{"id":168388,"date":"2021-03-17T08:00:00","date_gmt":"2021-03-17T11:00:00","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=168388"},"modified":"2021-03-16T23:53:42","modified_gmt":"2021-03-17T02:53:42","slug":"cientistas-visualizam-o-nascimento-de-um-buraco-negro-em-tempo-real","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/03\/17\/168388-cientistas-visualizam-o-nascimento-de-um-buraco-negro-em-tempo-real.html","title":{"rendered":"Cientistas visualizam o nascimento de um buraco negro em tempo real"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/nascimento_de_um_buraco_negro.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"384\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/nascimento_de_um_buraco_negro-1024x384.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-168389\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/nascimento_de_um_buraco_negro-1024x384.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/nascimento_de_um_buraco_negro-300x113.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/nascimento_de_um_buraco_negro-768x288.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/nascimento_de_um_buraco_negro.jpg 1120w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><\/a><figcaption>Imagem: Reprodu\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Em 12 de outubro de 2020, telesc\u00f3pios capturaram um evento em uma gal\u00e1xia a 3 bilh\u00f5es de anos-luz de dist\u00e2ncia da <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/terra\">Terra<\/a>, um forte brilho que, em seguida, se apagou. De acordo com cientistas, este pode ser um sinal relacionado ao nascimento de um\u00a0<a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/buraco-negro\">buraco negro<\/a>. &#8220;\u00c9 realmente impressionante&#8221;, indica Deanne Coppejans, astrof\u00edsica da Universidade Northwestern, Estados Unidos, se referindo ao show batizado de Camelo.<\/p>\n\n\n\n<p>Dois anos antes, algo semelhante ocorreu em outro lugar, a &#8220;apenas&#8221; 200 milh\u00f5es de anos-luz daqui, na constela\u00e7\u00e3o de H\u00e9rcules. N\u00e3o se sabia exatamente, naquela \u00e9poca, o que teria originado o chamado AT2018cow \u2013 ou simplesmente Vaca \u2013, mas a comunidade cient\u00edfica considerava algumas hip\u00f3teses, como a possibilidade de uma estrela ter sido consumida por um buraco negro pr\u00f3ximo a ela ou de uma\u00a0supernova\u00a0ter &#8220;falhado&#8221; e sido &#8220;engolida&#8221; por um novo devorador de mat\u00e9ria ao qual deu \u00e0 luz.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/11\/30\/175197-luz-da-colisao-de-dois-buracos-negros-pode-ter-sido-observada-pela-1a-vez.html'>Luz da colis\u00e3o de dois buracos negros pode ter sido observada pela 1\u00aa vez<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/11\/16\/174881-pesquisa-calcula-quantos-buracos-negros-existem-no-espaco.html'>Pesquisa calcula quantos buracos negros existem no espa\u00e7o<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/10\/26\/174433-cientistas-encontram-sinais-do-primeiro-planeta-fora-da-via-lactea.html'>Cientistas encontram sinais do \u2018primeiro planeta fora da Via L\u00e1ctea\u2019<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>De todo modo, uma coisa j\u00e1 era certa: o fen\u00f4meno transiente observado, tipo de explos\u00e3o de supernova com sua luz vis\u00edvel brilhando e diminuindo em dias, poderia n\u00e3o ser o \u00faltimo \u2013 e, se fosse\u00a0comum\u00a0no <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/espaco\">espa\u00e7o<\/a>, era preciso se preparar para entend\u00ea-lo melhor. Agora, dito e feito. &#8220;Fomos capazes de perceber o que era poucos dias depois de explodir&#8221;, conta Daniel Perley, astrof\u00edsico da Universidade Liverpool John Moores, Reino Unido. &#8220;Temos muitos dados gerados pelo acompanhamento.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/ilustracao_de_inicio_de_um_buraco_negro.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"704\" height=\"396\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/ilustracao_de_inicio_de_um_buraco_negro.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-168390\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/ilustracao_de_inicio_de_um_buraco_negro.jpg 704w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/ilustracao_de_inicio_de_um_buraco_negro-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/ilustracao_de_inicio_de_um_buraco_negro-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 704px) 100vw, 704px\" \/><\/a><figcaption>Evento sugere nascimento de buraco negro. &#8211; Fonte: Reprodu\u00e7\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-fez-que-foi-n-o-foi-acabou-fondo\">&#8220;Fez que foi, n\u00e3o foi, acabou fondo&#8221;<\/h2>\n\n\n\n<p>Uma verdadeira corrida contra o tempo se iniciou logo ap\u00f3s a detec\u00e7\u00e3o. Quatro dias depois da visualiza\u00e7\u00e3o do Camelo, a equipe \u00e0 frente da pesquisa se valeu de\u00a0equipamentos\u00a0nas Ilhas Can\u00e1rias e no Hava\u00ed para coletar informa\u00e7\u00f5es vitais sobre suas propriedades e alertou outros especialistas por meio de um servi\u00e7o chamado Telegram de Astr\u00f4nomos. Ent\u00e3o, duas designa\u00e7\u00f5es foram dadas ao evento: AT2020xnd, pelo cat\u00e1logo global de transientes, e ZTF20acigmel, pela Zwicky Transient Facility (local onde &#8220;apareceu&#8221;). &#8220;Xnd n\u00e3o fazia jus ao que esper\u00e1vamos&#8221;, brinca Perley.<\/p>\n\n\n\n<p>Em apenas dois ou tr\u00eas dias, detalham os cientistas, Camelo atingiu seu brilho m\u00e1ximo, 100 vezes superior ao de qualquer supernova\u00a0convencional, e rapidamente come\u00e7ou a desaparecer, mantendo, ainda assim, seu calor. A partir de an\u00e1lises de arquivos, descobriu-se que este era o quarto fen\u00f4meno do tipo sobre o qual se tinha not\u00edcia, o que n\u00e3o tirou dele o m\u00e9rito de ser o primeiro acompanhado em tempo real. Cada um, por sua vez, tinha suas particularidades.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;A pr\u00f3pria explos\u00e3o e o tipo de comportamento-zumbi ap\u00f3s a morte s\u00e3o bastante semelhantes, mas o est\u00e1gio de colis\u00e3o, que envolve o material do ambiente [g\u00e1s e poeira pr\u00f3ximos], mostrou alguma varia\u00e7\u00e3o na quantidade de\u00a0elementos espalhados\u00a0e na velocidade na qual a onda de choque da explos\u00e3o atinge corpos ao redor desses cen\u00e1rios&#8221;, aponta Anna Ho, astrof\u00edsica da Universidade da Calif\u00f3rnia em Berkeley, Estados Unidos, que descobriu um deles, o Coala.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Camelo_em_brilho_maximo.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"704\" height=\"487\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Camelo_em_brilho_maximo.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-168391\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Camelo_em_brilho_maximo.jpg 704w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Camelo_em_brilho_maximo-300x208.jpg 300w\" sizes=\"(max-width: 704px) 100vw, 704px\" \/><\/a><figcaption>Camelo atingiu seu brilho m\u00e1ximo, 100 vezes superior ao de qualquer supernova convencional, em poucos dias. Fonte:\u00a0\u00a0Reprodu\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Resumidamente, a segunda hip\u00f3tese citada, de supernova &#8220;falha&#8221;, \u00e9 a mais promissora. Tudo come\u00e7a quando uma estrela massiva com cerca de 20 vezes a massa do nosso Sol chega ao fim de sua vida e esgota seu combust\u00edvel. Seu n\u00facleo, ent\u00e3o, entra em colapso, iniciando um processo que normalmente resultaria em uma supernova tradicional, no qual o material em queda voltaria para fora, deixando para tr\u00e1s um objeto denso.<\/p>\n\n\n\n<p>No caso de Camelo, Vaca e Coala, algo incomum aconteceu no momento de colapso do n\u00facleo, destaca Daniel. &#8220;O que afirmamos \u00e9 que, em vez de se transformar em uma\u00a0estrela de n\u00eautrons, o astro entrou em colapso direto em um <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/buraco-negro\">buraco negro<\/a>, e sua maior parte caiu dentro dele.&#8221;\u00a0<\/p>\n\n\n\n<p>Ao devorar as camadas externas, o novo corpo come\u00e7ou a girar rapidamente, produzindo jatos poderosos disparados dos polos \u2013 e esta seria a luz que chegou at\u00e9 nosso <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/planeta\">planeta<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Zwicky_Transient_Facility.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"704\" height=\"396\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Zwicky_Transient_Facility.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-168392\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Zwicky_Transient_Facility.jpg 704w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Zwicky_Transient_Facility-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/03\/Zwicky_Transient_Facility-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 704px) 100vw, 704px\" \/><\/a><figcaption>Zwicky Transient Facility, local onde Camelo foi descoberto. Fonte:\u00a0\u00a0Reprodu\u00e7\u00e3o\u00a0<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\">Sempre \u00e0 espera<\/h2>\n\n\n\n<p>Outras ideias est\u00e3o sobre a mesa, mas nenhuma delas fez tanto sucesso quanto essa. Felizmente, todas poder\u00e3o passar por testes, uma vez que a capacidade de cientistas coletarem dados de r\u00e1dio e raios X, por exemplo, se expandiu muito em apenas dois anos, comemora Stephen Smartt, astr\u00f4nomo da Queen&#8217;s University of Belfast, Irlanda do Norte, &#8220;dono&#8221; da Vaca.<\/p>\n\n\n\n<p>Gra\u00e7as ao avan\u00e7o das t\u00e9cnicas, complementa Anna Ho, a tend\u00eancia \u00e9 que mais\u00a0fen\u00f4menos\u00a0como esses sejam detectados. &#8220;Inicialmente, est\u00e1vamos apenas procurando eventos que se iluminaram muito rapidamente. Desde ent\u00e3o, aprendemos que objetos do tipo tamb\u00e9m desaparecem em alta velocidade.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>No mais, resta a esperan\u00e7a: &#8220;Este \u00e9 apenas um exemplo de que basta olharmos para o c\u00e9u para nos depararmos com coisas totalmente inesperadas&#8221;, finaliza a pesquisadora.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: Canaltech<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Telesc\u00f3pios capturaram um evento em uma gal\u00e1xia a 3 bilh\u00f5es de anos-luz de dist\u00e2ncia da Terra, um forte brilho que, em seguida, se apagou. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/03\/17\/168388-cientistas-visualizam-o-nascimento-de-um-buraco-negro-em-tempo-real.html\" title=\"Cientistas visualizam o nascimento de um buraco negro em tempo real\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":168389,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1702,1701,854],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/168388"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=168388"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/168388\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":168393,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/168388\/revisions\/168393"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/168389"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=168388"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=168388"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=168388"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}