{"id":172613,"date":"2021-08-11T13:48:17","date_gmt":"2021-08-11T16:48:17","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=172613"},"modified":"2021-08-11T13:48:19","modified_gmt":"2021-08-11T16:48:19","slug":"exoplanetas-a-apenas-35-anos-luz-de-distancia-podem-ter-oceanos-de-agua","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/08\/11\/172613-exoplanetas-a-apenas-35-anos-luz-de-distancia-podem-ter-oceanos-de-agua.html","title":{"rendered":"Exoplanetas a apenas 35 anos-luz de dist\u00e2ncia podem ter oceanos de \u00e1gua"},"content":{"rendered":"\n
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ESO\/M. Kornmesser<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um sistema planet\u00e1rio chamado L 98-59, descoberto pelo telesc\u00f3pio\u00a0espacial TESS em 2019, tem mais\u00a0exoplanetas\u00a0do que se imaginava. O mais interessante \u00e9 que alguns deles podem ser mundos oce\u00e2nicos e talvez possuam uma atmosfera capaz de sustentar vida. As novas descobertas foram feitas por uma equipe de astr\u00f4nomos<\/a> no\u00a0Very Large Telescope do ESO, no Chile.<\/p>\n\n\n\n

A estrela L 98-59 \u00e9 uma an\u00e3 vermelha relativamente pr\u00f3xima do Sol,\u00a0a apenas 35 anos-luz de dist\u00e2ncia. Anteriormente, os astr\u00f4nomos haviam encontrado em sua \u00f3rbita tr\u00eas planetas<\/a> atrav\u00e9s do m\u00e9todo de tr\u00e2nsito, que tamb\u00e9m permitiu\u00a0calcular os seus tamanhos. Agora, um instrumento chamado ESPRESSO (Echelle SPectrograph for Rocky Exoplanets and Stable Spectroscopic Observations) montado no VLT, foi usado para estudar o sistema atrav\u00e9s do m\u00e9todo de velocidade radial.<\/p>\n\n\n\n

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Compara\u00e7\u00e3o entre o Sistema Solar e o L 98 59 (Imagem: Reprodu\u00e7\u00e3o\/ESO\/L. Cal\u00e7ada\/M. Kornmesser\/ O. Demangeon)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Com essa t\u00e9cnica, que observa as pequenas oscila\u00e7\u00f5es na estrela causadas pela gravidade dos planetas que a orbitam, os astr\u00f4nomos acabaram descobrindo mais sobre os mundos encontrados em 2019 e detectaram ind\u00edcios da presen\u00e7a de outros exoplanetas “escondidos” por l\u00e1. Eles s\u00e3o mundos rochosos e est\u00e3o localizados na parte interna do sistema estelar e um deles pode estar na\u00a0zona habit\u00e1vel da estrela.<\/p>\n\n\n\n

Embora os melhores instrumentos atuais n\u00e3o sejam suficientes para analisar a atmosfera de planetas rochosos pequenos, essa descoberta coloca o sistema L 98-59 na mira dos astr\u00f4nomos planet\u00e1rios. \u00c9 que, segundo o estudo, os tr\u00eas primeiros planetas podem conter \u00e1gua l\u00edquida, ingrediente fundamental para o surgimento da vida como a conhecemos. Os dois mais pr\u00f3ximos da estrela podem conter \u00e1gua em pequenas quantidades, enquanto o terceiro pode ter at\u00e9 cerca de 30% da sua massa em \u00e1gua. <\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso,\u00a0dados coletados permitiram medir as massas e os raios dos tr\u00eas primeiros planetas, detectados em 2019. \u201cSe quisermos saber como \u00e9 constitu\u00eddo um planeta, precisamos, pelo menos, de conhecer a sua massa e o seu raio\u201d, disse Olivier Demangeon, principal autor do estudo. Desse modo, eles determinaram que\u00a0o planeta mais interno do sistema tem apenas metade da massa de V\u00eanus. Isso faz dele o exoplaneta mais leve j\u00e1 medido com a t\u00e9cnica de velocidade radial.\u00a0<\/p>\n\n\n\n

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