{"id":172084,"date":"2021-07-20T15:16:34","date_gmt":"2021-07-20T18:16:34","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=172084"},"modified":"2021-07-20T15:16:37","modified_gmt":"2021-07-20T18:16:37","slug":"extintas-ha-20-anos-no-pais-ararinhas-azuis-nascem-na-bahia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/07\/20\/172084-extintas-ha-20-anos-no-pais-ararinhas-azuis-nascem-na-bahia.html","title":{"rendered":"Extintas h\u00e1 20 anos no pa\u00eds, ararinhas-azuis nascem na Bahia"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a>
Antes de serem repatriadas, aves viviam em R\u00fcdersdorf, nos arredores de Berlim<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a esp\u00e9cie ter sido declarada extinta h\u00e1 20 anos no Brasil, nasceram tr\u00eas filhotes de ararinhas-azuis<\/a> na regi\u00e3o da caatinga baiana. Eles s\u00e3o filhos de um casal que veio entre 52\u00a0esp\u00e9cimes repatriados da Alemanha\u00a0em mar\u00e7o do ano passado.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O primeiro filhote de ararinha-azul nasceu em 13 de abril, e os outros dois, em 6 e 9 de junho. Os animais devem ser reintroduzidos na natureza. A previs\u00e3o \u00e9 que isso aconte\u00e7a no interior do Ref\u00fagio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul, em Cura\u00e7\u00e1 (BA).<\/p>\n\n\n\n

O local, juntamente com a \u00c1rea e Prote\u00e7\u00e3o Ambiental da Ararinha-Azul, em Juazeiro (BA), foi criado em 2018 especialmente para receber os animais, como parte do Plano de A\u00e7\u00e3o Nacional da Conserva\u00e7\u00e3o da Ararinha-azul (PAN Ararinha-azul), estabelecido em 2012 pelo Instituto Chico Mendes de Conserva\u00e7\u00e3o da Biodiversidade (ICMBio)<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Segundo especialistas, a reintrodu\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie \u00e9 um processo de longo prazo, e s\u00f3 daqui a 20 anos ser\u00e1 poss\u00edvel saber se foi bem-sucedido.<\/p>\n\n\n\n

Esp\u00e9cie descoberta por um alem\u00e3o<\/h2>\n\n\n\n

A ararinha-azul foi descoberta pelo zo\u00f3logo alem\u00e3o Johann Baptist von Spix, no in\u00edcio do s\u00e9culo 19, no interior da Bahia. Ela \u00e9 end\u00eamica da caatinga, ou seja, desenvolve-se de forma natural somente naquele territ\u00f3rio. A esp\u00e9cie foi vista pela \u00faltima vez na natureza em outubro de 2000, mas n\u00e3o se sabe o que aconteceu com esse exemplar.<\/p>\n\n\n\n

Muito valiosa, a ararinha-azul foi alvo do tr\u00e1fico de animais silvestres e da ca\u00e7a. A degrada\u00e7\u00e3o de seu habitat impulsionou ainda mais sua extin\u00e7\u00e3o na natureza. Em 2011, a esp\u00e9cie ganhou fama mundial depois de protagonizar a anima\u00e7\u00e3o Rio<\/em>.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o ICMBio, desde a extin\u00e7\u00e3o na natureza nos anos 2000, foram registradas cerca de 160 ararinhas em cativeiros privados. Atualmente, existem cerca de 240 animais da esp\u00e9cie no mundo \u2013 todos em cativeiro.<\/p>\n\n\n\n

Embora tenham nascido alguns esp\u00e9cimes em cativeiro, os tr\u00eas nascimentos recentes s\u00e3o especiais pois s\u00e3o os primeiros ocorridos em duas d\u00e9cadas em sua \u00e1rea de ocorr\u00eancia hist\u00f3rica, a Bahia.<\/p>\n\n\n\n

“Os animais em cativeiro est\u00e3o na Alemanha, B\u00e9lgica e Cingapura. No Brasil, existem dois criadouros: um em Minas Gerais e outro na \u00e1rea de distribui\u00e7\u00e3o original, que \u00e9 o norte da Bahia”, afirma Camile Lugarin, analista ambiental e respons\u00e1vel pela \u00c1rea Tem\u00e1tica de Pesquisa, Monitoramento e Manejo do N\u00facleo de Gest\u00e3o Integrada (NGI) ICMBio Juazeiro.<\/p>\n\n\n\n

Programa Brasil-Alemanha<\/h2>\n\n\n\n

O nascimento dos filhotes foi poss\u00edvel por meio de um programa de reprodu\u00e7\u00e3o envolvendo Brasil e parceiros internacionais, como a Alemanha, que vem trabalhando para a reintrodu\u00e7\u00e3o da esp\u00e9cie na natureza.<\/p>\n\n\n\n

Dos 52 animais repatriados da Associa\u00e7\u00e3o para a Conserva\u00e7\u00e3o de Papagaios Amea\u00e7ados (ACTP, na sigla em ingl\u00eas), da Alemanha, 14 deles est\u00e3o em pares dispostos em um recinto para reprodu\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O acordo foi estabelecido entre o ICMBio e a ACTP em 2019 para constru\u00e7\u00e3o de um centro de reprodu\u00e7\u00e3o no interior do Ref\u00fagio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul. <\/p>\n\n\n\n

Antes de serem repatriadas, as aves<\/a> estavam no pequeno munic\u00edpio alem\u00e3o de R\u00fcdersdorf, localizado a 26 quil\u00f4metros de Berlim.<\/p>\n\n\n\n

“Todos os locais que t\u00eam ararinhas-azuis s\u00e3o privados e, por isso, estamos tentando reproduzir o m\u00e1ximo poss\u00edvel de aves para podermos solt\u00e1-las na natureza o quanto antes”, explicou o pesquisador Cromwell Purchase, da ACTP, em entrevista \u00e0 DW em 2018.<\/p>\n\n\n\n

O criat\u00f3rio alem\u00e3o recebeu v\u00e1rias ararinhas-azuis em 2018 da Institui\u00e7\u00e3o de Preserva\u00e7\u00e3o da Vida Selvagem Al Wabra, do Catar. A transfer\u00eancia das aves foi impulsionada pela morte do mantenedor da Al Wabra, o xeque Saud bin Mohammed al-Than, em 2014, e pelo embargo econ\u00f4mico imposto ao Catar por Ar\u00e1bia Saudita, Emirados \u00c1rabes, Egito e Bahrein, em 2017. <\/p>\n\n\n\n

A expectativa de vida de uma ararinha-azul \u00e9 de entre 20 e 40 anos.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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