{"id":16920,"date":"2004-11-17T00:00:00","date_gmt":"2004-11-17T00:00:00","guid":{"rendered":""},"modified":"2004-11-17T00:00:00","modified_gmt":"2004-11-17T00:00:00","slug":"governo-desenvolve-sistemas-de-monitoramento-para-amazonia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2004\/11\/17\/16920-governo-desenvolve-sistemas-de-monitoramento-para-amazonia.html","title":{"rendered":"Governo desenvolve sistemas de monitoramento para Amaz\u00f4nia"},"content":{"rendered":"
O Inpe – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, mantido pelo MCT – Minist\u00e9rio da Ci\u00eancia e Tecnologia, alimenta desde maio de 2004 o Deter – Sistema de Detec\u00e7\u00e3o de Desmatamento, um banco de dados virtual sobre modifica\u00e7\u00f5es na cobertura florestal.<\/p>\n
Subordinado \u00e0 Casa Civil, o Sipam – Sistema de Prote\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia, bra\u00e7o civil do Sivam – Sistema de Vigil\u00e2ncia da Amaz\u00f4nia, se uniu em abril \u00e0 Universidade Federal de Goi\u00e1s para criar o Siad – Sistema Integrado de Alerta de Desmatamentos. Al\u00e9m de detectar o desflorestamento, o programa faz um atlas de suas causas socioecon\u00f4micas.<\/p>\n
A “sopa de letrinhas” mascara dois projetos que t\u00eam mais semelhan\u00e7as do que diferen\u00e7as, a despeito do que propagam os t\u00e9cnicos envolvidos. Ambos se baseiam em dados gerados pelo Modis, conjunto de sensores instalados nos sat\u00e9lites Aqua e Terra – o Siad conta ainda com imagens compradas de uma empresa francesa, e o Deter, com informa\u00e7\u00f5es coletadas pelo Cbers, sat\u00e9lite sino-brasileiro – e hoje entregam informa\u00e7\u00f5es a cada 15 ou 20 dias – mas prometem atualiza\u00e7\u00e3o no m\u00ednimo semanal se necess\u00e1rio.<\/p>\n
Um sistema de monitoramento em tempo real \u00e9 uma das exig\u00eancias do Plano de A\u00e7\u00e3o de Preven\u00e7\u00e3o e Controle do Desmatamento na Amaz\u00f4nia Legal, lan\u00e7ado em mar\u00e7o de 2004 pelo presidente Luiz In\u00e1cio Lula da Silva e representantes de 12 \u00f3rg\u00e3os federais.<\/p>\n
Segundo o secret\u00e1rio de Biodiversidade e Florestas do Minist\u00e9rio do Meio Ambiente, Jo\u00e3o Paulo Capobianco, o que foi apresentado at\u00e9 agora ao GT – Grupo de Trabalho interministerial para a Amaz\u00f4nia, ligado \u00e0 Casa Civil, \u00e9 o Deter: “Sou um dos coordenadores do GT e n\u00e3o conhe\u00e7o o sistema do Sipam. Se houver, espero que sejam compat\u00edveis e integrados”.<\/p>\n
O Deter, apesar do car\u00e1ter oficial, n\u00e3o teve verbas espec\u00edficas para sua cria\u00e7\u00e3o. Os recursos e o pessoal foram desviados de outros projetos previstos para 2004.<\/p>\n
O coordenador-geral do departamento de Observa\u00e7\u00e3o da Terra do Inpe, Gilberto C\u00e2mara, conta que a verba dedicada no pr\u00f3ximo ano ao sistema gira entre R$ 600 mil e R$ 800 mil, dividida entre MCT e Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov\u00e1veis. O Siad conta com R$ 450 mil, pagos at\u00e9 agosto de 2005 pelo Sipam e a Universidade Federal de Goi\u00e1s.<\/p>\n
Aplica\u00e7\u00e3o – <\/b>“S\u00e3o duas metodologias pr\u00f3ximas, mas o Inpe faz ci\u00eancia e n\u00f3s somos mais operacionais”, afirma o diretor-executivo do Sipam, Edgar Fagundes Filho.<\/p>\n
Apesar do que diz Fagundes, ambos os sistemas s\u00e3o testados atualmente pelo Ibama com o mesmo prop\u00f3sito: alimentar o Centro de Monitoramento Ambiental, \u00f3rg\u00e3o que gera um documento indicativo de desmatamento, um guia para as equipes de fiscaliza\u00e7\u00e3o trabalharem em campo e acompanharem com periodicidade as \u00e1reas que sofrem press\u00f5es humanas.<\/p>\n
“O ac\u00famulo de informa\u00e7\u00f5es do Deter somado ao Sipam permite que sejam geradas proje\u00e7\u00f5es locais [de derrubada de floresta]”, afirma o diretor de Prote\u00e7\u00e3o Ambiental do Ibama, Fl\u00e1vio Montiel. Enquanto a fase de testes n\u00e3o \u00e9 conclu\u00edda, o governo discute como as informa\u00e7\u00f5es ser\u00e3o divulgadas para o p\u00fablico. Hoje, o acesso tanto ao Siad quanto ao Deter \u00e9 restrito \u00e0s equipes de desenvolvimento, ao Ibama e ao MMA.<\/p>\n
Fagundes promete a libera\u00e7\u00e3o dos dados no dia 17 de dezembro, inclusive para consulta p\u00fablica via internet. Para o Deter, n\u00e3o h\u00e1 data estipulada de divulga\u00e7\u00e3o. Uma proposta ser\u00e1 apresentada \u00e0 Casa Civil no dia 1\u00ba de dezembro.<\/p>\n
O secret\u00e1rio acredita que a divulga\u00e7\u00e3o dos dados do monitoramento em tempo real pode atrapalhar o trabalho em campo. “\u00c9 preciso que haja uma defasagem na divulga\u00e7\u00e3o para que a libera\u00e7\u00e3o dos dados n\u00e3o seja utilizada contra a conserva\u00e7\u00e3o”, diz.<\/p>\n
Capobianco tamb\u00e9m teme que os pontos de mudan\u00e7a na cobertura vegetal sejam confundidos com \u00e1rea desmatada, dado esse gerado por outro projeto do Inpe, o Prodes, que fornece as estimativas anuais de desflorestamento.<\/p>\n
Para o Grupo de Trabalho sobre Florestas, que re\u00fane entidades ligadas ao F\u00f3rum das ONGs, a exposi\u00e7\u00e3o dos sistemas deve ser encarada como um “compromisso”. “N\u00e3o \u00e9 apenas uma solicita\u00e7\u00e3o nossa mas do governo, que fixou a divulga\u00e7\u00e3o dos dados como instrumento do plano [contra o desmatamento]”, diz Roberto Smeraldi, da Amigos da Terra.<\/p>\n
O coordenador da campanha Amaz\u00f4nia do Greenpeace, Paulo Ad\u00e1rio, acredita que a sociedade pode ajudar a fiscalizar a\u00e7\u00f5es ilegais na regi\u00e3o. “Como temos o Disque Den\u00fancia, o monitoramento em tempo real fornecer\u00e1 uma ferramenta para enfrentar o problema”, diz. (Cristina Amorin\/Folha Online)<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Dois organismos dentro do governo est\u00e3o desenvolvendo \u00e0 revelia um do outro sistemas similares de monitoramento em tempo real da Amaz\u00f4nia. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[54],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16920"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=16920"}],"version-history":[{"count":0,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/16920\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=16920"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=16920"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=16920"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}