{"id":172945,"date":"2021-08-20T14:57:23","date_gmt":"2021-08-20T17:57:23","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=172945"},"modified":"2021-08-20T14:57:27","modified_gmt":"2021-08-20T17:57:27","slug":"chuva-destroi-quase-metade-da-camada-de-gelo-na-regiao-mais-fria-da-groenlandia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/08\/20\/172945-chuva-destroi-quase-metade-da-camada-de-gelo-na-regiao-mais-fria-da-groenlandia.html","title":{"rendered":"Chuva destr\u00f3i quase metade da camada de gelo na regi\u00e3o mais fria da Groenl\u00e2ndia"},"content":{"rendered":"\n
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Mais um sinal vermelho para a\u00a0Terra: quase metade da camada de gelo no Greenland Summit Camp, a \u00e1rea mais fria da Groenl\u00e2ndia, foi destru\u00edda por uma chuva que caiu pela regi\u00e3o pela primeira vez na hist\u00f3ria. O acampamento contempla uma\u00a0esta\u00e7\u00e3o de pesquisa\u00a0que avalia, entre outras coisas, as disparidades clim\u00e1ticas da Groenl\u00e2ndia<\/a> em rela\u00e7\u00e3o ao resto do mundo.<\/p>\n\n\n\n

A chuva que afetou a \u00e1rea tamb\u00e9m n\u00e3o foi uma \u201cgaroa\u201d qualquer: segundo estimativas dos cientistas da esta\u00e7\u00e3o, foram sete bilh\u00f5es de toneladas de \u00e1gua cuja\u00a0temperatura\u00a0levou ao derretimento do manto congelado, afetando uma \u00e1rea de mais de 540 mil quil\u00f4metros quadrados (km\u00b2).<\/p>\n\n\n\n

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A regi\u00e3o mais fria da Groenl\u00e2ndia encarou chuva forte recentemente, perdendo quase a metade da sua camada de gelo no processo. Especialistas afirmam que isso \u00e9 mais uma consequ\u00eancia do aquecimento global. Imagem: Kertu\/Shutterstock<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O gelo ao redor do Summit Camp \u00e9 tido como um dos mais puros do mundo, formado gra\u00e7as a anos e anos de ac\u00famulo de neve e supress\u00e3o da \u00e1gua abaixo dela. A chuva representa um problema grave pois, n\u00e3o s\u00f3 ela cai a uma temperatura mais quente que o gelo do solo (levando ao seu derretimento), mas o gelo que se formar\u00e1 da \u00e1gua ca\u00edda ter\u00e1 qualidade, resist\u00eancia e dura\u00e7\u00e3o bem inferiores.<\/p>\n\n\n\n

Isso porque a camada anterior (chamada por alguns de \u201cgelo branco\u201d) \u00e9 extremamente clara em sua colora\u00e7\u00e3o, o que faz com que a luz do\u00a0Sol\u00a0seja refletida de volta; ao passo que o gelo que se origina da \u00e1gua da chuva tem a cor mais escura e, consequentemente, absorve a luz, aumentando a temperatura m\u00e9dia e\u2026derretendo de novo e de novo. \u2013 um claro efeito do\u00a0aquecimento global<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

O impacto da chuva em uma regi\u00e3o onde, normalmente, n\u00e3o deveria chover, traz mais preocupa\u00e7\u00e3o do que a mera altera\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica da \u00e1rea: segundo especialistas, o derretimento da camada de gelo da Groenl\u00e2ndia pode elevar o\u00a0n\u00edvel do mar\u00a0em 0,3 metro at\u00e9 o ano de 2100. Isso pode parecer pequeno em n\u00fameros, mas \u00e9 mais do que suficiente para destruir regi\u00f5es costeiras por completo \u2013 basicamente, voc\u00ea diz \u201cadeus\u201d a quase todo o estado da Fl\u00f3rida e ao litoral da Calif\u00f3rnia.<\/p>\n\n\n\n

Um levantamento do Painel Intergovernamental sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas (IPCC) apontou em 2019 que o n\u00edvel do mar estava subindo quase quatro mil\u00edmetros (mm) ao ano. O impacto disso \u00e9 que, j\u00e1 para os pr\u00f3ximos anos, o tamanho dos bancos de areia nas praias de S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro pode ser drasticamente reduzido.<\/p>\n\n\n\n

Lembrando que bancos de areia s\u00e3o mais do que meros limites entre asfalto e praia, mas tamb\u00e9m servem como redutores de impacto de mar\u00e9s: quando a \u00e1gua sobe na areia, ela \u00e9 melhor absorvida e n\u00e3o chega nas \u00e1reas povoadas \u2013 fora o fato de eles serem um indicador visual: se a \u00e1gua sobe, saia da areia para buscar\u00a0seguran\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

\u201cDurante eventos de derretimento, esses processos podem ocorrer em partes do gelo que normalmente n\u00e3o passam por isso, espalhando ainda mais o problema\u201d, disse Lauren Andrews, ge\u00f3loga especializada em ci\u00eancias glaciais da\u00a0Nasa, que tamb\u00e9m informa de outro problema \u2013 este, mais embaixo: a \u00e1gua salgada est\u00e1 aos poucos penetrando no gelo por baixo da massa continental que \u00e9 a Groenl\u00e2ndia.<\/p>\n\n\n\n

O efeito disso \u00e9 o aumento na porosidade na camada continental, fazendo com que a \u00e1gua em temperatura mais alta penetre na camada de gelo e se mova com maior atividade, derretendo-a por dentro, al\u00e9m da chuva. E isso ocorre porque, veja s\u00f3, o n\u00edvel do mar est\u00e1 aumentando<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Em outras palavras, temos um ciclo bastante preocupante com essa situa\u00e7\u00e3o: a chuva cai no gelo, derretendo-o at\u00e9 que ele seja despejado no mar salgado. O mar salgado se eleva, atingindo mais pontos do gelo por baixo, derretendo-o tamb\u00e9m por dentro.<\/p>\n\n\n\n

Especialistas seguem insistindo que, a fim de remediar e evitar essas situa\u00e7\u00f5es, n\u00f3s temos que reduzir \u2013 muito \u2013 o consumo de combust\u00edveis f\u00f3sseis e a emiss\u00e3o de gases do\u00a0efeito estufa\u00a0(como o\u00a0di\u00f3xido de carbono), a fim de minimizar efeitos que j\u00e1 est\u00e3o acontecendo agora.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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