{"id":171721,"date":"2021-07-05T14:27:02","date_gmt":"2021-07-05T17:27:02","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171721"},"modified":"2021-07-05T14:27:05","modified_gmt":"2021-07-05T17:27:05","slug":"o-que-cada-um-pode-fazer-contra-a-mudanca-climatica","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/07\/05\/171721-o-que-cada-um-pode-fazer-contra-a-mudanca-climatica.html","title":{"rendered":"O que cada um pode fazer contra a mudan\u00e7a clim\u00e1tica?"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a><\/figure>\n\n\n\n

De acordo com o banco de dados Emissions Database for Global Atmospheric Research (Edgar), da Uni\u00e3o Europeia, a China e os\u00a0Estados Unidos\u00a0s\u00e3o os\u00a0maiores emissores\u00a0de CO2 no mundo. Diante disso, muitas pessoas se perguntam se faz alguma diferen\u00e7a tomar iniciativas individuais para reduzir as emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono<\/a>.\u00a0\u00a0<\/p>\n\n\n\n

Quando se trata da contribui\u00e7\u00e3o pessoal para a prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica, \u00e9 \u00fatil comparar as emiss\u00f5es de CO2 per capita. Neste ranking, os Estados Unidos estavam muito \u00e0 frente em 2019, com 15,52 toneladas per capita. Na China, esse valor foi de 8,12 toneladas, na Alemanha, de 8,5 toneladas, e no Brasil, 2,25 toneladas. A m\u00e9dia global \u00e9 de pouco menos de 5 toneladas.<\/p>\n\n\n\n

Esta tend\u00eancia tamb\u00e9m se reflete na chamada pegada ecol\u00f3gica por pessoa. Esta unidade de medida \u00e9 usada para calcular de quanto terreno uma pessoa precisa para cobrir suas necessidades de recursos.  <\/p>\n\n\n\n

Os crit\u00e9rios incluem a origem e o tipo de alimento consumido, a mobilidade e as condi\u00e7\u00f5es de produ\u00e7\u00e3o dos bens de consumo. Nos EUA, a m\u00e9dia \u00e9 de 8 hectares globais por habitante, na Alemanha 4,7 hectares globais, na China 3,7 hectares globais, e no Brasil, 2,9 hectares globais por habitante.\u00a0\u00a0\u00a0<\/p>\n\n\n\n

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As compara\u00e7\u00f5es entre Alemanha, China e EUA mostram que uma baixa pegada ecol\u00f3gica individual n\u00e3o pode ser argumento para deixar as medidas de prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica para os outros. As 11,5 bilh\u00f5es de toneladas de gases de efeito estufa da China podem parecer menos dr\u00e1sticas quando convertidas para o n\u00famero de habitantes. Em termos absolutos, por\u00e9m, de acordo com o banco de dados Edgar, a China \u00e9 a maior emissora de gases de efeito estufa<\/a> do mundo, emitindo mais que o dobro de CO2 na atmosfera que os EUA (5,1 bilh\u00f5es de toneladas).<\/p>\n\n\n\n

Mesmo se a China e os EUA deixassem de emitir uma \u00fanica tonelada de di\u00f3xido de carbono imediatamente, as emiss\u00f5es de CO2 no resto do mundo ainda seriam t\u00e3o altas que at\u00e9 2050 seriam produzidas mais emiss\u00f5es do que o permitido para manter o limite de 1,5 \u00baC de aquecimento global. “Mais da metade das emiss\u00f5es anuais vem de outros pa\u00edses.”<\/p>\n\n\n\n

Portanto, todos devem participar da prote\u00e7\u00e3o ao clima, aponta o climatologista alem\u00e3o Stefan Rahmstorf, que contribui para a plataforma informativa klimafakten.de. <\/p>\n\n\n\n

Consumo individual <\/h2>\n\n\n\n

Diante das elevadas emiss\u00f5es de CO2 per capita na Alemanha, a quest\u00e3o do consumo individual de recursos vem ganhando import\u00e2ncia pol\u00edtica no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

Cerca de 90 milh\u00f5es das 740 milh\u00f5es de toneladas de gases de efeito estufa emitidos na Alemanha em 2020 prov\u00eam de resid\u00eancias particulares. Isto inclui, por exemplo, emiss\u00f5es para aquecimento e cozimento, assim como energia consumida por equipamentos eletr\u00f4nicos. <\/p>\n\n\n\n

Este setor desempenha um papel importante para atingir as metas de prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica do pa\u00eds, assim como o transporte, que emitiu 146 milh\u00f5es de toneladas de gases de efeito estufa (cerca de 20%) no ano passado. O maior emissor continua sendo a ind\u00fastria energ\u00e9tica, com 221 milh\u00f5es de toneladas.  <\/p>\n\n\n\n

Uma equipe da Universidade T\u00e9cnica de Brandemburgo, na Alemanha, calculou que 6% da energia gasta em calefa\u00e7\u00e3o poderia ser economizada se os pr\u00e9dios reduzissem em um grau o calor do aquecimento no inverno.  <\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 tamb\u00e9m um grande potencial de economia no consumo de eletricidade em resid\u00eancias particulares: segundo o Minist\u00e9rio alem\u00e3o do Meio Ambiente (BMU), poderiam ser economizados cerca de 15 milh\u00f5es de toneladas de CO2 e 10 bilh\u00f5es de euros ao ano na Alemanha se o consumo individual de eletricidade fosse reduzido conscientemente.<\/p>\n\n\n\n

Carne e viagens a\u00e9reas  <\/h2>\n\n\n\n

Outra \u00e1rea na qual cada indiv\u00edduo pode contribuir para a prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica atrav\u00e9s de seu comportamento \u00e9 o setor de transportes, que, na Alemanha, emitiu 146 milh\u00f5es de toneladas de gases de efeito estufa no ano passado.<\/p>\n\n\n\n

Segundo os pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Brandemburgo, por exemplo,\u00a0um voo\u00a0de ida e volta de Frankfurt \u00e0 ilha espanhola de Tenerife \u00e9 t\u00e3o prejudicial ao clima quanto andar um ano de carro.<\/p>\n\n\n\n

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A alimenta\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 um fator relevante. Se os alem\u00e3es reduzissem seu\u00a0consumo anual de carne\u00a0de 88 quilos para 46 quilos de carne per capita, as emiss\u00f5es de CO2 diminuiriam de 15 milh\u00f5es para pouco menos de 8 milh\u00f5es de toneladas. Este \u00e9 o resultado dos c\u00e1lculos da Sociedade Alem\u00e3 para Alimenta\u00e7\u00e3o, que foram publicados no Atlas da Carne de 2021.<\/p>\n\n\n\n

Import\u00e2ncia da contribui\u00e7\u00e3o individual <\/h2>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, desistir de comer carne e andar de bicicleta ajuda na luta pela sustentabilidade e prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica? A conclus\u00e3o \u00e9 que a contribui\u00e7\u00e3o de cada indiv\u00edduo \u00e9 importante e n\u00e3o pode ser minimizada ao se fazer refer\u00eancia aos maiores emissores de CO2.<\/p>\n\n\n\n

Entretanto, a\u00e7\u00f5es individuais que podem levar a uma mudan\u00e7a real t\u00eam impacto sobre a pol\u00edtica apenas em um contexto espec\u00edfico.<\/p>\n\n\n\n

“Muitas vezes nem se toma consci\u00eancia dos produtos que cada pessoa\u00a0deixa\u00a0conscientemente de comprar”, observa Robbie Andrew, do instituto de pesquisa clim\u00e1tica Cicero, na Noruega. A maneira mais eficaz, diz ele, \u00e9 comunicar aos l\u00edderes pol\u00edticos que esta \u00e9 uma quest\u00e3o importante para a sociedade. \u00c9 por isso que movimentos como”Sextas-Feiras pelo Futuro” (Fridays for Future)\u00a0s\u00e3o cruciais.<\/p>\n\n\n\n

Para Mathis Wackernagel, fundador e presidente da Global Footprint Network, a prote\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica \u00e9 uma forma de autoprote\u00e7\u00e3o: “Esperar pela China ou pelos Estados Unidos n\u00e3o vai ajudar”, disse \u00e0 DW. “\u00c9 melhor tornar o pr\u00f3prio barco \u00e0 prova de mudan\u00e7as clim\u00e1ticas<\/a> e assim aumentar as pr\u00f3prias chances para o futuro.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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