{"id":173837,"date":"2021-09-27T17:37:45","date_gmt":"2021-09-27T20:37:45","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173837"},"modified":"2021-09-27T17:37:47","modified_gmt":"2021-09-27T20:37:47","slug":"por-que-a-cor-azul-e-rara-na-natureza","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/27\/173837-por-que-a-cor-azul-e-rara-na-natureza.html","title":{"rendered":"Por que a cor azul \u00e9 rara na natureza?"},"content":{"rendered":"\n
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DennisJacobsen\/envato<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Pode parecer que a cor azul \u00e9 bastante presente na natureza, por causa do c\u00e9u e do oceano. No entanto, n\u00e3o \u00e9 bem assim. Entre os seres vivos, como animais e plantas, e at\u00e9 mesmo entre os min\u00e9rios, a cor azul \u00e9 de uma raridade sem igual. Mas qual seria a raz\u00e3o? \u00c9 isso que os especialistas buscam descobrir.<\/p>\n\n\n\n

De acordo com o escritor cient\u00edfico Kai Kupferschmidt, autor de Blue: In Search of Nature’s Rarest Color<\/strong>, somos capazes de ver as cores porque cada um de nossos olhos cont\u00e9m milh\u00f5es de c\u00e9lulas sens\u00edveis \u00e0 luz, que tamb\u00e9m s\u00e3o sens\u00edveis a um determinado comprimento de onda de luz: vermelho, verde ou azul. As informa\u00e7\u00f5es dessas c\u00e9lulas chegam ao nosso c\u00e9rebro como sinais el\u00e9tricos que comunicam todos os tipos de luz refletida pelo que vemos, que s\u00e3o ent\u00e3o interpretadas como diferentes tons de cor.<\/p>\n\n\n\n

Assim, quando se v\u00ea uma flor azul, por exemplo, ela \u00e9 vista assim porque absorve a parte vermelha do espectro. Na pr\u00e1tica, a flor parece azul porque essa cor \u00e9 a parte do espectro que ela “rejeitou”. Dito isso, no espectro vis\u00edvel, o vermelho tem comprimentos de onda longos, o que significa que tem energia muito baixa em compara\u00e7\u00e3o com outras cores. Para uma flor parecer azul, “ela precisa ser capaz de produzir uma mol\u00e9cula que possa absorver quantidades muito pequenas de energia”, a fim de absorver a parte vermelha do espectro. A gera\u00e7\u00e3o dessas mol\u00e9culas, que s\u00e3o grandes e complexas, \u00e9 dif\u00edcil para as plantas, e \u00e9 por isso que as flores azuis s\u00e3o produzidas por menos de 10% das quase 300 mil esp\u00e9cies de plantas com flores do mundo.<\/p>\n\n\n\n

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Azul \u00e9 uma cor rara entre os seres vivos (Imagem: macropixel\/envato)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Quanto aos minerais, suas estruturas cristalinas interagem com \u00edons para determinar quais partes do espectro s\u00e3o absorvidas e quais s\u00e3o refletidas. O mineral l\u00e1pis-laz\u00fali, que produz o raro pigmento azul ultramarino, cont\u00e9m \u00edons trissulfeto (tr\u00eas \u00e1tomos de enxofre unidos dentro de uma rede de cristal) que podem liberar ou ligar-se a um \u00fanico el\u00e9tron.<\/p>\n\n\n\n

J\u00e1 no que diz respeito aos animais, a cor azul n\u00e3o vem de pigmentos qu\u00edmicos. Em vez disso, eles contam com a f\u00edsica para criar uma apar\u00eancia azul. As borboletas de asas azuis do g\u00eanero Morpho, por exemplo, t\u00eam nanoestruturas intrincadas em camadas em suas asas, que manipulam camadas de luz para que algumas cores se cancelem e apenas o azul seja refletido. Efeito semelhante ocorre em estruturas encontradas nas penas de gaios-azuis e nos an\u00e9is brilhantes dos\u00a0venenosos\u00a0polvos-de-an\u00e9is-azuis. A plumagem azul brilhante dos p\u00e1ssaros, como a das araras-azuis, obt\u00e9m sua cor n\u00e3o de pigmentos, mas de estruturas nas penas que dispersam a luz.<\/p>\n\n\n\n

No ano passado, um\u00a0estudo\u00a0do Instituto de Qu\u00edmica da Universidade de S\u00e3o Paulo (IQ-USP) publicado na revista cient\u00edfica Science Advances, criou uma mat\u00e9ria-prima at\u00f3xica e renov\u00e1vel genuinamente azul, a partir do pigmento da beterraba, a betanina. Normalmente, a cor da beterraba aparece porque o pigmento reflete a luz vermelha quando iluminado com luz branca. Os pesquisadores perceberam que a estrutura da betanina poderia ser modificada para obter uma nova mol\u00e9cula azul, e deu certo na primeira tentativa.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Canaltech<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"