{"id":172789,"date":"2021-08-14T13:53:50","date_gmt":"2021-08-14T16:53:50","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=172789"},"modified":"2021-08-14T13:53:50","modified_gmt":"2021-08-14T16:53:50","slug":"presa-revela-a-enorme-quilometragem-vitalicia-do-mamute-lanoso","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/redacao\/traducoes\/2021\/08\/14\/172789-presa-revela-a-enorme-quilometragem-vitalicia-do-mamute-lanoso.html","title":{"rendered":"Presa revela a enorme quilometragem vital\u00edcia do mamute-lanoso"},"content":{"rendered":"\n
\"Fonte:<\/a>
Fonte: James Havens.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Cientistas analisaram a qu\u00edmica confinada dentro da presa de um mamute-lanoso para descobrir o qu\u00e3o longe ele viajou durante a vida.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

A pesquisa mostra que o animal da Idade do Gelo viajou uma dist\u00e2ncia equivalente a girar a Terra duas vezes.<\/p>\n\n\n\n

Os mamutes-lanosos eram os primos peludos dos elefantes de hoje, vagando pelas latitudes do norte durante um per\u00edodo frio pr\u00e9-hist\u00f3rico conhecido como Pleistoceno.<\/p>\n\n\n\n

O trabalho esclarece como essas criaturas antigas eram incrivelmente m\u00f3veis.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o est\u00e1 claro se foi um migrador sazonal, mas cobriu um terreno importante”, disse o co-autor do estudo, Dr. Matthew Wooller, da Universidade do Alasca Fairbanks.<\/p>\n\n\n\n

“Ele visitou muitas partes do Alasca em algum momento de sua vida, o que \u00e9 incr\u00edvel quando voc\u00ea pensa sobre o qu\u00e3o grande \u00e9 essa \u00e1rea.”<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

\"Dr.<\/a>
Dr. Matthew Wooller com a presa de mamute de 17.000 anos. Fonte: Jr Ancheta.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As presas de mamute eram um pouco como an\u00e9is de \u00e1rvore, de modo que registravam informa\u00e7\u00f5es sobre a hist\u00f3ria de vida do animal.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, alguns elementos qu\u00edmicos incorporados \u00e0s presas enquanto o animal estava vivo podem servir como alfinetes em um mapa, mostrando amplamente para onde o animal foi.<\/p>\n\n\n\n

Combinando essas duas coisas, os pesquisadores trabalharam a hist\u00f3ria de viagens de um mamute macho que viveu 17.000 anos atr\u00e1s no Alasca. Seus restos mortais foram encontrados perto das montanhas Brooks, no norte do estado.<\/p>\n\n\n\n

“Do momento em que nascem at\u00e9 o dia em que morrem, eles t\u00eam um di\u00e1rio escrito em suas presas”, disse o co-autor, Dr. Pat Druckenmiller, diretor do Museu do Norte da Universidade do Alasca.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

“A M\u00e3e Natureza n\u00e3o costuma oferecer registros t\u00e3o convenientes e duradouros da vida de um indiv\u00edduo.”<\/p>\n\n\n\n

\"Uma<\/a>
Uma presa de mamute dividida ao meio no Alaska Stable Isotope Facility. A mancha azul foi usada para revelar linhas de crescimento. Fonte: Jr Ancheta.<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os mamutes foram acrescentando novas camadas \u00e0s presas ao longo da vida. Quando o marfim foi dividido no comprimento, essas faixas de crescimento pareciam cones de sorvete empilhados, oferecendo um registro cronol\u00f3gico de sua exist\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

Os pesquisadores montaram a jornada do animal estudando os diferentes tipos, ou is\u00f3topos, dos elementos qu\u00edmicos estr\u00f4ncio e oxig\u00eanio contidos na presa de 1,7 m de comprimento. Estes foram comparados com mapas que preveem varia\u00e7\u00f5es de is\u00f3topos em todo o Alasca.<\/p>\n\n\n\n

Eles descobriram que o mamute cobriu 70.000 km da paisagem do Alasca durante seus 28 anos no planeta. Para efeito de compara\u00e7\u00e3o, a circunfer\u00eancia da Terra \u00e9 de 40.000 km.<\/p>\n\n\n\n

O estudo oferece pistas para a extin\u00e7\u00e3o dessas criaturas magn\u00edficas. Para animais que se distribu\u00edam t\u00e3o amplamente, a invas\u00e3o das florestas no habitat de pastagem preferido dos mamutes no final da \u00faltima Idade do Gelo teria colocado press\u00e3o sobre os rebanhos. Isso limitava a dist\u00e2ncia que eles podiam percorrer em busca de comida e os colocava em maior risco de preda\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

O trabalho, de equipe internacional, foi publicado na revista Science.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC News \/ Paul Rincon
Tradu\u00e7\u00e3o: Reda\u00e7\u00e3o Ambientebrasil \/ Maria Beatriz Ayello Leite
Para ler a reportagem original em ingl\u00eas acesse:<\/em>
https:\/\/www.bbc.com\/news\/science-environment-58191123<\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"