{"id":171353,"date":"2021-06-17T14:26:36","date_gmt":"2021-06-17T17:26:36","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171353"},"modified":"2021-06-17T14:26:39","modified_gmt":"2021-06-17T17:26:39","slug":"especie-de-rato-esta-desaparecendo-misteriosamente-mas-pandemia-trouxe-esperanca","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/06\/17\/171353-especie-de-rato-esta-desaparecendo-misteriosamente-mas-pandemia-trouxe-esperanca.html","title":{"rendered":"Esp\u00e9cie de rato est\u00e1 desaparecendo misteriosamente, mas pandemia trouxe esperan\u00e7a"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"576\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister-1024x576.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-171354\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister-1024x576.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister-300x169.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister-768x432.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister-1536x864.jpg 1536w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister-678x381.jpg 678w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/06\/Rato_Neotoma_magister.jpg 1600w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><\/a><figcaption>Rato\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>\u00a0visto no oeste de Maryland, a esp\u00e9cie vive em 13 estados do leste dos Estados Unidos.<br>FOTO DE\u00a0<strong>MARK HENDRICKS<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Em uma manh\u00e3 nebulosa, no alto dos Montes Allegheny, no oeste de Maryland, nos Estados Unidos, o ecologista Dan Feller embala um rato peludo nas m\u00e3os, prestes a libert\u00e1-lo. \u201cPrepare sua c\u00e2mera\u201d, diz ele. \u201cMas ele provavelmente vai voltar e ficar nos olhando\u201d, acrescenta Feller, encolhendo os ombros.<\/p>\n\n\n\n<p>O animal cinza-amarronzado salta rapidamente sobre uma rocha e desaparece em meio \u00e0 vegeta\u00e7\u00e3o. Depois, exatamente como Feller havia dito, o roedor voltou para nos observar de cima de um afloramento, a poucos metros. Esse comportamento \u00e9 previs\u00edvel, tendo em vista que Feller havia acabado de capturar e tatuar a orelha do animal.<\/p>\n\n\n\n<p><strong>Leia tamb\u00e9m:<\/strong><\/p>\n\n\n<ul class=\"wp-block-rss\"><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/redacao\/traducoes\/2022\/12\/21\/181126-a-lucrativa-industria-de-orquideas-da-china-e-um-teste-para-o-compromisso-do-pais-com-a-conservacao.html'>A lucrativa ind\u00fastria de orqu\u00eddeas da China \u00e9 um teste para o compromisso do pa\u00eds com a conserva\u00e7\u00e3o<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/04\/28\/177333-1-a-cada-5-especies-de-repteis-esta-ameacada-de-extincao-aponta-pesquisa.html'>1 a cada 5 esp\u00e9cies de r\u00e9pteis est\u00e1 amea\u00e7ada de extin\u00e7\u00e3o, aponta pesquisa<\/a><\/div><\/li><li class='wp-block-rss__item'><div class='wp-block-rss__item-title'><a href='https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/clipping\/2022\/01\/17\/176010-sexta-extincao-em-massa-pode-ja-estar-acontecendo-na-terra.html'>Sexta extin\u00e7\u00e3o em massa pode j\u00e1 estar acontecendo na Terra<\/a><\/div><\/li><\/ul>\n\n\n<p>O\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>, nativo dos Montes Apalaches e de partes do centro-oeste dos <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/eua\">Estados Unidos<\/a>, n\u00e3o \u00e9 um roedor comum. A esp\u00e9cie \u00e9 peculiar e d\u00f3cil com seres humanos \u2014 o que \u00e9 uma caracter\u00edstica incomum entre os mam\u00edferos do leste dos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cEles s\u00e3o muito carism\u00e1ticos e amig\u00e1veis\u201d, relata\u00a0Gretchen Fowles, bi\u00f3loga do Programa de Esp\u00e9cies Amea\u00e7adas de Extin\u00e7\u00e3o de Nova Jersey. Segundo a bi\u00f3loga, quando capturados para pesquisa, os ratos dessa esp\u00e9cie geralmente est\u00e3o calmos e em sil\u00eancio na armadilha, como se nada pudesse perturb\u00e1-los.<\/p>\n\n\n\n<p>J\u00e1 a esp\u00e9cie dos ratos-da-cauda-peluda, que chegam a pesar cerca de meio quilo, se destaca por outro motivo: sua popula\u00e7\u00e3o est\u00e1 diminuindo de forma r\u00e1pida e misteriosa. Esses pesados roedores est\u00e3o na lista de <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/especies-ameacadas\">esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o<\/a> em grande parte de sua zona de distribui\u00e7\u00e3o. No norte dos Estados Unidos, em especial, a esp\u00e9cie \u00e9 considerada extinta nos estados de Nova York, Connecticut e Massachusetts. A Pensilv\u00e2nia perdeu 75% da popula\u00e7\u00e3o dos\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>\u00a0em apenas quatro d\u00e9cadas, e agora h\u00e1 apenas uma popula\u00e7\u00e3o em Nova Jersey e Ohio.<\/p>\n\n\n\n<p>Maryland, outro estado do norte dos Estados Unidos, perdeu mais de 65% de sua popula\u00e7\u00e3o de\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>\u00a0desde a d\u00e9cada de 1990, algo que Feller, que trabalha no\u00a0Departamento de Recursos Naturais de Maryland, p\u00f4de observar de perto. Nas \u00faltimas tr\u00eas d\u00e9cadas, o ecologista capturou centenas de ratos da esp\u00e9cie, mas no \u00faltimo ano o n\u00famero de ratos capturados foi muito maior, o que, para ele, \u00e9 um mau sinal.<\/p>\n\n\n\n<p>Os cientistas n\u00e3o sabem por que a esp\u00e9cie do g\u00eanero&nbsp;<em>Neotoma&nbsp;<\/em>\u2014 que usam seus bigodes longos e sens\u00edveis para explorar cavernas escuras \u2014 est\u00e1 desaparecendo. \u00c9 prov\u00e1vel que isso se d\u00ea por uma combina\u00e7\u00e3o de fatores, como a praga da castanha na d\u00e9cada de 1900, nos Estados Unidos, que destruiu uma fonte prim\u00e1ria de alimento para os roedores; e um parasita de r\u00e1pida dissemina\u00e7\u00e3o, o&nbsp;<em>Baylisacaris procyonis<\/em>, popularmente conhecido como \u201clombriga de guaxinim\u201d.<\/p>\n\n\n\n<p>Por falta dessas informa\u00e7\u00f5es e por serem tantos estados envolvidos, foi dif\u00edcil reunir os profissionais que trabalham na preserva\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>, afirma Feller.<\/p>\n\n\n\n<p>Mas em 2020, a pandemia mudou isso: depois do cancelamento de uma confer\u00eancia regional, mastozo\u00f3logos representantes dos 13 estados envolvidos come\u00e7aram a se reunir mensalmente via Zoom, para compartilhar dados e estrat\u00e9gias de resgate \u00e0 popula\u00e7\u00e3o dos roedores.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo Feller, esse trabalho em equipe fortaleceu a preserva\u00e7\u00e3o dos ratos. Agora que os bi\u00f3logos de todos os 13 estados est\u00e3o em contato, podem se candidatar para bolsas de estudo em conjunto.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cMuitas pessoas podem nem saber que essa esp\u00e9cie de ratos existe, mas isso n\u00e3o significa que n\u00e3o vale a pena salv\u00e1-los\u201d, afirma o ecologista. \u201cA exist\u00eancia deles tamb\u00e9m torna essas montanhas especiais. Eles j\u00e1 fazem parte das nossas florestas orientais h\u00e1 muito tempo e devem permanecer para gera\u00e7\u00f5es futuras.\u201d<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-h-bitos-peculiares\">H\u00e1bitos peculiares<\/h3>\n\n\n\n<p>Das 12 esp\u00e9cies de ratos do g\u00eanero&nbsp;<em>Neotoma<\/em>&nbsp;presentes nos Estados Unidos, os que vivem nos Montes Allegheny s\u00e3o os maiores e mais raros. Ao contr\u00e1rio de outros roedores, n\u00e3o s\u00e3o grandes reprodutores: as f\u00eameas produzem em m\u00e9dia dois filhotes por ninhada, apenas duas ou tr\u00eas vezes por ano.&nbsp;<\/p>\n\n\n\n<p>Esses animais preferem altitudes mais elevadas em cavernas, penhascos e afloramentos rochosos de cumes de montanhas. Eles s\u00e3o importantes para o <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/ecossistema\">ecossistema<\/a> em que est\u00e3o inseridos, pois s\u00e3o dispersores de sementes e servem de alimento para muitos animais maiores, como linces, coiotes, corujas e cobras.<\/p>\n\n\n\n<p>Apesar de levarem uma vida solit\u00e1ria e defenderem seus territ\u00f3rios, muitos ratos dessa esp\u00e9cie vivem em col\u00f4nias pr\u00f3ximas umas das outras.<\/p>\n\n\n\n<p>Os&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>&nbsp;tamb\u00e9m s\u00e3o coletores e constroem seus ninhos com material natural. Mas al\u00e9m de cascas desfiadas e de outros produtos org\u00e2nicos, tamb\u00e9m utilizam objetos humanos, como embalagens de doces, porcelana fina e, em pelo menos um caso, como lembra Feller, uma boneca Barbie sem cabe\u00e7a. Ningu\u00e9m sabe ao certo por que esses animais coletam artefatos humanos, mas isso \u00e9 com certeza uma de suas caracter\u00edsticas peculiares.<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-amea-as-aos-neotoma-magister\">Amea\u00e7as aos&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em><\/h3>\n\n\n\n<p>Antes de a praga da castanha\u00a0exterminar a maior parte dessa esp\u00e9cie\u00a0nos Estados Unidos h\u00e1 mais de um s\u00e9culo, os\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>\u00a0se alimentavam de abundantes mastros ou frutas das \u00e1rvores.<\/p>\n\n\n\n<p>Sem as castanhas, os animais come\u00e7aram a estocar bolotas de carvalho, armazenando-as em esconderijos no inverno. Mas mariposas-ciganas invasoras danificaram muitas florestas de carvalho nas \u00faltimas d\u00e9cadas, reduzindo ainda mais a quantidade de alimentos dispon\u00edveis para esses ratos, explica Feller. Provavelmente o desmatamento tamb\u00e9m causou a redu\u00e7\u00e3o de popula\u00e7\u00f5es de&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>&nbsp;em todo o leste dos Estados Unidos.<\/p>\n\n\n\n<p>Agora, o que mais preocupa os especialistas \u00e9 a lombriga de guaxinim, um parasita fatal cujo hospedeiro prim\u00e1rio \u00e9 o\u00a0guaxinim, uma esp\u00e9cie em expans\u00e3o no\u00a0<em>habitat<\/em>\u00a0dos\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>. Os roedores entram em contato com as lombrigas ao coletar sementes nas fezes de guaxinim. A larva do verme ataca os tecidos dos olhos e do c\u00e9rebro, causando cegueira, defici\u00eancias neurol\u00f3gicas e, eventualmente, a morte dos pequenos mam\u00edferos.\u00a0<\/p>\n\n\n\n<h3 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-solu-es-para-salvar-a-esp-cie\">Solu\u00e7\u00f5es para salvar a esp\u00e9cie<\/h3>\n\n\n\n<p>Devido ao trabalho conjunto para preservar o&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>, algumas solu\u00e7\u00f5es est\u00e3o surgindo.<\/p>\n\n\n\n<p>Cientistas da Pensilv\u00e2nia, que monitoraram a popula\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie amea\u00e7ada de extin\u00e7\u00e3o atrav\u00e9s de c\u00e2meras escondidas, compartilharam sua a estrat\u00e9gia com cientistas de outros estados, como da Carolina do Norte, onde a esp\u00e9cie est\u00e1 entre as mais amea\u00e7adas.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo\u00a0Andrea Shipley, mastozo\u00f3loga da Comiss\u00e3o de Recursos de Vida Selvagem da Carolina do Norte, um projeto lan\u00e7ado em 2020 para pesquisar s\u00edtios de col\u00f4nias dos\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>\u00a0\u00e9 o resultado direto do trabalho colaborativo.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cOs trabalhos realizados no meio do ano passado n\u00e3o teriam sido t\u00e3o bem-sucedidos sem a orienta\u00e7\u00e3o detalhada dos outros colegas\u201d, conta Shipley.<\/p>\n\n\n\n<p>Dados populacionais mais consistentes provenientes do grupo de pesquisa dar\u00e3o aos estados uma ideia melhor de quantos\u00a0<em>Neotoma magister<\/em>\u00a0existem e fornecer\u00e3o ainda mais informa\u00e7\u00f5es \u00fateis para os planos de conserva\u00e7\u00e3o, diz\u00a0Howard Whidden, bi\u00f3logo que trabalha com a preserva\u00e7\u00e3o de pequenos mam\u00edferos, da Universidade East Stoudsburg da Pensilv\u00e2nia<strong>.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>\u201cO trabalho de preserva\u00e7\u00e3o do&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>&nbsp;exige atividades variadas\u201d, explica Whidden. Capturar e fazer exames de lombriga em guaxinis e transportar os ratos de um local para outro s\u00e3o duas dessas atividades.<\/p>\n\n\n\n<p>Para aumentar a diversidade gen\u00e9tica entre as popula\u00e7\u00f5es isoladas de&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>, os estados de Ohio, Pensilv\u00e2nia e Nova Jersey est\u00e3o trocando indiv\u00edduos da esp\u00e9cie entre seus&nbsp;<em>habitats<\/em>.<\/p>\n\n\n\n<p>O grupo tamb\u00e9m est\u00e1 incentivando zool\u00f3gicos do leste dos Estados Unidos a criar&nbsp;<em>Neotoma magister<\/em>&nbsp;em cativeiro, o que poderia futuramente aumentar o n\u00famero de indiv\u00edduos da esp\u00e9cie na natureza.&nbsp;<\/p>\n\n\n\n<p>Outras poss\u00edveis interven\u00e7\u00f5es s\u00e3o a constru\u00e7\u00e3o de esta\u00e7\u00f5es de alimenta\u00e7\u00e3o com mastros para alimentar os ratos, replantando castanheiros-americanos resistentes \u00e0 ferrugem e at\u00e9 mesmo usar drones para lan\u00e7ar farinha de peixe antiparasit\u00e1ria no&nbsp;<em>habitat<\/em>&nbsp;dos ratos, para tratar guaxinins infectados com lombrigas.<\/p>\n\n\n\n<p>De volta aos Montes Allegheny, cercado por bosques de louro e grandes rododendros florescendo, Feller guarda a armadilha em sua mochila e come\u00e7amos nossa caminhada de volta, montanha abaixo, deixando a floresta para os ratos.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cEles s\u00e3o muito legais, n\u00e3o s\u00e3o?\u201d disse Feller, enquanto o roedor curioso, ainda empoleirado na rocha, nos observava ir embora.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>O Neotoma magister, nativo dos Montes Apalaches e de partes do centro-oeste dos Estados Unidos, n\u00e3o \u00e9 um roedor comum. 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