{"id":166233,"date":"2020-12-28T06:00:30","date_gmt":"2020-12-28T09:00:30","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=166233"},"modified":"2020-12-28T02:27:54","modified_gmt":"2020-12-28T05:27:54","slug":"a-proliferacao-recorde-de-algas-no-atlantico-que-intriga-os-cientistas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/12\/28\/166233-a-proliferacao-recorde-de-algas-no-atlantico-que-intriga-os-cientistas.html","title":{"rendered":"A prolifera\u00e7\u00e3o recorde de algas no Atl\u00e2ntico que intriga os cientistas"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/costa_do_Mexico.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166234\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/costa_do_Mexico.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/costa_do_Mexico-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/costa_do_Mexico-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/costa_do_Mexico-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>A costa de um resort no M\u00e9xico escureceu com a acumula\u00e7\u00e3o das algas &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p><strong>No ver\u00e3o de 2018, uma grande (e intrigante) faixa de algas marrons apareceu no oceano Atl\u00e2ntico \u2014 ela se estendia de uma costa a outra, da \u00c1frica Ocidental ao golfo do M\u00e9xico.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>Com 8.850 quil\u00f4metros, a flora\u00e7\u00e3o de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/algas\">algas<\/a> marinhas, conhecida como o &#8220;grande cintur\u00e3o de sarga\u00e7o (<em>sargassum<\/em>) do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/atlantico\">Atl\u00e2ntico<\/a>&#8220;, foi a maior j\u00e1 registrada.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/10\/20\/180230-homens-em-marte-como-as-algas-podem-nos-ajudar.html'>Homens em Marte? Como as algas podem nos ajudar<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/05\/18\/177606-cientistas-mantem-computador-ligado-por-um-ano-com-energia-de-algas.html'>Cientistas mant\u00eam computador ligado por um ano com energia de algas<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/06\/10\/171134-o-que-e-a-gosma-marinha-que-apareceu-na-costa-da-turquia-e-esta-fazendo-estragos.html'>O que \u00e9 a gosma marinha que apareceu na costa da Turquia e est\u00e1 fazendo estragos<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Pesquisadores que analisaram imagens de sat\u00e9lite estimaram sua massa em mais de 20 milh\u00f5es de toneladas \u2014 mais pesada do que 200 porta-avi\u00f5es completamente carregados.<\/p>\n\n\n\n<p>Embora o evento de 2018 tenha sido recorde, a prolifera\u00e7\u00e3o de sarga\u00e7o gera inc\u00f4modo h\u00e1 alguns anos no Atl\u00e2ntico, uma vez que prejudica a biodiversidade costeira, a pesca e a ind\u00fastria do turismo no Caribe e no M\u00e9xico. Barbados, por exemplo, declarou estado de emerg\u00eancia nacional em junho de 2018, depois que sua costa foi tomada pelo sarga\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n<p>E \u00e9 um problema que parece estar piorando no <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/atlantico\">Atl\u00e2ntico<\/a>. Depois de analisar 19 anos de dados de sat\u00e9lite, pesquisadores da University of South Florida, nos EUA, descobriram que desde 2011 a flora\u00e7\u00e3o de sarga\u00e7o acontece anualmente e est\u00e1 crescendo em tamanho.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sargaco.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166235\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sargaco.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sargaco-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sargaco-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sargaco-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Moradores de cidades costeiras mexicanas enfrentam a dif\u00edcil tarefa de tentar limpar os montes de sarga\u00e7o manualmente &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>&#8220;2011 foi um ponto de inflex\u00e3o. Antes, n\u00e3o v\u00edamos muito sarga\u00e7o. Depois disso, estamos vendo flora\u00e7\u00f5es de sarga\u00e7o enormes e recorrentes na regi\u00e3o central do Atl\u00e2ntico&#8221;, diz Mengqiu Wang, da University of South Florida, uma das integrantes da equipe que descobriu a prolifera\u00e7\u00e3o de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/algas\">algas<\/a> no Atl\u00e2ntico em 2018. As flora\u00e7\u00f5es s\u00e3o maiores em junho e julho, segundo ela.<\/p>\n\n\n\n<p>Outros pesquisadores, como Elizabeth Johns, da Administra\u00e7\u00e3o Nacional Oce\u00e2nica e Atmosf\u00e9rica dos EUA, concordam que 2011 foi um ponto de virada para o sarga\u00e7o no <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/atlantico\">Atl\u00e2ntico<\/a>, sugerindo que as flora\u00e7\u00f5es futuras ser\u00e3o provavelmente ainda maiores.<\/p>\n\n\n\n<p>De fato, um navio de pesquisa no Caribe registrou concentra\u00e7\u00f5es de sarga\u00e7o 10 vezes maiores no outono de 2014 do que no epis\u00f3dio de 2011 \u2014 e 300 vezes maiores do que qualquer outro outono nos \u00faltimos 20 anos, de acordo com uma pesquisa realizada pela <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/cientistas\">cientista<\/a> marinha Amy Siuda e seus colegas da Sea Education Association (SEA), da institui\u00e7\u00e3o Woods Hole Oceanographic, em Massachusetts, nos EUA.<\/p>\n\n\n\n<p>Embora as causas exatas da prolifera\u00e7\u00e3o ainda n\u00e3o tenham sido descobertas, a equipe de Wang acredita que uma s\u00e9rie de fatores ambientais est\u00e3o contribuindo para a explos\u00e3o de sarga\u00e7o. Entre eles, correntes mar\u00edtimas e padr\u00f5es de vento anormais ligados \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n<p>Acredita-se que a destrui\u00e7\u00e3o da floresta Amaz\u00f4nica tamb\u00e9m tenha alimentado o crescimento do sarga\u00e7o. \u00c0 medida que grandes \u00e1reas da floresta tropical s\u00e3o desmatadas, s\u00e3o substitu\u00eddas por terras agr\u00edcolas altamente fertilizadas.<\/p>\n\n\n\n<p>O fertilizante acaba no rio Amazonas e por fim no Atl\u00e2ntico, onde inunda o oceano com nutrientes como nitrog\u00eanio. Registros mostram que durante a grande flora\u00e7\u00e3o de 2018, houve n\u00edveis mais elevados de nutrientes na regi\u00e3o central do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/atlantico\">Atl\u00e2ntico<\/a> onde o sarga\u00e7o cresce, em compara\u00e7\u00e3o com 2010, acrescenta Wang.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/peixes_e_algas.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166236\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/peixes_e_algas.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/peixes_e_algas-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/peixes_e_algas-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/peixes_e_algas-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Em \u00e1guas abertas, o sarga\u00e7o oferece um habitat essencial para peixes e outros animais marinhos \u2014 mas quando se acumula na costa, pode dificultar a desova das tartarugas &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Quando se dispersa em \u00e1guas abertas, o sarga\u00e7o \u2014 \u00e0s vezes chamado de &#8220;floresta tropical dourada flutuante&#8221; \u2014 serve como um importante viveiro para filhotes de tartaruga e um ref\u00fagio para centenas de esp\u00e9cies de peixes.<\/p>\n\n\n\n<p>O problema surge quando o sarga\u00e7o chega \u00e0s praias e come\u00e7a a apodrecer, emitindo sulfeto de hidrog\u00eanio \u2014 um g\u00e1s que cheira a ovo podre.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;\u00c9 uma boa vegeta\u00e7\u00e3o no oceano, na praia se transforma em algo ruim&#8221;, explica Wang.<\/p>\n\n\n\n<p>O cheiro forte e a apar\u00eancia desagrad\u00e1vel est\u00e3o afastando os turistas dos resorts \u00e0 beira-mar no Caribe e na pen\u00ednsula de Yucatan, no M\u00e9xico \u2014 um duro golpe para a economia da regi\u00e3o, que depende muito do turismo.<\/p>\n\n\n\n<p>Em 2018, Laura Beristain Navarrete, prefeita da cidade costeira de Playa del Carmen, no M\u00e9xico, disse a um jornal local que o n\u00famero de turistas na regi\u00e3o havia ca\u00eddo em at\u00e9 35% devido ao sarga\u00e7o.<\/p>\n\n\n\n<p>Remover as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/algas\">algas<\/a> das praias \u00e9 um processo caro e demorado. Em 2019, o presidente do M\u00e9xico, Andr\u00e9s Manuel L\u00f3pez Obrador, estimou o custo da limpeza de todo o sarga\u00e7o naquele ano em US$ 2,7 milh\u00f5es \u2014 e convocou a Marinha do pa\u00eds para ajudar.<\/p>\n\n\n\n<p>Al\u00e9m do impacto catastr\u00f3fico no turismo, o sarga\u00e7o tamb\u00e9m \u00e9 um problema de sa\u00fade p\u00fablica, segundo Wang. Quando se decomp\u00f5e, ele atrai insetos que podem causar irrita\u00e7\u00e3o na pele; e a exposi\u00e7\u00e3o ao sulfeto de hidrog\u00eanio tem sido associada a sintomas neurol\u00f3gicos, digestivos e respirat\u00f3rios.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/analise_de_sargaco.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166237\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/analise_de_sargaco.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/analise_de_sargaco-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/analise_de_sargaco-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/analise_de_sargaco-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Os pesquisadores acreditam que as crescentes flora\u00e7\u00f5es de sarga\u00e7o se devem a uma combina\u00e7\u00e3o de mudan\u00e7as nas correntes mar\u00edtimas e de vento, al\u00e9m do desmatamento da Amaz\u00f4nia &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>As algas encalhadas tamb\u00e9m representam uma s\u00e9ria amea\u00e7a \u00e0 vida marinha selvagem. As enormes pilhas de sarga\u00e7o impedem que as tartarugas fa\u00e7am ninhos e prendem golfinhos e peixes nos recifes de coral.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;O sarga\u00e7o pode sufocar recifes de coral ao cobri-los e dizimar viveiros de tartarugas&#8221;, afirma Mike Allen, <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/cientistas\">cientista<\/a> marinho da Universidade de Exeter, no Reino Unido, que desenvolveu uma maneira barata de converter sarga\u00e7o em biocombust\u00edveis e fertilizantes sustent\u00e1veis.<\/p>\n\n\n\n<p>Allen e uma equipe de pesquisadores das universidades de Exeter e Bath, tamb\u00e9m no Reino Unido, desenvolveram um processo chamado liquefa\u00e7\u00e3o hidrot\u00e9rmica (HTL, na sigla em ingl\u00eas), que usa alta press\u00e3o e temperatura para dividir a biomassa \u00famida em quatro componentes.<\/p>\n\n\n\n<p>S\u00e3o eles: um bio-\u00f3leo que pode ser transformado em biodiesel; compostos org\u00e2nicos sol\u00faveis em \u00e1gua usados \u200b\u200bpara produzir fertilizantes; di\u00f3xido de carbono (que os pesquisadores dizem que pretendem capturar em vez de liberar na atmosfera); e carv\u00e3o, um material s\u00f3lido que cont\u00e9m todos os metais presentes nas <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/algas\">algas<\/a>, que a equipe tamb\u00e9m planeja recuperar em uma futura etapa.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Eu comparo isso com &#8216;geologia em uma lata'&#8221;, diz Allen.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Como as press\u00f5es e temperaturas s\u00e3o muito altas, podemos colocar praticamente qualquer coisa l\u00e1. Podemos converter pl\u00e1stico junto com a biomassa [de sarga\u00e7o] no mesmo processo&#8221;, acrescenta. Ou seja, as redes de pesca de nylon emaranhadas nos recifes de coral tamb\u00e9m s\u00e3o transformadas em fertilizantes.<\/p>\n\n\n\n<p>No entanto, h\u00e1 algumas desvantagens. O processo consome muita energia e funciona com combust\u00edveis f\u00f3sseis, diz Allen, embora o calor do processo possa ser recuperado e reutilizado para melhorar a efici\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n<p>O projeto ainda est\u00e1 em fase de pesquisa, e os pesquisadores converteram 100kg de sarga\u00e7o at\u00e9 agora \u2014 mas Allen espera ampli\u00e1-lo e fazer parcerias com empresas e governos para resolver o problema. O objetivo \u00e9 encontrar uma solu\u00e7\u00e3o para a quest\u00e3o do sarga\u00e7o que seja economicamente vi\u00e1vel e apoie a comunidade local.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;O que estamos tentando fazer \u00e9 tornar a limpeza das \u00e1reas contaminadas rent\u00e1vel, para que haja um incentivo para fazer isso, melhorar a qualidade de vida e proteger o meio ambiente&#8221;, explica Allen.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/transformacao_do_sargaco.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166238\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/transformacao_do_sargaco.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/transformacao_do_sargaco-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/transformacao_do_sargaco-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/transformacao_do_sargaco-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><figcaption>Empreendedores est\u00e3o descobrindo v\u00e1rias maneiras de transformar o excesso de sarga\u00e7o em algo \u00fatil \u2014 como papel &#8211; GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Em partes do M\u00e9xico e do Caribe, moradores da regi\u00e3o est\u00e3o resolvendo a quest\u00e3o com as pr\u00f3prias m\u00e3os e encontrando maneiras inovadoras de transformar o desastre ambiental em suas costas em uma oportunidade econ\u00f4mica sustent\u00e1vel.<\/p>\n\n\n\n<p>Alguns est\u00e3o transformando o sarga\u00e7o em papel, outros em material de constru\u00e7\u00e3o. Em Playa del Carmen, por exemplo, um dos destinos tur\u00edsticos mais populares do M\u00e9xico, um grupo comunit\u00e1rio est\u00e1 enfrentando a invas\u00e3o do sarga\u00e7o transformando-o em sab\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>A Biomaya Initiative, organiza\u00e7\u00e3o criada para lidar com o excesso de sarga\u00e7o, contrata moradores para coletar as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/algas\">algas<\/a> malcheirosas das praias e, em seguida, limp\u00e1-las para remover metais e pl\u00e1sticos.<\/p>\n\n\n\n<p>Na sequ\u00eancia, mulheres que vivem em vilas pr\u00f3ximas, que datam do per\u00edodo Maia, misturam o sarga\u00e7o processado com glicerina e mel para fazer sabonete \u2014 e vendem a barra por US$ 2 para hot\u00e9is, hospitais e lojas da regi\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Como uma comunidade, decidimos fazer isso para proteger o planeta e cuidar das nossas praias&#8221;, afirma Gonzalo Balderas, fundador da Biomaya Initiative.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo ele, nos \u00faltimos tr\u00eas anos, o n\u00famero de turistas despencou devido ao sarga\u00e7o em Playa del Carmen.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;\u00c9 para ser uma praia dos sonhos.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Enquanto isso, em St Catherine&#8217;s, uma comunidade costeira no sudeste da Jamaica, Daveian Morrison est\u00e1 usando sarga\u00e7o para produzir ra\u00e7\u00e3o para animais. Morrison fundou a Awganic Inputs em 2018 depois de ouvir relatos de sarga\u00e7os empilhados a 4,6 m de altura nas praias.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Afeta o turismo local, as atividades de lazer e sufoca peixes e filhotes de tartaruga&#8221;, diz Morrison.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Achei que era hora de agir.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Morrison queria resolver dois grandes problemas na Jamaica: o sarga\u00e7o e a falta de forragem a pre\u00e7os acess\u00edveis para cabras, uma iguaria local. O pa\u00eds importa atualmente US$ 15 milh\u00f5es em carne de carneiro e cabra a cada ano.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Nossas cabras parecem muito magras, pois n\u00e3o consomem minerais suficientes. O sarga\u00e7o tem muitos nutrientes, minerais e sal&#8221;, explica.<\/p>\n\n\n\n<p>A Awganic Inputs compra sarga\u00e7o de catadores locais e seca, limpa e tritura as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/algas\">algas<\/a> enquanto ainda est\u00e3o frescas, antes de mistur\u00e1-las com subproduto da colheita para produzir forragem para cabras. J\u00e1 o sarga\u00e7o mais podre, \u00e9 transformado em carv\u00e3o e vendido para uso em cosm\u00e9ticos. Ela realizou recentemente um projeto piloto, convertendo 544kg de sarga\u00e7o em ra\u00e7\u00e3o para cabras e vendendo a agricultores por US$ 0,26 o quilo. A resposta foi muito positiva, segundo Morrison.<\/p>\n\n\n\n<p>Embora a pandemia de coronav\u00edrus tenha paralisado a fabrica\u00e7\u00e3o por enquanto, ele espera aumentar sua escala de produ\u00e7\u00e3o e come\u00e7ar a vender ra\u00e7\u00e3o barata de sarga\u00e7o em toda a Jamaica no pr\u00f3ximo ano.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Muitas pessoas veem o sarga\u00e7o como um inc\u00f4modo&#8221;, diz ele. &#8220;E est\u00e3o felizes que algo esteja sendo feito com isso.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Esses esfor\u00e7os para combater o excesso de sarga\u00e7o s\u00e3o, sem d\u00favida, pequenos em compara\u00e7\u00e3o com os gigantescos montes em decomposi\u00e7\u00e3o nas praias do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/atlantico\">Atl\u00e2ntico<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<p>Ra\u00e7\u00e3o para cabras, sabonete e biocombust\u00edveis n\u00e3o far\u00e3o muita diferen\u00e7a nessas pilhas t\u00e3o cedo, mas s\u00e3o um sinal da resili\u00eancia costeira \u2014 e de economias locais se adaptando para transformar um cen\u00e1rio de putrefa\u00e7\u00e3o em algo \u00fatil, seja o que for que os oceanos lancem nas praias.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Com 8.850 quil\u00f4metros, a flora\u00e7\u00e3o de algas marinhas, conhecida como o &#8220;grande cintur\u00e3o de sarga\u00e7o (sargassum) do Atl\u00e2ntico&#8221;, foi a maior j\u00e1 registrada. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/12\/28\/166233-a-proliferacao-recorde-de-algas-no-atlantico-que-intriga-os-cientistas.html\" title=\"A prolifera\u00e7\u00e3o recorde de algas no Atl\u00e2ntico que intriga os cientistas\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":166234,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[4504,2608,1007],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166233"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=166233"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166233\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":166240,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166233\/revisions\/166240"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/166234"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=166233"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=166233"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=166233"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}