{"id":173102,"date":"2021-08-26T12:26:11","date_gmt":"2021-08-26T15:26:11","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173102"},"modified":"2021-08-26T12:26:14","modified_gmt":"2021-08-26T15:26:14","slug":"mergulhadores-sao-capacitados-para-auxiliar-na-localizacao-de-peixe-invasor-venenoso-em-fernando-de-noronha","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/08\/26\/173102-mergulhadores-sao-capacitados-para-auxiliar-na-localizacao-de-peixe-invasor-venenoso-em-fernando-de-noronha.html","title":{"rendered":"Mergulhadores s\u00e3o capacitados para auxiliar na localiza\u00e7\u00e3o de peixe invasor venenoso em Fernando de Noronha"},"content":{"rendered":"\n
\"\"<\/a>
Peixe-le\u00e3o \u00e9 uma amea\u00e7a \u2014 Foto: Thiege Rodrigues\/All Angle<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) deu in\u00edcio a uma s\u00e9rie de capacita\u00e7\u00f5es para que mergulhadores auxiliem no monitoramento e captura do peixe-le\u00e3o em\u00a0Fernando de Noronha.\u00a0Em menos de um m\u00eas, tr\u00eas animais\u00a0dessa\u00a0esp\u00e9cie invasora e venenosa\u00a0foram capturados na ilha e acenderam o alerta devido aos riscos para o ecossistema local e seres humanos.<\/p>\n\n\n\n

\u201cForam chamados os funcion\u00e1rios dos operadores de mergulho e os profissionais que trabalham com fotos subaqu\u00e1tica, que tamb\u00e9m s\u00e3o mergulhadores. Na capacita\u00e7\u00e3o, repassamos orienta\u00e7\u00f5es do que deve ser feito ao identificar um peixe-le\u00e3o”, informou a chefe do ICMBio, Carla Gaitanele.<\/p>\n\n\n\n

Esse primeiro treinamento ocorreu na sede do Parque Nacional Marinho, na Vila do Boldr\u00f3, na noite da quarta-feira (25), e j\u00e1 est\u00e3o previstos novos grupos para a ter\u00e7a-feira (31) e na quinta-feira (2). A primeira turma contou com 25 pessoas.<\/p>\n\n\n\n

Como o peixe-le\u00e3o suporta profundidades de mais de 100 metros, segundo pesquisadores, a colabora\u00e7\u00e3o de mergulhadores aut\u00f4nomos na localiza\u00e7\u00e3o dos esp\u00e9cimes se torna essencial – todos\u00a0os tr\u00eas localizados neste m\u00eas de agosto\u00a0foram capturados ap\u00f3s serem identificados por profissionais de mergulho.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a>
Capacita\u00e7\u00e3o deu informa\u00e7\u00f5es aos profissionais de mergulho sobre peixe-le\u00e3o \u2014 Foto: ICMBio\/Divulga\u00e7\u00e3o<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

No Brasil foram encontrados ao menos sete indiv\u00edduos da esp\u00e9cie, sendo quatro em Noronha. Desse total,\u00a0tr\u00eas animais foram capturados no m\u00eas de agosto\u00a0e um em\u00a0dezembro do ano passado.<\/p>\n\n\n\n

Segundo os especialistas, esse peixe, que tem nome cient\u00edfico Pterois volitans<\/em>, \u00e9 uma amea\u00e7a aos humanos e ao meio ambiente. A esp\u00e9cie tem espinhos venenosos com uma toxina que pode causar febre, vermelhid\u00e3o e at\u00e9 convuls\u00f5es aos seres humanos.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, o peixe-le\u00e3o \u00e9 um predador que pode consumir esp\u00e9cies end\u00eamicas de Noronha, que s\u00f3 ocorrem nessa regi\u00e3o, e causar um desequil\u00edbrio ecol\u00f3gico, apontam os pesquisadores.<\/p>\n\n\n\n

A orienta\u00e7\u00e3o \u00e9 para que os mergulhadores n\u00e3o coloquem a m\u00e3o diretamente no peixe, nem deixem que os visitantes toquem. Respons\u00e1vel pelo treinamento, o coordenador de Pesquisa do ICMBio, Ricardo Ara\u00fajo, refor\u00e7ou a necessidade de comunica\u00e7\u00e3o imediata ao instituto, em caso de localiza\u00e7\u00e3o do animal.<\/p>\n\n\n\n

\"\"<\/a>
Peixe-le\u00e3o deve ser captura com cuidado \u2014 Foto: Fernando Rodrigues\/Sea Paradise<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u201cA pessoa que identificar o peixe-le\u00e3o deve fotografar, registrar o local e em seguida deve avisar ao ICMBio. N\u00e3o \u00e9 orientado coletar o animal por conta dos riscos”, alertou Ara\u00fajo.<\/p>\n\n\n\n

S\u00f3 os mergulhadores treinados e com equipamentos b\u00e1sicos, como luva, arp\u00e3o e um recipiente para manter o animal isolado, podem fazer a captura. No entanto, arp\u00f5es n\u00e3o s\u00e3o autorizados na ilha e dependem de autoriza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Segundo Ara\u00fajo, est\u00e1 em fase de elabora\u00e7\u00e3o um protocolo que vai permitir que as empresas de mergulho tenham a bordo do barco um arp\u00e3o e um recipiente para armazenar o animal quando for feita a captura.<\/p>\n\n\n\n

“No primeiro momento, s\u00f3 operadoras de mergulho v\u00e3o ser autorizadas a fazer essa captura. Estamos em fase de aquisi\u00e7\u00e3o de equipamentos para colocar o protocolo em pr\u00e1tica”, explicou.<\/p>\n\n\n\n

Se um turista identificar o animal, n\u00e3o deve tocar ou chegar chegar pr\u00f3ximo. A recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 acionar o ICMBio atrav\u00e9s do e-mail ngi.noronha@icmbio.gov.br ou ligar para (81) 3619.1156.<\/p>\n\n\n\n

De onde veio?<\/h2>\n\n\n\n
\"\"<\/a>
V\u00cdDEO: Entenda por que peixe venenoso encontrado em Noronha pode amea\u00e7ar a fauna marinha<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A invas\u00e3o de peixe-le\u00e3o em Fernando de Noronha deixou ambientalistas e integrantes do ICMBio em alerta. O diretor do Projeto de Conserva\u00e7\u00e3o Recifal e o doutor em biologia marinha Pedro Pereira afirmou que o peixe-le\u00e3o n\u00e3o tem um predador natural na ilha e se alimenta r\u00e1pido de larvas e peixes pequenos.<\/p>\n\n\n\n

Ainda n\u00e3o se sabe como esse peixe chegou at\u00e9 o arquip\u00e9lago. Uma das hip\u00f3teses levantadas pelos pesquisadores \u00e9 de correntes marinhas terem trazido larvas ou esp\u00e9cimes do peixe-le\u00e3o do Caribe para Noronha, onde tamb\u00e9m \u00e9 considerada uma esp\u00e9cie invasora.<\/p>\n\n\n\n

O peixe-le\u00e3o \u00e9 natural do Indo-Pac\u00edfico e n\u00e3o h\u00e1 certeza de como chegou at\u00e9 o Caribe, apenas hip\u00f3teses. “Uma das teorias \u00e9 de que veio da regi\u00e3o da Fl\u00f3rida, depois que um furac\u00e3o [nos anos 1990] destruiu uma loja de aqu\u00e1rios. Mas h\u00e1 quem diga que essa n\u00e3o foi a causa”, disse o doutor em biologia marinha.<\/p>\n\n\n\n

Peixe-le\u00e3o \u00e9 encontrado em Fernando de Noronha \u2014 Foto: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Sea Paradise<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Outra teoria \u00e9 de que diferentes pessoas soltaram exemplares de peixe-le\u00e3o no mar do Caribe, explicou Pereira. No entanto, n\u00e3o h\u00e1 nada confirmado, bem como n\u00e3o h\u00e1 confirma\u00e7\u00e3o de como ao certo eles chegaram a Fernando de Noronha. Tamb\u00e9m n\u00e3o h\u00e1 certeza de que esses animais estejam se reproduzindo na regi\u00e3o, sendo necess\u00e1rios mais estudos, ressaltou o doutor em biologia marinha.<\/p>\n\n\n\n

Para ampliar as pesquisas, a comunica\u00e7\u00e3o com os mergulhadores aut\u00f4nomos \u00e9 essencial para que sejam identificados os poss\u00edveis locais onde esses peixes est\u00e3o, bem como comportamento e outros fatos.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) deu in\u00edcio a uma s\u00e9rie de capacita\u00e7\u00f5es para que mergulhadores auxiliem no monitoramento e captura do peixe-le\u00e3o em\u00a0Fernando de Noronha. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":173103,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[4028,712,3892],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173102"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=173102"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173102\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":173108,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173102\/revisions\/173108"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/173103"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=173102"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=173102"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=173102"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}