{"id":174351,"date":"2021-10-22T13:17:10","date_gmt":"2021-10-22T16:17:10","guid":{"rendered":"https:\/\/noticias.ambientebrasil.com.br\/?p=174351"},"modified":"2021-10-22T13:17:13","modified_gmt":"2021-10-22T16:17:13","slug":"a-terra-se-inclinou-ha-84-milhoes-de-anos-e-sabemos-disso-gracas-a-bacterias","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/localhost\/clipping\/2021\/10\/22\/174351-a-terra-se-inclinou-ha-84-milhoes-de-anos-e-sabemos-disso-gracas-a-bacterias.html","title":{"rendered":"A Terra se inclinou h\u00e1 84 milh\u00f5es de anos \u2014 e sabemos disso gra\u00e7as a bact\u00e9rias"},"content":{"rendered":"\n
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NASA<\/em><\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Nosso planeta n\u00e3o experimenta apenas\u00a0oscila\u00e7\u00e3o nos polos magn\u00e9ticos, mas h\u00e1 evid\u00eancias de que os polos geogr\u00e1ficos tamb\u00e9m foram alterados ao longo das eras. Isso mesmo: o globo terrestre, por algum motivo, girou em um \u00e2ngulo de 12 graus, s\u00f3 para mais tarde voltar, somando um total de 25 graus de inclina\u00e7\u00e3o ao longo de 5 milh\u00f5es de anos. Ao menos \u00e9 o que indica um novo estudo, que usou f\u00f3sseis de bact\u00e9rias para a descoberta.<\/p>\n\n\n\n

Esse fen\u00f4meno de inclina\u00e7\u00e3o planet\u00e1ria \u00e9 conhecido como hip\u00f3tese do deslocamento polar, uma conjectura que descreve uma inclina\u00e7\u00e3o, ou precess\u00e3o, da Terra em um determinado per\u00edodo. H\u00e1 muito estudo sobre o assunto, incluindo pesquisas a respeito da chamada deriva polar verdadeira que levam a debates intensos sobre quando, como e com que frequ\u00eancia nosso planeta j\u00e1 teve seus polos geogr\u00e1ficos alterados.<\/p>\n\n\n\n

A\u00a0deriva polar verdadeira n\u00e3o pode ser confundida, no entanto, com outros fen\u00f4menos como o movimento das placas tect\u00f4nicas ou dos polos magn\u00e9ticos. As propostas iniciais, escritas por Charles Hapgood antes da teoria sobre as placas tect\u00f4nicas fosse desenvolvida, era de que a Terra sofreu v\u00e1rios deslocamentos r\u00e1pidos das suas camadas, cada um demorando cerca de 5.000 anos, seguido de per\u00edodos de 20.000 a 30.000 anos sem movimentos polares.<\/p>\n\n\n\n

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(Imagem: Reprodu\u00e7\u00e3o\/Phys.org)<\/figcaption><\/figure>\n\n\n\n

Hoje, embora os c\u00e1lculos de Hapgood n\u00e3o tenham se sustentado ante evid\u00eancias, a deriva polar verdadeira foi estabelecida cientificamente como um fen\u00f4meno que ocorreu por v\u00e1rias vezes no passado, mas a taxas de 1 grau por milh\u00e3o de anos, aproximadamente. Entre os poss\u00edveis fatores que causam esse movimento, est\u00e3o altera\u00e7\u00f5es na distribui\u00e7\u00e3o de massas na superf\u00edcie e no manto da Terra. Mas, como dito antes, os debates sobre os n\u00fameros s\u00e3o muitos.<\/p>\n\n\n\n

Pois bem, o novo estudo foi atr\u00e1s de novas pistas em pedras da It\u00e1lia, na cordilheira dos Apeninos, onde h\u00e1 f\u00f3sseis de bact\u00e9rias que cont\u00e9m o mineral magnetita, o mais magn\u00e9tico de todos os elementos da Terra. Isso \u00e9 importante porque materiais magn\u00e9ticos s\u00e3o muito bons em “registrar” coisas como a orienta\u00e7\u00e3o dos polos magn\u00e9ticos do planeta, e h\u00e1 uma \u00e1rea da ci\u00eancia para estudar isso: paleomagnetismo.<\/p>\n\n\n\n

As bact\u00e9rias fossilizadas “disseram” \u00e0 equipe internacional de cientistas que h\u00e1 84 milh\u00f5es de anos, no per\u00edodo do Cret\u00e1ceo Superior, todo o manto e a crosta giravam em torno do n\u00facleo externo (l\u00edquido) da Terra, como se estivesse \u00e0 deriva sobre um fluido. Se pud\u00e9ssemos ver a Terra do espa\u00e7o com um efeito de timelapse acelerando os milh\u00f5es de anos em poucos minutos, pareceria que o planeta tombou de lado, e ent\u00e3o, voltou, mais ou menos como um “Jo\u00e3o bobo”.<\/p>\n\n\n\n

Se isso estiver correto, os cientistas ter\u00e3o novas pistas sobre as causas da Idade do Gelo, mas, acima de tudo, “desafia a no\u00e7\u00e3o de que o eixo de rota\u00e7\u00e3o tem sido amplamente est\u00e1vel nos \u00faltimos 100 milh\u00f5es de anos”, escreveram os pesquisadores. O estudo foi\u00a0publicado na Nature Communications.<\/p>\n\n\n\n

Fonte: Canaltech<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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