{"id":171941,"date":"2021-07-14T21:02:27","date_gmt":"2021-07-15T00:02:27","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=171941"},"modified":"2021-08-13T15:39:11","modified_gmt":"2021-08-13T18:39:11","slug":"alguns-caes-sao-genios-assim-como-os-humanos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2021\/07\/14\/171941-alguns-caes-sao-genios-assim-como-os-humanos.html","title":{"rendered":"Alguns c\u00e3es s\u00e3o g\u00eanios, assim como os humanos"},"content":{"rendered":"\n

Muitos de n\u00f3s gostamos de pensar que nossos c\u00e3es s\u00e3o inteligentes, ao apontarmos sua capacidade de ler nossas express\u00f5es faciais e entender o que dizemos.<\/p>\n\n\n\n

Mas alguns c\u00e3es s\u00e3o excepcionais. Veja o exemplo de Chaser, um border collie americano apelidado de \u201ccachorro mais inteligente do mundo\u201d, que podia reconhecer e lembrar 1.022 substantivos – um para cada um de seus brinquedos.<\/p>\n\n\n\n

Na Alemanha, outro border collie, chamado Rico, praticava \u201cmapeamento r\u00e1pido\u201d ou descobrir nomes de coisas novas com a velocidade e a perspic\u00e1cia de uma crian\u00e7a de tr\u00eas anos. Descobriu-se que um punhado de outros border collies – bem como dois Yorkshire terriers, um do Brasil chamado Vicky Nina, o outro uma vira-lata americana, Bailey – t\u00eam o mesmo talento.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, esses exemplos de g\u00eanios caninos s\u00e3o muitas vezes “sobre apenas um c\u00e3o”, diz Claudia Fugazza, uma etologista que estuda cogni\u00e7\u00e3o canina na Universidade Eotvos Lorand de Budapeste. \u201cNunca houve um tamanho de amostra decente\u201d, observa ela.<\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o Fugazza decidiu consertar isso. Ela e seus colegas do Family Dog Project<\/a> da universidade pediram aos propriet\u00e1rios de 34 c\u00e3es de estima\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias ra\u00e7as que ensinassem seus nomes caninos para dois brinquedos separados.<\/p>\n\n\n\n

Desses 34 animais, apenas um cachorro passou no teste – uma border collie chamada Oliva.<\/p>\n\n\n\n

Esses resultados \u201csignificam que o talento deve ser algo especial\u201d, diz Fugazza, principal autora de um novo estudo sobre o experimento, publicado recentemente na Scientific Reports<\/a>.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

A origem do talento<\/h4>\n\n\n\n

Os cientistas recrutaram donos de c\u00e3es em todo o mundo por meio das redes sociais e, em seguida, pediram que brincassem de buscar com seus c\u00e3es diariamente em suas casas, enquanto repetiam o nome do brinquedo, um processo que durou tr\u00eas meses.<\/p>\n\n\n\n

Uma vez por m\u00eas, com a presen\u00e7a de um cientista, os propriet\u00e1rios testavam os c\u00e3es – os participantes do estudo inclu\u00edam adultos e filhotes – pedindo ao c\u00e3o para pegar um dos dois brinquedos pelo nome. Os c\u00e3es que tiveram sucesso receberam um novo brinquedo e um novo nome para aprender.<\/p>\n\n\n\n

Apesar do treinamento intensivo, apenas Oliva aprendeu a combinar uma \u00fanica palavra a um brinquedo – na verdade, ela aprendeu 21 nomes em dois meses, embora tenha falecido de problemas de sa\u00fade que sofria desde filhote, antes de poder fazer mais testes.<\/p>\n\n\n\n

\u201cNenhuma das ra\u00e7as aprendeu nada. Foi uma grande surpresa \u201d, diz Fugazza. Para verificar se o desenho do estudo funcionou, os cientistas tamb\u00e9m testaram seis border collies que j\u00e1 podiam buscar alguns brinquedos pelo nome; conforme previsto, todos os seis c\u00e3es de controle aprenderam nomes adicionais. <\/p>\n\n\n\n

\u00c9 interessante que 18 dos 33 c\u00e3es que falharam no teste tamb\u00e9m eram border collies, destaca Fugazza, mostrando que a ra\u00e7a nem sempre \u00e9 de alto desempenho.<\/p>\n\n\n\n

Como essa varia\u00e7\u00e3o individual na intelig\u00eancia tamb\u00e9m ocorre nas pessoas, os c\u00e3es podem fornecer informa\u00e7\u00f5es sobre o que torna um animal dotado e talentoso, diz ela.<\/p>\n\n\n\n

\u201cUm punhado de pessoas talentosas mudou o curso da hist\u00f3ria\u201d, diz ela. \u201cPor que existem t\u00e3o poucos Mozarts e Einsteins? \u00c9 gen\u00e9tica, meio ambiente ou pr\u00e1tica? Achamos que os c\u00e3es podem ser usados \u200b\u200bcomo um modelo para estudar a origem do talento. \u201d<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Para explorar essa quest\u00e3o, os cientistas planejam rastrear a gen\u00e9tica e a hist\u00f3ria de uma variedade de ra\u00e7as de c\u00e3es para tentar identificar os fatores que produzem essas criaturas inteligentes.<\/p>\n\n\n\n

Muitos pesquisadores acreditam que os border collies est\u00e3o provavelmente t\u00e3o sintonizados com o aprendizado de nomes porque foram criados para pastorear ovelhas, o que requer aten\u00e7\u00e3o especial aos assobios e dicas verbais dos pastores.<\/p>\n\n\n\n

O que \u00e9 excepcional?<\/h4>\n\n\n\n

Outros cientistas recomendam cautela ao considerar o que \u00e9 definido como altamente inteligente.<\/p>\n\n\n\n

\u201cUm c\u00e3o pode ser excepcional para aprender palavras e outro pode ser excepcional para tirar comida de latas de lixo\u201d, observa Monique Udell, pesquisadora de cogni\u00e7\u00e3o canina na Universidade Estadual do Oregon em Corvallis, que n\u00e3o esteve envolvida no estudo. \u201cMas, por causa de nossos preconceitos, podemos escolher apenas rotular o primeiro c\u00e3o como excepcional.\u201d<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

\u201cO fato de que alguns indiv\u00edduos aprendem algumas coisas mais r\u00e1pido, ou melhor, de forma diferente ou com mais habilidade do que outros parece claro\u201d, acrescenta ela, \u201ce \u00e9 uma quest\u00e3o que vale a pena explorar\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: National Geographic \/ Virginia Morell
Tradu\u00e7\u00e3o: Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil \/ Maria Beatriz Ayello Leite
Para ler a reportagem original em ingl\u00eas acesse:<\/em>
https:\/\/www.nationalgeographic.com\/animals\/article\/some-dogs-are-exceptionally-gifted-and-talented<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Mozarts ou Einsteins caninos provavelmente s\u00e3o raros, diz um novo estudo de c\u00e3es dotados e talentosos – e os cientistas querem saber por qu\u00ea. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":171942,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4132],"tags":[5009,631,5003,75],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/171941"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=171941"}],"version-history":[{"count":13,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/171941\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":172779,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/171941\/revisions\/172779"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/171942"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=171941"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=171941"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=171941"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}