{"id":173894,"date":"2021-09-29T10:05:52","date_gmt":"2021-09-29T13:05:52","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173894"},"modified":"2021-09-29T10:05:54","modified_gmt":"2021-09-29T13:05:54","slug":"o-que-acontece-depois-da-erupcao-de-um-vulcao","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/09\/29\/173894-o-que-acontece-depois-da-erupcao-de-um-vulcao.html","title":{"rendered":"O que acontece depois da erup\u00e7\u00e3o de um vulc\u00e3o"},"content":{"rendered":"\n
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Casa sendo destru\u00edda pelo fogo em La Palma – REUTERS<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Seja por curiosidade cient\u00edfica, seja porque o Brasil tem a sorte de n\u00e3o ter vulc\u00f5es ativos, h\u00e1 muitas d\u00favidas sobre o que acontece depois de uma erup\u00e7\u00e3o.<\/strong><\/p>\n\n\n\n

No imagin\u00e1rio popular est\u00e1 aquela ideia, aprendida na escola, de que solo de origem vulc\u00e2nica \u00e9 mais f\u00e9rtil. Por outro lado, cenas de lava destruindo tudo, como o que estamos vendo agora em La Palma, nas Ilhas Can\u00e1rias, territ\u00f3rio espanhol na costa noroeste da \u00c1frica, deixam clara a pot\u00eancia dessa trag\u00e9dia natural.<\/p>\n\n\n\n

O primeiro ponto a ser analisado \u00e9 quanto tempo leva uma erup\u00e7\u00e3o. “H\u00e1 muitas vari\u00e1veis, e a principal \u00e9 saber quanto de magma tem embaixo do vulc\u00e3o, pois \u00e9 esse magma que alimenta a erup\u00e7\u00e3o. Ele fica armazenado em grandes bols\u00f5es subterr\u00e2neos”, explica a ge\u00f3loga e vulcan\u00f3loga Carla Barreto, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) \u2014 ela coordena o perfil no Instagram @vulcoeseviagens, cujos posts s\u00e3o feitos em conjunto com seus estudantes.<\/p>\n\n\n\n

Al\u00e9m da quantidade de magma, para uma erup\u00e7\u00e3o se manter \u00e9 preciso ficar aberta a passagem para a sa\u00edda da lava. Ou, como explica o pesquisador Jos\u00e9 Manuel Pacheco, diretor do Instituto de Investiga\u00e7\u00e3o em Vulcanologia e Avalia\u00e7\u00e3o de Riscos da Universidade dos A\u00e7ores, em Portugal, \u00e9 necess\u00e1ria “a preserva\u00e7\u00e3o do sistema de alimenta\u00e7\u00e3o do vulc\u00e3o, de modo que o magma continue a ter acesso \u00e0 superf\u00edcie”.<\/p>\n\n\n\n

Mas h\u00e1 outros fatores que tamb\u00e9m pesam nessa conta. Por exemplo, a localiza\u00e7\u00e3o do vulc\u00e3o, ou seja, se est\u00e1 num limite de placa tect\u00f4nica ou no meio de uma delas.<\/p>\n\n\n\n

“Normalmente n\u00e3o influencia, mas h\u00e1 um impacto na imagem a forma do vulc\u00e3o, ou seja, se \u00e9 c\u00f4nico, sim\u00e9trico, causa um tipo de erup\u00e7\u00e3o; se \u00e9 uma fissura no ch\u00e3o, a forma como o magma \u00e9 expelido \u00e9 diferente”, comenta Barreto. Ela faz uma analogia: quando a erup\u00e7\u00e3o come\u00e7a, \u00e9 como uma garrafa de refrigerante sendo aberta. “Causa uma pequena explos\u00e3o e, depois, saem as lavas”, diz a pesquisadora.<\/p>\n\n\n\n

“\u00c9 muito dif\u00edcil dizer isso [quanto tempo dura uma erup\u00e7\u00e3o]. Alguns ficam por anos, d\u00e9cadas, centenas de anos, at\u00e9 dois mil\u00eanios\u2026”, comenta a ge\u00f3loga, astr\u00f4noma e vulcan\u00f3loga Rosaly Lopes-Gautier, cientista da Nasa, a ag\u00eancia espacial americana.<\/p>\n\n\n\n

“No caso das Ilhas Can\u00e1rias, a probabilidade \u00e9 que n\u00e3o seja uma erup\u00e7\u00e3o ativa por muito tempo. Deve durar quest\u00e3o de semanas, talvez meses. N\u00e3o anos.” Ela explica que para estimar isso \u00e9 preciso olhar para “erup\u00e7\u00f5es do passado” e comparar as caracter\u00edsticas.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 o que faz o pesquisador Ben Ireland, vulcan\u00f3logo pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, e autor do perfil @BensVolcanology no Twitter. Para estimar o tempo de dura\u00e7\u00e3o da atual erup\u00e7\u00e3o, ele recorre a 1971.<\/p>\n\n\n\n

“A \u00faltima erup\u00e7\u00e3o em La Palma durou 20 dias. No entanto, a atual erup\u00e7\u00e3o j\u00e1 parece que ser\u00e1 muito maior do que a anterior e, portanto, deve durar mais tempo. Normalmente, esse estilo de erup\u00e7\u00e3o se arrasta, em uma escala de tempo, por semanas a meses”, pontua.<\/p>\n\n\n\n

O vulcan\u00f3logo Pacheco crava algo semelhante. “A maioria das erup\u00e7\u00f5es \u00e0 superf\u00edcie do planeta dura entre um e seis meses. No caso de La Palma, as \u00faltimas erup\u00e7\u00f5es tiveram dura\u00e7\u00f5es entre tr\u00eas semanas e tr\u00eas meses. Nesta, \u00e9 de se esperar comportamento semelhante”, diz.<\/p>\n\n\n\n

H\u00e1 outras nuances que precisam ser observadas, como salienta o ge\u00f3logo Hugo C\u00e1ssio Rocha, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie. “N\u00e3o \u00e9 uma tarefa simples prever a erup\u00e7\u00e3o de um vulc\u00e3o com grande anteced\u00eancia e nem o tempo que durar\u00e1. Em geral, isso \u00e9 feito analisando o aumento de frequ\u00eancia das atividades s\u00edsmica, os tremores. \u00c0 medida que ficam mais frequentes, indicam aumento de movimento e press\u00f5es em profundidade e movimenta\u00e7\u00f5es de magma”, afirma ele.<\/p>\n\n\n\n

“Depende tamb\u00e9m da composi\u00e7\u00e3o do magma”, completa. Isso porque magmas mais \u00e1cidos ou gran\u00edticos, ou seja, com maior teor de sil\u00edcio, tendem a se comportar de forma que os eventos sejam mais r\u00e1pidos e violentos \u2014 porque a lava flui menos. “J\u00e1 vulc\u00f5es de magma bas\u00e1ltico t\u00eam a lava mais fluida e esta corre com mais facilidade. S\u00e3o t\u00edpicos de assoalho oce\u00e2nico e menos violentos, a erup\u00e7\u00e3o tende a ser mais longa”, pontua Rocha.<\/p>\n\n\n\n

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A erup\u00e7\u00e3o pode durar v\u00e1rios meses, segundo autoridades – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Terra devastada<\/h2>\n\n\n\n

Mas as imagens s\u00e3o de destrui\u00e7\u00e3o nas Ilhas Can\u00e1rias. Casas foram arrasadas e milhares de habitantes precisaram ser evacuados. E os tais rios de lava \u2014 que fluem a temperaturas na casa de 1 mil graus \u2014 avan\u00e7am por toda parte.<\/p>\n\n\n\n

“Quando ocorre uma erup\u00e7\u00e3o em uma regi\u00e3o j\u00e1 habitada, \u00e9 importante come\u00e7ar dizendo que as lavas sempre v\u00e3o ter a tend\u00eancia de ir para os locais mais baixos. Elas se deslocam como que seguindo o fluxo de um rio”, explica a vulcan\u00f3loga Barreto. E o que est\u00e1 no caminho, n\u00e3o tem jeito, acaba destru\u00eddo. “A lava invade as casas, queima a vegeta\u00e7\u00e3o, destr\u00f3i tudo o que tem”, enumera a especialista.<\/p>\n\n\n\n

“Ap\u00f3s a erup\u00e7\u00e3o, a regi\u00e3o afetada pela lava fica como rocha, como o ambiente ‘lunar’. Toda a vegeta\u00e7\u00e3o \u00e9 queimada, as estruturas, destru\u00eddas”, diz o professor Rocha. “A curto prazo, o local fica, sim, inutilizado. Com o passar do tempo, a rocha [de forma\u00e7\u00e3o vulc\u00e2nica], que \u00e9 muito porosa, sofre intemperismo, ‘apodrece’ e vira solo. O tempo que isso ocorre depende da temperatura ambiente e da pluviosidade local.”<\/p>\n\n\n\n

“A \u00e1rea coberta pela lava fica inutiliz\u00e1vel para a agricultura ou pecu\u00e1ria, pois n\u00e3o h\u00e1 solo. Demorar\u00e1 muito at\u00e9 que se desenvolva um novo solo sobre a lava”, pontua Pacheco. Ele explica que, para a volta da ocupa\u00e7\u00e3o humana, tudo depende da espessura das lavas. “No caso de lavas espessas como as da erup\u00e7\u00e3o do vulc\u00e3o em La Palma, que t\u00eam de 10 a 12 metros, ser\u00e1 muito dif\u00edcil voltar a reconstruir sobre elas”, completa ele.<\/p>\n\n\n\n

Haveria problemas de estabilidade nas constru\u00e7\u00f5es, de fun\u00e7\u00f5es do solo e at\u00e9 mesmo para a liga\u00e7\u00e3o a infraestruturas como \u00e1gua, luz e esgoto \u2014 enumera o especialista. “No entanto, \u00e9 poss\u00edvel reconstruir infraestruturas como a rede vi\u00e1ria, a partir do momento em que a escoada esteja j\u00e1 suficientemente fria para permitir uma interven\u00e7\u00e3o”, diz.<\/p>\n\n\n\n

O vulcan\u00f3logo Ireland frisa que esse resfriamento pode “levar meses, se os fluxos forem intensos”. “Muitas vezes, quando a erup\u00e7\u00e3o termina, as pessoas n\u00e3o t\u00eam como voltar para suas casas. Elas foram queimadas, arrasadas. Elas n\u00e3o t\u00eam para onde voltar”, acrescenta Barreto.<\/p>\n\n\n\n

Nesses casos, o mais comum \u00e9 que novos assentamentos sejam constru\u00eddos em outros lugares, dadas as dificuldades de reocupar o mesmo espa\u00e7o. “O solo [banhado pela lava] fica completamente arrasado e leva muito tempo para que novas habita\u00e7\u00f5es sejam constru\u00eddas ali”, pontua Barreto. “O relevo fica todo irregular e aplainar n\u00e3o \u00e9 f\u00e1cil, pois \u00e9 rocha.”<\/p>\n\n\n\n

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A erup\u00e7\u00e3o do vulc\u00e3o Cumbre Vieja j\u00e1 destruiu centenas de casas – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Riscos<\/h2>\n\n\n\n

Mas al\u00e9m desses inconvenientes, digamos, estruturais, h\u00e1 outros fatores que dificultam a volta da popula\u00e7\u00e3o a uma regi\u00e3o afetada por uma erup\u00e7\u00e3o vulc\u00e2nica. Principalmente porque a \u00e1rea fica repleta de gases t\u00f3xicos.<\/p>\n\n\n\n

“S\u00e3o toneladas de gases expelidos pelo vulc\u00e3o, dentre eles di\u00f3xido de carbono e di\u00f3xido de enxofre”, explica Barreto. “Em quantidade acima do limite aceit\u00e1vel na atmosfera, eles se tornam nocivos \u00e0s pessoas dessas regi\u00f5es, causando efeitos f\u00edsicos e mentais.” A pesquisadora conta que esses gases tamb\u00e9m contaminam a vegeta\u00e7\u00e3o e, por cadeia alimentar, os animais que comem essas plantas. Segundo ela, essa alta concentra\u00e7\u00e3o de gases pode durar anos.<\/p>\n\n\n\n

Lopes-Gautier acrescenta que h\u00e1 outro fator de risco: muitas vezes, mesmo que o vulc\u00e3o tenha cessado de expelir lava, ele continua soltando gases. E isso precisa ser monitorado, antes de uma reocupa\u00e7\u00e3o segura da regi\u00e3o. Uma vez cessada essa emiss\u00e3o de gases, eles tendem a se dissipar, principalmente pela a\u00e7\u00e3o das chuvas.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 preciso tamb\u00e9m aguardar a limpeza das cinzas. “As part\u00edculas mais finas poder\u00e3o ficar em suspens\u00e3o no ar”, lembra Pacheco. “Elas s\u00e3o irritantes para os olhos e mucosas do sistema respirat\u00f3rio e, se forem suficientemente pequenas, poder\u00e3o ser inspiradas at\u00e9 aos br\u00f4nquios ou aos alv\u00e9olos pulmonares, onde poder\u00e3o desencadear problemas de sa\u00fade.”<\/p>\n\n\n\n

Mas o maior perigo \u00e9 que haja uma nova erup\u00e7\u00e3o. Por isso, uma autoriza\u00e7\u00e3o de retorno dos habitantes precisa ser dada depois de cuidadosas an\u00e1lises. “Antes da popula\u00e7\u00e3o voltar, \u00e9 preciso ter a certeza de que realmente o vulc\u00e3o n\u00e3o est\u00e1 mais em atividade”, ressalta Lopes-Gautier. “\u00c9 necess\u00e1rio fazer muito monitoramento da atividade s\u00edsmica para saber se ele n\u00e3o est\u00e1 s\u00f3 dando uma soneca e vai come\u00e7ar [a expelir lava] de novo.”<\/p>\n\n\n\n

Tremores de terra tamb\u00e9m n\u00e3o s\u00e3o raros, nos meses subsequentes \u00e0 atividade vulc\u00e2nica. E isso precisa ser acompanhado por pesquisadores e \u00f3rg\u00e3os de defesa civil.<\/p>\n\n\n\n

“O principal risco \u00e9 outra erup\u00e7\u00e3o”, concorda Ireland. Mas ele mesmo lembra que embora as erup\u00e7\u00f5es “sejam muito destrutivas”, elas acabam sendo “rapidamente esquecidas pela popula\u00e7\u00e3o”. “Muitas casas em torno da \u00e1rea afetada costumam ser constru\u00eddas anos ap\u00f3s a erup\u00e7\u00e3o”. E isso \u00e9 o que aconteceu nas pr\u00f3prias Ilhas Can\u00e1rias, em outras ocasi\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n

Barreto conta que, em regi\u00f5es onde ocorreram erup\u00e7\u00f5es vulc\u00e2nicas recentes, tem-se buscado orientar que sejam evitadas novas casas em regi\u00f5es de relevo mais baixo, justamente para que as popula\u00e7\u00f5es fiquem protegidas de futuros jorros de lava.<\/p>\n\n\n\n

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Cerca de 6.000 pessoas precisaram deixar suas casas por causa da erup\u00e7\u00e3o – GETTY IMAGES<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Fertilidade<\/h2>\n\n\n\n

Um solo de origem vulc\u00e2nica costuma ser muito f\u00e9rtil. Isso porque o material expelido acaba trazendo uma farta riqueza de sais minerais, em um processo de “reabastecimento natural de nutrientes do solo”, como pontua a professora Barreto.<\/p>\n\n\n\n

Mas se efeito colateral positivo dos vulc\u00f5es pode ser resultado das cinzas e pequenas part\u00edculas que se espalham mesmo em regi\u00f5es que n\u00e3o foram coberto por lava, a transforma\u00e7\u00e3o das rochas decorrentes do ressecamento da lava em solo f\u00e9rtil \u00e9 um processo que pode levar muito tempo.<\/p>\n\n\n\n

\u00c9 uma degrada\u00e7\u00e3o que varia caso a caso. “Os solos nas regi\u00f5es vulc\u00e2nicas s\u00e3o ricos em minerais e, portanto, podem ser muito f\u00e9rteis”, comenta Ireland. “Leva milhares de anos para os fluxos de lava erodirem e formarem um solo fino. Para as cinzas, esse processo \u00e9 muito mais r\u00e1pido.”<\/p>\n\n\n\n

“A taxa de convers\u00e3o do solo \u00e9 muito vari\u00e1vel e depende do clima, da composi\u00e7\u00e3o das cinzas e da espessura. Por exemplo, uma camada muito fina de cinzas sobre um solo existente [sem cobertura de lava] pode se tornar solo reconstru\u00eddo em quest\u00e3o de anos”, exemplifica o pesquisador.<\/p>\n\n\n\n

Essa fertilidade, contudo, \u00e9 o principal motivo que faz com que muitas popula\u00e7\u00f5es humanas estejam vivendo em regi\u00f5es onde no passado houve atividade vulc\u00e2nica.<\/p>\n\n\n\n

“Os elementos qu\u00edmicos importantes para as plantas, nitrog\u00eanio, f\u00f3sforo, pot\u00e1ssio, c\u00e1lcio, s\u00f3dio, entre outros, s\u00e3o muito sol\u00faveis e v\u00e3o sendo levados pela \u00e1gua da chuva. O vulc\u00e3o renova o estoque deles no solo, trazendo-os das profundezas”, contextualiza o professor Rocha. “Exemplos s\u00e3o as grandes produ\u00e7\u00f5es de oliva e pistache na Sic\u00edlia [na It\u00e1lia] e na explos\u00e3o e renova\u00e7\u00e3o de vida que ocorrem em ilhas oce\u00e2nicas do Pac\u00edfico [de origem vulc\u00e2nica] que, pouco tempo ap\u00f3s atividades vulc\u00e2nicas, se recuperam rapidamente e com exuber\u00e2ncia.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: BBC<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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