{"id":171145,"date":"2021-06-10T15:41:53","date_gmt":"2021-06-10T18:41:53","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171145"},"modified":"2021-06-10T15:41:56","modified_gmt":"2021-06-10T18:41:56","slug":"cientistas-registram-mais-longa-avalanche-submarina-que-durou-2-dias","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/06\/10\/171145-cientistas-registram-mais-longa-avalanche-submarina-que-durou-2-dias.html","title":{"rendered":"Cientistas registram mais longa avalanche submarina, que durou 2 dias"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/avalanche_subaquatica.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"424\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/avalanche_subaquatica.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-171146\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/avalanche_subaquatica.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/avalanche_subaquatica-300x159.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/avalanche_subaquatica-768x407.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><\/a><figcaption>Cientistas trabalham no litoral da \u00c1frica investigando uma avalanche subaqu\u00e1tica<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p><strong>Cientistas trabalhando na <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/africa\">\u00c1frica<\/a> dizem ter registrado o que seria a mais longa avalanche subaqu\u00e1tica j\u00e1 medida. Ela ocorreu perto da costa da \u00c1frica Ocidental, em um c\u00e2nion submarino que sai da foz do rio Congo.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/cientistas\">Cientistas<\/a> dizem que mais de um quil\u00f4metro c\u00fabico de areia e lama desceu \u00e0s profundezas.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2021\/06\/10\/171145-cientistas-registram-mais-longa-avalanche-submarina-que-durou-2-dias.html'>Cientistas registram mais longa avalanche submarina, que durou 2 dias<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2020\/10\/29\/164756-furacoes-cada-vez-mais-intensos-estao-espalhando-especies-invasoras-pelos-estados-unidos.html'>Furac\u00f5es cada vez mais intensos est\u00e3o espalhando esp\u00e9cies invasoras pelos Estados Unidos<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2020\/07\/20\/161321-a-ilha-remota-entre-africa-e-brasil-que-tem-licoes-para-o-futuro-do-meio-ambiente.html'>A ilha remota entre \u00c1frica e Brasil que tem li\u00e7\u00f5es para o futuro do meio ambiente<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>Esse fluxo colossal continuou se movendo por dois dias inteiros e se estendeu por mais de 1,1 mil km no fundo do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/oceano-atlantico\">Oceano Atl\u00e2ntico<\/a>.<\/p>\n\n\n\n<p>O incidente n\u00e3o teria sido registrado se n\u00e3o fosse o fato de que a avalanche quebrou dois cabos de telecomunica\u00e7\u00f5es submarinos, reduzindo a velocidade da Internet e do tr\u00e1fego de dados entre a Nig\u00e9ria e a \u00c1frica do Sul no processo.<\/p>\n\n\n\n<p>A avalanche tamb\u00e9m p\u00f4de ser detectada porque pesquisadores haviam instalado em toda a extens\u00e3o do c\u00e2nion do Congo instrumentos capazes de medir as velocidades de correntes e sedimentos.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Tivemos uma s\u00e9rie de ancoradouros oceanogr\u00e1ficos que foram atingidos pelo incidente, arrancados de suas \u00e2ncoras no fundo do mar, e que surgiram para nos avisar como se fossem e-mails&#8221;, disse \u00e0 BBC News o professor Peter Talling, da Durham University, no Reino Unido.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;A coisa foi ficando cada vez mais r\u00e1pida. Por que [a avalanche] corr\u00f3i o fundo do mar \u00e0 medida que avan\u00e7a, ela junta areia e lama, o que torna o fluxo mais denso e ainda mais r\u00e1pido. Ent\u00e3o, ela tem esse feedback positivo onde vai aumentando, aumentando e aumentando.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/navio_Leon_Thevenin.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"800\" height=\"450\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/navio_Leon_Thevenin.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-171147\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/navio_Leon_Thevenin.jpg 800w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/navio_Leon_Thevenin-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/navio_Leon_Thevenin-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/navio_Leon_Thevenin-678x381.jpg 678w\" sizes=\"(max-width: 800px) 100vw, 800px\" \/><\/a><figcaption>O navio Leon Thevenin foi chamado para reparar os rompimentos do cabo do Congo em 2020 e os danos subsequentes em 2021 &#8211; CHAMAREL MARINE SERVICES (CMS)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>A avalanche subaqu\u00e1tica \u2014 ou corrente de turbidez \u2014 come\u00e7ou em 14 de janeiro do ano passado. Mas ela s\u00f3 est\u00e1 sendo noticiada agora porque os cientistas precisaram de tempo para recuperar os sensores e analisar totalmente seus dados.<\/p>\n\n\n\n<p>A equipe afirma que dois fatores se combinaram para preparar e, ent\u00e3o, acionar o fluxo.<\/p>\n\n\n\n<p>A primeira foi uma inunda\u00e7\u00e3o excepcionalmente grande ao longo do rio Congo no final de dezembro de 2019. Um evento raro \u2014 que s\u00f3 ocorre uma vez a cada 50 anos \u2014 essa inunda\u00e7\u00e3o levou grandes quantidades de areia e lama para a cabe\u00e7a do c\u00e2nion subaqu\u00e1tico. Mas ainda faltavam duas semanas para a avalanche.<\/p>\n\n\n\n<p>O que se seguiu em janeiro, no entanto, foram algumas grandes mar\u00e9s de primavera.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Acreditamos que a corrente de turbidez foi desencadeada na mar\u00e9 baixa&#8221;, disse o professor Dan Parsons da Hull University.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;\u00c0 medida que a carga do oceano acima diminui, voc\u00ea tem uma mudan\u00e7a na press\u00e3o da \u00e1gua dos poros dentro do sedimento \u2014 e \u00e9 isso que permite que ela ceda.&#8221;<\/p>\n\n\n\n<p>A an\u00e1lise mostra que a corrente de turbidez atingiu o mais raso dos medidores de velocidade instalados pela equipe \u00e0s 22h31 (no fuso hor\u00e1rio GMT) em 14 de janeiro de 2020, e chegou ao instrumento final quase 24 horas depois \u00e0s 21h01 em 16 de janeiro. Nesse est\u00e1gio, a avalanche havia atingido uma profundidade oce\u00e2nica de mais de 4,5 m.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/cabos_submarinos.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"640\" height=\"350\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/cabos_submarinos.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-171148\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/cabos_submarinos.jpg 640w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/cabos_submarinos-300x164.jpg 300w\" sizes=\"(max-width: 640px) 100vw, 640px\" \/><\/a><figcaption>Os cabos submarinos transportam mais de 99% de todo o tr\u00e1fego de dados entre continentes. Eles s\u00e3o fundamentais na economia da informa\u00e7\u00e3o moderna &#8211; ICPC-UNEP 2009 CABLES REPORT (CARTER ET AL)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>A recupera\u00e7\u00e3o dos medidores permitiu que os c\u00e1lculos de velocidade bruta fossem calibrados corretamente.<\/p>\n\n\n\n<p>Isso mostrou que o fluxo viajou inicialmente a 5,2 m\/s no c\u00e2nion superior, e depois acelerou continuamente at\u00e9 8 m\/s no momento em que atingiu o final do canal.<\/p>\n\n\n\n<p>Talling e seus colegas detalharam o evento em um paper escrito especialmente para o setor de cabos submarinos.<\/p>\n\n\n\n<p>Existem li\u00e7\u00f5es importantes sobre como mitigar riscos.<\/p>\n\n\n\n<p>Obviamente, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel prever com certeza quando ocorrer\u00e1 uma corrente de turbidez, mas saber algo sobre as condi\u00e7\u00f5es que desencadeiam as falhas de sedimentos pode influenciar o posicionamento global dos navios de reparo de cabos.<\/p>\n\n\n\n<p>Se houver uma outra enchente ao longo do rio Congo, como a ocorrida em dezembro de 2019, seria uma boa medida manter um navio de prontid\u00e3o na regi\u00e3o, por exemplo.<\/p>\n\n\n\n<p>Os dois cabos rompidos em meados de janeiro de 2020 \u2014 o cabo South Atlantic 3\/West Africa (SAT-3\/WASC) e o West Africa Cable System (WACS) \u2014 foram reparados em poucas semanas. Mas houve novos rompimentos desde ent\u00e3o, \u00e0 medida que mais sedimentos ca\u00edram encosta abaixo.<\/p>\n\n\n\n<p>Uma descoberta interessante diz respeito ao motivo de alguns cabos serem rompidos e outros n\u00e3o. Isso pode estar relacionado a diferen\u00e7as nas taxas de eros\u00e3o ao longo do caminho do fluxo.<\/p>\n\n\n\n<p>Em algumas \u00e1reas, a corrente de turbidez entra profundamente no fundo do mar, enquanto em outras, grandes quantidades de areia e lama s\u00e3o despejadas.<\/p>\n\n\n\n<p>O estudo do Congo \u00e9 o primeiro a documentar esse efeito de eros\u00e3o e deposi\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>&#8220;Esta \u00e9 uma nova informa\u00e7\u00e3o para a ind\u00fastria de cabos e est\u00e1 sendo usada para projetar novas rotas neste e em outros c\u00e2nions \u2014 para evitar as \u00e1reas que t\u00eam maior probabilidade de sofrer eros\u00e3o profunda, pois isso deixa o cabo mais vulner\u00e1vel a danos&#8221;, explicou Mike Clare, geocientista marinho do Centro Nacional de Oceanografia do Reino Unido e que assessora o Comit\u00ea Internacional de Prote\u00e7\u00e3o de Cabos.<\/p>\n\n\n\n<p>A rede global de cabos submarinos tem um papel vital na economia moderna.<\/p>\n\n\n\n<p>Mais de 99% de todo o tr\u00e1fego de dados entre continentes passa por essas conex\u00f5es, incluindo transfer\u00eancias di\u00e1rias de dinheiro no valor de trilh\u00f5es de d\u00f3lares.<\/p>\n\n\n\n<p>A pesquisa no c\u00e2nion do Congo tem ampla participa\u00e7\u00e3o, incluindo do IFREMER (Institut Fran\u00e7ais de Recherche pour l&#8217;Exploitation de la MER) na Fran\u00e7a e GEOMAR Helmholtz Center for Ocean Research na Alemanha. O projeto \u00e9 co-liderado pela Universidade de Durham e pela Angola Cables.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/reparo_de_cabos.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"640\" height=\"350\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/reparo_de_cabos.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-171149\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/reparo_de_cabos.jpg 640w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/reparo_de_cabos-300x164.jpg 300w\" sizes=\"(max-width: 640px) 100vw, 640px\" \/><\/a><figcaption>H\u00e1 uma frota de navios de reparo de cabos posicionados ao redor do mundo prontos para responder a interrup\u00e7\u00f5es como o evento de janeiro de 2020 no Congo &#8211; TYCO TELECOMMUNICATIONS<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Cientistas trabalhando na \u00c1frica dizem ter registrado o que seria a mais longa avalanche subaqu\u00e1tica j\u00e1 medida. 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