{"id":171736,"date":"2021-07-06T13:25:04","date_gmt":"2021-07-06T16:25:04","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171736"},"modified":"2021-07-06T13:25:04","modified_gmt":"2021-07-06T16:25:04","slug":"baleias-nao-borrifam-agua-de-seus-espiraculos-e-outros-mitos-desmentidos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/07\/06\/171736-baleias-nao-borrifam-agua-de-seus-espiraculos-e-outros-mitos-desmentidos.html","title":{"rendered":"Baleias n\u00e3o borrifam \u00e1gua de seus espir\u00e1culos \u2014 e outros mitos desmentidos"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a>
Sol da manh\u00e3 ilumina esguicho de orca do tipo B no Estreito de Gerlache, na Ant\u00e1rtida.
FOTO DE\u00a0JASPER DOEST, NAT GEO IMAGE COLLECTION<\/strong><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A cren\u00e7a de que\u00a0baleias<\/a>\u00a0s\u00e3o t\u00e3o grandes que podem engolir humanos vivos \u00e9 t\u00e3o antiga quanto a hist\u00f3ria b\u00edblica de Jonas e a baleia. Mas apesar de haver casos de pessoas que pararam na boca de uma baleia \u2014 incluindo, mais recentemente,\u00a0um pescador de lagostas em Cape Cod, Massachusetts\u00a0\u2014 a maioria das baleias n\u00e3o \u00e9 capaz de engolir pessoas.<\/p>\n\n\n\n

Como Nicola Hodgins da\u00a0Whale and Dolphin Conservation,\u00a0organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos do Reino Unido,\u00a0informou \u00e0\u00a0National Geographic<\/strong>\u00a0ap\u00f3s o \u00faltimo incidente, as gargantas da maioria das baleias s\u00e3o pequenas demais para engolir algo t\u00e3o grande quanto uma pessoa. Por exemplo, a boca de uma baleia-jubarte pode alcan\u00e7ar at\u00e9\u00a0tr\u00eas metros,\u00a0mas sua garganta pode\u00a0se estender somente at\u00e9 cerca de 38 cent\u00edmetros de di\u00e2metro. Apenas o cachalote possui uma garganta grande o suficiente para caber presas do tamanho de uma pessoa, por\u00e9m, como vive em \u00e1guas profundas e em alto-mar, \u00e9 improv\u00e1vel que essa esp\u00e9cie venha a encontrar uma pessoa algum dia e muito mais improv\u00e1vel engolir uma.<\/p>\n\n\n\n

Esse \u00e9 apenas um dos in\u00fameros equ\u00edvocos sobre as baleias desmentidos pela ci\u00eancia. As pessoas geralmente ficam surpresas ao saber que nem todas as baleias podem cantar. Esses animais tamb\u00e9m n\u00e3o conseguem respirar embaixo d\u2019\u00e1gua e n\u00e3o borrifam \u00e1gua de seus espir\u00e1culos. Ent\u00e3o vamos esclarecer os fatos e desmascarar os mitos mais comuns sobre esses mam\u00edferos marinhos.<\/p>\n\n\n\n

#SEGREDODASBALEIAS \u2013 JUBARTES E SUAS NADADEIRAS PEITORAIS GIGANTES
As enormes nadadeiras peitorais das jubartes permitem que elas produzam empuxo suficiente para tirar o corpo inteiro da \u00e1gua ao saltarem.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Baleias t\u00eam pelos<\/h3>\n\n\n\n

Embora n\u00e3o pare\u00e7am peludas, as baleias de fato possuem\u00a0pelos, afirma Hodgins, explicando que algumas baleias e\u00a0golfinhos\u00a0nascem com o que parecem ser bigodes em seus bicos. Esses bigodes logo desaparecem porque os animais \u201cn\u00e3o t\u00eam absolutamente nenhuma necessidade\u201d de pelos para se aquecer embaixo d\u2019\u00e1gua. Embora esses bigodes sejam vis\u00edveis apenas em algumas esp\u00e9cies, a exist\u00eancia de fol\u00edculos capilares \u00e9 uma caracter\u00edstica evolutiva que pode ser observada em todas as esp\u00e9cies, como nas jubartes e nas baleias-azuis.<\/p>\n\n\n\n

Isso porque as baleias s\u00e3o\u00a0mam\u00edferos\u00a0e n\u00e3o\u00a0peixes, o que implica que t\u00eam pelos, s\u00e3o animais de\u00a0sangue quente\u00a0e, em vez de eclodir de ovos, os filhotes nascem por meio de parto e s\u00e3o amamentados pela m\u00e3e.<\/p>\n\n\n\n

Baleias n\u00e3o conseguem respirar embaixo d\u2019\u00e1gua<\/h3>\n\n\n\n

Como mam\u00edferos, as baleias tamb\u00e9m \u201cpossuem\u00a0pulm\u00f5es\u00a0e respiram o ar assim como as pessoas \u201d, explica Emily Cunningham, bi\u00f3loga marinha e curadora da organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos\u00a0Marine Conservation Society. Ela acrescenta que \u00e9 comum \u201cpensarem que\u00a0baleias\u00a0s\u00e3o um tipo de peixe, o que n\u00e3o \u00e9 verdade\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto os humanos respiram pelo nariz e pela boca, as baleias t\u00eam um espir\u00e1culo no alto da cabe\u00e7a \u2014 ou dois, no caso dos misticetos. O espir\u00e1culo \u00e9 \u201ccomo uma narina\u201d, observa Cunningham. Embora n\u00e3o seja igual ao nariz humano, \u00e9 pelo espir\u00e1culo que as baleias inspiram e expiram.<\/p>\n\n\n\n

A respira\u00e7\u00e3o das baleias \u00e9 \u201cmuito eficiente\u201d, acrescenta Pippa Garrard, gerente educacional da entidade beneficente de conserva\u00e7\u00e3o marinha\u00a0Hebridean Whale and Dolphin Trust, e esses animais possuem um \u201ccontrole consciente\u201d sobre sua respira\u00e7\u00e3o e batimentos card\u00edacos. Ser capaz de regular seus n\u00edveis de oxig\u00eanio \u00e9 bastante importante para esp\u00e9cies que mergulham em altas profundidades. Embaixo d\u2019\u00e1gua, \u201cas baleias podem diminuir a frequ\u00eancia card\u00edaca e desviar o sangue oxigenado \u00e0s \u00e1reas necess\u00e1rias\u201d, como o\u00a0c\u00e9rebro, o cora\u00e7\u00e3o e os m\u00fasculos.<\/p>\n\n\n\n

Quanto tempo as baleias podem prender a respira\u00e7\u00e3o embaixo d\u2019\u00e1gua depende da esp\u00e9cie:\u00a0baleias-minke podem aguentar por cerca de 15 minutos,\u00a0cachalotes, at\u00e9 90 minutos,\u00a0e\u00a0baleias-bicudas-de-cuvier, por mais de duas horas.<\/p>\n\n\n\n

JUBARTE PRESA EM REDE DE PESCA SAI ‘ACENANDO’ DEPOIS DE SER SOLTA EM ILHABELA
Presen\u00e7a de baleias no canal de S\u00e3o Sebasti\u00e3o, litoral norte de S\u00e3o Paulo, \u00e9 cada vez mais comum \u2013 assim como o encontro de animais marinhos com lixo pl\u00e1stico.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Baleias expelem ar \u2014 e n\u00e3o \u00e1gua \u2014 de seus espir\u00e1culos<\/h3>\n\n\n\n

Garrard explica que, quando uma baleia emerge da \u00e1gua ap\u00f3s prender a respira\u00e7\u00e3o por esse per\u00edodo impressionante, o barulho caracter\u00edstico escutado \u201c\u00e9 dela soltando o ar\u201d antes de inspirar novamente e mergulhar de volta na \u00e1gua. Bastante retratado em desenhos animados como um esguicho de \u00e1gua, ela esclarece que, \u201cna verdade, se trata da respira\u00e7\u00e3o da baleia\u201d. Quando o ar quente dos pulm\u00f5es da baleia encontra o ar frio do lado de fora, ele condensa formando uma fuma\u00e7a, algo semelhante \u00e0 respira\u00e7\u00e3o humana em um dia frio. Essa fuma\u00e7a tamb\u00e9m possui muco e got\u00edculas de \u00e1gua do mar que recobrem o espir\u00e1culo quando a baleia exala o ar dos pulm\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Os cientistas podem obter muitas informa\u00e7\u00f5es por meio da\u00a0respira\u00e7\u00e3o das baleias. \u201cMuitas esp\u00e9cies passam cerca de 95% de sua vida embaixo d\u2019\u00e1gua e provavelmente nunca sequer as ver\u00edamos se n\u00e3o fosse pelo fato de que precisam sair da \u00e1gua para respirar\u201d, conta Cunningham. Os cientistas utilizam\u00a0drones<\/em>\u00a0especiais equipados com placas de Petri para sobrevoar as baleias ao soltar o ar e assim obt\u00e9m amostras de muco sem perturbar os animais, o que permite aos pesquisadores \u201creunir informa\u00e7\u00f5es sobre sua sa\u00fade, n\u00edveis de estresse, presen\u00e7a de poluentes e diversas outras informa\u00e7\u00f5es interessantes\u201d. Os cientistas tamb\u00e9m podem identificar as baleias pelo formato de seu bico.<\/p>\n\n\n\n

O erro de conceito de que sai \u00e1gua do espir\u00e1culo de uma baleia \u00e9 prejudicial porque pessoas bem-intencionadas podem cometer equ\u00edvocos ao tentar resgatar uma baleia encalhada. Dan Jarvis da\u00a0British Divers Marine Life Rescue,\u00a0organiza\u00e7\u00e3o de resgate de mam\u00edferos marinhos do Reino Unido, descreve casos de pessoas que encontraram uma baleia encalhada e \u201cdespejaram \u00e1gua diretamente no espir\u00e1culo por acreditar que \u00e9 um peixe e que precisava de \u00e1gua para respirar\u201d. Infelizmente, mataram o animal sem querer.<\/p>\n\n\n\n

Nem todas as baleias cantam<\/h3>\n\n\n\n

A maioria das pessoas est\u00e1 familiarizada com o canto das baleias: a sequ\u00eancia de sons previs\u00edveis e \u00e0s vezes complexos que podem atravessar\u00a0dist\u00e2ncias enormes pelo oceano<\/a>. Mas n\u00e3o \u00e9 de amplo conhecimento que nem todas as baleias cantam.<\/p>\n\n\n\n

O canto das baleias \u00e9 documentado em misticetos, como as\u00a0jubartes, as\u00a0baleias-fin, as\u00a0baleias-azuis\u00a0e as\u00a0baleias-da-groenl\u00e2ndia. \u00c9 um mist\u00e9rio como produzem esses ru\u00eddos, j\u00e1 que\u00a0n\u00e3o possuem cordas vocais.<\/p>\n\n\n\n

Mas embora odontocetos, como cachalotes, baleias-piloto e\u00a0belugas, utilizem sons para\u00a0ecolocaliza\u00e7\u00e3o\u00a0\u2014 os estalidos de um cachalote a mais de 200 decib\u00e9is s\u00e3o t\u00e3o altos\u00a0que as vibra\u00e7\u00f5es poderiam matar algu\u00e9m \u2014 eles n\u00e3o cantam.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, apenas misticetos machos cantam, afirma Laela Sayigh, especialista em pesquisas do\u00a0Woods Hole Oceanographic Institution,\u00a0centro de pesquisa e ensino sem fins lucrativos, e professora da\u00a0Faculdade Hampshire. Ela explica que h\u00e1 \u201cuma grande variedade de \u2018vocaliza\u00e7\u00f5es que n\u00e3o s\u00e3o cantos\u2019, utilizadas por ambos os sexos\u201d, mas as f\u00eameas n\u00e3o s\u00e3o conhecidas por produzirem o canto das baleias. O motivo pelo qual apenas os machos cantam \u00e9 assunto de discuss\u00e3o, acrescenta Sayigh, mas o canto \u00e9 amplamente reconhecido como uma exibi\u00e7\u00e3o reprodutiva \u201cpara competir com outros machos ou atrair f\u00eameas\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Os machos\u00a0aprendem a cantar com outras baleias. Popula\u00e7\u00f5es diferentes possuem cantos distintos, que\u00a0podem se alterar ao longo do tempo, o que permite aos pesquisadores identificar popula\u00e7\u00f5es espec\u00edficas: por exemplo,\u00a0uma nova popula\u00e7\u00e3o de baleias-azuis foi descoberta no Oceano \u00cdndico em 2020\u00a0por meio dos sons emitidos.<\/p>\n\n\n\n

Tubar\u00f5es-baleia n\u00e3o s\u00e3o baleias<\/h3>\n\n\n\n

Existem cerca de\u00a090 esp\u00e9cies de baleias conhecidas na Terra, e novas esp\u00e9cies ainda est\u00e3o sendo descobertas \u2014 recentemente, foi identificada uma terceira esp\u00e9cie de\u00a0baleia-bicuda do g\u00eanero\u00a0Berardius<\/em>\u00a0no Pac\u00edfico Norte em 2019, al\u00e9m da\u00a0baleia-de-rice no Golfo do M\u00e9xico, em 2021.<\/p>\n\n\n\n

No entanto algumas esp\u00e9cies chamadas de baleias nem sequer s\u00e3o baleias.\u00a0Tubar\u00f5es-baleia\u00a0s\u00e3o t\u00e3o grandes quanto uma baleia \u2014 o maior j\u00e1 encontrado era\u00a0maior do que um cachalote, medindo\u00a0mais de 18,5 metros\u00a0de comprimento \u2014 mas Stella Diamant, fundadora do\u00a0Projeto Tubar\u00f5es-baleia de Madagascar, explica que, \u201cna realidade, s\u00e3o tubar\u00f5es\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Diferentemente das baleias, os tubar\u00f5es s\u00e3o peixes, o que significa que t\u00eam sangue frio, guelras e seu esqueleto \u00e9 feito de cartilagem \u2014 como nossas orelhas e nariz \u2014 em vez de ossos. Uma maneira pr\u00e1tica de distingui-los \u00e9 que a\u00a0cauda de uma baleia se move para cima e para baixo, mas a cauda de um tubar\u00e3o se move de um lado para o outro.<\/p>\n\n\n\n

Nas \u00e1guas de Madagascar, essa diferen\u00e7a pode ter graves repercuss\u00f5es. As\u00a0baleias s\u00e3o estritamente protegidas por lei, ao passo que\u00a0tubar\u00f5es-baleia amea\u00e7ados de extin\u00e7\u00e3o<\/a>\u00a0n\u00e3o s\u00e3o. As reservas de prote\u00e7\u00e3o marinha existentes no pa\u00eds\u00a0cobrem apenas uma pequena parcela do\u00a0habitat<\/em>\u00a0dos tubar\u00f5es-baleia\u00a0e os conservacionistas pedem medidas oficiais para preservar melhor essa esp\u00e9cie amea\u00e7ada, bem como outros tubar\u00f5es e arraias.<\/p>\n\n\n\n

\u201cMadagascar \u00e9 um\u00a0habitat<\/em>\u00a0importante\u00a0para esses gigantes d\u00f3ceis, ent\u00e3o \u00e9 fundamental que os tubar\u00f5es-baleia recebam prote\u00e7\u00f5es semelhantes \u00e0s baleias para a sobreviv\u00eancia da esp\u00e9cie e tamb\u00e9m das comunidades locais que dependem do ecoturismo marinho\u201d, recomenda Diamant.<\/p>\n\n\n\n

Baleias \u2014 e\u00a0tubar\u00f5es\u00a0\u00a0\u2014 s\u00e3o vitais para um ecossistema marinho saud\u00e1vel. As baleias\u00a0distribuem nutrientes importantes por todo o oceano,\u00a0ao passo que os tubar\u00f5es, como superpredadores, mant\u00eam as esp\u00e9cies de presas sob controle para garantir a\u00a0manuten\u00e7\u00e3o do equil\u00edbrio do ecossistema. Com tanto\u00a0ainda a conhecer sobre o oceano, \u00e9 fundamental esclarecer erros de conceitos para que pessoas em todo o mundo entendam como manter todo o ecossistema seguro e saud\u00e1vel para as futuras gera\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: National Geographic Brasil<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

As pessoas geralmente ficam surpresas ao saber que nem todas as baleias podem cantar. Esses animais tamb\u00e9m n\u00e3o conseguem respirar embaixo d\u2019\u00e1gua e n\u00e3o borrifam \u00e1gua de seus espir\u00e1culos. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":171737,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1587,772,2886],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/171736"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=171736"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/171736\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":171738,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/171736\/revisions\/171738"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/171737"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=171736"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=171736"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=171736"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}