{"id":171906,"date":"2021-07-13T13:06:30","date_gmt":"2021-07-13T16:06:30","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171906"},"modified":"2021-07-13T13:06:33","modified_gmt":"2021-07-13T16:06:33","slug":"pandemia-agravou-fome-no-mundo-indica-relatorio-da-onu","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/07\/13\/171906-pandemia-agravou-fome-no-mundo-indica-relatorio-da-onu.html","title":{"rendered":"Pandemia agravou fome no mundo, indica relat\u00f3rio da ONU"},"content":{"rendered":"\n
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A maior parte das crian\u00e7as desnutridas com menos de cinco anos vive na \u00c1frica e na \u00c1sia<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A pandemia<\/a> de covid-19 contribuiu para o agravamento da fome em todo o mundo, mostra relat\u00f3rio divulgado nesta segunda-feira (12\/07) pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Alimenta\u00e7\u00e3o e a Agricultura (FAO). Segundo o documento, estima-se que quase\u00a010% da popula\u00e7\u00e3o global tenha sofrido de desnutri\u00e7\u00e3o no ano passado, ante 8,4% em 2019<\/p>\n\n\n\n

Em 2020, entre 720 milh\u00f5es e 811 milh\u00f5es de pessoas passaram fome<\/a> em todo o mundo. Considerando o meio da faixa projetada (768 milh\u00f5es), isso significa que 118 milh\u00f5es de pessoas a mais enfrentaram a fome em rela\u00e7\u00e3o a 2019.<\/p>\n\n\n\n

A conclus\u00e3o do relat\u00f3rio \u00e9 um retrocesso para os esfor\u00e7os da ONU para garantir que todos tenham acesso adequado a alimentos e indica que dificilmente ser\u00e1 atingida a meta de erradicar a fome at\u00e9 2030.<\/p>\n\n\n\n

O estudo anual Estado da Seguran\u00e7a Alimentar e Nutri\u00e7\u00e3o no Mundo tamb\u00e9m mostra que entre as pessoas que come\u00e7aram a passar fome no ano passado, 57 milh\u00f5es est\u00e3o na \u00c1sia, 46 milh\u00f5es na \u00c1frica e 14 milh\u00f5es na Am\u00e9rica Latina e no Caribe. A \u00c1frica<\/a> teve o aumento mais acentuado, com 21% de sua popula\u00e7\u00e3o estimada em desnutri\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Quase uma em cada tr\u00eas pessoas no mundo [2,37 bilh\u00f5es] n\u00e3o tinha acesso a alimentos adequados em 2020, um aumento de quase 320 milh\u00f5es de pessoas em apenas um ano”, pontua o relat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

Atraso no crescimento<\/h2>\n\n\n\n

Em 2020, estima-se que mais de 149 milh\u00f5es de crian\u00e7as menores de cinco anos sofreram atrasos no crescimento ou estavam muito baixas para sua idade e que mais de 45 milh\u00f5es estavam debilitadas ou muito magras para sua altura. Al\u00e9m disso, quase 39 milh\u00f5es estavam acima do peso. <\/p>\n\n\n\n

A maior parte das crian\u00e7as desnutridas com menos de cinco anos vive na \u00c1frica e na \u00c1sia. Essas regi\u00f5es s\u00e3o o lar de nove em cada 10 crian\u00e7as com atraso de crescimento e de nove em cada 10 com peso abaixo do previsto para a idade. A maioria das crian\u00e7as desnutridas vive em pa\u00edses afetados por m\u00faltiplos fatores, como conflitos internos, desastres ambientais e crises econ\u00f4micas.<\/p>\n\n\n\n

Tr\u00eas bilh\u00f5es de adultos e crian\u00e7as permaneceram exclu\u00eddos de dietas saud\u00e1veis, em grande parte devido aos custos excessivos dos alimentos.<\/p>\n\n\n\n

Em todo o mundo, cerca de 30% das mulheres de 15 a 49 anos padecem de anemia. <\/p>\n\n\n\n

O documento diz tamb\u00e9m que a situa\u00e7\u00e3o poderia ter sido pior se diversos pa\u00edses n\u00e3o tivessem adotado medidas de prote\u00e7\u00e3o social, como o pagamento de aux\u00edlio emergencial.<\/p>\n\n\n\n

O documento foi elaborado em conjunto com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agr\u00edcola (FIDA), Fundo das Na\u00e7\u00f5es Unidas para a Inf\u00e2ncia (Unicef), Programa Alimentar Mundial (PAM) e a Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS).<\/p>\n\n\n\n

O que pode ser feito<\/h2>\n\n\n\n

Para combater esse cen\u00e1rio, a FAO diz que os governos devem, entre outros pontos, fortalecer a capacidade econ\u00f4mica das popula\u00e7\u00f5es mais vulner\u00e1veis, promover interven\u00e7\u00f5es ao longo das cadeias de abastecimento para reduzir o custo de alimentos nutritivos e combater a pobreza e as desigualdades estruturais.<\/p>\n\n\n\n

“Em um mundo de fartura, n\u00e3o temos desculpa para bilh\u00f5es de pessoas n\u00e3o terem acesso a uma dieta saud\u00e1vel. \u00c9 por isso que estou convocando uma C\u00fapula de Sistemas Alimentares global em setembro”, disse o secret\u00e1rio-geral da ONU, Antonio Guterres.<\/p>\n\n\n\n

“[Investir em] mudan\u00e7as em nossos sistemas alimentares iniciar\u00e1 uma mudan\u00e7a para um mundo mais seguro, justo e sustent\u00e1vel. \u00c9 um dos investimentos mais inteligentes e mais necess\u00e1rios que podemos fazer”, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n

Na semana passada, a organiza\u00e7\u00e3o humanit\u00e1ria Oxfam estimou que atualmente\u00a011 pessoas morram de fome por minuto. “Esse n\u00famero supera a atual taxa de mortalidade pand\u00eamica, que \u00e9 de sete pessoas por minuto”, aponta a ONG.<\/p>\n\n\n\n

As consequ\u00eancias sociais e econ\u00f4micas da pandemia de covid-19 tamb\u00e9m\u00a0agravaram a fome no Brasil. Um\u00a0levantamento\u00a0feito por pesquisadores do grupo Alimento para Justi\u00e7a,\u00a0da Universidade Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Bras\u00edlia (UnB), mostrou que inseguran\u00e7a alimentar grave ou moderada atingiu 27,7% da popula\u00e7\u00e3o no final do ano passado.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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