{"id":174035,"date":"2021-10-07T12:38:05","date_gmt":"2021-10-07T15:38:05","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174035"},"modified":"2021-10-07T12:38:24","modified_gmt":"2021-10-07T15:38:24","slug":"terra-esta-escurecendo-em-razao-das-mudancas-climaticas-mostra-estudo","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/10\/07\/174035-terra-esta-escurecendo-em-razao-das-mudancas-climaticas-mostra-estudo.html","title":{"rendered":"Terra est\u00e1 escurecendo em raz\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas, mostra estudo"},"content":{"rendered":"\n
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Terra est\u00e1 escurecendo em raz\u00e3o das mudan\u00e7as clim\u00e1ticas (Foto: Nasa)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

As mudan\u00e7as no\u00a0clima\u00a0do nosso planeta est\u00e3o relacionadas \u00e0 evolu\u00e7\u00e3o simult\u00e2nea de tr\u00eas elementos principais: o efeito estufa, a intensidade do\u00a0Sol\u00a0e o albedo da Terra. Esse \u00faltimo fator, que consiste na fra\u00e7\u00e3o da radia\u00e7\u00e3o solar de ondas curtas refletida de volta para o\u00a0espa\u00e7o, tem sido analisado por um grupo de cientistas h\u00e1 anos. E, agora, eles descobriram que altera\u00e7\u00f5es no albedo est\u00e3o contribuindo para o escurecimento da Terra.<\/p>\n\n\n\n

Em estudo publicado na revista\u00a0Geophysical Research Letters<\/em>, os pesquisadores mostram que, atualmente, o\u00a0planeta\u00a0est\u00e1 refletindo menos luz (cerca de meio watt por metro quadrado) em compara\u00e7\u00e3o com o valor de duas d\u00e9cadas atr\u00e1s. Isso equivale a uma redu\u00e7\u00e3o de 0,5% na reflet\u00e2ncia da\u00a0Terra, que reflete cerca de 30% da luz solar que incide sobre ela. Trata-se de um decl\u00ednio gradual, mas climatologicamente significativo, conforme pontua o artigo.<\/p>\n\n\n\n

Para chegar a essas conclus\u00f5es, os especialistas coletaram informa\u00e7\u00f5es de sat\u00e9lite e, de 1998 a 2017, mediram o brilho da Terra (ou seja, a luz que a Terra reflete e ilumina a superf\u00edcie da\u00a0Lua) por meio do Observat\u00f3rio Solar Big Bear, nos Estados Unidos. Foi gra\u00e7as aos \u00edndices mais recentes que a tend\u00eancia de\u00a0escurecimento\u00a0ficou evidente.<\/p>\n\n\n\n

\u201cDepois de 17 anos de um albedo praticamente plano, a queda foi uma surpresa para n\u00f3s quando analisamos os \u00faltimos tr\u00eas anos de dados\u201d, diz,\u00a0em nota, Philip Goode, autor principal do trabalho e pesquisador do Instituto de\u00a0Tecnologia\u00a0de Nova Jersey, nos\u00a0EUA.<\/p>\n\n\n\n

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Em azul, as anomalias no albedo da Terra medidas pelo projeto CERES (Foto: Goode et al. (2021)\/Geophysical Research Letters)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ao investigarem a causa do fen\u00f4meno, foi poss\u00edvel concluir que a varia\u00e7\u00e3o n\u00e3o est\u00e1 ligada \u00e0s altera\u00e7\u00f5es peri\u00f3dicas no\u00a0brilho\u00a0do Sol e que, portanto, algo dentro da pr\u00f3pria Terra est\u00e1 afetando o albedo. De acordo com a pesquisa, a queda no brilho do planeta tem sido impulsionada pelas\u00a0\u00e1guas oce\u00e2nicas, que est\u00e3o cada vez mais quentes em decorr\u00eancia do aquecimento global.<\/p>\n\n\n\n

Sat\u00e9lites do projeto Ceres (Clouds and the Earth’s Radiant Energy System), da\u00a0Nasa, revelam que houve uma diminui\u00e7\u00e3o na cobertura de\u00a0nuvens\u00a0baixas, brilhantes e refletoras na regi\u00e3o leste do\u00a0Oceano Pac\u00edfico. Essa \u00e9 a mesma \u00e1rea onde foram registrados aumentos na temperatura da superf\u00edcie do mar devido \u00e0 Oscila\u00e7\u00e3o Decadal do Pac\u00edfico \u2014 condi\u00e7\u00e3o c\u00edclica com dura\u00e7\u00e3o de 20 a 30 anos na qual as \u00e1guas oce\u00e2nicas apresentam varia\u00e7\u00e3o de\u00a0temperatura\u00a0e que pode estar atrelada \u00e0s mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

O artigo tamb\u00e9m aponta para um aspecto a ser investigado com mais profundidade sobre o escurecimento da Terra: a quantidade de\u00a0energia\u00a0solar que est\u00e1 sendo captada a mais pelo nosso sistema clim\u00e1tico. Isso porque esse valor adicional na atmosfera e no oceano pode contribuir para o\u00a0aquecimento global.<\/p>\n\n\n\n

\u201c\u00c9 bastante preocupante\u201d, avalia Edward Schwieterman,\u00a0cientista\u00a0planet\u00e1rio da Universidade da Calif\u00f3rnia que n\u00e3o participou da pesquisa. Ele explica que muitos especialistas acreditavam que uma\u00a0Terra\u00a0mais quente poderia significar mais nuvens e um albedo mais alto, assim ajudando a amenizar o aquecimento e balanceando o sistema clim\u00e1tico. \u201cMas esse estudo mostra que o contr\u00e1rio \u00e9 a realidade\u201d, constata.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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