{"id":172069,"date":"2021-07-20T15:58:59","date_gmt":"2021-07-20T18:58:59","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=172069"},"modified":"2021-08-13T15:41:43","modified_gmt":"2021-08-13T18:41:43","slug":"as-criancas-da-cidade-tem-melhor-saude-mental-e-cognicao-se-morarem-perto-de-florestas","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2021\/07\/20\/172069-as-criancas-da-cidade-tem-melhor-saude-mental-e-cognicao-se-morarem-perto-de-florestas.html","title":{"rendered":"As crian\u00e7as da cidade t\u00eam melhor sa\u00fade mental e cogni\u00e7\u00e3o se morarem perto de florestas"},"content":{"rendered":"\n
\"A<\/a>
A exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 floresta foi associada a pontua\u00e7\u00f5es mais altas para a cogni\u00e7\u00e3o, disseram os pesquisadores.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Londres (CNN) – Crian\u00e7as da cidade que t\u00eam exposi\u00e7\u00e3o di\u00e1ria \u00e0 floresta t\u00eam melhor desenvolvimento cognitivo e menor risco de problemas emocionais e comportamentais, de acordo com um novo estudo publicado na Nature Sustainability<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Os pesquisadores estudaram 3.568 adolescentes de 9 a 15 anos em 31 escolas em Londres ao longo de quatro anos para examinar as associa\u00e7\u00f5es entre ambientes naturais e desenvolvimento cognitivo, sa\u00fade mental e bem-estar geral.<\/p>\n\n\n\n

Usando dados de sat\u00e9lite de vegeta\u00e7\u00e3o, os pesquisadores calcularam a exposi\u00e7\u00e3o di\u00e1ria dos adolescentes a “espa\u00e7os verdes”, como bosques, prados e parques, e “espa\u00e7os azuis”, incluindo rios, lagos e mar, em um raio de 50 metros, 100 metros, 250 metros e 500 metros de sua casa e escola.<\/p>\n\n\n\n

Uma exposi\u00e7\u00e3o di\u00e1ria mais alta \u00e0 floresta foi associada a pontua\u00e7\u00f5es mais altas para o desenvolvimento cognitivo – medido por meio de uma s\u00e9rie de tarefas baseadas na mem\u00f3ria – e um risco 17% menor de problemas emocionais e comportamentais dois anos depois, disseram os pesquisadores, acrescentando que ajustaram para outras vari\u00e1veis, como idade, origem \u00e9tnica, sexo biol\u00f3gico, ocupa\u00e7\u00e3o dos pais, tipo de escola e polui\u00e7\u00e3o do ar.<\/p>\n\n\n\n

A exposi\u00e7\u00e3o a espa\u00e7os verdes foi associada a uma contribui\u00e7\u00e3o ben\u00e9fica para o desenvolvimento cognitivo dos jovens, explicaram os pesquisadores. As mesmas associa\u00e7\u00f5es n\u00e3o foram vistas com a exposi\u00e7\u00e3o ao espa\u00e7o azul – embora a amostra de crian\u00e7as estudadas tivessem geralmente pouco acesso a ele, observaram os pesquisadores no estudo publicado na segunda-feira.<\/p>\n\n\n\n

O autor principal, Mika\u00ebl Maes, disse que, embora a equipe tenha estabelecido uma associa\u00e7\u00e3o entre florestas e melhor desenvolvimento cognitivo e sa\u00fade mental, n\u00e3o h\u00e1 uma rela\u00e7\u00e3o causal entre os dois – algo que poderia ser estudado no futuro.<\/p>\n\n\n\n

“Atualmente, os mecanismos pelos quais os humanos recebem benef\u00edcios para a sa\u00fade mental ou cogni\u00e7\u00e3o com a exposi\u00e7\u00e3o \u00e0 natureza s\u00e3o desconhecidos. A pesquisa cient\u00edfica sobre o papel dos sentidos humanos \u00e9 a chave para estabelecer uma liga\u00e7\u00e3o causal”, disse Maes, pesquisador PhD na Universidade de Londres na Escola de Geografia, Bioci\u00eancias e de Sa\u00fade P\u00fablica, \u00e0 CNN.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Maes disse em um e-mail que uma poss\u00edvel explica\u00e7\u00e3o para a liga\u00e7\u00e3o entre floresta, cogni\u00e7\u00e3o e sa\u00fade mental poderia ser que a exposi\u00e7\u00e3o audiovisual atrav\u00e9s da vegeta\u00e7\u00e3o e abund\u00e2ncia de animais – que s\u00e3o mais comuns na floresta – fornece benef\u00edcios psicol\u00f3gicos.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, houve limita\u00e7\u00f5es para o estudo. A equipe disse que a pesquisa pressup\u00f5e que morar ou ir \u00e0 escola perto de ambientes naturais significa mais exposi\u00e7\u00e3o a eles, o que pode nem sempre ser o caso. As taxas de criminalidade na \u00e1rea tamb\u00e9m n\u00e3o foram levadas em considera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Os pesquisadores tamb\u00e9m observaram que mais da metade dos participantes tinha pais com uma ocupa\u00e7\u00e3o gerencial ou profissional, o que significa que adolescentes de outros grupos socioecon\u00f4micos poderiam estar sub-representados no estudo. Os alunos com necessidades educacionais especiais tamb\u00e9m podem reagir de forma diferente dos colegas representados na pesquisa.<\/p>\n\n\n\n

‘Novas percep\u00e7\u00f5es’<\/h4>\n\n\n\n

“As descobertas s\u00e3o impressionantes e destacam a import\u00e2ncia do tempo ao ar livre em tal escala”, disse Carol Fuller, chefe do Instituto de Educa\u00e7\u00e3o da Universidade de Reading, \u00e0 CNN por e-mail.<\/p>\n\n\n\n

“Dito isso, embora as descobertas sejam encorajadoras, o que n\u00e3o obtemos com o estudo \u00e9 uma no\u00e7\u00e3o de por que vemos os resultados que vemos? Embora os autores especulem sobre as raz\u00f5es, h\u00e1 uma necessidade crucial de nos envolvermos diretamente com jovens para entender os resultados da perspectiva de quem estava participando”, disse Fuller, que n\u00e3o esteve associada \u00e0 pesquisa.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

“A pesquisa contribui para um crescente corpo de trabalho sobre a import\u00e2ncia de estar do lado de fora em coisas como confian\u00e7a, resili\u00eancia e autoefic\u00e1cia”, disse ela.<\/p>\n\n\n\n

“Faz sentido que, se voc\u00ea puder desenvolver essas habilidades, a cogni\u00e7\u00e3o e resultados de aprendizagem ir\u00e3o melhorar. Estar do lado de fora permite que os jovens aprendam uma variedade de habilidades diferentes e se envolvam em experi\u00eancias diversas, importantes para desenvolver essas caracter\u00edsticas subjacentes”, acrescentou ela.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Stella Chan, professora de Tratamento Psicol\u00f3gico Baseado em Evid\u00eancias da Universidade de Reading, disse em um e-mail \u00e0 CNN que a pesquisa ofereceu “novas percep\u00e7\u00f5es” com “potencial para informar como podemos melhor apoiar o desenvolvimento intelectual, a sa\u00fade e o bem-estar dos jovens.”<\/p>\n\n\n\n

“Como observam os autores, s\u00f3 porque algu\u00e9m mora perto de ambientes naturais n\u00e3o significa que eles poderiam ou iriam acessar este espa\u00e7o e, claro, como as pessoas usam o espa\u00e7o \u00e9 outra grande pergunta a se fazer”, disse Chan, que n\u00e3o esteve envolvida no estudo.<\/p>\n\n\n\n

“Com base nessas descobertas, seria importante investigar como os fatores associados \u00e0 exposi\u00e7\u00e3o a ambientes naturais, como atividade f\u00edsica e sair com amigos, podem ajudar a aumentar a resili\u00eancia, sa\u00fade e bem-estar dos adolescentes”, disse Chan.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

H\u00e1 muito tempo a vida ao ar livre \u00e9 associada a uma boa sa\u00fade f\u00edsica e mental – um estudo de 2015 mostrou que as pessoas que caminham na natureza relatam menos pensamentos negativos repetitivos.<\/p>\n\n\n\n

E um estudo de 2019<\/a> descobriu que passar duas horas por semana absorvendo a natureza – seja na floresta, parque ou praia – d\u00e1 um impulso positivo para a sa\u00fade e o bem-estar, tanto mental quanto fisicamente.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: CNN \/ Amy Woodyatt
Tradu\u00e7\u00e3o: Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil \/ Maria Beatriz Ayello Leite
Para ler a reportagem original em ingl\u00eas acesse:<\/em>
https:\/\/edition.cnn.com\/2021\/07\/20\/health\/woodland-children-wellness-scn-intl-scli-gbr\/index.html<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Crian\u00e7as da cidade expostas \u00e0 floresta t\u00eam melhor desenvolvimento cognitivo e menor risco de problemas emocionais e comportamentais, de acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Sustainability. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":2,"featured_media":172075,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4132],"tags":[4751,5011,5012,5013,157,394],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/172069"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/2"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=172069"}],"version-history":[{"count":14,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/172069\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":172782,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/172069\/revisions\/172782"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/172075"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=172069"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=172069"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=172069"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}