{"id":173119,"date":"2021-08-27T12:57:10","date_gmt":"2021-08-27T15:57:10","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173119"},"modified":"2021-08-27T12:57:13","modified_gmt":"2021-08-27T15:57:13","slug":"terras-indigenas-sao-as-areas-mais-preservadas-do-brasil-nos-ultimos-35-anos-mostra-levantamento","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/08\/27\/173119-terras-indigenas-sao-as-areas-mais-preservadas-do-brasil-nos-ultimos-35-anos-mostra-levantamento.html","title":{"rendered":"Terras ind\u00edgenas s\u00e3o as \u00e1reas mais preservadas do Brasil nos \u00faltimos 35 anos, mostra levantamento"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/protesto_indigenas_em_Brasilia.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"984\" height=\"571\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/protesto_indigenas_em_Brasilia.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-173120\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/protesto_indigenas_em_Brasilia.jpg 984w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/protesto_indigenas_em_Brasilia-300x174.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/protesto_indigenas_em_Brasilia-768x446.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 984px) 100vw, 984px\" \/><\/a><figcaption>Ind\u00edgenas de diversas regi\u00f5es do pa\u00eds protestam na Pra\u00e7a dos Tr\u00eas Poderes, em Bras\u00edlia, nesta quarta-feira, 25 de agosto de 2021, contra o &#8220;marco temporal&#8221; para a demarca\u00e7\u00e3o de terras. \u2014 Foto: Gabriela Bil\u00f3\/Estad\u00e3o Conte\u00fado<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Um levantamento feito por imagens de sat\u00e9lites e intelig\u00eancia artificial do MapBiomas mostra que, entre 1985 a 2020, as \u00e1reas mais preservadas do Brasil s\u00e3o as terras <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/indigenas\">ind\u00edgenas<\/a>, tanto as j\u00e1 demarcadas quanto as que ainda esperam por demarca\u00e7\u00e3o.\u00a0<strong>Nesses territ\u00f3rios, o desmatamento e perda de floresta foi de apenas 1,6% em 35 anos.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<blockquote class=\"wp-block-quote is-layout-flow wp-block-quote-is-layout-flow\"><p>&#8220;Se queremos ter chuva para abastecer os reservat\u00f3rios que prov\u00eam energia e \u00e1gua pot\u00e1vel para consumidores, ind\u00fastria e o agroneg\u00f3cio, precisamos preservar a <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/amazonia\">floresta amaz\u00f4nica<\/a>. E as imagens de sat\u00e9lite n\u00e3o deixam d\u00favidas: quem melhor faz isso s\u00e3o os ind\u00edgenas\u201d, explica Tasso Azevedo, Coordenador do MapBiomas.<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n<p>Apesar de serem as mais preservadas,&nbsp;<strong>apenas 13.8% de todas as terras do Brasil s\u00e3o reservadas aos povos ind\u00edgenas, o equivalente a 722 terras ind\u00edgenas<\/strong>, segundo dados do Instituto Socioambiental (ISA). Dessas,&nbsp;<strong>somente 487 foram homologadas&nbsp;<\/strong>(quando o processo de demarca\u00e7\u00e3o foi conclu\u00eddo) desde 1988 e mais de 300 aguardam demarca\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n<p>O governo de Jair Bolsonaro \u00e9 o primeiro, desde a redemocratiza\u00e7\u00e3o do Brasil, a n\u00e3o demarcar nenhuma terra ind\u00edgena. Al\u00e9m disso, pelo menos dois projetos de lei ganham for\u00e7a no Congresso desde o in\u00edcio do seu governo, em 2019:<\/p>\n\n\n\n<ul><li><strong>PL n\u00ba490\/2007:\u00a0<\/strong>institui o &#8216;marco temporal&#8217;, determinando que teriam direito \u00e0s suas terras ancestrais os povos que as estivessem ocupando no dia da promulga\u00e7\u00e3o da Constitui\u00e7\u00e3o Federal, em 5 de outubro de 1988; altera o Estatuto do \u00cdndio para permitir, segundo o texto, um &#8220;contrato de coopera\u00e7\u00e3o entre \u00edndios e n\u00e3o \u00edndios&#8221;, para que estes possam realizar atividades econ\u00f4micas em terras ind\u00edgenas; permite que n\u00e3o ind\u00edgenas tenham contato com povos isolados \u201cpara intermediar a\u00e7\u00e3o estatal de utilidade p\u00fablica\u201d<\/li><li><strong>PL n\u00ba191\/2020:<\/strong>\u00a0libera a explora\u00e7\u00e3o das terras ind\u00edgenas por grandes projetos de infraestrutura e minera\u00e7\u00e3o, abrindo espa\u00e7o para realiza\u00e7\u00e3o de pesquisa e de lavra de recursos minerais, inclusive de petr\u00f3leo e g\u00e1s natural, e para o aproveitamento de recursos h\u00eddricos para gera\u00e7\u00e3o de energia el\u00e9trica em terras ind\u00edgenas.<\/li><\/ul>\n\n\n\n<p>O levantamento tamb\u00e9m olhou para a situa\u00e7\u00e3o do <a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/tag\/desmatamento\">desmatamento<\/a> em cada estado desde 1985 e aponta que,<strong>\u00a0dos 27 estados da federa\u00e7\u00e3o, 24 perderam vegeta\u00e7\u00e3o nativa.<\/strong>\u00a0Os campe\u00f5es s\u00e3o Rond\u00f4nia (-28%), Mato Grosso (-24%) e Maranh\u00e3o (-16%), todos parte da\u00a0Amaz\u00f4nia Legal.<\/p>\n\n\n\n<p>Apenas dois estados conseguiram manter as \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o nativa desde 1985, ambos na regi\u00e3o Sudeste, principalmente na Mata Atl\u00e2ntica:&nbsp;<strong>Rio de Janeiro e Esp\u00edrito Santo<\/strong>. No caso do Rio de Janeiro, houve um leve crescimento da vegeta\u00e7\u00e3o nativa (de 34% em 1985 para 35% em 2020).<\/p>\n\n\n\n<p>Ainda de acordo com o MapBiomas, as pastagens representam o principal uso da terra no Brasil, ocupando um quinto do territ\u00f3rio nacional.<\/p>\n\n\n\n<p>Por falar em cobertura e uso de terra no Brasil, as imagens de sat\u00e9lites mostram que o pa\u00eds tem 66,3% de vegeta\u00e7\u00e3o nativa. Por\u00e9m, o MapBiomas alerta que as imagens n\u00e3o correspondem, necessariamente, a \u00e1reas preservadas.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cUma parte significativa [da vegeta\u00e7\u00e3o nativa] passou por processo de degrada\u00e7\u00e3o ou est\u00e1 em regenera\u00e7\u00e3o depois de ter sido desmatada. Por isso, aprofundar o entendimento destes processos de degrada\u00e7\u00e3o \u00e9 um dos focos atuais do MapBiomas\u201d, afirma Azevedo.<\/p>\n\n\n\n<h2 class=\"wp-block-heading\" id=\"h-cana-ocupa-o-dobro-da-rea-urbanizada-do-pa-s\">Cana ocupa o dobro da \u00e1rea urbanizada do pa\u00eds<\/h2>\n\n\n\n<p>Se os territ\u00f3rios ind\u00edgenas permaneceram quase intactos nas \u00faltimas d\u00e9cadas, o&nbsp;<strong>crescimento da \u00e1rea ocupada por atividades agropecu\u00e1rias entre 1985 e 2020 foi de 44,6%. Juntas, agricultura e pecu\u00e1ria ganharam 81,2 milh\u00f5es de hectares no per\u00edodo.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<p>Essas atividades cresceram em cinco dos seis biomas brasileiros, com exce\u00e7\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica, segundo o MapBiomas. Por\u00e9m, mesmo sem crescimento nesses 35 anos, a \u00e1rea de agropecu\u00e1ria no bioma \u00e9 a maior do Brasil, ocupando dois ter\u00e7os, ou 64,3%, da Mata Atl\u00e2ntica.<\/p>\n\n\n\n<p>Desde 1985, a \u00e1rea de plantio de soja e cana alcan\u00e7ou a mesma extens\u00e3o de toda a forma\u00e7\u00e3o campestre do Brasil. A<strong>\u00a0soja j\u00e1 equivale a um Maranh\u00e3o<\/strong>\u00a0e a\u00a0<strong>cana ocupa o dobro da \u00e1rea urbanizada do pa\u00eds.<\/strong><\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"510\" height=\"1024\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil-510x1024.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-173121\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil-510x1024.jpg 510w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil-150x300.jpg 150w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil-768x1541.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil-766x1536.jpg 766w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/08\/uso_da_terra_no_Brasil.jpg 984w\" sizes=\"(max-width: 510px) 100vw, 510px\" \/><\/a><figcaption>Uso da terra no Brasil \u2014 Foto: Roberta Jaworski\/G1<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>O padr\u00e3o de expans\u00e3o da agropecu\u00e1ria nesse per\u00edodo \u00e9 o avan\u00e7o das pastagens sobre \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o nativa enquanto a agricultura se expande principalmente sobre \u00e1reas de pastagem. Com isso a \u00e1rea total de pastagem parou de crescer em meados dos anos 2000 e come\u00e7ou a encolher, registrando uma retra\u00e7\u00e3o de 4% de 2005 a 2020, depois de crescer 45% entre 1985 e 2005.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: G1<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>Um levantamento feito por imagens de sat\u00e9lites e intelig\u00eancia artificial do MapBiomas mostra que, entre 1985 a 2020, as \u00e1reas mais preservadas do Brasil s\u00e3o as terras ind\u00edgenas. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/08\/27\/173119-terras-indigenas-sao-as-areas-mais-preservadas-do-brasil-nos-ultimos-35-anos-mostra-levantamento.html\" title=\"Terras ind\u00edgenas s\u00e3o as \u00e1reas mais preservadas do Brasil nos \u00faltimos 35 anos, mostra levantamento\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":173120,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[32,54,582],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173119"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=173119"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173119\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":173122,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173119\/revisions\/173122"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/173120"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=173119"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=173119"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=173119"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}