{"id":173747,"date":"2021-09-23T11:59:23","date_gmt":"2021-09-23T14:59:23","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173747"},"modified":"2021-09-23T11:59:26","modified_gmt":"2021-09-23T14:59:26","slug":"poluicao-do-ar-mata-7-milhoes-de-pessoas-por-ano-estima-oms","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/23\/173747-poluicao-do-ar-mata-7-milhoes-de-pessoas-por-ano-estima-oms.html","title":{"rendered":"Polui\u00e7\u00e3o do ar mata 7 milh\u00f5es de pessoas por ano, estima OMS"},"content":{"rendered":"\n
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Polui\u00e7\u00e3o do ar mata 7 milh\u00f5es de pessoas por ano, estima OMS (Foto: Photoholgic\/Unsplash)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A\u00a0polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica\u00a0j\u00e1 \u00e9 respons\u00e1vel por 7 milh\u00f5es de mortes prematuras por ano em todo o mundo, sendo mais de 300 mil na regi\u00e3o das Am\u00e9ricas, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira (22) pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS), que atualizou suas diretrizes para a\u00a0qualidade do ar\u00a0pela primeira vez desde 2005.<\/p>\n\n\n\n

De l\u00e1 para c\u00e1, um corpo robusto de evid\u00eancias cient\u00edficas compiladas pelo \u00f3rg\u00e3o indicam que os impactos da polui\u00e7\u00e3o do ar sobre a\u00a0sa\u00fade\u00a0humana se tornaram t\u00e3o graves quanto aqueles associados a problemas como\u00a0tabagismo\u00a0e\u00a0dietas n\u00e3o-saud\u00e1veis. Por esse motivo, as novas recomenda\u00e7\u00f5es do \u00f3rg\u00e3o sugerem limites mais restritivos para a emiss\u00e3o desses inimigos invis\u00edveis\u00a0\u2014 os chamados \u201cpoluentes cl\u00e1ssicos\u201d.<\/p>\n\n\n\n

Formado pelos principais poluentes atmosf\u00e9ricos, esse grupo inclui as\u00a0part\u00edculas transportadas pelo ar (PM), o oz\u00f4nio (O\u2083), o di\u00f3xido de nitrog\u00eanio (NO\u2082), o di\u00f3xido de enxofre (SO\u2082) e o mon\u00f3xido de carbono (CO). Com base em seis revis\u00f5es sistem\u00e1ticas que consideraram mais de 500 artigos, todos os limiares de refer\u00eancia que se referem a emiss\u00e3o dessas subst\u00e2ncias foram ajustados para baixo pelas novas Diretrizes Globais de Qualidade do Ar (AQGs).<\/p>\n\n\n\n

A exposi\u00e7\u00e3o a longo prazo a esses poluentes impacta diferentes aspectos da sa\u00fade. Entre as crian\u00e7as, por exemplo, a exposi\u00e7\u00e3o excessiva a esses poluentes pode afetar o desenvolvimento dos pulm\u00f5es, causar infec\u00e7\u00f5es respirat\u00f3rias e agravar a\u00a0asma. A doen\u00e7a card\u00edaca isqu\u00eamica e o\u00a0derrame cerebral, por sua vez, s\u00e3o as causas mais frequentes de mortes prematuras atribu\u00eddas \u00e0 polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica entre os adultos. E mais: de acordo com a OMS, tamb\u00e9m est\u00e3o surgindo evid\u00eancias de que os poluentes podem estar na origem de casos de doen\u00e7as neurodegenerativas e\u00a0diabetes.<\/p>\n\n\n\n

O \u00f3rg\u00e3o internacional chama aten\u00e7\u00e3o particularmente para os riscos associados aos materiais particulados (PM), gerados principalmente pela\u00a0combust\u00e3o de combust\u00edveis f\u00f3sseis\u00a0em diferentes setores, como transporte, energia, ind\u00fastria e agricultura. Min\u00fascula o suficiente para atravessar os pulm\u00f5es, uma dessas part\u00edculas, a chamada PM 2.5, que \u00e9 menor do que 2,5 m\u00edcrons de di\u00e2metros (20 vezes menor do que um \u00fanico gr\u00e3o de areia), pode at\u00e9 adentrar a corrente sangu\u00ednea, causando danos cardiovasculares e respirat\u00f3rios. Em 2019, mais de 90% da popula\u00e7\u00e3o global vivia em \u00e1reas onde as concentra\u00e7\u00f5es desse material particulado excediam a diretriz de qualidade do ar da OMS de 2005.<\/p>\n\n\n\n

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Gr\u00e1fico compara as Diretrizes Globais de Qualidade do Ar (AQGs) da OMS para os “chamados poluentes cl\u00e1ssicos” em 2005 e os atuais (Foto: OMS)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

\u201cO ar puro deve ser um direito humano fundamental e uma condi\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria para\u00a0sociedades\u00a0saud\u00e1veis \u200b\u200be produtivas\u201d, defende Hans Henri P. Kluge, diretor regional da ag\u00eancia para a Europa. \u201cNo entanto, apesar de algumas melhorias na qualidade do ar nas \u00faltimas tr\u00eas d\u00e9cadas, milh\u00f5es de pessoas continuam a morrer prematuramente, frequentemente afetando as popula\u00e7\u00f5es mais vulner\u00e1veis \u200b\u200be marginalizadas\u201d, avalia o m\u00e9dico,\u00a0em comunicado.<\/p>\n\n\n\n

Embora a polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica seja uma amea\u00e7a \u00e0\u00a0sa\u00fade\u00a0em todos os pa\u00edses, a entidade refor\u00e7a que as na\u00e7\u00f5es de m\u00e9dia e baixa renda s\u00e3o atingidas com mais for\u00e7a. Para o \u00f3rg\u00e3o, isso \u00e9 uma consequ\u00eancia direta do avan\u00e7o do\u00a0crescimento das cidades\u00a0e do desenvolvimento econ\u00f4mico baseado na combust\u00e3o de combust\u00edveis f\u00f3sseis.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com a ag\u00eancia, das 7 milh\u00f5es de mortes anualmente causadas pela polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica, mais de 2 milh\u00f5es est\u00e3o concentradas no\u00a0sudeste da \u00c1sia. A regi\u00e3o \u00e9 seguida pelo Pac\u00edfico Ocidental (mais de 2 milh\u00f5es), a \u00c1frica (1 milh\u00e3o), o Mediterr\u00e2neo Oriental (500 mil), a Europa (500 mil) e as Am\u00e9ricas (mais de 300 mil).<\/p>\n\n\n\n

Melhorar a qualidade do ar traz benef\u00edcios n\u00e3o s\u00f3 \u00e0 sa\u00fade das popula\u00e7\u00f5es, mas tamb\u00e9m ao combate global \u00e0s\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, e vice-versa. Segundo a OMS, a polui\u00e7\u00e3o e as altera\u00e7\u00f5es no clima impulsionadas pelas atividades humanas representam, juntas, as maiores amea\u00e7as ambientais \u00e0 sa\u00fade humana.<\/p>\n\n\n\n

Se os pa\u00edses adotarem as novas diretrizes, o \u00f3rg\u00e3o estima que as mortes relacionadas \u00e0s part\u00edculas PM 2.5, por exemplo, seriam reduzidas em quase 80%. \u201cAs novas Diretrizes de Qualidade do Ar da OMS s\u00e3o uma ferramenta pr\u00e1tica e baseada em evid\u00eancias para melhorar a qualidade do ar do qual toda a vida depende”, avalia Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. “Exorto todos os pa\u00edses e todos aqueles que lutam para proteger nosso\u00a0meio ambiente\u00a0a coloc\u00e1-los em uso para reduzir o sofrimento e salvar vidas\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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