{"id":173239,"date":"2021-09-02T12:40:13","date_gmt":"2021-09-02T15:40:13","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173239"},"modified":"2021-09-02T12:40:15","modified_gmt":"2021-09-02T15:40:15","slug":"o-homem-que-criou-alface-vermelha-usada-em-saladas-no-espaco","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/02\/173239-o-homem-que-criou-alface-vermelha-usada-em-saladas-no-espaco.html","title":{"rendered":"O homem que criou alface vermelha usada em saladas no espa\u00e7o"},"content":{"rendered":"\n
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Enquanto a Nasa j\u00e1 achou uma boa candidata para cultivo no espa\u00e7o, a Ag\u00eancia Espacial Europeia tamb\u00e9m est\u00e1 realizando experimentos com folhas – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Os astronautas tamb\u00e9m precisam de uma alimenta\u00e7\u00e3o saud\u00e1vel como quem fica na Terra mas, no espa\u00e7o, at\u00e9 mesmo lidar com verduras \u00e9 um grande desafio.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Um dos principais obst\u00e1culos \u00e9 fazer com que alimentos cultivados l\u00e1 n\u00e3o sejam colonizados por bact\u00e9rias e fungos, adoecendo a tripula\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Uma alface est\u00e1 se mostrando uma boa candidata para contornar isso, e seu idealizador nunca podia ter imaginado o destino espacial de sua cria\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Frank Morton estava voltando de um evento para especialistas em melhoramento (atrav\u00e9s de cruzamentos) de plantas e chefs de cozinha quando uma amiga olhava para o celular e contou para ele: “Olha, plantaram alface na Esta\u00e7\u00e3o Espacial Internacional.”<\/p>\n\n\n\n

Ele perguntou de qual tipo, mas essa informa\u00e7\u00e3o n\u00e3o estava dispon\u00edvel naquele momento.<\/p>\n\n\n\n

Algum tempo depois, Morton se deparou com uma foto da alface em quest\u00e3o, impressa em uma revista. Ele sabia exatamente que alface era aquela, afinal, era sua pr\u00f3pria inven\u00e7\u00e3o: uma planta que ele manipulou e batizou de Outredgeous.<\/p>\n\n\n\n

As sementes desta alface passaram a ser vendidas para jardineiros e, na clientela, estavam tamb\u00e9m pesquisadores da Nasa, a ag\u00eancia espacial americana.<\/p>\n\n\n\n

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Frank Morton se tornou uma refer\u00eancia em alfaces nos EUA, atraindo chefs de cozinha para sua fazenda – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Cruzamento surpresa<\/h2>\n\n\n\n

Morton \u00e9 um pioneiro na cria\u00e7\u00e3o de alfaces, e a fazenda org\u00e2nica que ele gerencia junto com a esposa Karen no Estado americano de Oregon se tornou uma meca para chefs e f\u00e3s desta folha.<\/p>\n\n\n\n

Ele trabalha h\u00e1 quase 40 anos na manipula\u00e7\u00e3o de plantas, e h\u00e1 12, criou a Outredgeous.<\/p>\n\n\n\n

Em 1981, quando era um fazendeiro iniciante, Morton come\u00e7ou cultivando dois tipos de alface: uma do tipo romana vermelha e outra verde crespa, comumente usada em saladas. Ele plantou algumas e guardou sementes para o ano seguinte.<\/p>\n\n\n\n

Das cerca de 200 mudas que foram plantadas em uma parte do terreno, a partir de sementes da alface verde, veio uma surpresa.<\/p>\n\n\n\n

“Bem no meio de todas elas, estava uma alface vermelha”, conta Frank Morton.<\/p>\n\n\n\n

Ele imaginou que tivesse ocorrido um cruzamento espont\u00e2neo entre as duas variedades e, no ano seguinte, realizou mais cruzamentos \u2014 chegando uma abund\u00e2ncia de formas e cores.<\/p>\n\n\n\n

Como o monge austr\u00edaco Gregor Mendel, cujos experimentos com ervilhas foram como um press\u00e1gio da ci\u00eancia gen\u00e9tica moderna, Frank come\u00e7ou a deduzir como as caracter\u00edsticas da planta eram herdadas: a cor vermelha era dominante, em detrimento da verde; a folha crespa tamb\u00e9m prevaleceu.<\/p>\n\n\n\n

Morton se espantou. Criar plantas e novas variedades lhe pareceu um caminho financeiro promissor, e, ao mesmo tempo, despertou nele uma grande curiosidade.<\/p>\n\n\n\n

“Algo se acendeu em meu c\u00e9rebro naquele momento”, conta. “A partir da alface, comecei a explorar outras plantas, como quinoa e piment\u00e3o. Eu meio que me apaixonei por elas.”<\/p>\n\n\n\n

O fasc\u00ednio da alface permaneceu, no entanto. Em paralelo com outros projetos, Morton criou mudas cada vez mais vermelhas.<\/p>\n\n\n\n

“Eu estava indo a fundo na investiga\u00e7\u00e3o do qu\u00e3o vermelha voc\u00ea pode deixar a alface”, lembra ele.<\/p>\n\n\n\n

Se ele tinha uma planta vermelha, cruzava com outra, na esperan\u00e7a de obter uma cor ainda mais forte. Naquela \u00e9poca, as alfaces eram mais monocrom\u00e1ticas do que hoje, predominante verdes \u2014 ent\u00e3o, quando a alface Outredgeous apareceu, ela foi bastante incomum.<\/p>\n\n\n\n

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H\u00e1 projetos de cultivo de plantas em estufas no solo marciano em estudo – NASA<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

“Era t\u00e3o vermelha que, na verdade, a maioria dos jardineiros n\u00e3o a reconhecia como alface. Achavam que era algum tipo de beterraba”, diz Morton. “Era incr\u00edvel como ela era vermelha. \u00c9 por isso que lhe dei esse nome (a palavra outrageous<\/em>, na qual se inspirou, significa, em ingl\u00eas, algo como chocante).”<\/p>\n\n\n\n

Morton ofereceu as sementes da Outredgeous para venda por meio da Johnny’s Selected Seeds, uma empresa de sementes sediada no Estado do Maine.<\/p>\n\n\n\n

Quando soube da chegada da planta \u00e0 esta\u00e7\u00e3o espacial, ele contatou uma equipe da Nasa e descobriu que, de fato, suas sementes haviam sido compradas por eles.<\/p>\n\n\n\n

“Eles disseram que a Outredgeous tinha um crescimento ‘significativamente menor’ de micr\u00f3bios na superf\u00edcie da folha'”, lembra Frank de sua conversa com pesquisadores da Nasa.<\/p>\n\n\n\n

Esta era uma grande vantagem em rela\u00e7\u00e3o a outros vegetais testados, como a r\u00facula e a couve, que tinham se revelado bastante vulner\u00e1veis a microrganismos.<\/p>\n\n\n\n

Novas aventuras com alfaces<\/h2>\n\n\n\n

Depois da carreira espacial de sua cria\u00e7\u00e3o, Morton segue com v\u00e1rios outros projetos. Ele est\u00e1 particularmente intrigado com o potencial da humilde alface iceberg.<\/p>\n\n\n\n

“Elas n\u00e3o t\u00eam muito sabor e s\u00e3o dif\u00edceis de manejar, mas t\u00eam uma ‘croc\u00e2ncia’ interessante.”<\/p>\n\n\n\n

Frank Morton est\u00e1 estudando como torn\u00e1-las mais atraentes, seja no paladar ou na apar\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

“Estou tentando fazer uma alface vermelho brilhante por fora, e rosa por dentro. J\u00e1 tenho algumas alfaces muito bonitas, devo dizer.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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