{"id":166291,"date":"2020-12-29T12:00:06","date_gmt":"2020-12-29T15:00:06","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=166291"},"modified":"2020-12-29T11:48:53","modified_gmt":"2020-12-29T14:48:53","slug":"o-pequeno-inseto-de-1-mm-que-salvou-economia-de-um-pais","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/12\/29\/166291-o-pequeno-inseto-de-1-mm-que-salvou-economia-de-um-pais.html","title":{"rendered":"O pequeno inseto de 1 mm que salvou economia de um pa\u00eds"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"512\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inseto.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166292\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inseto.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inseto-300x156.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/inseto-768x400.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><figcaption>Antes de os pesticidas qu\u00edmicos serem inventados, os agricultores dependiam de predadores locais para controlar as pragas que devastavam planta\u00e7\u00f5es \u2014 Foto: Getty Images via BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Espalhados entre as florestas com alta <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/biodiversidade\">biodiversidade<\/a> do Sudeste Asi\u00e1tico, milh\u00f5es de fazendeiros tiram seu sustento do cultivo de mandioca. Essa safra comercial \u2014 cultivada tanto por pequenos agricultores que possuem apenas um ou dois hectares de terra, quanto por fazendas industriais que se estendem por milhares de hectares \u2014 \u00e9 vendida sobretudo para fabricantes que usam o amido do tub\u00e9rculo em pl\u00e1sticos e colas.<\/p>\n\n\n\n<p>Quando a mandioca foi importada pela primeira vez da Am\u00e9rica do Sul para o Sudeste Asi\u00e1tico (como aconteceu com a \u00c1frica algumas d\u00e9cadas antes), ela era capaz de ser cultivada sem a ajuda de pesticidas.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/22\/181169-como-o-uso-genetico-da-biodiversidade-afeta-o-brasil.html'>Como o uso gen\u00e9tico da biodiversidade afeta o Brasil<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/20\/181114-como-funcionara-o-marco-global-da-biodiversidade.html'>Como funcionar\u00e1 o Marco Global da Biodiversidade<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/12\/20\/181107-a-capital-dos-ursos-polares-que-esta-esquentando-rapido-demais-o-que-pode-levar-animais-a-morte.html'>A \u2018capital dos ursos polares\u2019 que est\u00e1 esquentando r\u00e1pido demais, o que pode levar animais \u00e0 morte<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Mas, em 2008, um <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">inseto<\/a> chamado cochonilha acompanhou o tub\u00e9rculo at\u00e9 a regi\u00e3o e come\u00e7ou a devastar as lavouras. Para compensar as perdas, agricultores come\u00e7aram a avan\u00e7ar pela floresta no entorno de seus terrenos na tentativa de obter uma produ\u00e7\u00e3o um pouco maior em suas terras.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;Algumas dessas \u00e1reas est\u00e3o sob press\u00e3o significativa do desmatamento&#8221;, afirma Kris Wyckhuys, especialista em controles biol\u00f3gicos do Instituto de Prote\u00e7\u00e3o de Plantas da Academia Chinesa de Ci\u00eancias Agr\u00edcolas em Pequim.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;O Camboja tem uma das taxas mais altas de desmatamento tropical&#8221;, acrescenta.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>A chegada da cochonilha n\u00e3o s\u00f3 teve um grande impacto no sustento daqueles que cultivam mandioca, como tamb\u00e9m afetou as economias dos pa\u00edses da regi\u00e3o e pode ter reverberado em outros lugares.<\/p>\n\n\n\n<p>Produtos alternativos no mercado de amido, como milho e batata, aumentaram de pre\u00e7o. O pre\u00e7o da f\u00e9cula de mandioca triplicou na Tail\u00e2ndia \u2014 o maior exportador mundial do produto.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;Quando um <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">inseto<\/a> reduz a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola em 60-80%, voc\u00ea tem um grande choque&#8221;, diz Wyckhuys.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>A solu\u00e7\u00e3o foi encontrar o inimigo natural da cochonilha, uma <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/vespas\">vespa<\/a> parasita de 1 mm de comprimento (Anagyrus lopezi), em sua terra natal, a Am\u00e9rica do Sul.<\/p>\n\n\n\n<p>Essa vespa \u00e9 extremamente seletiva no uso da cochonilha como hospedeiro de suas larvas. No fim de 2009, ela foi introduzida nas \u00e1reas de cultivo de mandioca na Tail\u00e2ndia e come\u00e7ou a agir sobre as cochonilhas.<\/p>\n\n\n\n<p>N\u00e3o h\u00e1 informa\u00e7\u00f5es detalhadas sobre qu\u00e3o r\u00e1pido a vespa conteve a popula\u00e7\u00e3o de cochonilhas no pa\u00eds. Mas, em meados de 2010, &#8220;as <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/vespas\">vespas<\/a> parasitas estavam sendo criadas aos milh\u00f5es e liberadas em massa em toda a Tail\u00e2ndia, inclusive por avi\u00e3o, e podemos supor que seu impacto sobre as popula\u00e7\u00f5es de cochonilhas p\u00f4de ser sentido com bastante rapidez&#8221;, afirma Wyckhuys.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"554\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/plantacao_de_mandioca.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166293\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/plantacao_de_mandioca.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/plantacao_de_mandioca-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/plantacao_de_mandioca-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/plantacao_de_mandioca-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><figcaption>A safra de mandioca \u00e9 extremamente importante para as economias do Sudeste Asi\u00e1tico \u2014 Foto: Getty Images via BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Quando a mesma <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/vespas\">vespa<\/a> foi usada para controlar as cochonilhas na \u00c1frica Ocidental no in\u00edcio dos anos 1980, ela suprimiu imediatamente os n\u00edveis da praga \u2014 de mais de 100 em cada extremidade da mandioca para menos de 10-20.<\/p>\n\n\n\n<p>Menos de tr\u00eas anos depois, a vespa havia se dispersado efetivamente por mais de 200 mil km\u00b2 no sudoeste da Nig\u00e9ria e podia ser encontrada na grande maioria das planta\u00e7\u00f5es de mandioca da \u00e1rea.<\/p>\n\n\n\n<p>Esse tipo de interven\u00e7\u00e3o \u00e9 denominado controle biol\u00f3gico cl\u00e1ssico. Voc\u00ea encontra um predador natural e o introduz em uma planta\u00e7\u00e3o para conter a propaga\u00e7\u00e3o de uma praga.<\/p>\n\n\n\n<p>Wyckhuys calcula o benef\u00edcio econ\u00f4mico para os agricultores em 26 pa\u00edses da \u00c1sia-Pac\u00edfico em cerca de US$ 14,6 bilh\u00f5es a US$ 19,5 bilh\u00f5es por ano.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;A a\u00e7\u00e3o de uma <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/vespas\">vespa<\/a> de 1 mm ajudou a resolver um impacto financeiro significativo no mercado global de amido&#8221;, diz ele.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>Nosso conhecimento sobre os benef\u00edcios que o predador certo pode trazer para terras agr\u00edcolas remonta a centenas de anos, embora o biocontrole tenha sa\u00eddo de moda nas pr\u00e1ticas agr\u00edcolas modernas.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;O controle biol\u00f3gico foi o padr\u00e3o por milhares de anos, ent\u00e3o \u00e9 engra\u00e7ado pensar nisso como algo novo&#8221;, diz Rose Buitenhuis, cientista da organiza\u00e7\u00e3o cient\u00edfica independente de horticultura, Vineland Research and Innovation Centre, em Ont\u00e1rio, no Canad\u00e1.<\/p>\n\n\n\n<p>Se o controle biol\u00f3gico pode ser t\u00e3o bem-sucedido, por que agora \u00e9 um m\u00e9todo pouco usado no combate a pragas?&nbsp;O que acontece quando d\u00e1 errado? E por que os pesquisadores est\u00e3o fazendo press\u00e3o para mudar isso?<\/p>\n\n\n\n<p>Para as civiliza\u00e7\u00f5es pr\u00e9-colombianas da Mesoam\u00e9rica, os sapos-cururu existiam em algum lugar entre a vida e a morte \u2014 e eram reverenciados como mediadores do submundo. Os anf\u00edbios produzem uma toxina poderosa capaz de induzir experi\u00eancias alucin\u00f3genas que os sacerdotes usavam em rituais para se comunicar com seus ancestrais mortos.<\/p>\n\n\n\n<p>A civiliza\u00e7\u00e3o maia \u00e9 famosa por cultuar cobras e aves de rapina, que aparecem em exemplares primorosos da arte Mesoamericana. Mas os maias e outros povos ind\u00edgenas tamb\u00e9m retrataram o sapo em seu artesanato, muitas vezes sorrindo alegremente como se estivesse desfrutando dos efeitos de sua pr\u00f3pria toxina psicod\u00e9lica.<\/p>\n\n\n\n<p>Os maias esculpiram sapos e r\u00e3s em potes e vasos. Como animais semiaqu\u00e1ticos e arautos da chuva \u2014 essenciais para a sa\u00fade das planta\u00e7\u00f5es \u2014 eles eram sin\u00f4nimo de \u00e1gua e, portanto, de vida. A metamorfose dos ovos em girinos e sapos indicava o in\u00edcio da esta\u00e7\u00e3o das chuvas, emergindo da \u00e1gua como se emergisse do mundo subterr\u00e2neo.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"554\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/antigo_artesanato_formato_de_sapo.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166294\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/antigo_artesanato_formato_de_sapo.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/antigo_artesanato_formato_de_sapo-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/antigo_artesanato_formato_de_sapo-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/antigo_artesanato_formato_de_sapo-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><figcaption>Este antigo artesanato maia em forma de sapo-cururu celebra o anf\u00edbio \u2014 Foto: Justin Kerr\/K5935\/Dumbarton Oaks<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>O sapo tamb\u00e9m era visto como um aliado poderoso para manter afastadas as pragas que destroem as planta\u00e7\u00f5es. Eles eram bem-vindos em milharais e silos, onde agiam como predadores naturais de besouros e pequenos roedores que podiam dizimar uma planta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas a mesma neurotoxina, a bufotenina, que os sacerdotes usavam como alucin\u00f3geno tamb\u00e9m era a principal defesa do sapo-cururu contra seus pr\u00f3prios predadores \u2014 e \u00e9 venenosa o suficiente para matar um ser humano se ele for descuidado.<\/p>\n\n\n\n<p>Os povos ind\u00edgenas da Mesoam\u00e9rica compreenderam a dualidade do mundo natural. O sapo-cururu representava tanto a vida quanto a morte. Pintado em um vaso maia est\u00e1 um sapo-cururu que apresenta uma bandeja com um olho, osso e m\u00e3o humanos para um jaguar e uma serpente que dan\u00e7am alegremente no submundo.<\/p>\n\n\n\n<p>Os maias respeitavam o poder do sapo e saudavam sua presen\u00e7a. Eles tamb\u00e9m sabiam que mexer com a natureza pode ter consequ\u00eancias perigosas.<\/p>\n\n\n\n<p>O sapo-cururu \u00e9 odiado na Austr\u00e1lia. Importado das Am\u00e9ricas como um biocontrole em 1935, ele prosperou em seu novo ambiente, as planta\u00e7\u00f5es de cana-de-a\u00e7\u00facar no nordeste do pa\u00eds. A abund\u00e2ncia de sua presa favorita, o besouro-da-cana, junto com outros <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">insetos<\/a> australianos nativos, e a aus\u00eancia de predadores adequados, levaram a um boom de sapos-cururu.<\/p>\n\n\n\n<p>Em 2007, estimou-se que o sapo-cururu cobria cerca de 1,2 milh\u00e3o de quil\u00f4metros quadrados de selva australiana, com 1,5 bilh\u00e3o de representantes da sua esp\u00e9cie. E \u00e9 prov\u00e1vel que seu alcance aumente com as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"554\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sapo-cururu.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166295\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sapo-cururu.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sapo-cururu-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sapo-cururu-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/sapo-cururu-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><figcaption>O sapo-cururu secreta sua perigosa bufotoxina por meio das gl\u00e2ndulas atr\u00e1s de sua cabe\u00e7a \u2014 Foto: Getty Images via BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>O resultado foi devastador. As popula\u00e7\u00f5es de predadores despencaram \u2014 esp\u00e9cies que normalmente se alimentariam de sapos nativos, como quolls, um tipo de marsupial, e goannas, um lagarto-monitor grande, morreram por causa da toxina do sapo-cururu. O governo australiano e ativistas locais destroem milh\u00f5es de sapos todos os anos.<\/p>\n\n\n\n<p>A reputa\u00e7\u00e3o do sapo-cururu \u00e9 t\u00e3o ruim no pa\u00eds que o drama do anf\u00edbio tem sido tema de livros infantis ir\u00f4nicos.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;Os sapos foram soltos contrariando os pareceres cient\u00edficos da \u00e9poca&#8221;, afirma Wyckhuys.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>Liberar os sapos &#8220;era algo que nunca deveria ter sido feito e \u00e9 totalmente imposs\u00edvel no biocontrole moderno \u2014 voc\u00ea n\u00e3o libera predadores vertebrados generalistas, pol\u00edfagos. N\u00e3o \u00e9 um alerta vermelho pequeno, \u00e9 um alerta vermelho enorme&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>O sapo-cururu n\u00e3o est\u00e1 sozinho. H\u00e1 pelo menos dez casos de biocontroles que se tornaram esp\u00e9cies invasoras ao longo da hist\u00f3ria. Na Segunda Guerra Mundial, as for\u00e7as japonesas e aliadas liberaram peixes-mosquitos para atacar larvas de mosquitos na tentativa de reduzir a propaga\u00e7\u00e3o da mal\u00e1ria entre as tropas nas ilhas do Pac\u00edfico.<\/p>\n\n\n\n<p>Esses pequenos peixes de apar\u00eancia inofensiva s\u00e3o agora uma esp\u00e9cie invasora naquela \u00e1rea, onde se dispersaram rapidamente e desbancaram as esp\u00e9cies locais. O mesmo se aplica \u00e0 joaninha asi\u00e1tica na Europa, introduzida para controlar af\u00eddeos.<\/p>\n\n\n\n<p>Como resultado de desfechos como esses, o uso de controles qu\u00edmicos \u2014 pesticidas \u2014 ganhou for\u00e7a na primeira metade do s\u00e9culo 20. Mas, com um punhado de exce\u00e7\u00f5es, a imagem controversa dos biocontroles \u00e9 amplamente infundada. As introdu\u00e7\u00f5es bem-sucedidas de biocontroles superam as falhas em pelo menos 25 vezes.<\/p>\n\n\n\n<p>Por isso, alguns pesquisadores est\u00e3o tentando mudar agora a percep\u00e7\u00e3o em rela\u00e7\u00e3o aos controles biol\u00f3gicos. E dizem que os dias dos pesticidas est\u00e3o contados.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\">Ser\u00e1 o fim dos pesticidas?<\/h2>\n\n\n\n<p>&#8220;Os controles qu\u00edmicos resolveram muitos problemas nas d\u00e9cadas de 1930, 1940 e 1950&#8221;, diz Buitenhuis.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Os agricultores n\u00e3o precisavam trabalhar tanto. Eles podiam simplesmente ir at\u00e9 o arm\u00e1rio, pegar um spray e as pragas morreriam.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>O problema com os controles qu\u00edmicos \u00e9 que as esp\u00e9cies de pragas se reproduzem rapidamente, o que significa que um indiv\u00edduo resistente a um pesticida pode produzir descendentes resistentes muito r\u00e1pido.<\/p>\n\n\n\n<p>Os produtores de pesticidas precisam ent\u00e3o aperfei\u00e7oar constantemente seus produtos apenas para estar \u00e0 altura da praga \u2014 o que Buitenhuis chama de esteira da resist\u00eancia a pesticidas, e \u00e9 conhecido em outros lugares como &#8220;efeito Rainha Vermelha&#8221;, em refer\u00eancia \u00e0 personagem de &#8220;Alice Atrav\u00e9s do Espelho&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"554\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166296\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><figcaption>Se o uso de pesticidas deve diminuir, ser\u00e1 que mais agricultores v\u00e3o recorrer a controles biol\u00f3gicos como esta vespa parasita? \u2014 Foto: Getty Images via BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>O n\u00famero de pesticidas dispon\u00edveis para os agricultores est\u00e1 se esgotando. Em 2018, tr\u00eas inseticidas de uma classe de subst\u00e2ncias qu\u00edmicas chamadas neonicotinoides foram proibidos de forma definitiva pela Uni\u00e3o Europeia, tendo seu uso j\u00e1 severamente restringido em 2013.<\/p>\n\n\n\n<p>Esses produtos qu\u00edmicos, que t\u00eam uma estrutura semelhante \u00e0 da nicotina, revestem as sementes para proteg\u00ea-las de pragas no solo. No entanto, conforme a planta\u00e7\u00e3o cresce, o pesticida \u00e9 absorvido e se espalha por todo o tecido da planta, se acumulando no p\u00f3len e no n\u00e9ctar. Polinizadores selvagens e domesticados que se alimentam dessas plantas s\u00e3o ent\u00e3o expostos ao pesticida.<\/p>\n\n\n\n<p>Os cr\u00edticos da proibi\u00e7\u00e3o apontam que limitar os pesticidas para o tratamento de sementes pode acabar levando \u00e0 sua substitui\u00e7\u00e3o por pesticidas em spray, que podem ser igualmente prejudiciais para os polinizadores e s\u00e3o mais caros para os agricultores.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;H\u00e1 uma grande variedade de fatores sociais e ecol\u00f3gicos negativos associados aos pesticidas&#8221;, diz Wyckhuys.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>&#8220;Dos gases de efeito estufa usados \u200b\u200bpara produzir e distribuir produtos qu\u00edmicos \u2014 emiss\u00f5es significativas de gases do efeito estufa \u2014 \u00e0s implica\u00e7\u00f5es para a sa\u00fade dos agricultores e consumidores. Os impactos n\u00e3o se restringem apenas \u00e0s planta\u00e7\u00f5es ou \u00e0s fazendas, mas s\u00e3o amplificados pela paisagem [por lixivia\u00e7\u00e3o] , propagados pela \u00e1gua ou poeira, absorvidos no ar por aeross\u00f3is. &#8220;<\/p>\n\n\n\n<p>Res\u00edduos de pesticidas foram encontrados na floresta nublada da Costa Rica e na Grande Barreira de Corais na Austr\u00e1lia. E quando os pesticidas aparecem no lugar errado, eles se tornam biocidas \u2014 algo que mata a vida.<\/p>\n\n\n\n<p>Ao contaminar o meio ambiente ao redor das terras agr\u00edcolas, eles simplificam comunidades biol\u00f3gicas e degradam ecossistemas. O que atrai os cientistas, como Wyckhuys, na t\u00e9cnica de biocontrole \u00e9 que sua aplica\u00e7\u00e3o pode ser muito mais direcionada.<\/p>\n\n\n\n<p>Caroline Reid, l\u00edder t\u00e9cnica da Bioline Agrosciences, produtora de controle biol\u00f3gico no Reino Unido, concorda. Se voc\u00ea somar \u00e0 especificidade dos biocontroles a redu\u00e7\u00e3o no n\u00famero de produtos qu\u00edmicos seguros para uso e o incentivo \u00e0 agricultura sustent\u00e1vel por toda a Uni\u00e3o Europeia, voc\u00ea vai entender por que os biocontroles est\u00e3o ganhando cada vez mais for\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas como eles funcionam?<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\">Controles biol\u00f3gicos<\/h2>\n\n\n\n<p>H\u00e1 basicamente tr\u00eas tipos de biocontroles: predadores, parasitoides e pat\u00f3genos. Sapos-cururu s\u00e3o um exemplo de biocontrole predat\u00f3rio. Eles se alimentam de besouro-da-cana, mas infelizmente n\u00e3o s\u00e3o muito exigentes (s\u00e3o &#8220;pol\u00edfagos&#8221;), e na Austr\u00e1lia come\u00e7aram a se alimentar de outros <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/insetos\">insetos<\/a> nativos que n\u00e3o eram pragas.<\/p>\n\n\n\n<p>Os parasitoides s\u00e3o um pouco mais macabros. Frequentemente, esse tipo de biocontrole \u00e9 feito por esp\u00e9cies de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/vespas\">vespas<\/a> ou moscas parasitas que colocam seus ovos dentro de lagartas ou besouros apenas para que as larvas resultantes escapem do abd\u00f4men do hospedeiro, matando-o no processo.<\/p>\n\n\n\n<p>J\u00e1 os pat\u00f3genos podem assumir a forma de fungos, v\u00edrus ou bact\u00e9rias que matam ou tornam seu hospedeiro inf\u00e9rtil. Eles tendem a ter como alvo esp\u00e9cies bastante espec\u00edficas de pragas, o que os torna uma escolha popular para pesquisas modernas de biocontrole, uma vez que h\u00e1 um risco menor de atacarem outras esp\u00e9cies inofensivas com consequ\u00eancias indesejadas. Embora, como todos n\u00f3s descobrimos recentemente, os v\u00edrus podem de vez em quando saltar de esp\u00e9cies com bastante sucesso.<\/p>\n\n\n\n<p>Biocontroles bem-sucedidos devem ter uma alta taxa de reprodu\u00e7\u00e3o, para que possam se multiplicar rapidamente ao detectar uma praga, ser bem espec\u00edficos no que se refere \u00e0s esp\u00e9cies que t\u00eam como alvo e capazes de buscar suas presas com efici\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n<p>Na pr\u00e1tica, nenhum controle biol\u00f3gico \u00e9 perfeito. Ent\u00e3o, os pesquisadores pesam os riscos associados a cada um deles.<\/p>\n\n\n\n<p>H\u00e1 ainda tr\u00eas maneiras como os controles biol\u00f3gicos podem ser aplicados a uma planta\u00e7\u00e3o: cl\u00e1ssica, de conserva\u00e7\u00e3o e abordagem aumentada.<\/p>\n\n\n\n<p>O sapo-cururu \u00e9 um exemplo (embora um tanto ruim) do biocontrole cl\u00e1ssico \u2014 em que uma nova esp\u00e9cie \u00e9 introduzida no meio ambiente.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;A forma cl\u00e1ssica de biocontrole \u00e9 voltada especificamente para o manejo de esp\u00e9cies invasoras&#8221;, diz Wyckhuys.<\/p>\n\n\n\n<p>O biocontrole oferece a op\u00e7\u00e3o de voltar \u00e0 regi\u00e3o de origem daquela praga, estudar os inimigos naturais coevolu\u00eddos e escolher os organismos que s\u00e3o altamente eficazes no seu controle.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;N\u00e3o queremos introduzir um organismo que vai atacar outros organismos. Selecionamos um biocontrole eficaz que seja altamente espec\u00edfico&#8221;, explica Wyckhuys.<\/p>\n\n\n\n<p>Alternativamente, em abordagens de conserva\u00e7\u00e3o, pode-se ajudar predadores que j\u00e1 existem numa regi\u00e3o ao proteger seu habitat. Isso pode ser feito aumentando a quantidade de cercas-vivas ou pradarias ao redor de uma planta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>Em um estudo sobre o cultivo de repolho, onde havia uma alta propor\u00e7\u00e3o de pradarias ao redor de uma planta\u00e7\u00e3o, o n\u00famero de lagartas comedoras de repolho foi menor. Isso provavelmente se deve \u00e0 maior presen\u00e7a de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/vespas\">vespas<\/a> parasitas nesses ambientes, dizem os pesquisadores.<\/p>\n\n\n\n<p>No entanto, em outros casos, as pradarias promoveram a presen\u00e7a de esp\u00e9cies de pragas como af\u00eddeos e besouros-pulga. N\u00e3o \u00e9 t\u00e3o simples quanto introduzir mais pradarias para reduzir as pragas \u2014 a din\u00e2mica entre as terras agr\u00edcolas e as terras selvagens precisa ser administrada com cuidado.<\/p>\n\n\n\n<p>Biocontroles de conserva\u00e7\u00e3o como este tamb\u00e9m se limitam ao controle de pragas nativas do ambiente local. Como os biocontroles cl\u00e1ssicos, muitas esp\u00e9cies de pragas foram introduzidas pela primeira vez em seu ambiente pelo homem \u2014 elas j\u00e1 n\u00e3o estavam l\u00e1 necessariamente. Como os pa\u00edses importam sementes e safras do mundo todo, \u00e9 f\u00e1cil presumir que uma ou outra praga venha junto acidentalmente. Agora, quando se encontram em um novo ambiente sem um predador natural, elas prosperam.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"554\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa_parasita.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-166297\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa_parasita.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa_parasita-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa_parasita-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2020\/12\/vespa_parasita-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><figcaption>Uma vespa parasita (Cotesia congregata) sobe em uma lagarta, seu hospedeiro, onde depositar\u00e1 ovos \u2014 Foto: Getty Images via BBC<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Finalmente, em abordagens aumentadas, um pat\u00f3geno ou parasita \u00e9 introduzido em uma planta\u00e7\u00e3o em um momento chave \u2014 talvez quando as pragas come\u00e7am a se reproduzir ou botar ovos, ou at\u00e9 mesmo antes da chegada da praga \u2014 de modo que as esp\u00e9cies de controle rapidamente anulem sua amea\u00e7a, antes que sejam reduzidas e tamb\u00e9m extintas naquela \u00e1rea. A vantagem dessa abordagem \u00e9 que voc\u00ea pode ser muito espec\u00edfico ao atacar as esp\u00e9cies de pragas.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;O controle aumentado \u00e9 muito popular no setor de estufa europeu&#8221;, diz Wyckhuys.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;Em algumas \u00e1reas, o uso de pesticidas \u00e9 zero.&#8221;<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>As estufas s\u00e3o reduto dos biocontroles h\u00e1 d\u00e9cadas, mesmo quando os pesticidas qu\u00edmicos tiveram seus anos de boom. Elas t\u00eam a grande vantagem de ser um sistema mais ou menos fechado, n\u00e3o permite que um biocontrole predat\u00f3rio saia voando por a\u00ed. Depois, h\u00e1 o fato de que as planta\u00e7\u00f5es em estufa tendem a ter um valor mais alto \u2014 tomates, piment\u00f5es e pepinos s\u00e3o vendidos por um valor mais alto por unidade de \u00e1rea do que os cereais, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n<p>Nos \u00faltimos anos, a popularidade dos biocontroles se espalhou para outros setores, como floricultura, viticultura (cultivo de uva) e de frutas ao ar livre, como morangos.<\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;No Canad\u00e1, fizemos um levantamento em 2017\/2018, 92% dos floricultores usam o biocontrole como principal estrat\u00e9gia de controle de pragas&#8221;, diz Buitenhuis.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;\u00c9 uma hist\u00f3ria de sucesso incr\u00edvel e surgiu por causa da resist\u00eancia aos pesticidas, especialmente no Canad\u00e1.&#8221;<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>Buitenhuis e Reid sabem que quando os agricultores de grandes \u00e1reas de plantio passarem a adotar biocontroles para seus cereais e gr\u00e3os, os ventos ter\u00e3o voltado a soprar a seu favor.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Se um agricultor de culturas arvenses decidiu que um controle biol\u00f3gico pode ser usado no trigo ou na cevada, n\u00f3s resolvemos a quest\u00e3o&#8221;, afirma Reid.<\/p>\n\n\n\n<p>Da mesma forma, Buitenhuis diz que convencer pa\u00edses como Col\u00f4mbia, Equador e Qu\u00eania a adotar tais abordagens seriam &#8220;grandes vit\u00f3rias&#8221;.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Est\u00e1 chegando&#8221;, diz Buitenhuis.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Usar apenas produtos qu\u00edmicos n\u00e3o \u00e9 uma estrat\u00e9gia sustent\u00e1vel de longo prazo.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Em 2008, um inseto chamado cochonilha acompanhou o tub\u00e9rculo at\u00e9 a regi\u00e3o e come\u00e7ou a devastar as lavouras. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2020\/12\/29\/166291-o-pequeno-inseto-de-1-mm-que-salvou-economia-de-um-pais.html\" title=\"O pequeno inseto de 1 mm que salvou economia de um pa\u00eds\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":166292,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[27,384,3844],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166291"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=166291"}],"version-history":[{"count":2,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166291\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":166299,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/166291\/revisions\/166299"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/166292"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=166291"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=166291"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=166291"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}