recomenda a exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 luz solar pelas manh\u00e3s para ajudar na transi\u00e7\u00e3o para o modo diurno e regular as fun\u00e7\u00f5es vitais, al\u00e9m de, possivelmente, manter o corpo preparado para combater pat\u00f3genos respirat\u00f3rios como o SARS-CoV-2.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Esse relato \u00e9 considerado o primeiro estudo registrado da sazonalidade de uma doen\u00e7a, no caso, a gripe. Mas a raz\u00e3o da periodicidade de algumas doen\u00e7as foi um mist\u00e9rio que intrigou os cientistas at\u00e9 a era moderna. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/12\/24\/166166-por-que-nosso-corpo-tem-mais-dificuldade-para-combater-infeccoes-respiratorias-no-frio.html\" title=\"Por que nosso corpo tem mais dificuldade para combater infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias no frio?\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":166167,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[4278,18,2183],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166166"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=166166"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166166\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":166168,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166166\/revisions\/166168"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/166167"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=166166"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=166166"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=166166"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}