A decis\u00e3o do presidente americano, Joe Biden<\/a>, de horas ap\u00f3s a\u00a0posse\u00a0recolocar os Estados Unidos no Acordo de Paris<\/a> foi recebida com aplausos por\u00a0l\u00edderes mundiais, negociadores e\u00a0ativistas do clima, mas ao mesmo tempo com um alerta: como segundo maior emissor, o pa\u00eds precisa fazer mais e incentivar outros a seguirem o exemplo.<\/p>\n\n\n\n
No Sal\u00e3o Oval da Casa Branca, Biden assinou diante de c\u00e2meras 17 decretos ap\u00f3s tomar posse em Washington. O terceiro deles foi para recolocar os EUA no Acordo de Paris<\/a>.<\/p>\n\n\n\n
Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n
Esse decreto serve para reafirmar o compromisso de Washington com o pacto global, do qual os EUA<\/a> se retiraram oficialmente em 4 de novembro do ano passado, apenas um dia ap\u00f3s a elei\u00e7\u00e3o presidencial e em meio \u00e0 incerteza sobre se o vencedor havia sido Biden<\/a> ou Trump.<\/p>\n\n\n\n
O an\u00fancio da retirada dos EUA do Acordo de Paris<\/a> foi feito em junho de 2017 por Trump, que tamb\u00e9m anulou dezenas de regulamenta\u00e7\u00f5es ambientais e sempre se mostrou ao lado do setor de combust\u00edveis f\u00f3sseis.<\/p>\n\n\n\n
“N\u00e3o me surpreenderia se eles recebessem uma ova\u00e7\u00e3o de p\u00e9 apenas entrando na sala”, disse Christiana Figueres, ex-chefe do clima da ONU, referindo-se a um retorno dos EUA<\/a> \u00e0s negocia\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas globais. “Isso n\u00e3o significa que eles ter\u00e3o uma ova\u00e7\u00e3o de p\u00e9 para sempre. Eles t\u00eam que provar que est\u00e3o realmente determinados a fazer as mudan\u00e7as necess\u00e1rias.”<\/p>\n\n\n\n
Diplomatas envolvidos com as negocia\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas dizem que querem ver um compromisso ambicioso dos EUA para reduzir as emiss\u00f5es nesta d\u00e9cada e um empurr\u00e3o diplom\u00e1tico para convencer outros a seguirem o exemplo. No topo da lista estaria a China, o maior poluidor do mundo, que planeja se tornar neutro em carbono at\u00e9 2060, mas ainda n\u00e3o revelou um plano de curto prazo para reduzir as emiss\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Os acordos clim\u00e1ticos assinados pela China e pelos EUA desempenharam um grande papel para garantir um acordo nas negocia\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas de Paris em 2015. Mas durante o governo Trump, o clima se tornou outra fonte de atrito entre as duas maiores economias do mundo. <\/p>\n\n\n\n
O secret\u00e1rio-geral da ONU, Antonio Gut\u00e9rres, saudou o retorno dos EUA<\/a> ao Acordo de Paris<\/a>, mas acrescentou: “H\u00e1 um longo caminho a percorrer. A crise clim\u00e1tica continua a piorar, e o tempo est\u00e1 se esgotando para limitar o aumento da temperatura a 1,5 grau Celsius e construir sociedades mais resistentes ao clima que ajudem a proteger os mais vulner\u00e1veis.”<\/p>\n\n\n\n
Biden<\/a> assinou outras diretrizes para come\u00e7ar a desfazer outras medidas de Trump na quest\u00e3o do meio ambiente. Ele ordenou, por exemplo, uma morat\u00f3ria tempor\u00e1ria sobre novas licen\u00e7as para petr\u00f3leo e g\u00e1s no que antes foi \u00e1rea de natureza virgem do \u00c1rtico, ordenou a ag\u00eancias federais que comecem a olhar para limites mais r\u00edgidos de emiss\u00f5es novamente, e revogou a aprova\u00e7\u00e3o de Trump para o pol\u00eamico oleoduto\u00a0Keystone XL.<\/p>\n\n\n\n
Depois que Biden<\/a> notificar a ONU por carta sobre a sua inten\u00e7\u00e3o de reingressar ao Acordo de Paris<\/a>, o pacto entrar\u00e1 em vigor em 30 dias para os EUA.<\/p>\n\n\n\n
A ades\u00e3o ao Acordo de Paris<\/a> poderia colocar os EUA<\/a> no caminho certo para cortar as emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono entre 40% e 50% at\u00e9 2030, dizem especialistas.<\/p>\n\n\n\n
“Muita coisa mudou desde os anos Obama, o que torna imprevis\u00edvel a rela\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica do G2 sob Biden<\/a>“, diz Li Shuo, do Greenpeace no Leste Asi\u00e1tico, referindo-se aos EUA e \u00e0 China, maiores emissores. Li aponta para o relacionamento entre os dois gigantes. “O que permanece inalterado \u00e9 a necessidade de o G2 avan\u00e7ar na mesma dire\u00e7\u00e3o. Agora a tarefa \u00e9 que ambos mudem para uma velocidade alta, segurando a m\u00e3o um do outro ou n\u00e3o”, complementa.<\/p>\n\n\n\n
A China parabenizou Biden pela posse e evocou o seu discurso de posse para tamb\u00e9m pedir “unidade” na rela\u00e7\u00e3o entre os dois pa\u00edses. “Constatei que o presidente Biden<\/a> insistiu repetidamente no seu discurso na palavra ‘unidade’. Acho que \u00e9 exatamente disso que precisamos agora na rela\u00e7\u00e3o sino-americana”, disse Hua Chunying, porta-voz do Minist\u00e9rio do Exterior chin\u00eas.<\/p>\n\n\n\n
O porta-voz do governo franc\u00eas Gabriel Attal considerou “extremamente importante” o\u00a0compromisso\u00a0de Biden de reintegrar os EUA<\/a> ao Acordo de Paris<\/a>.\u00a0<\/p>\n\n\n\n
“Estamos impacientes para construir com Biden<\/a> um relacionamento forte, \u00fatil, renovado”, disse. “Temos objetivos e desafios colossais a cumprir juntos”.<\/p>\n\n\n\n
A chanceler federal alem\u00e3, Angela Merkel, afirmou que mal pode esperar para abrir “um novo cap\u00edtulo” nas rela\u00e7\u00f5es entre a Alemanha e os EUA<\/a>, numa mensagem de felicita\u00e7\u00f5es enviada ao novo presidente americano.\u00a0<\/p>\n\n\n\n
A Uni\u00e3o Europeia j\u00e1 est\u00e1 de olho em \u00e1reas de colabora\u00e7\u00e3o. Em junho, vai propor uma taxa de carbono sobre a importa\u00e7\u00e3o de certos produtos poluentes para proteger a ind\u00fastria europeia de concorrentes mais baratos em pa\u00edses com pol\u00edticas clim\u00e1ticas fracas. Biden<\/a> se comprometeu em sua campanha eleitoral a fazer o mesmo.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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