{"id":174322,"date":"2021-10-20T14:16:37","date_gmt":"2021-10-20T17:16:37","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174322"},"modified":"2021-10-20T14:16:40","modified_gmt":"2021-10-20T17:16:40","slug":"rachadura-e-detectada-em-area-de-gelo-ate-entao-preservada-no-artico","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/10\/20\/174322-rachadura-e-detectada-em-area-de-gelo-ate-entao-preservada-no-artico.html","title":{"rendered":"Rachadura \u00e9 detectada em \u00e1rea de gelo at\u00e9 ent\u00e3o preservada no \u00c1rtico"},"content":{"rendered":"\n
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Fenda de gelo de 3 ml quil\u00f4metros avistada em maio de 2020 no norte da ilha de Ellesmere, no Canad\u00e1 (Foto: NASA EOSDIS Worldview)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Uma fenda gigantesca de 3 mil km\u00b2 se formou na chamada \u201c\u00daltima \u00c1rea de Gelo\u201d do\u00a0\u00c1rtico, localizada no norte da\u00a0Groenl\u00e2ndia\u00a0e da Ilha Ellesmere, no Canad\u00e1. Conhecida como pol\u00ednia, a abertura \u00e9 sinal das\u00a0mudan\u00e7as clim\u00e1ticas\u00a0que est\u00e3o afetando a regi\u00e3o, segundo registraram cientistas em agosto na revista\u00a0Geophysical Research Letters.<\/em><\/p>\n\n\n\n

A rachadura \u00e9 a primeira a ser identificada na ilha\u00a0canadense\u00a0e afeta uma plataforma congelada que se estende por 1 milh\u00e3o de km\u00b2. A fenda em quest\u00e3o se abriu durante um per\u00edodo de duas semanas em maio de 2020.<\/p>\n\n\n\n

O fen\u00f4menos \u00e9 considerado bastante incomum para o lugar onde est\u00e1. \u201cNingu\u00e9m tinha visto uma pol\u00ednia nessa \u00e1rea antes. Ao norte da Ilha Ellesmere, \u00e9 dif\u00edcil mover o\u00a0gelo\u00a0ou derret\u00ea-lo s\u00f3 porque \u00e9 espesso e h\u00e1 bastante gelo (…)\u201d, explica Kent Moore, pesquisador da Universidade de Toronto-Mississauga e principal autor do estudo, em\u00a0comunicado.<\/p>\n\n\n\n

Para saber mais sobre a pol\u00ednia, os cientistas analisaram d\u00e9cadas de imagens de gelo marinho e\u00a0dados atmosf\u00e9ricos. Com isso, descobriram que forma\u00e7\u00f5es do tipo j\u00e1 haviam ocorrido por l\u00e1 ao menos duas vezes antes, em 2004 e 1988, ainda que as ocorr\u00eancias n\u00e3o tivessem sido registradas.<\/p>\n\n\n\n

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Regi\u00e3o onde pol\u00ednia se abriu no \u00c1rtico em maio de 2020 (Foto: NASA EOSDIS Worldview )<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Ao que indicou o estudo, a pol\u00ednia rec\u00e9m-detectada se originou durante condi\u00e7\u00f5es extremas de vento em um\u00a0anticiclone\u00a0persistente, isto \u00e9, uma tempestade de alta press\u00e3o com ventos fortes que giram no sentido hor\u00e1rio. O problema \u00e9 que o gelo do \u00c1rtico est\u00e1 ficando a cada ano mais fino, o que exige menos for\u00e7a para formar as pol\u00ednias, que se tornam mais frequentes ou ainda maiores do que no passado.<\/p>\n\n\n\n

Como resultado, mais gelo \u00e9 perdido e o aumento das\u00a0temperaturas\u00a0globais dificulta que essas camadas congeladas sejam substitu\u00eddas. Mas a situa\u00e7\u00e3o s\u00f3 piora considerando que as pol\u00ednias costumam se formar nos mesmos locais ano ap\u00f3s ano, e normalmente perto da costa marinha, onde a paisagem canaliza os ventos.<\/p>\n\n\n\n

Por outro lado, essas fendas n\u00e3o s\u00e3o necessariamente ruins para o ecossistema ao longo do tempo. O gelo coberto por neve n\u00e3o deixa luz entrar na\u00a0\u00e1gua\u00a0abaixo dele, o que limita o processo de fotoss\u00edntese por l\u00e1 e atrapalha a cadeia alimentar. Quando a camada congelada sofre um rompimento e \u00e1guia fica livre, e h\u00e1 uma retomada no ecossistema.<\/p>\n\n\n\n

\u201cQuando voc\u00ea chega a uma \u00e1rea de \u00e1gua aberta, de repente, todos os tipos de atividade podem ocorrer. As\u00a0aves marinhas\u00a0v\u00e3o l\u00e1 para se alimentar, assim como os ursos polares e as focas. S\u00e3o regi\u00f5es incrivelmente produtivas\u201d, observa Moore.<\/p>\n\n\n\n

Ainda assim, as vantagens das pol\u00ednias n\u00e3o superam seus danos irrevers\u00edveis no gelo marinho. \u201c(…) \u00c0 medida que o gelo derrete e se desloca para o mar e\u00a0esp\u00e9cies\u00a0como morsas e aves marinhas perdem o acesso a ele, perdemos esse benef\u00edcio. E, eventualmente, fica t\u00e3o quente que as esp\u00e9cies n\u00e3o podem sobreviver\u201d, alerta o cientista.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Galileu<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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