{"id":174109,"date":"2021-10-13T14:56:24","date_gmt":"2021-10-13T17:56:24","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174109"},"modified":"2021-10-13T14:56:27","modified_gmt":"2021-10-13T17:56:27","slug":"transicao-energetica-esta-lenta-demais-alerta-agencia-internacional-de-energia","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/10\/13\/174109-transicao-energetica-esta-lenta-demais-alerta-agencia-internacional-de-energia.html","title":{"rendered":"Transi\u00e7\u00e3o energ\u00e9tica est\u00e1 lenta demais, alerta Ag\u00eancia Internacional de Energia"},"content":{"rendered":"\n
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Instalar energia e\u00f3lica ou solar \u00e9 uma das maneiras apontadas pela AIE para reduzir emiss\u00f5es<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

A Ag\u00eancia Internacional de Energia (AIE ou IEA, na sigla em ingl\u00eas) alertou nesta quarta-feira (13\/10) que a transi\u00e7\u00e3o para a energia limpa est\u00e1 sendo “lenta demais” e pediu mais investimentos em fontes renov\u00e1veis \u200b\u200bpara evitar o aquecimento global e a “turbul\u00eancia” no mercado de energia.<\/p>\n\n\n\n

A pouco mais de duas semanas da abertura da c\u00fapula clim\u00e1tica COP26 das Na\u00e7\u00f5es Unidas, em Glasgow, na Esc\u00f3cia, a ag\u00eancia lan\u00e7a em seu relat\u00f3rio anual “s\u00e9rias advert\u00eancias sobre os rumos que o mundo est\u00e1 tomando” na quest\u00e3o energ\u00e9tica.<\/p>\n\n\n\n

Na COP26, os pa\u00edses ser\u00e3o pressionados para se comprometerem com a\u00e7\u00f5es decisivas para limitar o aquecimento global a 1,5 \u00b0C acima dos n\u00edveis pr\u00e9-industriais, conforme prometido no Acordo sobre o Clima de Paris em 2015.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00e3o estamos investindo o suficiente para atender \u00e0s necessidades futuras de energia, e as incertezas est\u00e3o preparando o cen\u00e1rio para um per\u00edodo vol\u00e1til \u00e0 frente”, disse o chefe da AIE, Fatih Birol. “Os benef\u00edcios sociais e econ\u00f4micos de acelerar as transi\u00e7\u00f5es para energia limpa s\u00e3o enormes, e os custos da ina\u00e7\u00e3o s\u00e3o imensos.”<\/p>\n\n\n\n

Em seu relat\u00f3rio anual World Energy Outlook <\/em>(perspectiva energ\u00e9tica mundial), o organismo multilateral sediado em Paris centrou, de maneira excepcional, na an\u00e1lise dos diferentes cen\u00e1rios de redu\u00e7\u00e3o de emiss\u00f5es e como estas afetam o aumento das temperaturas e a sa\u00fade.<\/p>\n\n\n\n

O texto n\u00e3o aborda em profundidade a atual crise de pre\u00e7os de energia e assegura que a escalada atual tem a ver com in\u00fameros fatores, incluindo o aumento da demanda de energia devido \u00e0 recupera\u00e7\u00e3o abrupta da economia p\u00f3s-covid, eventos meteorol\u00f3gicos e interrup\u00e7\u00f5es na cadeia de fornecimento.<\/p>\n\n\n\n

A AIE \u2013 que aconselha os pa\u00edses desenvolvidos sobre a pol\u00edtica energ\u00e9tica \u2013 diz que as energias renov\u00e1veis, como a e\u00f3lica e solar continuaram crescendo rapidamente, e os ve\u00edculos el\u00e9tricos bateram novos recordes de vendas em 2020, mesmo com as economias enfrentando dificuldades sob o peso dos lockdowns impostos devido \u00e0 covid-19.<\/p>\n\n\n\n

“Investimento tem que ser triplicado”<\/h2>\n\n\n\n

No entanto, “este progresso da energia limpa ainda \u00e9 muito lento para reduzir as emiss\u00f5es globais de forma sustentada para zero l\u00edquido” at\u00e9 2050, o que a ag\u00eancia acredita que ajudar\u00e1 a limitar o aumento da temperatura global a 1,5 \u00b0C.<\/p>\n\n\n\n

Birol afirma que as atuais promessas dos governos resultariam em apenas 20% da redu\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria at\u00e9 2030 para atingir as emiss\u00f5es l\u00edquidas zero at\u00e9 2050. Ele diz que o investimento em energia limpa e infraestrutura teria que mais que triplicar na pr\u00f3xima d\u00e9cada para se alcan\u00e7ar essa meta. Cerca de 70% desse gasto teriam que vir, segundo o chefe da AIE, de economias emergentes ou em desenvolvimento, onde o financiamento pode ser escasso e ainda se enfrenta uma crise de sa\u00fade p\u00fablica.<\/p>\n\n\n\n

Ele argumenta que o investimento adicional pode ser um fardo menor do que alguns podem pensar. “Mais de 40% das redu\u00e7\u00f5es de emiss\u00f5es exigidas viriam de medidas que se pagam por si mesmas, como melhorar a efici\u00eancia, limitar o vazamento de g\u00e1s ou instalar energia e\u00f3lica ou solar em lugares onde elas agora s\u00e3o as tecnologias de gera\u00e7\u00e3o de eletricidade mais competitivas”, explica.<\/p>\n\n\n\n

Tr\u00eas cen\u00e1rios<\/h2>\n\n\n\n

A ag\u00eancia analisa tr\u00eas cen\u00e1rios poss\u00edveis. No primeiro, mais pessimista, a temperatura global aumentar\u00e1 2,6 \u00b0C em 2100 em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 era pr\u00e9-industrial; no segundo, 2,1 \u00b0C; e apenas num terceiro conseguir\u00e1 limit\u00e1-lo a 1,5 \u00b0C.<\/p>\n\n\n\n

O primeiro examinou as medidas que os governos j\u00e1 haviam implementado ou as pol\u00edticas espec\u00edficas que estavam desenvolvendo ativamente. E embora quase todo o aumento da demanda de energia at\u00e9 2050 pudesse ser atendido por fontes de baixas emiss\u00f5es, as emiss\u00f5es anuais ainda seriam aproximadamente as mesmas de hoje, \u00e0 medida que as economias em desenvolvimento constroem sua infraestrutura nacional, segundo a AIE. Nessa hip\u00f3tese, as temperaturas em 2100 seriam 2,6 \u00b0C mais altas do que os n\u00edveis pr\u00e9-industriais.<\/p>\n\n\n\n

O segundo cen\u00e1rio considerou as promessas feitas por alguns governos de atingir emiss\u00f5es l\u00edquidas zero no futuro, o que representaria uma duplica\u00e7\u00e3o do investimento e do financiamento em energia limpa na pr\u00f3xima d\u00e9cada. Se essas promessas forem totalmente implementadas a tempo, a demanda por combust\u00edveis f\u00f3sseis atingiria o pico em 2025, e as emiss\u00f5es globais de CO2 cairiam 40% at\u00e9 2050, conforme a AIE. Nesse caso, o aumento da temperatura m\u00e9dia global em 2100 seria em torno de 2,1 \u00b0C, o que representaria uma melhoria, mas ainda estaria muito acima do 1,5 \u00b0C acertado no Acordo de Paris, conclui.<\/p>\n\n\n\n

Investimento escasso gera incerteza<\/h2>\n\n\n\n

O relat\u00f3rio tamb\u00e9m destaca que o investimento insuficiente contribui para a incerteza sobre o futuro. “Os gastos com petr\u00f3leo e g\u00e1s natural foram reduzidos por colapsos de pre\u00e7os em 2014-15 e novamente em 2020. Como resultado, rumamos para um mundo de demanda estagnada ou mesmo em queda”, diz a AIE. “Ao mesmo tempo, os gastos com transi\u00e7\u00f5es de energia limpa est\u00e3o muito abaixo do que seria necess\u00e1rio para atender \u00e0s necessidades futuras de forma sustent\u00e1vel.”<\/p>\n\n\n\n

Isso significa que os mercados de energia podem enfrentar uma “jornada acidentada” se o investimento em energias renov\u00e1veis \u200b\u200bn\u00e3o aumentar, na avalia\u00e7\u00e3o da AIE.<\/p>\n\n\n\n

Representantes de mais de 200 pa\u00edses se reunir\u00e3o naa 26\u00aa Confer\u00eancia da ONU sobre Mudan\u00e7as Clim\u00e1ticas, conhecida como COP26, de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, na Esc\u00f3cia, para discutir novas metas de redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es que contribuem para as mudan\u00e7as clim\u00e1ticas.<\/p>\n\n\n\n

A meta do Acordo Clim\u00e1tico de Paris de 2015 \u00e9 limitar o aumento das temperaturas globais para bem abaixo de 2 \u00b0C acima dos n\u00edveis pr\u00e9-industriais, enquanto busca esfor\u00e7os para limitar o aumento a 1,5 \u00b0C.<\/p>\n\n\n\n

O comit\u00ea cient\u00edfico da ONU sobre mudan\u00e7as clim\u00e1ticas disse que as emiss\u00f5es devem ser reduzidas para zero l\u00edquido \u2013 quando os gases de efeito estufa emitidos alcan\u00e7am equil\u00edbrio com os removidos\u00a0da atmosfera \u2013 em 2050, para ser alcan\u00e7ado o limite de 1,5 \u00b0.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Deutsche Welle<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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