{"id":171630,"date":"2021-06-30T17:02:54","date_gmt":"2021-06-30T20:02:54","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171630"},"modified":"2021-06-30T17:02:57","modified_gmt":"2021-06-30T20:02:57","slug":"cientistas-identificam-possivel-paciente-zero-da-peste-bubonica-morto-ha-5-mil-anos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/06\/30\/171630-cientistas-identificam-possivel-paciente-zero-da-peste-bubonica-morto-ha-5-mil-anos.html","title":{"rendered":"Cientistas identificam poss\u00edvel ‘paciente zero’ da peste bub\u00f4nica, morto h\u00e1 5 mil anos"},"content":{"rendered":"\n
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O ca\u00e7ador-coletor que tinha a praga era um homem de 20 a 30 anos – DOMINIK GOLDNER, BGAEU, BERLIN<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Cientistas identificaram um homem que poderia ser o “paciente zero” da praga que causou a peste bub\u00f4nica, na Idade M\u00e9dia.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Um homem que morreu h\u00e1 mais de 5 mil anos na \u00e1rea em que hoje \u00e9 a Let\u00f4nia teria sido infectado com a cepa mais antiga conhecida da doen\u00e7a<\/a>, de acordo com novas evid\u00eancias.<\/p>\n\n\n\n

A praga varreu a Europa em 1300, exterminando at\u00e9 metade da popula\u00e7\u00e3o do continente.<\/p>\n\n\n\n

Ondas posteriores da praga continuaram a acontecer ao longo de v\u00e1rios s\u00e9culos, causando milh\u00f5es de mortes.<\/p>\n\n\n\n

“At\u00e9 agora, esta \u00e9 a v\u00edtima de peste mais antiga identificada que temos”, disse Ben Krause-Kyora, da Universidade de Kiel, na Alemanha, sobre os restos mortais do homem de 5,3 mil anos.<\/p>\n\n\n\n

O homem foi enterrado com tr\u00eas outras pessoas em um cemit\u00e9rio neol\u00edtico na Let\u00f4nia, \u00e0s margens do rio Salac, que des\u00e1gua no mar B\u00e1ltico.<\/p>\n\n\n\n

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Este ponto na Let\u00f4nia foi onde os restos foram encontrados – HARALD LUBKE, ZBSA, SCHLOSS GOTTORF<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os pesquisadores sequenciaram o DNA dos ossos e dentes de todos os quatro indiv\u00edduos e os testaram para bact\u00e9rias e v\u00edrus.<\/p>\n\n\n\n

Eles ficaram surpresos ao descobrir que um ca\u00e7ador-coletor \u2014 um homem na casa dos 20 anos \u2014 foi infectado com uma antiga cepa de peste causada pela bact\u00e9ria Yersinia pestis<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

“Ele provavelmente foi mordido por um roedor, pegou a infec\u00e7\u00e3o prim\u00e1ria de Yersinia pestis <\/em>e morreu alguns dias [depois] – talvez uma semana depois \u2014 de choque s\u00e9ptico”, disse Krause-Kyora.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas<\/a> acreditam que a antiga cepa possa ter surgido cerca de 7 mil anos atr\u00e1s, quando a agricultura estava come\u00e7ando a aparecer na Europa Central.<\/p>\n\n\n\n

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Os restos mortais receberam a designa\u00e7\u00e3o RV 2039 – DOMINIK GOLDNER, BGAEU, BERLIN<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Eles acham que a bact\u00e9ria pode ter saltado de animais para humanos em diversas ocasi\u00f5es sem ter causado grandes surtos.<\/p>\n\n\n\n

Mas com o tempo, ela se adaptou para infectar humanos, evoluindo para a forma conhecida como peste bub\u00f4nica, que se espalha por pulgas e se alastrou pela Europa<\/a> medieval, causando milh\u00f5es de mortes.<\/p>\n\n\n\n

A ideia de que as primeiras cepas da peste demoraram a se espalhar contradiz muitas teorias sobre o desenvolvimento da civiliza\u00e7\u00e3o humana na Europa e na \u00c1sia e p\u00f5e em d\u00favida a hip\u00f3tese de que a doen\u00e7a causou grande decl\u00ednio populacional na Europa Ocidental no final do Neol\u00edtico.<\/p>\n\n\n\n

Outros pesquisadores elogiaram o estudo, mas disseram que ele n\u00e3o descarta a possibilidade de que a peste estivesse se espalhando amplamente na Europa neste momento.<\/p>\n\n\n\n

Os humanos geralmente contraem a peste depois de serem picados por uma pulga de um roedor que carrega a bact\u00e9ria que causa a doen\u00e7a, ou ao interagir com um animal infectado com ela.<\/p>\n\n\n\n

A doen\u00e7a ainda existe hoje, mas \u00e9 trat\u00e1vel com antibi\u00f3ticos se diagnosticada precocemente.<\/p>\n\n\n\n

A pesquisa foi publicada na revista cient\u00edfica\u00a0Cell Reports<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"