{"id":167684,"date":"2021-02-22T14:00:00","date_gmt":"2021-02-22T17:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=167684"},"modified":"2021-02-22T11:39:07","modified_gmt":"2021-02-22T14:39:07","slug":"planos-de-energia-nuclear-da-polonia-preocupam-alemanha","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/02\/22\/167684-planos-de-energia-nuclear-da-polonia-preocupam-alemanha.html","title":{"rendered":"Planos de energia nuclear da Pol\u00f4nia preocupam Alemanha"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/ruinas_de_usina_nuclear.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"700\" height=\"394\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/ruinas_de_usina_nuclear.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-167685\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/ruinas_de_usina_nuclear.jpg 700w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/ruinas_de_usina_nuclear-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/ruinas_de_usina_nuclear-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 700px) 100vw, 700px\" \/><\/a><figcaption>Ru\u00ednas da usina nuclear de Zarnowiec. Constru\u00e7\u00e3o foi suspensa ap\u00f3s acidente de Chernobyl<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>A <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/polonia\">Pol\u00f4nia<\/a> quer diminuir sua depend\u00eancia do carv\u00e3o mineral e pretende, para isso, come\u00e7ar a produzir <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/energia-nuclear\">energia nuclear<\/a>. O projeto Pol\u00edtica Energ\u00e9tica da Pol\u00f4nia at\u00e9 2040 (PEP2040), aprovado no in\u00edcio deste m\u00eas pelo governo do pa\u00eds, prev\u00ea a constru\u00e7\u00e3o de seis unidades at\u00f4micas em duas localidades. As obras est\u00e3o previstas para come\u00e7ar em 2026, o primeiro reator deve entrar em opera\u00e7\u00e3o em 2033. O \u00faltimo, dez\u00a0anos depois.<\/p>\n\n\n\n<p>Membro da Uni\u00e3o Europeia (UE), a Pol\u00f4nia tem de desenvolver novas fontes de energia para atingir os objetivos clim\u00e1ticos do bloco. Atualmente, 70% da energia consumida nacionalmente prov\u00eam de usinas de carv\u00e3o, o que torna a Pol\u00f4nia um dos maiores poluidores europeus.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/11\/22\/180761-por-que-a-alemanha-ainda-nao-abandonou-a-energia-nuclear.html'>Por que a Alemanha ainda n\u00e3o abandonou a energia nuclear?<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/08\/24\/179222-japao-considera-estimular-a-producao-de-energia-nuclear.html'>Jap\u00e3o considera estimular a produ\u00e7\u00e3o de energia nuclear<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/08\/16\/179094-calor-pressiona-dependencia-de-energia-nuclear-na-franca.html'>Calor pressiona depend\u00eancia de energia nuclear na Fran\u00e7a<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Mas a transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica polonesa n\u00e3o se deve apenas \u00e0 press\u00e3o externa, ela \u00e9 tamb\u00e9m uma necessidade interna urgente. As reservas de carv\u00e3o do tipo linhito no centro da Pol\u00f4nia, que atualmente fornecem 20% da energia, estar\u00e3o esgotadas em 2035.<\/p>\n\n\n\n<p>G\u00e1s natural tamb\u00e9m vai se tornar\u00a0mais escasso em breve, j\u00e1 que um acordo sobre o combust\u00edvel com a R\u00fassia expira\u00a0no fim de 2022. O g\u00e1s russo cobre atualmente 5% do consumo de energia da <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/polonia\">Pol\u00f4nia<\/a>. Mas Vars\u00f3via n\u00e3o quer prorrogar o contrato, por causa do pre\u00e7o alto e de tens\u00f5es pol\u00edticas com Moscou.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-solu-o-aparentemente-perfeita\">Solu\u00e7\u00e3o aparentemente perfeita<\/h2>\n\n\n\n<p>Para a Pol\u00f4nia, as usinas nucleares parecem a solu\u00e7\u00e3o perfeita para preencher as duas lacunas ao mesmo tempo. O in\u00edcio da produ\u00e7\u00e3o de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/energia-nuclear\">energia nuclear<\/a> no pa\u00eds era planejado j\u00e1 na d\u00e9cada de 1970. Ap\u00f3s o desastre de Chernobyl, em 1986, a constru\u00e7\u00e3o de dois reatores do tipo sovi\u00e9tico em Zarnowiec, 80 quil\u00f4metros a noroeste de Gdansk, foi interrompida. Depois disso, houve repetidas tentativas de um recome\u00e7o. As usinas nucleares agora planejadas provavelmente ficar\u00e3o em Zarnowiec e na vizinha Lubiatowo-Kopalino.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/encontro_entre_Trump_e_Duda.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"700\" height=\"394\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/encontro_entre_Trump_e_Duda.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-167686\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/encontro_entre_Trump_e_Duda.jpg 700w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/encontro_entre_Trump_e_Duda-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/encontro_entre_Trump_e_Duda-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 700px) 100vw, 700px\" \/><\/a><figcaption>Encontro de Duda e Trump em Washington em junho de 2020<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Mas a Pol\u00f4nia n\u00e3o pode financiar o projeto sozinha. Os reatores planejados, com uma produ\u00e7\u00e3o total de 6&nbsp;a 9 gigawatts, custariam at\u00e9 30 bilh\u00f5es de euros (R$ 197 bilh\u00f5es), segundo estimativas. De acordo com o primeiro-ministro polon\u00eas, Mateusz Morawiecki, apenas parceiros certificados da Otan e do mundo ocidental&nbsp;seriam considerados para transfer\u00eancia de dinheiro e tecnologia.<\/p>\n\n\n\n<p>O parceiro preferido de Vars\u00f3via seria os EUA. O ex-presidente Donald Trump suscitou grandes esperan\u00e7as ao prometer o apoio de empresas americanas quando o presidente polon\u00eas, Andrzej Duda, visitou Washington, em junho de 2020. O encontro colocava a &#8220;Pol\u00f4nia na dire\u00e7\u00e3o certa&#8221;, nas palavras de Morawiecki. Menos de um m\u00eas antes da derrota eleitoral de Trump, os EUA e a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/polonia\">Pol\u00f4nia<\/a> assinaram um acordo preliminar para construir seis reatores.<\/p>\n\n\n\n<p>Quando a Pol\u00f4nia perdeu Trump, seu maior aliado, a Fran\u00e7a entrou no jogo. Em 2 de fevereiro de 2021, o dia em que o governo de Vars\u00f3via adotou a estrat\u00e9gia energ\u00e9tica, o ministro franc\u00eas do Com\u00e9rcio, Franck Riester, viajou a Vars\u00f3via para oferecer coopera\u00e7\u00e3o nuclear \u00e0 Pol\u00f4nia.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\">Reatores grandes ou pequenos?<\/h2>\n\n\n\n<p>Um representante da estatal \u00c9lectricit\u00e9 de France falou na m\u00eddia polonesa sobre um financiamento de dois ter\u00e7os dos custos do projeto e promoveu o &#8220;European Pressurized Reactor&#8221; (EPR) franc\u00eas, que tamb\u00e9m j\u00e1 est\u00e1 em opera\u00e7\u00e3o em Taishan, na China. Os reatores gigantescos, com uma pot\u00eancia de mais de 1000 megawatts s\u00e3o exatamente o que os estrategistas de energia poloneses t\u00eam em mente.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo.png\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"687\" height=\"1024\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo-687x1024.png\" alt=\"\" class=\"wp-image-167687\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo-687x1024.png 687w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo-201x300.png 201w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo-768x1145.png 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo-1030x1536.png 1030w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo-1374x2048.png 1374w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/grafico_energia_atomica_no_mundo.png 1920w\" sizes=\"(max-width: 687px) 100vw, 687px\" \/><\/a><\/figure>\n\n\n\n<p>Mas o especialista em energia Marcin Roszkowski, do think tank Klub Jagiello\u0144ski, de Vars\u00f3via, considera essa ideia ultrapassada. &#8220;Atualmente, tamb\u00e9m h\u00e1 reatores em formatos muito menores, com pot\u00eancias de 50 e 100 megawatts. S\u00e3o os chamados reatores modulares. Eles podem ser interligados, podem ser constru\u00eddos espalhados por uma \u00e1rea maior e abastecer cidades e f\u00e1bricas individuais com energia&#8221;, diz.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Nesse caso, um grande desastre tamb\u00e9m seria descartado&#8221;, continua Roszkowski. Os reatores menores, usados \u200b\u200batualmente em navios quebra-gelo, tamb\u00e9m poder\u00e3o ser aprovados comercialmente dentro de alguns anos. Em 2019, o bilion\u00e1rio polon\u00eas Michal Solowow ofereceu-se para construir esses reatores e iniciou uma colabora\u00e7\u00e3o com a gigante nipo-americana GE Hitachi.<\/p>\n\n\n\n<p>Os planos poloneses tamb\u00e9m v\u00e3o contra a tend\u00eancia europeia de mudar para fontes de g\u00e1s e energias renov\u00e1veis, segundo os especialistas. &#8220;Com as tecnologias atuais, n\u00e3o \u00e9 uma dificuldade elevar a parcela das energias renov\u00e1veis \u200b\u200bpara 80% da matriz energ\u00e9tica. Os 20% que faltam seriam por conta do inverno na <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/polonia\">Pol\u00f4nia<\/a>, quando h\u00e1 pouco vento e pouco sol&#8221;, afirma o f\u00edsico nuclear Marcin Popkiewicz, da Universidade de Vars\u00f3via, ressaltando que a constru\u00e7\u00e3o de usinas nucleares \u00e9 tamb\u00e9m muito cara. &#8220;Para os clientes, o custo da <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/energia-nuclear\">energia nuclear<\/a> pode exceder em cinco vezes o custo da energia renov\u00e1vel&#8221;, diz.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\">Entre carv\u00e3o e \u00e1tomo<\/h2>\n\n\n\n<p>O desenvolvimento de energias renov\u00e1veis \u200b\u200btamb\u00e9m faz parte da estrat\u00e9gia do governo polon\u00eas \u2013 mas est\u00e1 progredindo lentamente. Durante anos, sua participa\u00e7\u00e3o na matriz energ\u00e9tica polonesa estagnou em pouco menos de 14%, o que est\u00e1 abaixo da m\u00e9dia europeia de 20% (segundo dados de 2020). Um avan\u00e7o deve ocorrer em 2025, quando os primeiros parques e\u00f3licos da Pol\u00f4nia no Mar B\u00e1ltico entrarem em opera\u00e7\u00e3o. Espera-se que eles alcancem uma capacidade de 8 gigawatts at\u00e9 2040.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas o maior problema com a transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica \u00e9 a elimina\u00e7\u00e3o do carv\u00e3o, que ainda representa 50% do fornecimento de eletricidade. Em contraste com o carv\u00e3o do tipo linhito, o carv\u00e3o betuminoso ser\u00e1 extra\u00eddo ainda at\u00e9 pelo menos 2050. Mais de 100 mil empregos dependem da ind\u00fastria, motivo&nbsp;pelo&nbsp;qual o governo est\u00e1 hesitante em fechar as minas de carv\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\">Preocupa\u00e7\u00f5es na Alemanha<\/h2>\n\n\n\n<p>Paradoxalmente, a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/energia-nuclear\">energia nuclear<\/a>, que \u00e9 &#8220;limpa&#8221; em termos de emiss\u00e3o de g\u00e1s de efeito estufa, poderia retardar ainda mais esse processo. Porque se as emiss\u00f5es de CO2 da Pol\u00f4nia ca\u00edrem gra\u00e7as \u00e0s novas usinas nucleares, a press\u00e3o da UE para reduzir a produ\u00e7\u00e3o de carv\u00e3o tamb\u00e9m poder\u00e1 diminuir.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/usina_eolica_na_Polonia.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"700\" height=\"394\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/usina_eolica_na_Polonia.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-167688\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/usina_eolica_na_Polonia.jpg 700w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/usina_eolica_na_Polonia-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/02\/usina_eolica_na_Polonia-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 700px) 100vw, 700px\" \/><\/a><figcaption>Usina e\u00f3lica na Pol\u00f4nia: energias renov\u00e1veis \u200b\u200btamb\u00e9m integram estrat\u00e9gia do governo, mas progridem lentamente.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Essa n\u00e3o \u00e9 a \u00fanica raz\u00e3o pela qual os planos nucleares da Pol\u00f4nia j\u00e1 est\u00e3o causando preocupa\u00e7\u00e3o na vizinha <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/alemanha\">Alemanha<\/a>. De acordo com um relat\u00f3rio de especialistas encomendado pela bancada parlamentar do Partido Verde em janeiro de 2021, as usinas nucleares, que seriam localizadas a apenas algumas centenas de quil\u00f4metros da fronteira com a Alemanha, representariam um alto risco de seguran\u00e7a para a popula\u00e7\u00e3o alem\u00e3.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Este relat\u00f3rio avaliou tudo com base nos dados meteorol\u00f3gicos dos \u00faltimos tr\u00eas anos. Com uma probabilidade de 20%, um acidente nesta usina nuclear planejada tamb\u00e9m afetaria a Alemanha&#8221;, explica Sylvia Kotting-Uhl, presidente da comiss\u00e3o de meio ambiente no Bundestag. &#8220;Na pior das hip\u00f3teses, 1,8 milh\u00e3o de alem\u00e3es estariam expostos \u00e0 radia\u00e7\u00e3o de mais de 20 milisieverts. A partir desse valor, seria necess\u00e1ria uma evacua\u00e7\u00e3o. Berlim e Hamburgo, por exemplo, seriam afetadas, portanto, regi\u00f5es muito densamente povoadas\u201d, diz a parlamentar do Partido Verde.<\/p>\n\n\n\n<p>O Minist\u00e9rio do Clima polon\u00eas enfatiza que foi realizada uma avalia\u00e7\u00e3o de impacto ambiental estrat\u00e9gico do programa de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/energia-nuclear\">energia nuclear<\/a>. A pasta afirma que a Alemanha tamb\u00e9m participou das consultas e apresentou 30 mil coment\u00e1rios, dos quais alguns foram considerados.<\/p>\n\n\n\n<p>A <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/alemanha\">Alemanha<\/a> quer garantir que continue a ser consultada nos planos da usina nuclear polonesa. &#8220;Para o governo alem\u00e3o, \u00e9 crucial que, se a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/polonia\">Pol\u00f4nia<\/a> come\u00e7ar a produzir energia nuclear, seja garantido o mais alto padr\u00e3o poss\u00edvel de seguran\u00e7a nuclear, prote\u00e7\u00e3o contra radia\u00e7\u00e3o e seguran\u00e7a tamb\u00e9m para Estados vizinhos que possam ser diretamente afetados&#8221;, afirmou o Minist\u00e9rio do Meio Ambiente da Alemanha. O \u00f3rg\u00e3o tamb\u00e9m destaca ser regra internacional que, no caso de potenciais efeitos negativos sobre outros Estados, estes sejam\u00a0envolvidos e consultados.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>A Pol\u00f4nia quer diminuir sua depend\u00eancia do carv\u00e3o mineral e pretende, para isso, come\u00e7ar a produzir energia nuclear. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/02\/22\/167684-planos-de-energia-nuclear-da-polonia-preocupam-alemanha.html\" title=\"Planos de energia nuclear da Pol\u00f4nia preocupam Alemanha\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":167685,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[987,212,3305],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/167684"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=167684"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/167684\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":167689,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/167684\/revisions\/167689"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/167685"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=167684"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=167684"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=167684"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}