Embora se chame Terra<\/a>, nosso planeta tem cerca de 70% da sua superf\u00edcie coberta por \u00e1gua. At\u00e9 onde sabemos, a Terra \u00e9 o \u00fanico planeta com vida \u2014 e mais: \u00e9 o \u00fanico mundo conhecido com uma vasta extens\u00e3o de oceano<\/a>. No entanto, conhecemos apenas cerca de 5% desse mundo aqu\u00e1tico. Na verdade, conhecemos mais o espa\u00e7o do que as profundezas dessa imensid\u00e3o azul. Apesar desse pouco conhecido,\u00a0j\u00e1 fizemos descobertas incr\u00edveis. Ent\u00e3o, nada mais adequado do que apontarmos algumas curiosidades<\/a> sobre as profundezas do oceano, certo?<\/p>\n\n\n\n
Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n
Em 1960, ocorreu o primeiro mergulho no local mais profundo do oceano j\u00e1 visitado por humanos, localizado na Fossa das Marianas, no Pac\u00edfico, a cerca de 11 km de profundidade. De l\u00e1 para c\u00e1, o que ser\u00e1 que descobrimos a respeito desse vasto cosmo aqu\u00e1tico?<\/p>\n\n\n\n
Na oceanografia, a unidade de medida da press\u00e3o s\u00e3o os bares \u2014 um bar equivale a 100 mil Newtons para cada metro quadrado. Ao n\u00edvel do mar, existe a press\u00e3o atmosf\u00e9rica que equivale, aproximadamente, a um bar. A cada 10 metros em dire\u00e7\u00e3o ao fundo, a press\u00e3o aumenta em 10 bares por conta do peso da \u00e1gua acima. Dessa maneira, a 90 metros abaixo da superf\u00edcie, a press\u00e3o \u00e9 de 10 bares.<\/p>\n\n\n\n
Nas profundezas do oceano, existe uma press\u00e3o gigante \u2014 isso pensando em n\u00f3s, seres humanos. J\u00e1 muitas esp\u00e9cies aqu\u00e1ticas s\u00e3o totalmente adaptadas para essas condi\u00e7\u00f5es. A 4 mil quil\u00f4metros de profundidade, a press\u00e3o \u00e9 superior a 400 vezes a press\u00e3o na superf\u00edcie, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n
A press\u00e3o do oceano \u00e9 implac\u00e1vel e, para um ser humano chegar a uma profundidade dessas, \u00e9 necess\u00e1rio um traje de mergulho t\u00e3o complexo quanto o traje de astronautas \u2014 ou talvez at\u00e9 mais. Esta \u00e9 uma das maiores raz\u00f5es pelas quais conhecemos mais do espa\u00e7o do que do fundo dos oceanos.<\/p>\n\n\n\n
A luz n\u00e3o \u00e9 capaz de alcan\u00e7ar grandes profundidades no oceano. Os raios solares cont\u00e9m os comprimentos de ondas respons\u00e1veis pelas cores vis\u00edveis \u2014 a onda que mais consegue se aprofundar ali \u00e9 a luz azul, cerca de 45 metros abaixo da superf\u00edcie. Um mergulhador que se aproxima dos 200 metros de profundidade j\u00e1 come\u00e7a a deixar de perceber a cor azul. Dali para baixo, \u00e9 um mergulho em uma total escurid\u00e3o. Mas se engana quem pensa que nas profundezas dos oceanos n\u00e3o existe vida, pois \u00e9 aqui que entram as formas de vida mais ex\u00f3ticas da Terra.<\/p>\n\n\n\n
Para n\u00f3s, a luz \u00e9 fundamental para o processo de explora\u00e7\u00e3o. Tanto que apenas em 2013 conseguimos observar uma lula-gigante, a 1 km de profundidade. Antes disso, essa esp\u00e9cie s\u00f3 era encontrada na barriga de baleias ou mortas em regi\u00f5es costeiras.<\/p>\n\n\n\n
A bioluminesc\u00eancia \u00e9 a luz que um ser vivo produz em seu pr\u00f3prio corpo. Aqui na Terra, muitas esp\u00e9cies apresentam esta caracter\u00edstica. Nas profundezas do oceano, h\u00e1 uma grande variedade de esp\u00e9cies que, al\u00e9m de serem bem adaptadas para a grande press\u00e3o encontrada a uma profundidade de 11 km, s\u00e3o sua pr\u00f3pria fonte de luz. Contraditoriamente, muitas destas esp\u00e9cies n\u00e3o enxergam muito bem.<\/p>\n\n\n\n
Tratam-se de grandes cadeias de montanhas localizadas no meio dos oceanos pelo mundo. Elas podem chegar a alturas de mais de 3 km, medindo, em m\u00e9dia, 1 km de largura, com uma extens\u00e3o de 80 mil km. Dessa maneira, formam grandes cordilheiras que se estendem nas profundezas do oceano. A exemplo, temos a dorsal Mesoatl\u00e2ntica, dorsal de Reykjanes e dorsal do Pac\u00edfico Oriental.<\/p>\n\n\n\n
Entre as dorsais oce\u00e2nicas, est\u00e3o as plan\u00edcies, a cerca de 4 km de profundidade. Esta \u00e1rea cobre cerca de 40% de todo o fundo do oceano, mas ainda n\u00e3o s\u00e3o os lugares mais profundos \u2014 quem ocupa essa posi\u00e7\u00e3o s\u00e3o as fossas oce\u00e2nicas ou abissais, explicadas na curiosidade<\/a> a seguir.<\/p>\n\n\n\n
S\u00e3o enormes depress\u00f5es geogr\u00e1ficas que t\u00eam uma profundidade m\u00e9dia de 7 a 8 km. As fossas oce\u00e2nicas s\u00e3o regi\u00f5es de encontro entre placas tect\u00f4nicas e, normalmente, uma fica por cima da outra \u2014 l\u00e1, a temperatura fica em torno de 0 a 2\u202f\u00b0C. A maior profundidade j\u00e1 registrada se encontra numa depress\u00e3o chamada Challenger, localizada a mais de 11 km de profundidade, entre as fossas Mariana, no Oceano Pac\u00edfico.<\/p>\n\n\n\n
Vulc\u00f5es submarinos s\u00e3o especialmente comuns nas regi\u00f5es dorsais, justamente por ser o local de encontro ou separa\u00e7\u00e3o entre duas placas tect\u00f4nicas. Eles s\u00e3o respons\u00e1veis pela forma\u00e7\u00e3o do fundo dos oceanos.<\/p>\n\n\n\n
S\u00e3o fissuras presentes na crosta oce\u00e2nica de onde emergem fluidos geotermais \u2014 aquecidos por lava. A \u00e1gua penetra nas altas profundidades, e ent\u00e3o se mistura com minerais presentes. Quando a \u00e1gua se aquece, ela escapa por essas fontes e acumula material rico em minerais. Nas profundezas do oceano, muitas formas de vida, na aus\u00eancia da energia obtida a partir da luz do Sol, fazem deste lugar verdadeiras fontes de energia.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: Canaltech<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
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