{"id":173984,"date":"2021-10-05T19:31:58","date_gmt":"2021-10-05T22:31:58","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=173984"},"modified":"2021-10-05T19:32:01","modified_gmt":"2021-10-05T22:32:01","slug":"mundo-perdeu-14-de-seus-corais-em-10-anos-diz-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/10\/05\/173984-mundo-perdeu-14-de-seus-corais-em-10-anos-diz-estudo.html","title":{"rendered":"Mundo perdeu 14% de seus corais em 10 anos, diz estudo"},"content":{"rendered":"\n
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Muito da perda ocorre pelo processo de branqueamento de corais<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Um relat\u00f3rio divulgado nesta ter\u00e7a-feira (05\/10) pela Global Coral Reefs Monitoring Network (GCRMN) denuncia que cerca de 14% dos recifes de coral do mundo desapareceram entre 2009 e 2018, devido \u00e0s altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas, sobrepesca ou polui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

Intitulado Estado dos Recifes de Coral do Mundo em 2020<\/em>, o documento “fornece o quadro cient\u00edfico mais preciso at\u00e9 agora dos danos que o aumento da temperatura est\u00e1 causando aos recifes de coral em todo o mundo”, frisa a organiza\u00e7\u00e3o, em comunicado. O relat\u00f3rio da rede global de dados, que tem apoio das Na\u00e7\u00f5es Unidas, \u00e9 o maior levantamento j\u00e1 feito sobre a sa\u00fade dos corais e cobre dados de 40 anos, recolhidos em 12 mil locais em 73 pa\u00edses.<\/p>\n\n\n\n

“Os recifes de coral em todo o mundo est\u00e3o sob tens\u00e3o cont\u00ednua devido ao aquecimento relacionado com as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e outras press\u00f5es locais, tais como a pesca excessiva, o desenvolvimento costeiro insustent\u00e1vel e o decl\u00ednio da qualidade da \u00e1gua”, detalha a GCRMN.<\/p>\n\n\n\n

“Entre 2009 e 2018, o mundo perdeu quase 14% dos seus recifes de coral, o correspondente a quase 11,7 mil quil\u00f4metros quadrados de coral, uma quantidade superior a todos os corais vivos na Austr\u00e1lia”, acrescenta o texto.<\/p>\n\n\n\n

Bilh\u00f5es dependem dos recifes<\/h2>\n\n\n\n

“Embora os recifes cubram menos de 1% do fundo do oceano, s\u00e3o o lar de pelo menos um quarto de toda a vida marinha, al\u00e9m de serem um habitat crucial e fonte de prote\u00ednas e medicamentos”, acrescenta a entidade.<\/p>\n\n\n\n

Segundo a GCRMN, bilh\u00f5es de pessoas em todo o mundo “dependem deles para a alimenta\u00e7\u00e3o e prote\u00e7\u00e3o contra tempestades e eros\u00e3o”.<\/p>\n\n\n\n

Os recifes s\u00e3o respons\u00e1veis por aproximadamente 2,7 trilh\u00f5es de d\u00f3lares (R$ 14,76 trilh\u00f5es) anualmente em bens e servi\u00e7os, incluindo turismo, de acordo com o relat\u00f3rio.<\/p>\n\n\n\n

Branqueamento de corais<\/h2>\n\n\n\n

O estudo de dez regi\u00f5es de coral em todo o mundo mostrou que “os eventos de branqueamento dos corais devido ao aumento da temperatura da superf\u00edcie do mar foram o principal fator de perda de coral”.<\/p>\n\n\n\n

O branqueamento de corais \u00e9 um fen\u00f4meno que ocorre quando os corais \u2013 sob estresse provocado pela \u00e1gua mais quente \u2013 expelem as algas coloridas que vivem dentro de seus tecidos, tornando-os brancos.<\/p>\n\n\n\n

Os dados do estudo mostraram que, s\u00f3 em 1998, o branqueamento foi respons\u00e1vel pela perda de 8% dos corais do mundo.<\/p>\n\n\n\n

“Temos que agir agora”<\/h2>\n\n\n\n

“Desde 2009, perdemos mais corais em todo o mundo do que todos os corais vivos na Austr\u00e1lia”, afirma o diretor executivo do Programa das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Inger Anderson. “Podemos reverter as perdas, mas temos que agir agora.”<\/p>\n\n\n\n

Os corais do Sul da \u00c1sia, Austr\u00e1lia, Pac\u00edfico, Leste Asi\u00e1tico, Oceano \u00cdndico Ocidental, Golfo e Golfo de Om\u00e3 foram os mais atingidos.<\/p>\n\n\n\n

“As altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas s\u00e3o a maior amea\u00e7a para os recifes do mundo, e todos devemos fazer a nossa parte, limitando o mais rapidamente poss\u00edvel as emiss\u00f5es globais de gases de efeito de estufa”, afirma Paul Hardisty, coautor do estudo e diretor do Instituto Australiano de Ci\u00eancias Marinhas (AIMS).\u00a0<\/p>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio sobre os corais foi divulgado cerca de um m\u00eas antes da confer\u00eancia clim\u00e1tica COP26, que ser\u00e1 realizada no Reino Unido em novembro.<\/p>\n\n\n\n

\u201cExistem tend\u00eancias claramente perturbadoras em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 perda de corais e podemos esperar que continuem \u00e0 medida que o aquecimento persiste”, acrescenta o especialista.<\/p>\n\n\n\n

Durante o estudo, os cientistas tamb\u00e9m descobriram que houve uma recupera\u00e7\u00e3o de cerca de 2% entre os recifes de coral em 2019, indicando que eles podem ser resilientes quando recebem uma tr\u00e9gua das condi\u00e7\u00f5es adversas que enfrentam.<\/p>\n\n\n\n

“Muitos recifes de coral em todo o mundo permanecem resistentes e podem recuperar se as condi\u00e7\u00f5es o permitirem”, pondera o cientista. “O que d\u00e1 esperan\u00e7a para a sa\u00fade dos recifes de coral a longo prazo, se forem tomadas medidas imediatas.”<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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