{"id":173649,"date":"2021-09-20T19:58:04","date_gmt":"2021-09-20T22:58:04","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173649"},"modified":"2021-09-20T19:58:12","modified_gmt":"2021-09-20T22:58:12","slug":"os-fatores-que-fazem-disparar-risco-de-apagao-no-brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/20\/173649-os-fatores-que-fazem-disparar-risco-de-apagao-no-brasil.html","title":{"rendered":"Os fatores que fazem disparar risco de apag\u00e3o no Brasil"},"content":{"rendered":"\n
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Maior hidrel\u00e9trica do subsistema Sudeste, reservat\u00f3rio de Furnas est\u00e1 com 15% da sua capacidade – REUTERS<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ap\u00f3s sucessivos anos de poucas chuvas, os reservat\u00f3rios das hidrel\u00e9tricas brasileiras nas regi\u00f5es Sudeste e Sul chegaram ao m\u00eas de setembro em seu pior n\u00edvel hist\u00f3rico, abaixo mesmo do patamar de 2001,\u00a0quando o pa\u00eds enfrentou um severo racionamento de energia.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, esse cen\u00e1rio torna elevado o risco de apag\u00f5es (interrup\u00e7\u00f5es tempor\u00e1rias localizadas de fornecimento), ainda mais em momentos de picos de consumo, que ficam mais frequentes com a volta do calor.<\/p>\n\n\n\n

Enquanto no inverno o auge do consumo de energia se concentra no in\u00edcio da noite, quando escurece, com a chegada da primavera a demanda fica maior tamb\u00e9m de tarde, devido ao aumento do uso de ar condicionado.<\/p>\n\n\n\n

Os dados do Operador Nacional do Sistema El\u00e9trico (ONS) mostram que esse fen\u00f4meno j\u00e1 come\u00e7ou a ocorrer a partir do final de agosto. Na semana passada, o consumo de energia entre 15h e 16h chegou a superar a demanda da noite nos dias 13 e 14 de setembro.<\/p>\n\n\n\n

O risco de apag\u00f5es \u00e9 considerado alto porque o sistema j\u00e1 est\u00e1 operando no limite, com o acionamento de mais t\u00e9rmicas para compensar a quantidade menor de energia gerada nas hidrel\u00e9tricas e uso intenso das linhas de transmiss\u00e3o, que permitem levar energia de regi\u00f5es em que a oferta est\u00e1 menos apertada para outras em situa\u00e7\u00e3o mais cr\u00edtica. Dessa forma, a interrup\u00e7\u00e3o de abastecimento pode ocorrer tanto da gera\u00e7\u00e3o insuficiente, como da falha em algum ponto do sistema, explica o meteorologista da Climatempo Filipe Pungirum.<\/p>\n\n\n\n

“Apag\u00f5es s\u00e3o prov\u00e1veis. Hoje, estamos com pouca folga no despacho de energia, justamente por estarmos usando pr\u00f3ximo ao m\u00e1ximo das linhas que temos para transmitir energia no pa\u00eds”, ressalta.<\/p>\n\n\n\n

“Ent\u00e3o, se algum problema causar interrup\u00e7\u00e3o numa linha de transmiss\u00e3o, como n\u00e3o h\u00e1 redund\u00e2ncia (espa\u00e7o dispon\u00edvel em outra linha) nesse transporte de energia, consequentemente alguns apag\u00f5es poder\u00e3o ocorrer, principalmente nos momentos de picos de carga, em que a popula\u00e7\u00e3o consome mais energia”, acrescenta.<\/p>\n\n\n\n

O risco tamb\u00e9m \u00e9 apontado por Ana Carla Petti, presidente da consultoria MegaWhat.<\/p>\n\n\n\n

“Apesar das medidas do governo, o risco de apag\u00e3o permanece para o atendimento \u00e0 carga de ponta, aquele momento do dia em que a sociedade consome mais energia el\u00e9trica. Esse momento de ponta tem ocorrido na parte da tarde, por conta de temperatura, uso de ar condicionado, e vai at\u00e9 o in\u00edcio da noite, por volta de 18h. Principalmente o mercado Sudeste tem esse comportamento caracter\u00edstico”, nota ela.<\/p>\n\n\n\n

“Como as termel\u00e9tricas j\u00e1 est\u00e3o praticamente todas despachadas, ou seja, tudo que tem dispon\u00edvel est\u00e1 gerando, esse atendimento de ponta deveria ser feito por uma gera\u00e7\u00e3o hidrel\u00e9trica maior, a a\u00ed pode ser que em algum momento a gente n\u00e3o tenha \u00e1gua suficiente para poder atender essa demanda de ponta, porque os reservat\u00f3rios j\u00e1 est\u00e3o muito baixo. Existem n\u00edveis (m\u00ednimos dos reservat\u00f3rios) de seguran\u00e7a de opera\u00e7\u00e3o das pr\u00f3prias m\u00e1quinas”, explica.<\/p>\n\n\n\n

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Apag\u00e3o, racionamento: pior crise h\u00eddrica no pa\u00eds em 91 anos trouxe de volta ao vocabul\u00e1rio dos brasileiros termos que estavam em desuso desde 2001 – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Na noite de s\u00e1bado (18\/09), um apag\u00e3o de cerca de uma hora atingiu dezenas de cidades de Minas Gerais e Rio de Janeiro, em especial na Zona da Mata e na Regi\u00e3o dos Lagos. Segundo nota do ONS, a interrup\u00e7\u00e3o foi causada por uma falha em uma subesta\u00e7\u00e3o de Furnas.<\/p>\n\n\n\n

“O ONS avaliar\u00e1 as causas da ocorr\u00eancia junto aos agentes envolvidos. Vale ressaltar que o epis\u00f3dio n\u00e3o tem rela\u00e7\u00e3o com a crise h\u00eddrica do pa\u00eds”, diz ainda o comunicado.<\/p>\n\n\n\n

Reservat\u00f3rios com 18% da capacidade no Sudeste<\/h2>\n\n\n\n

A crise h\u00eddrica \u00e9 considerada a pior em 91 anos, segundo especialistas e o pr\u00f3prio Minist\u00e9rio de Minas e Energia. A situa\u00e7\u00e3o \u00e9 especialmente grave no Sudeste, a regi\u00e3o que responde por 70% da energia produzida no pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

Segundo dados do ONS, o volume \u00fatil \u2014 quantidade de \u00e1gua que pode ser usada para gera\u00e7\u00e3o de energia \u2014 dos reservat\u00f3rios que integram o subsistema das regi\u00f5es Sudeste e Centro-Oeste est\u00e1 em apenas 18% da sua capacidade m\u00e1xima, segundo o boletim de s\u00e1bado (18\/09). \u00c9 o pior resultado j\u00e1 registrado para setembro. Um ano atr\u00e1s, o volume \u00fatil desse subsistema era de 32,9%, quase o dobro do atual.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 em setembro de 2001, quando o governo teve que impor medidas dr\u00e1sticas de racionamento \u00e0 popula\u00e7\u00e3o e a empresas para reduzir a demanda, a capacidade dos reservat\u00f3rios estava em 20,7%. Naquele ano, consumidores que ultrapassassem determinado patamar de consumo de energia tinham que pagar multas, e at\u00e9 a ilumina\u00e7\u00e3o p\u00fablica nas ruas foi reduzida em diversos estados.<\/p>\n\n\n\n

A situa\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 preocupante no subsistema Sul, em que os reservat\u00f3rios est\u00e3o com capacidade m\u00e9dia de 30%. J\u00e1 no Nordeste e Norte o cen\u00e1rio \u00e9 mais confort\u00e1vel (44% e 64,5%, respectivamente).<\/p>\n\n\n\n

A expectativa \u00e9 que os reservat\u00f3rios devem continuar secando at\u00e9 novembro, quando come\u00e7a a temporada de chuvas na maior parte do pa\u00eds.<\/p>\n\n\n\n

Durante audi\u00eancia p\u00fablica na C\u00e2mara dos Deputados no final de junho, o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, disse que os reservat\u00f3rios do subsistema Sudeste e Centro-Oeste devem chegar, em m\u00e9dia, a 10% da sua capacidade em novembro com as medidas adotadas pelo governo para estimular a redu\u00e7\u00e3o de consumo e usar outras fontes de energia, n\u00edvel que ainda seria suficiente para as hidrel\u00e9tricas seguirem operando.<\/p>\n\n\n\n

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Hidrel\u00e9tricas do Sudeste respondem por cerca de 70% da energia produzida no pa\u00eds – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Com a volta da temporada chuvosa, os reservat\u00f3rios devem voltar a subir no final do ano, mas a proje\u00e7\u00e3o de meteorologistas \u00e9 que a quantidade de chuva deve ficar novamente abaixo da m\u00e9dia hist\u00f3rica, sendo insuficiente para uma recupera\u00e7\u00e3o satisfat\u00f3ria.<\/p>\n\n\n\n

A mudan\u00e7a clim\u00e1tica aumenta o risco de clima quente e seco. Nem todas as secas se devem \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, mas ambientalistas apontam que o excesso de calor na atmosfera est\u00e1 tirando mais umidade da terra e piorando as secas.<\/p>\n\n\n\n

A economista e professora do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de S\u00e3o Paulo (USP), Virginia Parente, explica que os reservat\u00f3rios das hidrel\u00e9tricas brasileiras foram projetados para aguentar alguns anos de chuvas abaixo da m\u00e9dia. O problema, diz, \u00e9 que as secas t\u00eam sido muito severas, ao mesmo tempo que o consumo de energia e \u00e1gua no pa\u00eds cresceu muito ao longo das d\u00e9cadas.<\/p>\n\n\n\n

Diferen\u00e7as em rela\u00e7\u00e3o a 2001<\/h2>\n\n\n\n

Se a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 pior que h\u00e1 duas d\u00e9cadas, por que, ao menos por enquanto, n\u00e3o houve um racionamento da mesma dimens\u00e3o daquele ano?<\/p>\n\n\n\n

Ap\u00f3s a crise de 2001, o pa\u00eds adotou medidas para reduzir esse risco, como aumentar a conex\u00e3o do sistema com mais linhas de transmiss\u00e3o. Isso permite distribuir melhor a energia de uma regi\u00e3o que esteja com mais oferta para outra, em que a gera\u00e7\u00e3o esteja insuficiente. Al\u00e9m disso, tamb\u00e9m houve aumento da oferta de outros tipos de eletricidade, com mais gera\u00e7\u00e3o de energia t\u00e9rmica, solar e e\u00f3lica.<\/p>\n\n\n\n

Hoje, os mercados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, em que a situa\u00e7\u00e3o \u00e9 mais cr\u00edtica, est\u00e3o sendo em parte abastecidos por energia produzida no Nordeste, onde os reservat\u00f3rios das hidrel\u00e9tricas est\u00e3o mais cheios e h\u00e1 tamb\u00e9m gera\u00e7\u00e3o relevante de energia e\u00f3lica.<\/p>\n\n\n\n

A situa\u00e7\u00e3o, por\u00e9m, n\u00e3o \u00e9 confort\u00e1vel porque, ao mesmo tempo que ampliou-se a gera\u00e7\u00e3o e a transmiss\u00e3o de energia no pa\u00eds, tamb\u00e9m houve aumento do consumo nas \u00faltimas duas d\u00e9cadas, destaca Filipe Pungirum.<\/p>\n\n\n\n

Governo deveria ter adotado racionamento?<\/h2>\n\n\n\n

O baixo n\u00edvel dos reservat\u00f3rios \u00e9 especialmente preocupante porque as hidrel\u00e9tricas representam 65% da capacidade de gera\u00e7\u00e3o de energia do pa\u00eds. Por isso, o governo j\u00e1 adotou uma s\u00e9rie de medidas para tentar reduzir a demanda e, ao mesmo tempo, aumentar a oferta de outras fontes geradoras \u2014 a\u00e7\u00f5es que alguns especialistas ainda consideram insuficientes.<\/p>\n\n\n\n

Uma dessas medidas foi o aumento do uso de t\u00e9rmicas \u2014 como o custo delas \u00e9 maior que das hidrel\u00e9tricas, isso aumentou a conta de luz no pa\u00eds, o que acaba tendo o efeito de desestimular o consumo. Segundo o IPCA, principal \u00edndice de pre\u00e7os do IBGE, a conta de luz ficou em m\u00e9dia 21% mais cara no pa\u00eds nos \u00faltimos 12 meses encerrados em agosto, mais que o dobro da infla\u00e7\u00e3o geral (9,68%).<\/p>\n\n\n\n

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Ministro Bento Albuquerque sugeriu redu\u00e7\u00e3o no consumo da energia com menor uso de ‘chuveiros el\u00e9tricos, condicionadores de ar e ferros de passar’ – REPRODU\u00c7\u00c3O<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Al\u00e9m disso, o Minist\u00e9rio de Minas e Energia tamb\u00e9m lan\u00e7ou a partir deste m\u00eas um programa de desconto na conta de luz para quem reduzir seu consumo, com objetivo de provocar uma redu\u00e7\u00e3o de 15% na demanda entre setembro e dezembro.<\/p>\n\n\n\n

Tamb\u00e9m foi editado um decreto em agosto com a\u00e7\u00f5es para os \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos federais consumirem de 10% a 20% menos energia de setembro a abril de 2022. Outra provid\u00eancia foi aumentar a importa\u00e7\u00e3o de energia da Argentina e do Uruguai.<\/p>\n\n\n\n

Para o engenheiro Edvaldo Santana, diretor da Ag\u00eancia Nacional de Energia El\u00e9trica (Aneel) entre 2005 e 2013, o governo deveria ter feito mais, adotando uma estrat\u00e9gia de racionamento a partir de julho para evitar os riscos de apag\u00f5es agora. Na sua vis\u00e3o, isso n\u00e3o foi feito por temor do impacto eleitoral da medida.<\/p>\n\n\n\n

“Desde que o PSDB perdeu a elei\u00e7\u00e3o (de 2002 para o PT) por causa do racionamento (no governo Fernando Henrique Cardoso), os governos consideram melhor o consumidor gastar mais (com energia das t\u00e9rmicas) do que fazer um racionamento”, ressalta.<\/p>\n\n\n\n

“O racionamento n\u00e3o sai em menos de 60 dias. Primeiro tem que planejar, depois as pessoas t\u00eam que entender (como funciona). Como a temporada seca est\u00e1 terminando, n\u00e3o faz mais sentido fazer. Agora \u00e9 esperar o que vai acontecer”, disse ainda.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 a professora da USP Virginia Parente diz que o governo falha em n\u00e3o fazer campanhas maiores para conscientizar a popula\u00e7\u00e3o a economizar energia e luz, ou em estabelecer melhores acordos bilaterais para uso de energia dos pa\u00edses vizinhos. Ela discorda, por\u00e9m, que deveria ter sido feito um racionamento antes.<\/p>\n\n\n\n

“O racionamento tem um custo muito grande, causa sofrimento e desemprego. Se uma f\u00e1brica s\u00f3 vai poder gastar 80% ou 70% da energia, por exemplo, ela vai dispensar os funcion\u00e1rios parte dos dias e vai produzir menos, vender menos”, nota ela.<\/p>\n\n\n\n

“A empresa vai ent\u00e3o negociar para reduzir o sal\u00e1rio dos funcion\u00e1rios, eles v\u00e3o ter menos grana pra comprar outros produtos, as outras empresas v\u00e3o vender menos pra eles e o PIB do Brasil vai afundar”, refor\u00e7a.<\/p>\n\n\n\n

Por outro lado, a professora lembra que apag\u00f5es, ainda que localizados em apenas algumas partes do pa\u00eds, tamb\u00e9m podem causar grandes preju\u00edzos.<\/p>\n\n\n\n

“Os momentos de pico de consumo s\u00e3o perigosos, com maior probabilidade de ter apaguinhos de dura\u00e7\u00f5es variadas. A gente corre esse risco e \u00e9 bem grave, porque se voc\u00ea estiver em casa trabalhando no seu computador, a bateria aguenta um tempo. Mas, se voc\u00ea for uma ind\u00fastria de cer\u00e2mica que precisa apagar seu forno, voc\u00ea estraga toda a produ\u00e7\u00e3o do dia. Pequenos apaguinhos da ind\u00fastria podem fazer grandes estragos”, nota ela.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Ap\u00f3s sucessivos anos de poucas chuvas, os reservat\u00f3rios das hidrel\u00e9tricas brasileiras nas regi\u00f5es Sudeste e Sul chegaram ao m\u00eas de setembro em seu pior n\u00edvel hist\u00f3rico. <\/a><\/p>\n<\/div>","protected":false},"author":3,"featured_media":173650,"comment_status":"closed","ping_status":"closed","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[4],"tags":[35,432,2894],"_links":{"self":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173649"}],"collection":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/users\/3"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=173649"}],"version-history":[{"count":1,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173649\/revisions"}],"predecessor-version":[{"id":173654,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/173649\/revisions\/173654"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media\/173650"}],"wp:attachment":[{"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=173649"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=173649"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"http:\/\/localhost\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=173649"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}