{"id":173618,"date":"2021-09-17T14:20:50","date_gmt":"2021-09-17T17:20:50","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173618"},"modified":"2021-09-17T14:20:53","modified_gmt":"2021-09-17T17:20:53","slug":"estudo-mostra-que-super-erupcoes-alteraram-o-clima-de-marte-ha-bilhoes-de-anos","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/17\/173618-estudo-mostra-que-super-erupcoes-alteraram-o-clima-de-marte-ha-bilhoes-de-anos.html","title":{"rendered":"Estudo mostra que \u201csuper erup\u00e7\u00f5es\u201d alteraram o clima de Marte h\u00e1 bilh\u00f5es de anos"},"content":{"rendered":"\n<figure class=\"wp-block-image size-large\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/super_vulcao_em_Marte.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1024\" height=\"384\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/super_vulcao_em_Marte-1024x384.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-173619\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/super_vulcao_em_Marte-1024x384.jpg 1024w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/super_vulcao_em_Marte-300x113.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/super_vulcao_em_Marte-768x288.jpg 768w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/super_vulcao_em_Marte.jpg 1200w\" sizes=\"(max-width: 1024px) 100vw, 1024px\" \/><\/a><\/figure>\n\n\n\n<p>O\u00a0clima\u00a0de Marte pode ter passado por diversas eras de gelo, enfrentando altera\u00e7\u00f5es massivas causadas por \u201csuper erup\u00e7\u00f5es\u201d ocorridas durante um intervalo de tempo de 500 milh\u00f5es de anos ocorrido h\u00e1 4 bilh\u00f5es de anos, segundo um novo estudo publicado pela ag\u00eancia espacial americana\u00a0Nasa.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo a ag\u00eancia, a regi\u00e3o do\u00a0planeta vermelho\u00a0conhecida como \u201c<em>Arabia Terra<\/em>\u201d, na regi\u00e3o norte, tem evid\u00eancias de que as tais \u201csuper erup\u00e7\u00f5es\u201d \u2013 o pior tipo que existe, com \u00cdndice de Explosividade Vulc\u00e2nica acima de 8 \u2013 expeliram vapor de \u00e1gua, di\u00f3xido de carbono (CO2) e di\u00f3xido sulf\u00farico (SO2) no ar, al\u00e9m das explos\u00f5es em si terem alterado permanentemente a topologia do terreno de Marte. As conclus\u00f5es foram publicadas no jornal\u00a0<em>Geophysical Research Letters<\/em>\u00a0em julho de 2021.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-block-embed-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio\"><div class=\"wp-block-embed__wrapper\">\n<iframe loading=\"lazy\" title=\"Thousands of Ancient Super Eruptions on Mars, Scientists Confirm\" width=\"500\" height=\"281\" src=\"https:\/\/www.youtube.com\/embed\/brjoDRRAHf8?feature=oembed\" frameborder=\"0\" allow=\"accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share\" referrerpolicy=\"strict-origin-when-cross-origin\" allowfullscreen><\/iframe>\n<\/div><\/figure>\n\n\n\n<p>\u201cCada uma dessas super erup\u00e7\u00f5es pode ter trazido um impacto clim\u00e1tico significativo \u2014 talvez o g\u00e1s liberado tenha deixado a atmosfera mais grossa ou bloqueado o\u00a0Sol, tornando-a mais fria\u201d, disse Patrick Whelley, um ge\u00f3logo a servi\u00e7o da Nasa no Centro de Voo Goddard, em Maryland. \u201cOs pesquisadores do clima de Marte ter\u00e3o trabalho para entender o impacto desses vulc\u00f5es\u201d.<\/p>\n\n\n\n<p>Segundo o que a Nasa divulgou, imagine 400 milh\u00f5es de piscinas ol\u00edmpicas, mas troque a \u00e1gua por rocha derretida e g\u00e1s. Tudo isso se espalhou pela regi\u00e3o de Arabia Terra, liberando cinzas e lava por \u201cmilhares de quil\u00f4metros\u201d ao redor do ponto da explos\u00e3o. Para fins comparativos, super erup\u00e7\u00f5es na Terra n\u00e3o passam de dezenas de quil\u00f4metros.<\/p>\n\n\n\n<p>O interessante \u00e9 que, antes do estudo, o consenso cient\u00edfico era o de que as depress\u00f5es da regi\u00e3o haviam sido causadas por impactos de asteroides contra a superf\u00edcie. Entretanto, a nova pesquisa mostra que a \u00e1rea foi literalmente escavada pelo material despejado pelos\u00a0vulc\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n<p>De acordo com Whelley, a ideia veio ap\u00f3s ele se encontrar com a vulcan\u00f3loga Alexandra Matiella Novak, da Universidade John Hopkins, que j\u00e1 vinha estudando o tema para outras \u00e1reas de Marte, procurando pela presen\u00e7a de cinzas vulc\u00e2nicas por meio de imagens do\u00a0Orbitador\u00a0de Reconhecimento da Nasa. Ambos usaram refer\u00eancias de estudos anteriores, que sugeriam que a regi\u00e3o de Arabia Terra estivesse situada em uma \u00e1rea sitiada por caldeiras.<\/p>\n\n\n\n<p>A partir da\u00ed, eles tra\u00e7aram estimativas de onde as cinzas teriam pousado caso uma super explos\u00e3o ocorresse, determinando que elas teriam acompanhado o vento, na dire\u00e7\u00e3o leste: \u201cent\u00e3o seguimos desse ponto e dissemos \u2018Ok, esses minerais est\u00e3o associados com cinzas vulc\u00e2nicas adulteradas, o que j\u00e1 havia sido documentado, ent\u00e3o agora vamos olhar para como os minerais s\u00e3o distribu\u00eddos para saber se eles seguem o padr\u00e3o que esperamos de super erup\u00e7\u00f5es\u201d, disse Novak.<\/p>\n\n\n\n<figure class=\"wp-block-image size-full\"><a href=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/depressoes_vistas_na_Arabia_Terra.jpg\"><img loading=\"lazy\" decoding=\"async\" width=\"1000\" height=\"625\" src=\"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/depressoes_vistas_na_Arabia_Terra.jpg\" alt=\"\" class=\"wp-image-173620\" srcset=\"https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/depressoes_vistas_na_Arabia_Terra.jpg 1000w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/depressoes_vistas_na_Arabia_Terra-300x188.jpg 300w, https:\/\/cdn.noticias.ambientebrasil.com.br\/wp-content\/uploads\/2021\/09\/depressoes_vistas_na_Arabia_Terra-768x480.jpg 768w\" sizes=\"(max-width: 1000px) 100vw, 1000px\" \/><\/a><figcaption>As depress\u00f5es vistas na regi\u00e3o de\u00a0<em>Arabia Terra<\/em>, ao norte de Marte, parecem crateras de impacto com asteroides, mas na verdade s\u00e3o escava\u00e7\u00f5es naturais causadas por super erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas (Imagem: Nasa\/Divulga\u00e7\u00e3o)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n<p>Avaliando imagens do espectr\u00f4metro do orbitador, o time identificou minerais como montmorillonita, imogolite e alofane \u2013 todos, normalmente comuns em \u00e1reas onde restos vulc\u00e2nicos viram argila\u00a0ao se encontrarem com \u00e1gua. Entretanto, ao inv\u00e9s de estarem misturadas pelas atividades de ventos e \u00e1gua, as cinzas estavam dispostas da mesma forma que estariam se a explos\u00e3o ocorresse h\u00e1 meros dias.<\/p>\n\n\n\n<p>\u201cFoi a\u00ed que eu percebi que isso n\u00e3o era um erro, mas um sinal real\u201d, disse Jacob Richardson, ge\u00f3logo da Nasa que trabalhou no estudo junto de Whelley e Novak. \u201cEstamos, de fato, vendo o que esper\u00e1vamos e aquele foi o momento mais empolgante pra mim\u201d. Ele ainda afirmou que a pesquisa tamb\u00e9m foi capaz de determinar o n\u00famero de explos\u00f5es necess\u00e1rias para produzir tanto material.<\/p>\n\n\n\n<p>A \u00fanica d\u00favida n\u00e3o respondida no paper \u00e9: como a regi\u00e3o de Arabia Terra apresenta v\u00e1rios exemplares do mesmo tipo de supervulc\u00e3o? Outras \u00e1reas de Marte \u2013 e at\u00e9 mesmo cong\u00eaneres menores na Terra \u2013 geralmente apresentam diversas naturezas. O maior vulc\u00e3o do planeta vermelho,\u00a0<em>Olympus Mons<\/em>, \u00e9 do tipo \u201cescudo\u201d, ou seja, ele drena\u00a0a lava\u00a0que desce por suas encostas, sem explodir.<\/p>\n\n\n\n<p>Arabia Terra, por\u00e9m, s\u00f3 tem vulc\u00f5es explosivos.<\/p>\n\n\n\n<p>Uma tese \u00e9 a de que as movimenta\u00e7\u00f5es geol\u00f3gicas de Marte n\u00e3o tenham sido suficientes para separar esses indiv\u00edduos super explosivos, como cientistas afirmar que pode ter acontecido na Terra. Hoje, o nosso maior super vulc\u00e3o \u00e9 o&nbsp;<em>Mauna Loa<\/em>, no Hava\u00ed. Mas h\u00e1 quem afirme que, em tempos antigos, ele n\u00e3o estava sozinho, e seus irm\u00e3os foram quebrados em vers\u00f5es menores ou se erodiram por completo com o afastamento continental promovido pelas nossas falhas geol\u00f3gicas.<\/p>\n\n\n\n<p>Para sabermos isso com exatid\u00e3o, por\u00e9m, mais pesquisas ser\u00e3o necess\u00e1rias: \u201cas pessoas v\u00e3o olhar para o nosso paper e dizer \u2018Como Marte consegue fazer isso? Como um \u2018planetinha\u2019 derreter tanta rocha para alimentar a energia de milhares de super erup\u00e7\u00f5es em um s\u00f3 lugar?\u2019\u201d, disse Richardson. \u201cEu espero que esses questionamentos incentivem a condu\u00e7\u00e3o de muitos estudos\u201d.<\/p>\n\n\n\n<p>Fonte: Olhar Digital<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"<div class=\"mh-excerpt\"><p>O\u00a0clima\u00a0de Marte pode ter passado por diversas eras de gelo, enfrentando altera\u00e7\u00f5es massivas causadas por \u201csuper erup\u00e7\u00f5es\u201d ocorridas durante um intervalo de tempo. <a class=\"mh-excerpt-more\" href=\"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/17\/173618-estudo-mostra-que-super-erupcoes-alteraram-o-clima-de-marte-ha-bilhoes-de-anos.html\" title=\"Estudo mostra que \u201csuper erup\u00e7\u00f5es\u201d alteraram o clima de Marte h\u00e1 bilh\u00f5es de anos\"><\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":173619,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[1758,1295,3189],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173618"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=173618"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173618\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":173621,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173618\/revisions\/173621"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/173619"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=173618"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=173618"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=173618"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}